Mais ou menos 9 horas

Mais ou menos 9 horas Vitor Martins




Resenhas - Mais ou menos 9 horas


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Kleverson 13/09/2024

Finalizei o livro com um misto de sentimentos. Embora tenha achado a leitura cansativa em alguns momentos, a trajetória do Júnior foi interessante e bastante reflexiva. Sua história é a mais complexa do enredo, lidando com problemas com seu pai homofóbico, em uma época em que esse comportamento era comum. A narrativa é intercalada entre passado e presente, o que foi uma dinâmica envolvente, permitindo uma visão aprofundada de Júnior tanto na adolescência quanto na fase adulta.

Os demais personagens, como Larissa e Otávio, também são bem desenvolvidos. A amizade de Larissa com Júnior é um dos pontos altos, assim como o relacionamento dele com Otávio, que trazem narrativas ricas e cativantes.

O foco do livro está na morte do pai de Júnior e em como ele lida com esse acontecimento, já que não tinha praticamente nenhum vínculo com o pai, que o tratava como um ninguém. Durante as nove horas de viagem que faz para o funeral, Júnior acaba revisitando o passado, especialmente sua relação com Otávio, e descobre coisas que, de certa forma, o transformam ainda mais.

Em muitos momentos, confesso que senti vontade de bater no Júnior, pois ele se mostrou um personagem imaturo e cansativo, com atitudes que beiravam a hipocrisia. Suas escolhas e reações me frustravam, mas ao mesmo tempo, me vi tentando me colocar no lugar dele. Todo o seu passado, marcado por um pai babaca e opressor, moldou quem ele se tornou. Júnior nunca conseguiu ser verdadeiramente quem era na adolescência, tampouco fazer o que realmente desejava.

No fim das contas, o livro é sobre amadurecimento e perdão. Ele mostra como o peso de uma história mal resolvida pode afetar profundamente alguém e como enfrentar esses fantasmas é necessário para seguir em frente.
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sandney 12/09/2024

Uma viagem maravilhosa
Ler um livro do Vitor é sempre uma delícia, mas esse me pegou de um jeito bem especial. O Júnior enfrenta várias questões sobre relacionamentos, família e vida adulta que também já estiveram (e ainda estão) na minha cabeça. É fácil se identificar, torcer pelos personagens, chorar e rir com eles. É mais uma história maravilhosa, cheia de bom humor, aprendizado e emoção, de um jeito que só o Vitor sabe escrever. Espero que venham muitas mais. Sou fã!
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João 12/09/2024

O quanto é difícil ler seus medos né?
É muito gostoso poder ler sobre um personagem no qual você se identifica em algum nível com os tormentos de sua cabeça. Veja bem, não que eu escreva um podcast para duas mulheres loiras milionárias ou me encontre em completo desgosto com meu trabalho.
Porém, as inseguranças das decisões tomadas, do passado que fica conosco no presente e carregamos para construir nosso futuro, a relação que temos com nossos pais e os relacionamentos de amizade e amorosos.
Acho que ver tudo isso, ao longo desse livro, sendo questionado pela ótica do Junior, um personagem extremamente super pensando demais sobre tudo, criando múltiplos cenários que em sua maioria simbolizam seus medos e inseguranças, é ótimo pra crescer, refletir e amadurecer junto.
Claro, vale sempre comentar o quanto a escrita do Vitor Martins segue sendo uma das experiências mais humanamente divertidas possíveis. A capacidade dele de criar cenários bem humorados, mas que ainda trazem todas as outras camadas emocionais juntas, seja raiva, tristeza, felicidade, compaixão, empatia, ansiedade, angustia... É tão bom acompanhar um autor em que, a cada livro lançado, você percebe o carinho que ele tem com as palavras e o amadurecimento nesse trabalho.
Por fim, sinto que esse é um daqueles livros que passam voando enquanto você lê, mas ocupam um espaço muito continuo dentro de nós por um bom tempo.
Acho que encerro deixando esses dois trechos, por eles expressarem constantes conflitos meus:
“Às vezes sinto falta de ter sonhos a longo prazo. E por mais que eu tenha a noção racional de que ainda tenho muita vida pela frente, é impossível abafar a sensação de que já vivi meus melhores anos, e eles nem foram tão bons assim”.
“Eu paro e penso. Imagino uma vida cheia desses pequenos sonhos que só exigem um pouco de dinheiro e força de vontade. Nada absurdo... Penso em como pode ser gostoso ir realizando uma coisa pequena atrás da outra para depois olhar para trás e perceber que todas elas viraram uma coisa grandona. Uma vida feliz”.
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derryking 11/09/2024

Mais ou menos 9 horas
Que livro lindooo, amei demais conhecer a história do protagonista, me emocionei, dei risada foi tudo pra mim. O livro levante diversas questões e faz a gente refletir até sobre nossa vida, amei demais esse amadurecimento do Vitor
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isabellacoivo 11/09/2024

?Mãe, tô chegando??
Gostaria de dizer que eu estou viva, e que li um livro físico ??

Boaaa noite meu polvo? , finalmente apareci por aqui pra trazer mais resenha, dessa vez de um livro físico (amém) e do último livro lançado do Vitor Martins (amém 2) comprado na bienal do livro (amém 3) e que me tirou da ressaca literária (amém 4)
Queria começar (já comecei) dizendo que esse livro me decepcionou, poxa Vitor, vc tinha a faca e o queijo na mão (na verdade tinha uma espátula, mas tentou cortar o pão com a espátula que não tinha lâmina e saiu do controle, esfarelando tudo), eh realmente muito difícil escrever um livro que se passa em apenas algumas horas, e embora o Vitor tenha domínio total da escrita e de toda narração, eu achei vago, faltou conteúdo, o livro foi basicamente uma visita ao passado, não teve nada que construísse um clímax (a única parte muito boa foi a história se passar no dia do meu aniversário), infelizmente ele acabou se descontrolando e esfarelando o conteúdo do livro.
Mas assim, eu defenderei sempre o Vitor, amo muito, 3 autógrafos, 1 foto, 4 livros, o maior the fato.

Nas vésperas do aniversário de 30 anos, Júnior pega um ônibus com destino a Nova Friburgo (Rio de janeiro) para o velório de seu pai.
Porém ao ceder seu lugar para uma mãe e seu bebê, acaba sentando do lado de seu primeiro namorado de infância, Otávio.
Fazendo uma visita ao passado, eles começam a conversar e reviver diversos assuntos e compreenderem a si mesmos e as atitudes que já tiveram.

O livro é bem escrito, é bom, mas como dito anteriormente, vago, poderia ter um conteúdo mais interessante e não somente autodescobrimento.
O Vitor tem domínio da escrita dele, sabe trazer referências otimas e prender o leitor, pois cada parte, cada detalhe (não exagerado) traz um conforto e uma sensação de livro quentinho (aquele livro q vc gosta e te traz uma paz ao ler)

Mas eh isso gente, infelizmente nao foi tudo oq eu esperei, foi bem menos e vai entrar em 4º lugar dos 4 livros do Vitor, im sorry Vitor.
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livialendo 04/09/2024

Mais ou menos 1430 palavras
Os livros do vitor me acompanham desde que eu comecei a me tornar leitora. sempre encontro neles conforto, acolhimento e risadas. nesse foi um pouco diferente.

não faltou nada disso, o quentinho no peito permaneceu quando eu me enxerguei nos dilemas do júnior e ri das piadas do júnior, apesar dos outros personagens no livro não acompanharem as minhas gargalhadas. a diferença foi no que veio de sobra: muito chororô e crise existencial.

vi o vitor falar sobre esse livro na LER e, como ele disse lá, a história é mais madura do que as suas anteriores. não em um sentido de ser moralmente superior, mas de abordar questões de um personagem calejado pelo passado e com medo de viver o presente, por pensar que o seu auge, ou futuro, ficou perdido por aí. se encontrado, devolver para o júnior!

o cenário temporal do livro é genial. os entrelaçamentos do antes e do agora conduzem a narrativa de forma viciante, quase impossível de largar. mas não por causa de reviravoltas mirabolantes! muito pelo contrário, são as perguntas do dia-a-dia, as que todos queremos saber a resposta, que me deixaram presa nas páginas, emendando os capítulos.

devorei o livro, como sempre faço com a escrita gostosa do vitor, e o gostinho é aquele de ?quero mais?. um livro que se passa em mais ou menos nove horas e, ainda assim, marca pra uma vida. que especial é ter vitor martins como contador de histórias nesse mundo!
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andrejr 08/09/2024

Mais ou menos tudo que senti com essa obra
Ler uma obra do Vitor Martins é saber que vou visitar um lugar de conforto, na qual, muitas vezes me lembra do passado e sintetiza meus sentimentos mais profundos.

"Mais ou Menos 9 horas" transcreve as minhas vivências e questionamentos atuais da minha rotina, enquanto me lembra do meu ensino médio e das primeiras experiências da adolescência.

Ler a história de Júnior ( sim, além dos dilemas, também divido com protagonista a marca de ter o mesmo nome que o pai), preso em uma viagem de 9h, enfrentando o luto e o encontro com o primeiro namorado, é uma experiência incrível - graças a escrita impecável e acolhedora do Vitor. O uso de palavras do autor é tão impecável que ficaria simplesmente lendo uma coletânea de 50 livros direto dele. Ele sintetiza os sentimentos através das palavras de uma forma absolutamente fantástica! Além disso, tem momento pra chorar, pra rir, pra pensar "caraca, eu tô igual o Junior" ou "caraca, ainda bem que não sou o Júnior".

Toda bibliografia do Vitor é um presente para quem nunca conseguiu se encontrar. Para pessoas que nasceram com o pensamento e o coração maior do que sua casa. Ou simplesmente, para quem precisa de uma palavra amiga e acolhedora, alguém que transcreva o sentimento mais profundo e não dito.

Fico feliz de ser fã e acompanhar o trabalho de um grande autor como Vitor Martins. "Mais ou menos 9 horas" está na minha lista de "Livros impecáveis para ler no ônibus e em qualquer lugar".

Ps: nunca escrevo resenha mas AAAAAAA amei muito esse livro ???
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tpainaway 11/09/2024

E se eu chegar lá no alto e encontrar tudo?
"Trabalho não é sonho. É objetivo. Se você sonha com uma carreira, ela fica sempre naquela parte do cérebro onde tudo é bonito e dá certo o tempo todo. E trabalho é meio a meio. Metade é pesadelo também. Sonho tem que ser aquelas coisas que você quer fazer por você. Aquilo que você pensa antes de dormir para acalmar a mente. Aqueles cenários onde tudo dá certo porque não tem como dar errado."

Eu sou completamente obcecada pelos livros do Vitor e amo a forma como eles sempre me confortam. O Vitor me traz o conforto, a calmaria na hora em que minha cabeça mais decide me dar desconforto. Eu cresci, como o Junior, em uma casa disfuncional onde sonhos são só objetivos tolos, minha voz não é ouvida e qualquer demonstração de afeto é fraqueza. Passei anos, assim como o Junior, colocando na cabeça que eu precisava fazer as coisas por mim e ainda assim, buscando pessoas que tentassem me salvar, que me curasse ou apenas me fizesse se sentir amada, assim como ele também me frustrei e descontei na pessoas a quebra de expectativa de que no momento que eu mais precisasse a pessoa estaria disposta a largar tudo pra mim, assim como eu fazia todas as vezes que precisavam. Quando a gente cresce sem amor, passamos a vida atrás de recuperar anos de rejeição familiar. A gente nunca sabe a hora de se sentar em paz e se descobrir, as vezes até tem medo disso e esse medo vem com o preço de você perder oportunidades, desistir de coisas, viver no automático e só porque precisa sobreviver. Eu também não fiz vestibular, também deixei que o que eu sentia por outra pessoa fosse maior do que era permitido que eu sentisse, assim como o Junior, eu me perdi e é difícil se encontrar uma vez que você nunca descobriu o que você pode ser, é mais difícil ainda quando você sente raiva do que foi e ódio de quem você é. A gente sabe que tudo que a gente perde é um passo para aquilo que a gente precisa, mas ninguém nunca nos prepara pra frustração, pra perda. Quando a gente cresce sem apoio, a gente cresce sem perspectiva, nos damos uma idade até onde aguentariamos, Junior pensou que não passaria dos vinte anos e relata estar a dez anos vencendo. Viver também é vitória, quando não temos nada ao que se apegar, a gente se apega no mínimo. Crescer sem perspectiva é triste, viver só pelo agora também é. Crescer esperando se sentir amado e mesmo sendo amado, não sentir o suficiente, machuca a gente também e consequentemente nós machucamos nossos parceiros e nos tornamos egoístas, viver pelo passado é a única forma que enxergamos de viver, pq não existe futuro. Não acreditar em si mesmo, é a mesma coisa de se abandonar, de não viver e se perder. Eu amo as histórias do Vitor por ele me entender sem nem perceber, as histórias dele não são sobre romance, amor, são superações, são sobre você sobreviver aos dias, conseguir vencer a vida e não vencer na vida. Eu amo o Vitor e mais uma vez eu me apeguei a mais um livro dele. No final, ser amado não é a coisa mais importante mas é a única coisa que nos importa. Obrigada por preencher um espaço vazio no meu coração com suas histórias, Vitor. Entendo que a vida é para ser vivida a partir de mim mesma e do que eu amo e você entende que não é fácil fazer isso, mas agradeço por esse livro pois me tirou a cabeça do lugar, li ele em um momento propício e eu prometo continuar tentando. Eu li pensando que ia encontrar um romance épico e na verdade, não. Nada nunca é sobre o amor romântico né? O amor romântico é o que menos importa mas é o que a gente mais precisa. Vitor, você é tipo uma figura paterna, materna e tudo familiar para mim. Eu amei essa história.
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fran_yyxy 11/09/2024

Mais ou menos 9 horas
Como sempre, mais um livro incrível do Vitor Martins ?? A forma como os personagens são construídos é muito boa e faz com que seja muito fácil de gostar e se conectar com eles, sendo possível sentir tudo que o personagem sente. Adorei a história, que em um primeiro momento achei que seria ?parada? por se passar em um ônibus, masss com todos os flashbacks o livro ficou longe de ser parado. Ameiiii ?
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Giovanna 07/09/2024

Eu adorei esse livro. Estava com expectativas altíssimas, já que tudo o que o vitor Martins faz é bom.
Adorei a passagem de tempo e a forma como foi narrada, essa aventura nova de fazer o livro todo se passar em mais ou menos 9 horas e os cenários sendo limitados a dentro de um ônibus e um graal. Até os flashbacks são encaixados com uma perfeição surreal.
Enfim adorei também os personagens, me vendo muito no junior.



Espero que o futuro seja legal com os dois e eles consigam viver livremente tudo o que não puderam na adolescência, que esse amor deles dure muito mais que uma vida e sejam eternamente felizes.
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Percystente 10/09/2024

"Éramos dois garotos enfrentando um monstro de sete cabeças com duas espadinhas de papelão"

Nossa mas que leitura deliciosa. Peguei o livro e não consegui largar até terminar, acho que li tudo em umas 4 horas. A escrita do Vitor é coisa de outro mundo, ele consegue trazer temas difíceis mas misturar com um senso de humor sensacional, e ele usa esse humor de um jeito muito bom ao invés de fazer o personagem parecer um gay de fórum de twitter com referências que vão parar de fazer sentido mês que vem. Lendo esse livro eu me senti conversando com os meus amigos porque essas piadas poderiam facilmente sair da minha boca. Leve, divertido e com um desenvolvimento muito bom pra uma história que acontece num período tão curto de tempo. Eu amei os personagens, o Júnior é meu espírito animal na verdade, e ver o rumo que a história foi levando foi incrível. Amei muito e fiquei indignada quando acabou, queria muito nem que fosse um conto pra saber como eles ficaram depois do final.
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ByConclusive 09/09/2024

Um quentinho no coração
O Vitor Martins consegue sempre nos colocar nessas situações de identificação com os personagens.
E todo mundo tem um ex que sempre mexe com a gente, mesmo sendo do passado.
5? e Favoritado ??
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Ize 09/09/2024

Mais ou menos a minha vida
Comprei esse livro impulsivamente numa das piores crises que tive esse mês. Foi como se eu tivesse encontrado um tesouro (ou o contrário, já que paguei horroresKKK) no meio do mar!
Claro que, sendo Vitor Martins VITOR MARTINS, eu já sabia que a história seria no mínimo a melhor que leitura do meu ano (e realmente foi uma das melhores do ano), então vai ser uma tentativa muito difícil de escrever em palavras uma resenha digna para um dos meus autores favoritos da vida que também me inspira muito a escrever minhas próprias coisinhas.
Vamos lá......
Acho que já é de praxe que os livros do Vitor têm uma marca única de senso de humor que te leva do começo ao fim e te embala como uma leitura gostosa. Juro que não sei porque eu achei que esse seria mil vezes mais dramático e pesado, mas ele não foi. E não é que não tenham questões difíceis de se digerir, mas é que a escrita do Vitor faz da experiência de leitura ser uma conversa longa com um amigo íntimo (ou que você acabou de conhecer no fumódromo da Augusta e virou seu herói por uma noite!).
Bem, foi isso que eu senti lendo essa história.
Em questões pessoais, passei por uma vivência extremamente IGUAL ao do Júnior e é extremamente difícil esse julgamento interno por questões totalmente normais que pensamos quando um pai ausente da gente morre. Acho que nunca consegui por em palavras isso, mas o Vitor conseguiu! E ainda bem! Porque é uma construção incrível de todos os raciocínios internos que ficam na mente e como tudo isso se transforma em um tsunami de culpa e questionamentos da sua vida inteira. Além do problema de que, ninguém ganha numa situação dessas. Você perde alguém importante para sempre e nunca vai saber o que sua vida seria se esse alguém se desse o trabalho de tentar um pouco mais por você. Alguém que supostamente deveria tentar um pouco mais por você.
Pensamentos tão íntimos e tão reais são colocados nas páginas desse livro que é fácil de devorar em poucas horas. Fiquei uns três dias com ele, digerindo e entendendo e me sentindo tão conectada com o protagonista que parecia estar lendo sobre a minha própria vida.
Acredito que seja muito pertinente essa questão do jovem-adulto-prestes-a-trintar porque todos nós nos sentimos meio Júnior. Tenho 30 anos, o que vou fazer da vida agora? Tenho 30 anos, ainda posso sonhar? Tenho 30 anos, sou LGBT do interior e nunca fiz nada do que queria porque carrego uma bagagem de traumas que nunca me permitiram viver da maneira que eu mereço e gostaria, e agora? Posso continuar ou vou ter que dar minha vida por acabado? Eu, logo eu, que nunca achei que chegaria nos 30, agora TENHO 30! E é um pouco sobre isso mesmo. É difícil demais se ver nesse lugar de recomeços numa idade tão marcante em que você ou deixou de viver muito ou viveu meio errado com expectativas demais, sem querer assumir todos os seus devaneios e erros no caminho.
9 horas de viagem ao lado de alguém que você meio que nunca deixou de amar, também coloca as coisas em perspectiva. E só DEUS e o VITOR MARTINS sabe como é a sensação de encontrar uma pessoa tão importante na sua vida num momento em que você mais precisa de alguém assim. É horrível! Mas é tão bom também, e senti que esse livro passou tudo isso de forma leve.
Como eu disse, o livro foi muito além do que imaginei e é uma história sobre descobertas no meio do caos. Coisa que muita gente também vai se identificar, provavelmente também entender como é se sentir tão perdido nessa viagem que é a vida adulta.
Eu também não posso deixar de comentar que as partes específicas de reflexão do Júnior são muito engraçadas e como a coisa toda dele ser uma pessoa criativa faz a história ter um charme a mais.
No mais, ai de nós pessoas que amamos escrever mas nunca tivemos a coragem de nos colocar no mundo! Que sirva de incentivo para você também entender que o único responsável pela nossa própria vida, somos nós.
Por bem e por mal.

P.s. de explicação porque 4.5 estrelas:
Uma crítica construtiva que nem sei se o Vitor vai ler (espero que não. Vitor, se estiver lendo isso aqui, finja que tem muitos emojis de flores e brilhos entre as críticas que vou apontar).
Um problema que eu achei nesse livro é que, apesar de ser bem escrito e ter um roteiro babado e construção de personagens maravilhosa, a descrição é inexistente. É difícil ler uma história com pouca informação de descrição de personagens ou ambientação e isso foi um dos motivos de eu ter abaixado a nota. Me incomodou um pouco, não vou mentir, porque muitas cenas pareciam acontecer com um cenário que o leitor tem que imaginar e não o contrário. É um saco sim ter que ler e descrever parágrafos de ambientação, mas a falta de detalhes deixa a história um tanto vaga. Não me lembro se as outras histórias do autor também são assim, mas seria importante um editor ter dado esse toque. Enfim, é essa literalmente a minha única crítica porque de resto achei tudo incrível, mil beijos!!
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