O Som e a Fúria

O Som e a Fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Rosangela Max 07/04/2021

Desafiador.
A forma que Faulkner desenvolveu esta história é surreal!
No começo é tudo muito confuso com um monte de personagem surgindo do nada e sem uma identificação de quem eles são e nem de tempo passado, presente e futuro. E assim se mantém até um certo momento da história. Exige um esforço considerável para passar esta fase. Mas depois as coisas começam a clarear, embora algumas pontas permaneçam soltas.
Uma construção fora do comum, complexa, mas que manteve o encanto.
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Rahrt 03/04/2021

2 de junho, 1910
O Som e a Fúria é um livro difícil.
Por vezes você se vê perdido e sem entender o que está acontecendo, mas nem assim você tem vontade de parar de ler.
Minha primeira experiência com Faulkner e posso dizer que fiquei encantada com todas as narrativas do livro, embora vá precisar ler mais uma vez - no mínimo - para entender todos os detalhes.
A narrativa que mais me tocou foi a da segunda parte - que dá o nome à resenha - por ser tão dotada da fatalidade do fim desde o início e, ainda assim, conseguir ser sutil.
Seu maior vilão também me fez ficar inquieta durante a leitura - conseguiu despertar minha aversão.
Por fim, todos os personagens e suas visões de mundo são a história por si só, fatos entrelaçados aos fatos que nunca são inteiramente contados, onde você precisa ir organizando as peças para conseguir entender.
Mateus 05/04/2021minha estante
Estou com esse livro aqui para ler, depois de ler sua resenha fiquei ainda mais interessado :)




Mari Pereira 03/04/2021

O livro, divido em quatro partes, tem uma narrativa confusa, truncada e na maior parte das vezes tediosa (o que pra mim é o pior).
O enredo demora a chegar e quando chega não é nada demais. História morna, sem graça, sem emoção.
Entendi o propósito do autor, só não me impressionei.
No fim, só ficou a tristeza por ter gastado tanto tempo pra ler um livro tão chato e que nada me acrescentou.
Erick Simões 23/04/2021minha estante
Meu, tua resenha define exatamente minha experiência de leitura. Livro Bleh


Mari Pereira 23/04/2021minha estante
Hahahahah
Minha pior leitura do ano, até agora.
Superestimado viu...




Marcio Claver 23/03/2021

O Som e a Furia
"A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.“
William Shakespeare
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Lara 21/03/2021

Som e fúria.
A narrativa se passa na década de 1920, ambientada numa casa-fazenda nos Estados Unidos. Ela é contada por cada irmão Compson (salvo algumas partes em que Dilsey, T.P, Luster, Fony, pessoas negras ao qual tiveram pouca chance de algo melhor)  descrevem suas vivências familiares e suas vidas particulares, onde por vezes me perdi nessa ansiedade de pensamentos/emoções, e pela incoerência semântica, que funde de repente memórias com coisas que estam presentemente sendo narradas. Suponho que deve ser proposital a gente se sentir igualmente meio confuso, a leitura empolga de um jeito que dá muita vontade de entender e desvendar o que está acontecendo com os Compsons. Juntamente com a bagunça mental, há diversas reflexões ótimas, é um jogo de palavras, onde sentimos como uma história real, atravessada por fortes emoções e brigas familiares. E pelo autor assumir a narrativa quase na mesma velocidade dos pensamentos, sugiro que leiam esse livro com calma, apesar da história ser excelente. 

Enfim, esse livro não é tão fácil assim a leitura em minha opinião, porque gosto de imaginar mais certinho os cenários, por mudar rapidamente as reflexões do personagem, fez com que me perdesse um pouco. Não obstante ainda assim, recomendo este livro que nos tira do conforto e nos apresenta uma fúria de emoções.
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Klelber 18/03/2021

Releitura
A primeira vez que li em 2018 não tinha captado muita coisa não, mas a releitura ajudou muito a entender a história.
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Carina 01/03/2021

o som e a fúria com certeza não é uma leitura fácil. me pego sem saber dizer se gosto ou não do livro, uma vez que a narrativa (por meio de fluxos de consciência) tornam a experiência do leitor exaustiva por quase metade do livro com os primeiros dois narradores. a partir da metade, a narrativa se divide entre a voz de um personagem (odioso, diga-se de passagem) e o último capítulo com um narrador onipresente. por fim, há um apêndice acrescentado pelo autor anos após a publicação com o que se deu da vida das personagens (que não sei se contribui ou é dispensável).
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Helder 15/02/2021

Um arduo caminho
Já posso dizer que li O Som e a Fúria, e não, ele não vai entrar para a lista de livros da minha vida como 10 em cada 10 leitores deste livro. Só vai entrar para a lista dos livros mais difíceis que eu já li, e acho que esta foi a intenção do autor: Fazer um livro difícil.
Sendo assim, mais do que um romance, O Som e a Fúria é um exercício literário. Um quebra-cabeças, onde o autor espalha todas as peças em cima da mesa no primeiro capítulo e segue juntando-as nos próximos. Porém...
William Faulkner resolveu escrever este livro após ter um outro livro publicado e que não fez muito sucesso.
Na época, James Joyce tinha lançado sua grande obra: Ulisses, escrito com um novo tipo de narrativa, que hoje os estudiosos em literatura chamam de Fluxo de Consciência, onde não existe uma narrativa linear nem um narrador onisciente, mas sim diversos pensamentos, ou seja, entramos na cabeça do narrador.
Então acredito que Faulkner pensou: Se Joyce fez algo assim, eu posso fazer algo melhor e mais complexo. E fez!
Tecnicamente O Som e a Fúria é um desafio e um primor!
Realmente existem lances geniais neste livro, mas também muitas coisas que me incomodaram.
Acredito que para começar Faulkner imaginou uma história básica que contaria o declínio de uma família americana no sul dos Estados Unidos. Esta é a família Compson, formada pelo casal Jason e Caroline, seus filhos Candance, Quentin, Jason e Maury, que depois se tornará Benjamim. E além deles temos os empregados negros que trabalham na casa, mesmo muito tempo após a abolição da escravatura. Dentre estes, temos a maravilhosa Dilsey.
Sua história tinha declínio financeiro, romances, ciúmes, racismo, machismo. Mas ainda estava leve, então que tal incluir incesto e até castração.
Nas mãos de uma escritora como Margaret Mitchell, que viveu na mesma época do autor, coisas assim se tornaram uma enorme saga sobre o declínio de uma família de forma linear que foi o livro E O Vento Levou, um dos maiores romances já escritos.
Mas não era assim que Faulkner queria contar sua história, e ele tomou todos os cuidados para que a gente de perdesse no tempo dentro de sua obra, já que seus personagens contam coisas do passado que se misturam com o presente.
Pelo que vamos percebendo, a família tinha terras e muitos empregados, mas com o tempo vai precisando se desfazer destas terras para poder pagar o casamento da filha e a faculdade de um dos filhos.
Mas como eu disse, nós vamos “percebendo” as coisas, pois o livro não nos explica ou explicita nada disso. Ele joga as coisas no ar, e você fica: Será que eu entendi isso mesmo?
Como disse Jean Paul Sartre em um dos anexos do livro na edição da Cia Das Letras “Em O som e a fúria, tudo se passa nos bastidores: nada acontece, tudo aconteceu”
E isso não está somente relacionado ao estilo narrativo, que é o mais famoso diferencial deste livro.
Até no final, quando a narrativa é linear, com um narrador em 3ª pessoa que está ali para nos contar a história, as informações são suprimidas aqui, para serem citadas de leve lá na frente.
Para quem ainda não leu a obra, fica até difícil explicar.
É um livro que requer material de apoio. Explicações, legendas, discussões em grupo.
O livro era tão complicado e aberto que o próprio autor depois escreveu um apêndice explicativo e pediu para incluir em outras edições.
OK! Faulkner era talentoso, mas eu não acho isso muito legal.
Concordo que literatura deve ser feita para que o homem saia de sua zona de conforto, pense, discuta, reflita. Mas acredito que isso deve ser feito com a mensagem do texto, e não com sua técnica narrativa.
O livro é dividido em 4 capítulos e um apêndice, e como um jogo, ele vai tendo seu nível de complexidade diminuído para que o leitor vá se sentindo recompensado.
O primeiro capítulo conta um dia na vida de Benjamim, o filho mais novo da família Compson. O autor nos coloca na cabeça deste personagem, e com o tempo percebemos que Ben é um homem de 33 anos com deficiência mental, portanto as primeiras 70 páginas do livro nos carregam em uma narrativa extremante truncada e complexa, onde Ben nos leva há 3 tempos diferentes, hora narrando suas lembranças de criança, hora de adolescente e hora de adulto. As vezes em uma mesma frase. E você leitor que lute para se situar de que época ele está falando.
No segundo capítulo, o autor volta no tempo e conhecemos Quentin, o filho da família que recebeu investimento do pai para estudar em Harvard. Mas Faulkner ainda não quer facilitar a vida do leitor, pois neste capítulo conhecemos um rapaz em depressão que se sente culpado por diversas coisas, e novamente a narrativa é feita de dentro da cabeça deste personagem, também misturando tempos e o é/foi real ou somente a imaginação de uma pessoa deprimida.
Já no terceiro capítulo voltamos a um dia antes do primeiro, e conhecemos Jason, o rancoroso caçula da família. Neste capítulo a leitura já é mais fácil, pois Jason narra acontecimentos de uma maneira mais clássica, no que é o melhor capítulo e com o melhor personagem do livro, mesmo sendo um dos personagens mais detestáveis da literatura americana.
Jason exala ódio e rancor, por motivos que até poderiam ser aceitáveis, mas ele é tão ruim que nada o redime. Jason foi feito para ser odiado.
Por fim, no último capítulo Faulkner segue narrando o dia seguinte ao primeiro capítulo, porém agora ele resolve usar um narrador onisciente, que passa a contar a história de fora, algo que torna leitura ainda mais amigável, mas que infelizmente leva a um final que não me agradou.
Como o livro era pura técnica, eu esperei ansioso que ele fizesse um final que explicasse tudo o que eu tinha “suposto”, mas ele não quis fazer isso.
A intenção era só mostrar um retrato do dia, mas com um narrador mais comum. Técnica e pronto!
No fim, fiquei com a impressão de que alguém encontrou os rascunhos do quebra cabeça dele numa gaveta e publicou sem ele saber. Sem ele ter acabado.
Algo que ele só fez alguns anos depois, escrevendo o apêndice que realmente explica muitas coisas não ditas na obra.
Muitas pessoas podem dizer que este apêndice não era necessário e eu discordo muito disso.
Para mim trouxe realmente a recompensa que eu busquei como leitor atravessando este árduo caminho, que eu acho que vale a pena ser desbravado.
Obrigado Sr. Faulkner!


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Juci 08/02/2021

Efeméridas são insetos que vivem como ninfas aquáticas até a fase adulta, quando ganham asas, alçam voo e morrem ao entardecer. Em O som e a fúria, romance do norte-americano Faulkner, acompanhamos o entardecer dos Compsons, a atual geração de uma antiga família escravocrata do sul, que como às efeméridas, perderam todo o glamour em seu longo voo pelo século XIX e se aproximam vertiginosamente do ocaso, que trará à eles decadência e aniquilamento.⁣

Dividido em quarto partes, Faulkner abre em cada seção janelas que revelam a consciência dos personagens. Mostra-nos a particular percepção de Benjy, um homem diagnosticado com um retardo mental grave e que perdeu, devido ao desequilíbrio financeiro dos pais, o seu espaço favorito: o amplo campo que circunda a casa, vendido para custear os estudos de seu irmão Quentin em Harvard. Também nos revela Quentin e Jason, outro irmão, ambos com vozes extremamente singulares no romance. E por fim, Faulkner narra na quarta parte a perspectiva de Dilsey, a empregada negra dos Compsons, que fornece as últimas pistas que faltam para que o leitor decifre o romance.⁣

Em O som e a fúria não há um fluxo contínuo de acontecimentos e tampouco há uma progressão temporal ordenada. A trama, em que o passado e o presente se misturam, é marcada pelo eterno devir. Aliás, essa questão do devir é extremamente presente na parte de Quentin, que quebra o relógio para interromper o tempo que marcaria o seu último dia de existência. ⁣Nesse livro em que nada e ao mesmo tempo tudo acontece, o que mais me saltou aos olhos foi a escrita belíssima do autor, que descreve o melodramático declínio dos Compsons com “aquela espécie de delicadeza gigantesca com que um elefante pega um amendoim” (palavras de Faulkner, rs).
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Nina 01/02/2021

Uma aula de literatura
Acompanhar a história dos Compson é, de fato uma leitura muito desafiadora: requer muita atenção e dedicação, mas é recompensadora.

A construção da narrativa é primorosa e supera o enredo, que poderia ser trivial não fosse a habilidade do Faulkner em contá-la.
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Almeida 23/01/2021

Um livro furioso, que te consome por inteiro e não da folga até a última página, assim é som e fúria, um livro que demanda perseverança para ler, pois as peças se encaixam e o fluxo fica mais convidadativo só lá para o final. Um livro, com certeza, a frente do seu tempo.
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Nilton 01/01/2021

O SOM E A FU?RIA
?O pai disse que o homem e? o somato?rio de suas desgrac?as. A gente fica achando que um dia as desgrac?as se cansam, mas e? o tempo que e? a sua desgrac?a (...)? (p. 108).
.
Castrac?a?o, suici?dio, pedofilia, amores incestuosos, roubo, o?dio, fu?ria, questo?es como inclusa?o de pessoas com deficie?ncia e racismo, enfim, temas perfeitos para uma trama folhetinesca. No entanto, na?o e? a histo?ria so? que nos envolve neste livro, mas o estilo do autor. Foi um dos livros, dos quais ja? me aventurei, mais difi?ceis de ler. Isso na?o significa que na?o tenha me instigado. Ao contra?rio, cada linha da construc?a?o feita por Faulkner me levou a ler mais. E mais. E mais!
.
A inspirac?a?o do autor e? a frase da pec?a #Machbeth, de #Shakespeare, ?A vida e? uma histo?ria cheia de som e fu?ria, contada por um idiota e que na?o significa nada.?
.
A decadente fami?lia estadunidense, os Compson, apresentada por Faulkner, pertence ao ini?cio do se?culo XX. Tem quatro irma?os: Ben, Quentin, Jason e Caddy. Os tre?s rapazes sa?o os narradores dos tre?s primeiros capi?tulos. Caddy, a moc?a, permeia as tre?s narrativas. No entanto, o golpe principal que recebemos do texto e? o primeiro capi?tulo: sa?o 80 pa?ginas narradas por Ben, um rapaz que completa 33 anos no dia da narrativa. Ele tem deficie?ncia mental e na?o fala. Comunica-se apenas atrave?s de gritos e choro. O que lemos e? seu fluxo de conscie?ncia onde tudo se mistura: passado e presente. Desesperador! A histo?ria so? comec?a a se encaixar como um imenso quebra-cabec?a, onde as personalidades e cara?ter sa?o apresentados a? medida que o romance avanc?a. O exerci?cio que temos que fazer e? construir a histo?ria desmontada meticulosamente por Faulkner.
.
Na e?poca em que escreveu (no entre guerras), o mundo na?o parecia ter um futuro, assim como o nosso. Isso evidencia-se no texto. O passado e? o refu?gio. E o passado e? a desgrac?a que os leva ate? aquele momento presente. O futuro existe, mas a esperanc?a esta? estilhac?ada como o pro?prio texto de Faulkner. O romance exige a presenc?a integral do leitor nesta experie?ncia fanta?stica.
.
#OSomEAFu?ria #WilliamFaulkner #Literatura
.
21º livro lido
11/09/2020
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Bianca674 31/12/2020

O clássico ?no começo parece que você não tá entendendo nada e no final parece que você tá no começo?. Personagens com o mesmo nome em épocas diferentes da história, períodos de tempo que se intercalam, o vai e vem, a linguagem confusa, os acontecimentos subliminares, tudo contribui para que a leitura de O som e a fúria seja extremamente truncada, daquelas que por vezes você precisa voltar ao início da página e reler muito mais do que uma vez pra entender completamente. Até hoje não sei entendi o livro inteiro ? mas certamente é uma leitura muito marcante e
indispensável.
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luizfelipedds 29/12/2020

100% desafiador
O som e a fúria conta a história do declínio de uma família aristocrática do sul dos Estados Unidos, e até aí tudo bem. A obra traz a perspectiva de datas diferentes da vida dessa família, sendo contada através do olhar de 3 personagens diferentes nos 3 primeiros capítulos, em fluxo de consciências, e, no quarto capítulo, narrada em terceira pessoa. O primeiro fluxo de consciência da obra é de um personagem que possui problemas cognitivos e, desse modo, mistura memórias de 3 diferentes ocasiões da vida da família Compson, pois a mente dele não consegue criar um fio condutor narrativo que seja claro ao leitor, existindo pequenas particularidades na formatação do texto e nos personagens secundários capazes de especificar a época que está sendo pensada por ele. No mais, existe personagem que muda de nome, e também repetições de nomes que deixam tudo ainda mais confuso e interessante. Depois de buscar muita coisa na internet eu consegui entender um pouco a obra, que é no final das contas sobre a decadência dessa família, além de trazer outros termas como a deficiência mental, a (des)valorização do ideal de pureza/virgindade feminina, racismo/escravidão, etc. Vale muito a pena a leitura e depois de vencer o primeiro capítulo o resto continua sendo muito complexo, porém interessante.
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Hugo 21/12/2020

É muito prazeroso ler um livro e sentir o projeto de texto do autor. Essa obra não é considerada difícil atoa, não é um jogo de palavras para ser considerada intelectual e garantir prêmios internacionais. Difícil por difícil não vale a pena ser lido, isso seria nas palavras de Nietzsche ?turvar a água para parecerem profundas?.
Aqui Faulkner de uma maneira brilhante usa do fluxo de consciência para o leitor sentir exatamente como o personagem pensava/sentia naquele momento. Angústia, tensão, medo é muita dor permeiam todas narrativas. É impossível ler e não se emocionar diante de histórias tão particulares. A cidade ficcional do autor cria uma morada em seu coração e tudo parece ocorrer ao seu lado. É um deserto difícil de ser atravessado, mas tão valioso para quem consegue. Livros como este te moldam para sempre.
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