Primeiras Estórias

Primeiras Estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Primeiras Estórias


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Felipe 13/07/2021

Finalmente consegui terminar essa jornada haha... Ler Guimarães Rosa sempre vai ser um desafio pra mim. Esse é o terceiro livro que li dele (antes, "Grande Sertão: Veredas" e "Sagarana"). A linguagem empregada e a escrita bem particular dele, são bem diferentes de qualquer outro autor que eu já tenha lido em todos esses anos, e acho difícil algum se aproximar.

De modo geral, os contos aqui presentes, retratam a vida de sertanejos e situações do dia a dia, sem muitas reviravoltas, mas com uma carga filosófica e psicológica bastante presentes, em certa medida nas entrelinhas, sendo que para mim, a compreensão não foi fácil, e nem pretendi entender tudo, afinal, os livros do Guimarães são para serem relidos, e com bastante calma, visto que, qualquer leitura menos atenta, já se perde muito do enredo e da mensagem a ser transmitida.

Talvez um dia, me aventure por essas bandas de novo, mas por enquanto, fico por aqui hehe.
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Karoline 27/06/2021

Ler Guimarães Rosa é sempre um desafio, ao mesmo tempo que é mágico. O aspecto maravilhoso de suas obras, acredito, está na inaptidão de nós, seus leitores, simplesmente descreve-las, como fazemos com quaisquer outros autores. Rosa nunca será tão transparente. Não apenas a sua escrita se mostra desafiante, mas suas mensagens possuem uma capacidade de nos mover e impressionar de uma forma tão intensa, que falta linguagem para denotar seus efeitos sobre nós.

Nesta coletânea de vinte e uma estórias somos apresentados a personagens de todos os tipos, mas que têm em comum questões como a loucura, o amadurecimento, o sertão, a religião, o amor, o humor. São narrativas em que a ideia do Eu é questionada, assim como o que é viver e o que é morrer, e sobre a terceira margem das coisas.
Ou seja, estórias sobre o tudo e o (no)nada.
Bem complexas.
Bem simples.
Bem Rosa.

PS: por uma grande coincidência, terminei a leitura hoje e descobri que seria o seu aniversário, Guima. Obrigada pela magia ?
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CarsMatheus 22/06/2021

Estórias primeiras
Alguns desses contos me fizeram chorar sem saber o porquê, outros me fizeram chorar sabendo exatamente o porquê.
É impressionante a forma que o autor traz a oralidade pra dentro da narrativa, e o fazer poético magnífico das palavras que ele cria.
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Kethiza 18/06/2021

Clássico, precisa ser lido
Um livro parado na estante, verdadeiramente não sei como ele chegou, só sei que é uma leitura bem diferente. São várias histórias, precisa de atenção as ?novas? palavras, vírgulas, exclamações e interrogações para você entender a história.
Recomendo este clássico!
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HonorLu 14/06/2021

Primeiras experiência em Rosa
Escolhi esse título pelo célebre conto A Terceira Margem do Rio, além do intuito de ter esse primeiro contato com o autor no gênero contos antes de partir para a leitura dos Grandes Sertões: Veredas.

Guimarães Rosa é diferente de tudo o que eu já tinha lido desde então. Seu propósito com a linguagem sempre muito explícito em entrevistas pode ser sentido em cada construção frasal que compõe este livro de contos tão singulares, que ao mesmo tempo parecem vibrar em uma melodia harmônica.

Não me arrependo em ter iniciado a experiência por este livro, ficando assim minha recomendação àqueles que querem iniciar sua experiência nesse autor tão instigante e brilhante de nossa literatura nacional. Guimarães é desafiador, plural, dialogando com a unicidade da substância.
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Gabriel 14/06/2021

Dos livros que li do Rosa, esse é o que o ritmo e a inventividade da poesia mais sobressaíram. Rosa é mesmo um artista sem igual.
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Mc Brendinha Carvalhão 03/06/2021

A menina daqui
Primeiro livro lido do Guimarães Rosa, os contos que mais gostei foram sem dúvida "a menina de lá", "a benfazeja" e "os cimos", me tocaram de uma maneira que não sei direito explicar. Alguns contos creio não ter entendido. Rosa escreve de maneira realmente muito própria. Desejo reler daqui um tempo e quem sabe compreender um pouco mais.
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SamuellVilarr 25/04/2021

Primeiras Estórias, Guimarães Rosa.
Se trata de um livro que foi escrito depois de "Grande Sertão: Veredas" e a série tão prestigiada "Corpo no baile". Primeiras Estórias de Guimarães Rosa é detalhista, é um livro composto por pequenas "Estórias" que narram, acontecimentos ou eventos da vida de personagens diferentes. Mais comumente as estórias se passam em uma ambientação regional. E o motivo pelo qual descrevo o livro como "detalhista". É que, o autor utilizada esquemas e maneiras diferentes de se referir a alguma questão ou ação referente ao personagem e acontecimento da estória, assim, ele narra e utiliza a palavra como transmissão da percepção de tal evento, e com isso tenta e consegue descrever detalhes da natureza, mas, não de forma extensa, e sim, de forma harmônica, simples e inteligente. Temos descrições de pessoas, animais e objetos. Ele os traz para os versos e sobrepõe os mesmos com uma camada de simplicitude e um certo detalhismo referencial da narração. Muito bom!
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Lilian.Furtado 27/03/2021

A Terceira Margem do Rio
Eu amo os textos do Guimarães e a forma como ele trabalha com a linguagem, criando palavras que são compreendidas com facilidade no texto. Este livro reúne os melhores contos, na minha opinião. De todos, o conto A terceira margem do rio é, para mim, o mais bonito. Toda vez que eu leio esse texto, eu choro. Se vale uma dica, leia este conto com voz baixa, no ritmo em que se apresenta e participe da história como um bom observador e descubra a terceira margem.
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Ladybug 21/02/2021

Está tudo bem não entender tudo!
A maioria dos contos desse livro emocionam, Guimarães parece deixar a escrita com uma certa doçura, mas claro que por escrever com tanta singularidade é difícil, ou talvez não seja possível, entender palavra por palavra, tudo dos textos.

Ao longo da leitura fiquei me questionando sobre o que é mais importante: escrever da forma como você realmente pretende se expressar, mesmo que seja difícil de entender, ou escrever de uma forma que seja mais fácil para as pessoas acompanharem a história. Acho que não há só uma resposta afinal, e que Guimarães Rosa foi mais pela primeira opção!

As vezes é um pouco frustante não entendermos tudo ou demorarmos pra entender alguma coisa, mas sabendo que o texto é a visão de uma pessoa sobre uma história e que você pode ter outra, fica mais fácil compreender que nem sempre dá pra entender tudo tim tim por tim tim, e nem precisa!
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Sales 12/02/2021

Um dos livros mais lindos que já li, aqui Guimarães Rosa mostra todo o poder e a beleza da língua portuguesa. Nessa mescla de prosa e poesia o autor com suas personagens tão diversas, nos mostra que a beleza e a vida estão também em coisas simples que nos passam despercebidas durante o dia a dia. Nem todos os contos são fáceis de ler e às vezes é necessário parar um pouco e voltar depois, mas não foi algo que estragou a leitura, eu pelo menos vi como um desafio e gostei bastante. E por fim gostaria de dizer que o autor se supera nos contos que mostra o ponto de vista das crianças.
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Elvis Gomes 31/01/2021

Crianças e loucos: um mundo onde se era permitido ser
o meu primeiro contato com Guimarães Rosa foi: 20 dias pra ler 200 páginas. a experiência de ler esse cara é de uma leitura à parte. uma leitura em que você precisa diminuir o ritmo, se permitir dar uma saída do globo girando muito rápido e estar ali no que tá sendo dito. é praticamente ler em outra língua, porque é mais experienciar do que entender em si, as palavras tão sempre dizendo mais do que os puros acontecimentos, tem algo ali de uma essência da vida que tá pedindo pra ser tocada, mas cê precisa tá disposto a se desconectar por um tempinho pra chegar a isso.
*
gosto desse livro porque seus protagonistas não são os neuróticos de sempre que a leitura contemporânea nos faz simpatizar. rosa traz crianças e loucos na maioria das vezes. crianças como a beleza de quem descobre o mundo, os loucos como aqueles que redescobrem. uma visão de mundo que se perdeu, de uma época onde as crianças podiam ser, ao invés de vir a ser (os projetos de adultos de hoje), assim como aos loucos era permitido compartilhar e vivenciar sua outra experiência de mundo. além disso, a natureza cerca tudo. em um dos contos, a protagonista é uma vaca. simples assim. em outro, um louco se pendura numa mangueira. mais um: quando uma criança deprimida com a mãe doente consegue extrair um pouco de beleza na vida ao observar, todo dia de manhã cedinho, um tucano numa árvore.
*
esse livro me fala de uma época de mais esperança (que serve, assim, para ressuscitar um pouco dela hoje, mesmo que seja assustadoramente difícil).
raphaela.campano 28/04/2022minha estante
foda


raphaela.campano 28/04/2022minha estante
concordo muito




umataldeanab 16/12/2020

É preciso querer muito ler este livro para compreender de fato o que há nas páginas, foi assim que me senti quando me peguei lendo bem devagar. Não sei se me sinto triste, confusa ou encantada, mas há algo nessa obra que nos obriga a parar e prestar bem atenção a tudo, às linhas e a nós mesmos. Amei me emocionar novamente com A Terceira Margem do Rio, o autor consegue nos transportar exatamente pra onde é preciso. E eu precisava muito disso.
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Jhon 05/12/2020

tô triste, alegre, perdido, confuso e emocionado
Não sei nem o que falar direito sobre o que foi essa leitura. É a segunda experiência com o autor e posso dizer que fui novamente arrebatado pelas criações desse carinha tão especial!

Os loucos, as crianças e os dissidentes que vivem no primeiras estórias não conseguem se adequar à normalidade esperada. Eles escapam às formas de vida razoáveis (da razão mesmo), me levando para espaços, mundos e tempos outros; fazendo com que eu me colocasse em questão várias vezes. A impressão que tive é que ao ler essas narrativas uma questão em comum costumava aparecer: "que tipo de vida estou vivendo?". E é uma pergunta muito difícil de pensar. Na verdade, quanto mais eu penso sobre essas estórias (algumas mais que outras) mais eu fico confuso, perdido, tocado e mexido por tantos afetos diferentes, que fica difícil extrair algo objetivo dessa experiência.

E apesar de eu gostar pra caramba, ler Guimarães Rosa pra mim não é fácil. É uma leitura dispendiosa, que, mais que atenção, requer uma espécie de aceitação de um chamamento, de um convite em que tu embarca num barquinho e vai navegando, remando em conjunto com as maluquices dos universos e das personagens inventadas pelo Guimarães. A passividade não teve espaço aqui, pois as respostas que tanto procurei e questionei só podiam partir de mim. E mesmo assim essas respostas não são acabadas ou intocáveis: as situações são demasiado irracionais para que sejam aceitas explicações lógicas finalizadas.

Tá aí um narrador da vida singular! Aaaaamo a escrita de Guimarães Rosa (embora não a ache tranquila). É um contar e um escrever de uma sensibilidade tão imensa que me faz rir com dentes, olhos e coração. Me emocionei demais! E parece que eu terminei o ato de leitura, mas sem sair saindo desses mundos, porque são tantas as coisas que vão reverberando, as angústias, as alegrias, os desesperos, as incompreensões, que não dá pra fechar o livro e esquecê-lo. São estórias que vão morar comigo e com certeza este foi um dos melhores livros que já li.
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tbbrgs 29/11/2020

Primeiras Estórias, o primeiro livro
"De lá, o sol queria sair, na região da estrela-d'alva. A beira do campo, escura, como um muro baixo, quebrava-se, num ponto, dourado rombo, de bordas estilhaçadas. Por ali, se balançou para cima, suave, aos ligeiros vagarinhos, o meio-sol, o disco, o liso, o sol, a luz por tudo. Agora, era a bola de ouro a se equilibrar no azul de um fio".

Assim, Rosa descreveu o nascer do sol no último conto, Os Cimos, de Primeiras Estórias, que eu demorei à beça pra ler, mas valeu muito a pena ter esperado pra terminar, porque é com certeza um dos melhores livros que li esse ano, só pelo jeitinho com que o Guimarães escreve as coisas.

Quando comecei a ler o livro em agosto (ou talvez no final de julho?), estranhei de cara a escrita do Guimarães e estava tendo bastante dificuldade pra deixar a leitura fluir. Isso por ser o primeiríssimo livro de Guimarães que leio, então nunca tive contato nenhum com o tipo de escrita dele. Apesar de a minha mãe ter Rosa entre seus escritores preferidos, eu só fui começar a ler agora.

Uma das coisas que me ajudou bastante ao longo da leitura do livro foi, esse semestre, ter tido uma disciplina na faculdade em que a professora falou muito de um dos contos desse livro (Famigerado) e também fez uma leitura de um conto de Tutameia. Ela explicou tanta coisa, tanto sobre o conto, quanto sobre o próprio escritor, que me fez perceber um pouco como era bem particular a experiência de leitura de Guimarães, e eu cheguei à conclusão de que é só um estilo de escrita que a medida que nós lemos, nós nos acostumamos. A dificuldade inicial passa depois que entendemos um pouco mais, vamos pesquisando e procurando aprender tudo o que gira em torno daquela obra, de seu escritor e do mundo em que ele viveu.

A escrita de Guimarães é muito diferente de qualquer coisa que eu já tenha lido. Em muitos contos desse livro, na primeira leitura, em muitos casos, era uma primeira leitura difícil de penetrar, mais densa. Demorei pra ler esse livro, em grande medida, por causa disso: muitos contos eu lia duas vezes, porque ler uma vez não bastava. A segunda leitura costumava ser realmente muito mais esclarecedora do que a primeira, e eu conseguia ter uma visão mais ampla do conto e entender as entrelinhas, observar a estrutura e a forma das descrições de personagens e lugares com muito mais perceptividade e atenção. A cada conto que eu lia, era todo um universo novo criado em poucas páginas, em palavras tão bem elaboradas, imaginadas, inventadas. Esses contos emanam uma energia literária própria incomparável, cada um fala por si só e ao ler eles percebi o motivo pelo qual ecoam além da vida de Rosa, pelo qual são considerados histórias clássicas da literatura brasileira.
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