Ciranda de Pedra

Ciranda de Pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Thamara 12/11/2020

Encantador
Que livro encantador, é tão leve a leitura, cheio de tramas, mas que ensina uma grande lição: para crescer é preciso nos libertar do passado!
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Lilian 17/10/2020

A cruz do desamparo
Pouco depois de se mudar, sua mãe morre e Virgínia descobre da pior forma que Daniel, médico e amante da mãe, era seu pai biológico e acabara de tirar a própria vida. Sozinha e desamparada de afeto, decide que prefere viver em um internato, apesar disso, seus monstros a persegue.

“Queria morar no colégio mesmo. Posso?”

Após terminar os estudos, Virgínia retorna e todas as suas dores e ilusões da infância se fazem mais presentes que nunca, a menina solitária, triste, ingênua e carente ainda está latente, bem como o desprezo que recebe das irmãs, dos amigos de infância e do ‘pai’ que a registrou.

Saiba mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/10/resenha-ciranda-de-pedra.html
Karen.Rezende 29/01/2021minha estante
Favor marcar como spoiler!




Thales 16/10/2020

A Lygia Fagundes Telles é bem conceituada na literatura brasileira. Mas acho ela tão boa, mas tão boa que o reconhecimento que ela tem ainda considero pouco para o seu talento e o que sua obra fez pela literatura brasileira.

Esse livro é sensacional. Tantas temáticas que ainda hoje ainda são tabu tratadas corajosamente numa obra dos anos 50.
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Marina 14/10/2020

Ciranda de Pedra
Publicado pela primeira vez em 1954, esse é um livro corajoso que aborda temas polêmicos como suicídio, transtornos mentais...

Dividido em 2 partes, retrata respectivamente, infância e juventude da protagonista Virgínia, filha caçula de uma família de classe média alta, frente a um escândalo familiar!

Uma história que não tem marcação temporal de início e fim, nós vamos descobrindo os fatos aos poucos pela perspectiva de Virgínia.

Apesar do texto de fácil leitura, é um livro melancólico e diálogos incríveis, mas que exige maturidade! Com certeza, merece releitura!

É uma história sobre pertencimento! Sobre tentar encontrar seu lugar em meio ao deslocamento nos círculos sociais.

Obs: essa história teve duas adaptações para novelas também!
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Pri | @biblio.faga 25/09/2020

.
Achei de uma justeza poética que meu primeiro contato com a escritora Lygia Fagundes Telles tenha sido com o seu também primeiro romance, o livro “Ciranda de Pedra”, lançado no ano de 1954.

No romance de formação*, acompanhamos, em dois momentos distintos, a vida da jovem Virgínia. Ela é o resulto direto (e quase o significado dicionarizado) de um casal separado, e, desde muito nova, a protagonista tem que aprender a dividir a modesta residência com a loucura da mãe (Laura) e a companhia de seu amante, a quem se refere como o tio Daniel, a quem atribui a culpa pelo desfazimento de seu saudoso lar.

De outro lado, Virginia tem que suportar a ausência [tanto material quanto afetiva] de seu pai Natércio e o isolamento por parte de suas irmãs mais velhas, que, enquanto seguem morando uma mansão com o genitor, tem acesso à privilégios e regalias que, ao seu ver, injustamente, lhe são negadas.

Otávia e Bruna, em conjunto com Conrado, Leticia e Afonso, são os integrantes de uma ciranda que Virginia, mais do que tudo, almeja participar, mas que, no entanto, parece se tornar cada vez mais fechada e inacessível, posto que rígida e, aparentemente, forjada em laços de pedra, tal qual os anões que rodeiam a fonte de água do jardim.

A obra é toda permeada por uma sensação de inadequação e não pertencimento. Os dramas pessoais e familiares tem um papel importante na narrativo, porém, seu fardo pesado é suavizado pela escrita bonita e envolvente da autora. Os personagens são complexos, muito bem desenvolvidos e demasiado humanos. O amadurecimento de Virginia é tocante e agradável de se acompanhar: o seu descobrir de que há diversas formas de cirandar, ou até mesmo, um mundo imenso além dessa roda.

Leitura recomendadíssima.
Afinal, “mais importante que nascer é ressuscitar”.
E “começa hoje mesmo a vida que te resta”.

~*~
*Romance de formação (ou bildungsroman, em alemão) designa o tipo de romance em que é exposto, de forma pormenorizada, o processo de desenvolvimento físico, moral, psicológico, estético, social ou político de um personagem, geralmente desde a sua infância ou adolescência até um estado de maior maturidade.

A primeira obra considerada “de aprendizagem” é “Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister” (Wilhelm Meisters Lehrjahre), do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe.

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Beatriz3345 21/09/2020

Extremamente humano
Em 'Ciranda de Pedra' nos é apresentado um tocante romance de formação que é divido em duas partes.
A história possui uma construção que em todos os aspectos é impecável, a escrita e os personagens transbordam tamanha sensibilidade que é impossível se sentir indiferente diante do livro.
Com certeza lerei mais obras da Lygia.
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Cabrardo autor 17/09/2020

Se toda brincadeira de rodaaaa...
"Ciranda de pedra", de Lygia Fagundes Telles, acompanha a personagem Virginia, primeiro na infancia, depois nos primeiros anos da vida adulta. Nesta primeira parte ela vive com a mãe, que é louca, tio Daniel e Luciana, a governanta, e morre de desejos de viver com o pai e as irmãs, que lhe sao um tanto quanto indiferentes. Isso de fato acontece em determinado periodo da narrativa, que por sua vez se poe a tecer as relaçoes complexas entre os personagens.
A primeira coisa que eu penso é em como o livro se difere da telenovela de modo que deixa estampado a necessidade social da encenaçao, a ideia da vida que levamos e da imagem que queremos passar para o outro, tanto na trama quanto na adaptação de acontecimentos e conclusoes feita para a tv.
Nenhum personagem é 100% bom ou mal, todos tem defeitos e meritos, momentos de nos atiçar a compaixão e também a revolta. É a naturalidade do belo se tornando feio para se tornar belo outra vez e assim por diante.
Lygia desempenha a tarefa de conduzir essa ciranda com maestria, desenvolvendo personagens maravilhosos e emocionando de forma muito sutil porém sincera. Foi um livro maravilhoso e terrivel ao mesmo tempo, pois me obrigou a pensar nessa dualidade do ser humano. As intemperies que acometem cada um, a forma como cada um lida e absorve aquilo muitas vezes sozinho, os movimentos necessarios para acompanhar a ciranda que continua a girar, girar, girar girar (Leila Lopes feelings). Independente das amizades, da familia, dos apoios que nos cercam, somos cada um em sua propria luta um exercito de um homem só.
É um livro belissimo.
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Débora 11/09/2020

A inexplicável Lygia Fagundes Telles.
#lido
Ciranda de pedra, Lygia Fagundes Telles.

Não é possível explicar Lygia. Só é possível senti-la.

Citando alguns trechos da obra:

"Lembrou-se de Otávia: 'Não me peçam nunca fidelidade. Por que fidelidade se todos mudam tanto e tão rapidamente. Mas se nem a mim mesma consigo ser fiel. Seria bem divertido fazer uma pilha dessas Otárias todas tão contraditórias e tão desiguais, que não me reconheço em nenhuma delas'."

"Mais importante que nascer é ressuscitar."

"Nascemos todos os dias quando nasce o sol... Começa hoje mesmo a vida que te resta... Já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente."

Enfim, ler Lygia Fagundes Telles é uma experiência única e encantadora. Apaixonante.

"Um ponto digno de nota na construção desse romance é o poder imaginativo ou, mais precisamente, associativo de Virgínia, a personagem central, em quem a visão criadora das coisas será com certeza uma projeção da romancista. [...] Nesse livro tudo se situa dentro de planos bem conhecidos, e o que vai conferir a todas as cenas um caráter singular e, a muitas, uma inesquecível força, é o poder da autora --- que, com os suaves instrumentos de sua arte, vai desdobrando entre nós a sua criação." OSMAN LINS.

Lygia
Débora 11/09/2020minha estante
Retificando: Otávias*, não otárias.




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VicYan 07/09/2020

"Ciranda de Pedra" - Lygia Fagundes Telles
"Ciranda de Pedra" se tornou um dos melhores livros lidos na minha vida, a situação de desamparo e solidão da protagonista Virgínia a torna uma personagem extremamente complexa e tocante, fazendo com que o leitor crie um relação muito próxima com ela logo nas primeiras páginas. Lygia Fagundes Telles se tornou uma das minhas escritoras brasileiras favoritas, estou ansioso para ler mais obras da autora.
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Aline 06/09/2020

Demasiado humano (e ótimo).
Transgressor, o primeiro romance de Lygia Fagundes Telles chegou em 1954 com o pé na porta. O livro narra, na sua superfície, os conflitos de uma família burguesa, infeliz à sua maneira, como diria Tolstói. Nas camadas mais profundas aparecem temas como racismo, homossexualidade, traição, loucura, machismo e outros que não falo aqui para evitar o spoiler. Entretanto, nada disso é tratado de maneira panfletária e escancarada, mas de forma sutil, insinuante. Segundo o professor Antônio Dimas, Lygia, machadianamente, disfarça mostrando.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira parte, somos jogados na história sem nenhuma informação e acompanhamos os acontecimentos pelo olhar de uma criança: Virgínia, a filha mais nova de um lar desfeito. Para uma criança nunca se explica muita coisa e nós só sabemos o que ela sabe: houve uma traição e agora ela mora em uma casa modesta com a mãe louca, como ela diz, e o padrasto, a quem ela culpa pela separação dos pais. Enquanto isso, moram numa mansão seu pai e suas duas irmãs mais velhas.

Virgínia é uma criança de muitas formas negligenciada e que anseia por pertencer, mas que não consegue fazer parte de nenhum círculo em que orbita. Um desses círculos é o formado por suas irmãs e alguns vizinhos. A rejeição faz Virgínia se sentir inferior e idealizar os membros desse grupo como semideuses.

Na segunda parte, Virgínia já cresceu o bastante para começar a descobrir alguns segredos e captar melhor as entrelinhas do que não é falado. E com ela, nós começamos a entender também a complexidade dos personagens que a cercam. 

A primeira parte do livro é a minha favorita. A descrição de uma criança sem idealizações, humanizada, com seus impulsos e conflitos internos, te prende e te assusta. Depois que Virgínia te cativa, você passa a torcer por ela e não quer mais largar o livro.

É incrível a habilidade que a autora tem ao escrever em apenas 200 páginas um romance com temas tão densos e personagens tão complexos. Quase não há ação, mas a construção dos diálogos e a narrativa são primorosas. A leitura é fluida, sedutora e envolvente. 

É uma pena que um enredo tão bom tenha ido parar (duas vezes) numa novela das seis, precisando ser bastante descaracterizado para caber na censura do horário. Sua carga dramática teria sido melhor aproveitada em um bom novelão das nove ou minissérie, por exemplo.

Sobre a escrita de Lygia, Drummond dizia: quem quer uma estória tem quase sempre uma estória. Quem quer a verdade subterrânea das criaturas, que o comportamento social disfarça, encontra-a maravilhosamente capta­da por trás da estória. Nesse romance, os personagens são tão humanos que você fecha o livro e eles continuam com você. Por tudo isso, é uma leitura que eu recomendo.
Lina 06/09/2020minha estante
Adorei a resenha ! Parabéns amis ??


Aline 06/09/2020minha estante
Obrigada, amis.


Brenda.Podanosqui 06/09/2020minha estante
Excelente. Ainda bem que o meu tá chegando. Fiquei com mto mais vontade de ler.


Dona Erica 28/09/2021minha estante
Maravilhosa essa resenha!




Marcus.Vinicius 01/09/2020

Sobre o pertencimento
Nessa obra magistral de Lygia Fagundes Telles, acompanhamos a vida de Virginia em meio à uma atribulada vida familiar.

O romance é dividido em duas partes: na primeira, acompanhamos Virginia criança, e na segunda, já no final da adolescência.

Na primeira parte, Virginia vive com a mãe, Laura, e o padrasto Daniel, numa casa simples, em contraste com a casa do pai Natércio, rico e bem-sucedido advogado, onde moram também suas duas irmãs mais velhas, Bruna e Otávia, além da governanta Frau.

Já na segunda parte, após alguns anos no internato, Virginia retorna crescida, com a expectativa de que as coisas e as pessoas mudaram.

A menina Virginia está sempre deslocada: não se sente confortável na casa da mãe, na casa do pai, nem tampouco junto à suas irmãs e ao grupo de amigos. A busca da protagonista é sempre por se colocar em algum lugar, de pertencer a algo, mas sempre é subjugada e excluída de alguma forma. Em outras palavras: não consegue entrar na ciranda de relações das pessoas que convive.

No fim das contas, a temática central da obra, a meu ver, é o pertencimento, a busca por se encaixar em algum lugar, aliado a outros temas abordados pela autora, como adultério, traições, aparência social, religiosidade, dentre outros, o que deixa a obra riquíssima.

A sensibilidade de Lygia ao descrever aos olhos de uma criança (na primeira parte), situações tão delicadas, é um dos pontos fortes do livro, e que dá ideia da genialidade da autora
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