Dom Casmurro

Dom Casmurro Machado de Assis...




Resenhas - Dom Casmurro


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Gláucia 06/12/2010

Dúvida eterna.
Li, reli e treli com o intuito de achar uma pista, um indício da traição de Capitu e conclui que talvez nem o próprio Machado de Assis tenha essa resposta.
A genialidade dessa obra reside justamente aí. O autor consegue satisfazer quem acredita e quem não acredita na traição, dando fortes argumentos e indícios para as duas conclusões. Impossível ter certeza.
Eu, particulamente, creio que Bentinho imaginou tudo. Quem pode saber?...
U.F. 24601 14/01/2011minha estante
Pensei que só eu tinha lido várias vezes tentando achar algo desapercebido, mas vejo que estamos no mesmo barco :p


Paulo Silas 12/02/2011minha estante
É verdade! Concordo plenamente:"A genialidade dessa obra reside justamente aí. O autor consegue satisfazer quem acredita e quem não acredita na traição" Tenho pra mim que este era o objetivo de Machado de Assis:provocar dúvida insanável! E até que é legal! Eufórico!


May 13/02/2011minha estante
Gláucia, era exatamente isso que M. de Assis queria. Por se tratar de uma obra pós-romancista, criticava toda aquela paixão avassaladora e todos os finais ou totalmente trágicos, ou totalmente felizes. A realidade (como é uma obra do realismo) é exatamente essa, Nada é totalmente trágico, e nada é totalmente feliz. A E com isso, continuaremos da dúvida eterna se Capitu traiu ou não Bentinho.


Alexandre 02/03/2011minha estante
Além disso, se não houvesse essa intriga, o livro terminaria com um ?felizes para sempre? antes do Capitulo ?A mão de Sancha?. Teria que acontecer alguma coisa.


Juliana_alvernaz 31/03/2011minha estante
Também acredito nessa hipótese do Bento ter criado tudo, pois o livro deixa bem claro como ele ciumento, mas o fato do Ezequiel, seu suposto filho, ser bem parecido com seu amigo Escobar era um fato que não era somente ele que via.


Matt 13/08/2011minha estante
Eu acho que ela traiou, por conta dos "Olhos de resaca" que ela joga em cima do defunto!! Na hora do velório, mas vai saber né?


Thaty Furtado 22/08/2011minha estante
Se traiu eu não sei, mas acho que o menino não era filho do Escobar, já que ele pensava casar a filha com o menino. Naquela época, (e hj também) não se via pecado tão grande quanto incesto; ele não falaria isso sabendo que os dois são filhos dele. A não ser q não soubesse, o que acho improvável


karlota 12/06/2012minha estante
Ah!Muito boa essa sua analise.De fato é de se deixar pensando,estou lendo e vou reler,quero tirar tudinho dele,cada detalhinho.Eis a pergunta que eu também fiquei,será que até o próprio Machado tinha a resposta?Em um dado capítulo o próprio Bentinho diz que sua imaginação é muito fértil,isso deixa a questionar.Bem,enfim,gostei do seu ponto de vista!


Gláucia 19/04/2013minha estante
Oi Vismael, tudo bem com vc?
Que tal acha sobre respeitar o espaço alheio? Em que passagem de minha resenha de Dom Casmurro vc viu me referir ao Paulo Coelho? Devo estar cega pois não achei essa passagem a qual vc se refere e vem armado de agressividade numa página que não é sua.


Dana 24/04/2014minha estante
Nossa eu amei, se for isso mesmo, acabou minha dor de cabeça!!!!!!, nossa seu ponto de vista é fantástico!


Deivi.Lucio 08/09/2019minha estante
Terminei de ler hoje e acredito que houve traição .....ele menciona que poderia ter tido outros filhos e pq não teve?(esterilidade).Capitu resolveu o problema da infertilidade dele com o amigo Escobar já que era o sonho de ambos....Com o passar dos anos ele começou a reparar em Ezequiel o jeito de comer,sorriso o jeito de virar os olhos e me parece que até a mãe dele percebeu porem nada comentou....agia de uma forma fria com a Capitu.




Milleprale 15/08/2020

Afinal, Capitu traiu ou não traiu?
Essa dúvida, apenas Machado de Assis pode responder com certeza! Ao meu ver, o fato de ser narrado pela visão de Bentinho (que é possessivo e abusivo com Capitu), traz apenas a sua versão distorcida dos fatos.
As vezes, se procura no outro, o que se encontra em si mesmo!
Tudo é muito inconclusivo! É uma história que se inicia um tanto monótona e se torna realmente cativante com o tempo!
Mateus.fariadc 16/08/2020minha estante
tem alguns indícios de traição mas o bentinho talvez não seja muito confiável...so trazendo de volta o Machado apra descobrir msm kkkkkk




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Julia Fernandes 22/07/2022minha estante
Tudo sobre ele?




ezzquias 09/07/2024

O enigma de Capitu.
Dom Casmurro, escrito por Machado de Assis e publicado em 1899, é um dos romances mais importantes da literatura brasileira. A obra, envolta em mistério e marcada por um profundo exame psicológico de seus personagens, oferece uma narrativa rica em ambiguidades e sutilezas. Nesta resenha, busco explorar a complexidade do enredo, o brilhantismo dos personagens e a maestria literária de Machado de Assis, que juntos conferem a este romance sua duradoura relevância e fascinante ambiguidade. O romance é narrado por Bento Santiago, também conhecido como Bentinho ou, na fase adulta, Dom Casmurro. O título do livro já prenuncia o tom do narrador: "casmurro" refere-se a alguém teimoso, obstinado e reservado, características que definem Bentinho à medida que a narrativa avança. Desde o início, é evidente que a perspectiva de Bentinho será central, o que automaticamente colore a interpretação dos eventos e dos personagens com suas próprias percepções e possíveis preconceitos. A história começa com Bentinho relembrando sua infância e adolescência no Rio de Janeiro. Ele vive com sua mãe, Dona Glória, uma mulher profundamente religiosa que fez uma promessa de enviá-lo ao seminário caso ele sobrevivesse à infância. A figura de Dona Glória é essencial para compreender a pressão que Bentinho sente ao longo de sua juventude, uma vez que a promessa de se tornar padre contrasta diretamente com seus próprios desejos e aspirações. Capitu, ou Capitolina, é a vizinha e amiga de infância de Bentinho. Desde cedo, a relação entre os dois se desenvolve de forma intensa e apaixonada. Capitu é descrita como uma menina de "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", uma descrição que permeia todo o romance e se torna um ponto crucial para a ambiguidade da narrativa. A expressão, carregada de conotações de mistério e sedução, sugere uma profundidade emocional e uma capacidade de manipulação que Bentinho parece temer e admirar ao mesmo tempo. O desenvolvimento do enredo gira em torno das tentativas de Bentinho de escapar do seminário e viver seu amor por Capitu. Com a ajuda de amigos e aliados, incluindo José Dias, um agregado da família, Bentinho consegue finalmente evitar o destino clerical. Ele se casa com Capitu, e é nesse ponto que a narrativa começa a se aprofundar nas questões de ciúme e dúvida que assombrarão Bentinho pelo resto de sua vida. A entrada de Escobar, um amigo de Bentinho, adiciona uma nova dimensão ao enredo. Escobar é um jovem simpático e bem-sucedido, cuja proximidade com Capitu começa a despertar em Bentinho suspeitas de infidelidade. A partir daqui, a narrativa se torna um estudo meticuloso da psique de Bentinho, à medida que ele luta com sua crescente obsessão pela possível traição de Capitu. Machado de Assis magistralmente mantém o leitor em suspense, nunca revelando completamente a verdade sobre os acontecimentos. A morte prematura de Escobar é um ponto de virada na história. A suspeita de Bentinho sobre a relação entre Capitu e Escobar se intensifica, culminando em uma série de confrontos e tensões que gradualmente corroem o casamento deles. A ambiguidade da narrativa é especialmente evidente aqui: enquanto Bentinho interpreta vários eventos como provas da traição de Capitu, essas mesmas situações podem ser vistas de maneiras totalmente inocentes. A genialidade de Machado de Assis reside na construção de uma narrativa que permite múltiplas interpretações, deixando o leitor incerto sobre a verdade. Um aspecto crucial de Dom Casmurro é a sua estrutura narrativa. A história é contada em primeira pessoa, o que significa que tudo o que sabemos é filtrado pela perspectiva de Bentinho. Essa técnica cria uma sensação de intimidade, mas também levanta questões sobre a confiabilidade do narrador. Bentinho admite, em vários momentos, que sua memória pode ser falha e que sua interpretação dos eventos é subjetiva. Essa autoconsciência adiciona uma camada de complexidade ao romance, pois o leitor deve constantemente questionar o que é verdade e o que é resultado da paranoia e do ciúme de Bentinho. A figura de Capitu permanece enigmática ao longo de todo o romance. Enquanto Bentinho a vê como dissimulada e possivelmente infiel, há várias indicações de que suas suspeitas podem ser infundadas. Capitu é uma personagem multifacetada, cuja verdadeira natureza é difícil de discernir. Essa ambiguidade é um dos pontos fortes do romance, pois permite diferentes leituras e interpretações. A incerteza em torno de Capitu é um reflexo da complexidade das relações humanas e da dificuldade de alcançar a verdade absoluta. Além do enredo principal, Dom Casmurro também é notável por suas reflexões filosóficas e sociais. Machado de Assis utiliza a história de Bentinho e Capitu para explorar temas como o ciúme, a memória, a identidade e a hipocrisia social. A crítica à sociedade carioca do século XIX é sutil, mas presente, revelando as contradições e injustiças de uma sociedade marcada por desigualdades e convenções rígidas. A análise de Dom Casmurro não estaria completa sem mencionar a linguagem e o estilo de Machado de Assis. Sua prosa é marcada pela ironia, pelo uso magistral da linguagem e pela habilidade de criar cenas e diálogos vívidos. A escrita de Machado é ao mesmo tempo elegante e acessível, permitindo que os leitores se envolvam profundamente com a história e os personagens. A ironia, em particular, é uma ferramenta poderosa no romance, utilizada para revelar as fraquezas e contradições dos personagens e da sociedade em que vivem. Dom Casmurro é uma obra que resiste ao tempo devido à sua complexidade e profundidade. Cada leitura oferece novas perspectivas e insights, e a ambiguidade central do romance garante que ele continue a ser objeto de debate e análise. Machado de Assis cria um mundo literário que espelha a realidade de forma tão precisa e multifacetada que leitores de diferentes épocas e contextos podem se ver refletidos nele. O impacto de Dom Casmurro na literatura brasileira e mundial é inegável. A obra tem sido estudada e discutida em inúmeros contextos acadêmicos, sendo reconhecida como um exemplo exemplar da literatura psicológica e modernista. A capacidade de Machado de Assis de penetrar nas profundezas da psique humana e de capturar as nuances das emoções e relações humanas é comparável aos grandes mestres da literatura mundial. Em conclusão, Dom Casmurro é uma obra-prima que merece seu lugar no cânone literário. O romance oferece uma leitura envolvente e desafiadora, com personagens complexos e uma narrativa rica em ambiguidades e sutilezas. A habilidade de Machado de Assis de explorar temas universais através de uma história aparentemente simples é um testemunho de sua genialidade como escritor. Dom Casmurro não é apenas uma história de amor e ciúme, mas um exame profundo da natureza humana e das intricadas dinâmicas das relações interpessoais. É uma obra que continua a fascinar e intrigar leitores, convidando-os a mergulhar em seu mundo e a questionar suas próprias percepções de verdade e realidade.
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Gaby 10/07/2024

Não, ela (em minha opinião) não traiu. Ele estava doidão já. Bentinho tinha uns problemas de ciúmes sim.

Não li muitos livros nacionais, mas Machado de Assis é meu favorito desde que fui obrigada a ler no ensino médio kkkk. Dessa vez optei por áudiobook, para facilitar a linguagem da "leitura" devido ao pouco tempo para sentar e ler.
Aurélio 10/07/2024minha estante
Não vou mentir que odeio como encaram o livro unicamente pela perspectiva da traição. O livro é riquíssimo em detalhes psicológicos e sociológicos das personagens inseridas no Rio de Janeiro do século 19 mas parece que tudo isso é ignorado e o único foco é a traição


Elisabete 10/07/2024minha estante
Também acho, ela não traiu. Bentinho que viaja demais!


Anny 10/07/2024minha estante
Eu sempre defendi ela. E acho que ele não teve nenhuma responsabilidade afetiva com ela.




Maariarita 18/10/2023

Traiu ou não traiu?
A obra retrata a vida do jovem Bentinho, mais conhecido como Dom Casmurro, que foi prometido assim que nascido ao seminário, pela sua mãe, por conta de uma promessa feita a Deus. Bentinho desenvolve uma paixão ardente pela jovem vizinha Capitu durante a adolescência e com isso busca soluções para abandonar o seminário e viver sua vida com Capitu, mas acaba encontrando muitas dificuldades e por meio disso busca ajuda do agregado, José Dias. A obra é cheia de personagens marcantes, como: D. Glória, tio Cosme, prima Justina e seu amigo íntimo Escobar.

A história ao meu ver não deveria girar em volta da suposição se Capitu traiu ou não traiu. Creio que Machado de Assis não deixou a obra aberta somente para que digamos se ela foi infiel ou não. Capitu sempre foi uma mulher livre, segura e dona de si, ao contrário de Bentinho que sempre lutou com problemas de ciúmes e possessão desde jovem e ao longo da trama ainda desenvolveu uma paranoia enorme em Capitu. E assim a obriga a ir ao exterior e abandonar o seu único filho.

Mas, em todo caso, a graça da história é o final em aberto que gira em diversas suposições e visões de dom Casmurro, como:

? Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas?

? Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.
Leti.Zanini 24/10/2023minha estante
E qual foi a tua percepção? Traiu?




Nado 20/09/2020

Maior clássico da nossa literatura
Não ouso fazer uma resenha para essa obra. Vou usar esse espaço para convidar o leitor, que por um motivo ou outro nunca teve acesso a ela, que a leia. Pause por um momento a sua leitura de best sellers internacionais e dê uma chance para Machado de Assis e para nossa literatura, que se apresenta aqui em sua melhor forma, por fim, se deixe levar pela maior questão literária brasileira, que sempre será tema de debates infindáveis. Dessa vez li em pequenas doses para tentar absorver ao máximo algumas passagens. A cada releitura a experiência é única.
Recomendo a leitura.
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Fellziix 15/05/2024

Traiu ou não traiu?
O livro é bom, o desenvolvimento é muito lento, a tudo realmente acontece nos últimos capítulos.
E na minha opinião, não traiu não.
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Erica 07/04/2023

Dom Casmurro
Esse foi o primeiro livro da literatura brasileira clássica que eu li, e foi uma experiência muito gratificante. A escrita e repleta de metáforas e, como eu não sou a pessoa mais inteligente do mundo, eu não consegui entender muito bem algumas partes. Mas isso não tirou o prazer que eu tive ao ler esse livro.

A história começa com Bentinho sendo obrigado pela mãe a estudar para se tornar padre. Entretanto, ele não quer isso, já que está apaixonado pela sua vizinha Capitu. Logo no início do livro é bem óbvio o amor e o apego emocional que ele sente por ela.

Quando eu comecei a ler a história, eu achei que o Bentinho não era uma pessoa perfeita, mas tbm não era uma pessoa ruim. Ele era simplesmente uma pessoa comum com os seus problemas e um amor aparentemente impossível. Porém, ao longo do livro, é perceptível o ciúme excessivo que ele sente pela Capitu. Ele ficava paranóico com situações totalmente normais.

O ápice desse livro é os ultimos 20%, que é quando ocorre a famosa traição. Na minha humilde opinião, eu não acho que a Capitu tenha traído o Bentinho, e sim que ele ficou louco e tenha imaginado coisas. Porém, eu não tenho certeza absoluta, já que como o livro é escrito pelo ponto de vista do Bentinho, eu tenho a impressão de que a Capitu, em alguns momentos, é descrita de um jeito que a faz parecer uma pessoa carismática, porém manipuladora e dissimulada. Então eu não posso confiar muito no que o autor escreve, porque eu não sei se é verdade ou não.

Eu fiquei chocada com a atitude final do Bentinho(não esperava isso de um personagem que eu considerava normal no início do livro) e acho que eu nunca vou saber se a Capitu traiu ou não.
Kajuul 07/04/2023minha estante
Essa resenha expressa exatamente o que eu sinto em relação à essa obra


Tabitha.Luizi 22/04/2023minha estante
Um clássico da literatura brasileira que eu curto muito.




3my_mcs 01/11/2024

Capitu não traiu!
Vamos aos fatos, o livro tem uma linguagem difícil, mas ele ainda sim é maravilhoso, porém Bentinho também não é nenhum santo, para mim com certeza ele começou a alucinar enquanto definhando pois sentia saudades, e um escritor tão brilhante quanto Machado de Assis jamais deixaria algo tão óbvio assim.
Leitorconvicto 01/11/2024minha estante
Gosto da teoria do livro espelho para D. Casmurro. Para aqueles que acreditam q sim, tem elementos e para aqueles q não, tem elementos. Com isso a decisão é do leitor, um espelho de seus valores e preconceitos rsrs


Carol *_* 01/11/2024minha estante
Para mim Bentinho tinha uma paixão encubida no Escobar


3my_mcs 01/11/2024minha estante
Ex-amante o que eu imaginei?


Leitorconvicto 01/11/2024minha estante
Carol são tantas teorias rsrs.


Leitorconvicto 01/11/2024minha estante
Eu já reli várias vezes esse livro e sempre encontro coisas novas. Incrível como Machado consegue isso. Gênio




Mah 02/05/2022

É uma boa leitura, não estava interessada em iniciá-la, porém decidi dar um chance e gostei.
A história é contada pelo ponto de vista do Bento, ele a escreve quando está mais velho, retratando seu passado e um momento decisivo em sua vida.
Seu destino foi decidido em seu nascimento, após sua mãe fazer uma promessa sobre seu filho ser padre. Com isso, Bento precisa seguir rumo ao seminário para iniciar seus estudos, porém seu verdadeiro sonho é ser advogado e exercer a profissão, além disso ele se apaixona por sua amiga de infância Capitu e não quer deixá-la.
Ele então tenta ao máximo achar uma solução para seus problemas, mas quando não encontra nenhuma saída aceita seu destino e parte, antes de ir embora ele promete a Capitu que voltará para se casar com ela e finalmente terem a vida que desejam juntos.
Lá ele inicia uma grande amizade com Escobar, e seguem juntos enquanto passam por esse tempo no seminário. Seus dias lá não são detalhados, pois seu foco está em Capitu e no ciúme que sente ao imaginá-la sendo cortejada por outros homens, assim, ele volta para casa e consegue um jeito de ficar livre dos seus estudos para padre e focar no que realmente deseja.
Com o passar dos anos ele finalmente consegue o que sempre quis, um emprego respeitável e a mulher que ama. Mas isso muda quando ele percebe mudanças na sua esposa e no seu filho, ele então cria sua própria versão da história e decide acreditar que é a verdade até o seu fim, e as coisas seguem outro rumo.
O interessante é justamente o quanto essa história poderia ser diferente se fosse narrada pelos outros personagens, gostaria de saber o ponto de vista da Capitu e assim ver quais coisas mudariam.
É uma leitura curta e bem feita, alguns pontos me incomodam, mas pelo contexto da época é compreensível. Um verdadeiro drama, mas vale a pena.
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nini.snts 29/09/2024

Foi a minha primeira leitura desse autor, e não faço ideia do que dizer.
Eu sei que o livro é um clássico, mas a linguagem é de 1000 a.c, meu Deus!!! Ele descreve muito as coisas, são páginass descrevendo algo simples. O Dom casmurro é um chatoooo, meu Deus, ninguém aguenta esse homem, mds, espero que a capitulina tenha traído ele mesmo
Livia668 29/09/2024minha estante
Você tinha q ter começado pelos contooos, começar por esse é pra odiar msm kkkkkkkjj


nini.snts 29/09/2024minha estante
Eu li esse por causa da escola ?


ysabellameira 29/09/2024minha estante
foi o primeiro que eu li dele e eu amei tanto kkkkkk um dos meus livros favoritos da vida, acho fantástico


Gabi 29/09/2024minha estante
eu acho muito que a capitu traiu ele. machado de assis escrevia durante o realismo e naturalismo, óbvio que ele ía querer polêmica pra época.


V_______ 29/09/2024minha estante
Reeleia no futuro por livre e espontânea vontade, poderá mudar de opinião. É terrível que sejamos apresentados a esses livros em uma fase da vida que não possamos admirá-los da forma que devem. Te entendo completamente, já passei pelo mesmo.


Mônica 29/09/2024minha estante
A leitura é difícil mesmo, mas lembrando da épica em que foi escrito, faz sentido. Sobre a possível traição, não acho que fez, mas deveria, poderia e ele merecia.




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Berlalovius 03/09/2024minha estante
Excelente livro




dani 30/12/2021

Tranças da vida
Publicado pela primeira vez em 1899, não sei se Machado já conseguia prever que seu romance estaria até hoje causando polêmica. Mas vamos combinar que está aí o charme dessa obra magistral.

Bento Santiago, nosso Dom Casmurro, deseja "atar as duas pontas da vida", como se isso fosse tão fácil (ou difícil) como fazer uma trança. Ele tenta unir a infância à velhice no discorrer da pena sobre o papel. Ao revisitar seu passado, ele procura ressignificar e até mesmo recriar suas memórias. Relata a trajetória de filho único mimado até se tornar um velho sisudo.

Com seu humor irônico e narrativa atraente, Bentinho sabe como manipular e conseguir o que quer. Mas nesse quesito, não chega aos pés de Capitu, a "cigana oblíqua e dissimulada" com "olhos de ressaca".

Saltando diretamente para a polêmica: Afinal, teve traição ou não? Claro que sim! Capitu traiu? Isso não sei, só ela para nos contar. Seu único pecado confirmado foi ser "mais mulher do que eu era homem". Para mim, o traidor da história é Bentinho! Traiu a si mesmo para manter sua farsa, seu ego, seu teatro de senhor da verdade. Traiu-se para justificar seu ciúme doentio, e depois, para suprimir a angústia e o remorso.

O que Dom Casmurro decide mostrar ou esconder, se diz verdade ou mentira, se mantém ou manipula... Acredito que nunca vamos descobrir. Permanecerá um mistério eterno.
Joao 30/12/2021minha estante
Dom Casmurro é realmente uma maravilha!


joaoggur 30/12/2021minha estante
Bela resenha! A maior discussão do livro não é se Capitu traiu ou não: e sim a toxicidade de Bentinho!


Alê | @alexandrejjr 02/01/2022minha estante
Belíssimo texto, Dani! E a "cereja do bolo" é o título!




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