Resenhas - Quincas Borba

Luann 02/06/2021

Ao vencedor, as batatas.

Sophia.Bassi 02/06/2021

Machado é um dos meus escritores favoritos. Ele consegue fazer a ironia e uma crítica à sociedade de forma impecável, mas foi um dos poucos livros que senti prazer em ler. Me vi questionando muitas coisas e acredito que minha interpretação estava um pouco baixa, sendo que não imaginei que Sofia estivesse também interessada na bolada de Rubião. Talvez fosse essa a intenção de Machado, uma história que fizesse com que o leitor realmente acreditasse que o casal fosse um bom amigo e ficasse sem palavras no final.

Elian4 31/05/2021

O olhar ao Cruzeiro
Trata-se de drama ou comédia? São ambos, é uma história divertida, mas além de tudo traz uma reflexão sobre a sociedade em que Rubião foi inserido.

A fatídica história daquele que tem a fortuna de receber uma inesperada quantidade de dinheiro sempre nos despertará curiosidade. Entretanto, Machado consegue desenvolver essa trama com um olhar especial, construído o círculo de "amigos" de Rubião, mostrando para o leitor quais eram os reais interesses de cada um.

O autor incluí nesse caldeirão um romance não correspondido, o catalizador da loucura, locura do amor ou maldição da herança do filósofo? Perguntas sem respostas. Esse é o encanto da obra, apreciar o desenrolar da história, sofrer com Rubião, chamá-lo de idiota, amaldiçoar seus amigos e rir com tristeza dos seus devaneios.

yamss 30/05/2021

machado vc é incrível
machadinho te amo machadinho
a escrita dele é absurda, sou suspeita pra falar pq eu amo tudo que ele escreve.
li por ser obrigatório da fuvest e acabei realmente gostando muito, a ironia na história é ideal e muito inteligente.

Gio 30/05/2021

Vou ser sincera, não foi uma leitura fácil. Foi minha segunda tentativa de ler esse livro e durante grande parte do livro foi uma leitura arrastada, difícil e enfadonha, mas da metade para o final eu já estava acostumada com a escrita e história foi me prendendo cada vez mais. O final é bemmmm triste, porém realista. É uma história que me fez pensar muito sobre relações sociais, ambição, poder e que não saiu da minha cabeça por muito tempo.

Liz 29/05/2021

indiganda, apenas
gente eu não aceito esse final, nossa sério

no geral achei os personagens beeem egoístas!
Rubião sempre foi um ótimo amigo p todos, sempre fez de tudo p todo mundo e no momento que ele mais precisou todos abandonaram o coitado, só uma mulher que mal o conhecia que o ajudou!
E no final o Palha achou saber mais que o médico e deu alta à Rubião?????? é claro que um doente sempre vai afirmar que não está doente p se livrar daquela situação né
A ruína de Rubião foi a paixão por Sofia!
Enfim, no meu ver Rubião e Quincas Borba mereciam muito mais!

Julyana.Alves 29/05/2021

Ao vencedor, as batatas!
Não achei tão maçante e tem uma história envolvente! Pode ir sem medo do Machado! Hahahah

- Personagens marcantes pra mim:

Quincas Borba humano - o que é o que é?
Quincas Borba doguinho - melhor pessoa
Rubião - uma deusa uma louca uma feiticeira
Sofia - o que pensa que eu sou se não sou o que pensou?
Cristiano Palha - (vou me abster)
Carlos Maia - deus grego talvez tenha se perdido no início da vida pra se ACHAR TANTO
D. Fernanda - única pessoa aparentemente boa da história?
Teófilo - CDF
D. Tonica - sofrida demais meu deus


Apresenta um narrador incrível e que nos conduz a pensar de uma certa forma, então fique atento aos plots! hahahaha... No mais, esse livro foi publicado, originalmente, em folhetins, o que facilita a compreensão porque as coisas acontecem com um dinamismo que não te faz "dormir" no ponto, além de que, essa divisão por capítulos curtos me deu uma sensação maior de progressão na leitura. Ainda, Machado usa muita ironia, metáforas, analogias, que quando você começa a entender podem te render umas risadas e momentos de profunda reflexão com a genialidade.

E quanto a linguagem? Li na versão da editora Cultrix e não achei tão difícil porque eles disponibilizam notas sobre algumas palavras do texto que ajudaram a compreender melhor, mas existem outras edições que podem auxiliar a deixar a leitura mais fluída! Ah, além disso, acompanhar as lives de leitura coletiva com o canal "Ler antes de morrer" me ajudaram muitíssimooo!!

Lizandra 28/05/2021

Pobre só se lasca mesmo
O livro investe em detalhar a rotina da aristocracia da corte brasileira da época e como esses valores e jogo de relações vão transformando as pessoas aos poucos.
Dada a linguagem da época e a riqueza de detalhes, a leitura pode exigir um pouco de paciência. Mas, não é grande surpresa que ao final vale a pena confiar em Machado.
Mostrando que traição, interesses, oportunismo, fofoca e cinismo são dna brasileiro desde sempre...

Obs.: Lembrando que tratar cachorros e bichinhos em geral com crueldade é passível de destinos horríveis. Pf adotem com carinho!!!

Anderson Theodoro 28/05/2021

Que descoberta!
Descobrir Machado de Assis foi descobrir um tesouro.
Meu primeiro contato deixou excelentes impressões e despertou o desejo de ler a trilogia.

heydudamelo 28/05/2021

Demorou um pouco para pegar no ritmo da história mas gostei bastante. A partir de um acontecimento em específico fui ficando mas agoniada conforme ia lendo.

Carine 28/05/2021

Retrato (ainda atual) das motivações e relações sociais
Desejo, status, manobras sociais, relações por conveniência, ego e muito mais...

Quincas Borba nos apresenta todas as formas de exploração que uma sociedade regida por status social pode proporcionar.

Aqui acompanhamos a ascensão social, a ambição, a traição, o desejo de adultério, a ganância, a exploração (material e moral)... Todas as relações são movidas por puro interesse (- e me pergunto: que relações não são??).

Quincas Borba é o segundo volume da trilogia realista escrita por Machado de Assis, trilogia que inovou introduzindo o Realismo na literatura brasileira.

A tríade realista de Machado é composta pelos seguintes títulos:
1. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881);
2. Quincas Borba (1891);
3. Dom Casmurro (1899).

Já nos primeiros parágrafos da narrativa somos apresentados a Rubião (nosso protagonista), um professor que iniciar suas relações com o filosofo Quincas Borba, claramente com interesse em aproveitar de alguma forma a riqueza do amigo.

Em certo momento da narrativa Rubião pensa em casar sua irmã com Quincas Borba, porém devido a reviravoltas do destino acaba se tornando o único herdeiro da fortuna e se alegra de não ter casado a irmã, dessa forma ele pensa em como teve sorte, em vez de um mero administrador tornou-se o único herdeiro de uma grande herança.

Com base nesse primeiro relato Machado já nos proporciona um vislumbre de como funcionara todas as relações entre os personagens no decorrer do livro.

Rubião ao se tornar um novo rico decide deixar Barbacena e se dirigir a corte no Rio de Janeiro, lá o romance de fato se desenrola... Os jogos de poder, as aparências, a vida movida por status e ascensão social se tornam mais proeminentes e decadentes.

Vemos aqui o casal Palha e Sofia que desafiam suas relações matrimoniais num jogo de massagear egos. Um punhado de amigos interesseiros cegos de ganância, a representação da mulher que só possui realização através do matrimonio e como a juventude feminina era superestimada no status social e familiar.

Me senti presa aos conflitos facilmente, todos os personagens são carismáticos na medida certa, todos também possuem dualidades muito interessantes. O realismo aqui é abrangente (caricato as vezes), mas muito real.

A leitura foi incrível e puder ter um vislumbre magnifico do retrato social da época. Livros clássicos nacionais sempre me proporcionam esse olhar histórico sobre o nosso passado e como algumas coisas nunca mudam...

Amandinha_almi 27/05/2021

Nhe
Sinceramente... Só por conta da FUVEST

O livro conta basicamente o dia a dia do Rubião. Pra quem gostou do Rubião o livro deve ter sido pelo menos agradável.
Agora, pra quem odiou o Rubião esse livro foi práticamente um tédio.

Quero deixa claro q os únicos personagens que eu gostei foram o Quincas Borba (cão) e a Maria Benedita (pq ela não encheu o meu saco)

Fiquei chateada, pq eu realmente estava esperando um traição (eu achei que esse seria o auge do livro) e no final não tive nada.

Resumindo, achei o livro chato.
Só dei duas estrelas e meia por conta do Quincas (cão).

LavAnia.Arantes 26/05/2021

Trouxa
Sim, o título da resenha é trouxa, por que é isso que o Rubião, um dos personagens principais é. Ganancioso, iludido e talarico.
Mas não vim aqui para falar mal dele, até porque este tem qualidades também, seus pensamentos são profundos e seu final foi triste, enlouquecer sozinho... Não desejo a ninguém uma vida como está.
Rubião que herdou a riqueza de seu amigo filósofo Quincas Borba, parte para o RJ e lá conhece o belo casal Sofia e Cristiano Palha, ou talvez a bela seja apenas Sofia, aos olhos de Rubião.
Acontece toda uma trama, que não vou dizer, saberá caso queira lê.
Está obra me tirou boas risadas, a leitura é um tanto cansativa de início, mas depois que pega ritmo é tranquilo e rápido. A escrita é de Machado de Assis, suas características aos personagens, os dilemas, é uma história bacana. Mas confesso que esperava um pouquinho mais.