São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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gaby 10/06/2020

maravilhoso, paulo honório não vale nada . mas ele é sensacional kkkk
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MRZA98 03/06/2020

Conflitos internos
São Bernardo é um bom livro com uma história angustiante de um fazendeiro e seus conflitos internos. Oferece uma ótima construção de um personagem sertanejo implacável.
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Lais Machado 01/06/2020

Livro tão bem escrito que as vezes esquecia que era ficção e não uma biografia. E é sempre um prazer de ler essa escrita falada. Parece que adiciona alma no livro.
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Luana 23/05/2020

Enredo atemporal, mostrando que o verdadeiro amor é somente o que realmente importa na vida.
Focado tanto em crescimento financeiro, Paulo se esquece disto e somente com as surpresas do destino, consegue ver como nem tudo se pode comprar.
Ótimo para reflexão!
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linibarross 18/05/2020

Paulo Honório e S. Bernardo
Obra modernista de Graciliano Ramos, escritor alagoano. Retrata a vida no sertão nordestino na visão do ganancioso Paulo Honório. De pouca educação formal e sempre buscando tirar vantagem das situações, consegue a fazenda S. Bernardo por um preço vil. Subiu na vida assim, egoisticamente. Desconfiado de tudo e de todos, cultivou uma vida aparentemente boa, mas emocionalmente miserável tanto em relação ao âmbito pessoal quanto ao social. Isso é notável em pontos específicos ao longo de todo o livro.
A obra é de uma riqueza singular por delinear diversos temas, dentre esses a política, o machismo, o preconceito de cor e lutas latifundiárias no contexto nordestino.
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Steph.Mostav 04/05/2020

São Bernardo, Paulo Honório e Madalena
O poder da literatura é enorme e, assim como existem livros que nos demonstram esse poder através da relevância das discussões que suas páginas proporcionam, também existem histórias que ilustram o potencial da literatura através da própria literatura. Paulo Honório é um narrador não confiável, que já inicia a narrativa com dois capítulos que ele julga "inúteis" mas que dizem mais sobre o personagem do que a própria apresentação que ele faz de si mesmo. A ideia inicial de Paulo era, através da "divisão do trabalho", atribuir funções aos seus empregados na confecção do texto e cuidar só de colocar o próprio nome na capa, colhendo os futuros frutos da fama com esse projeto. E é isso o que ele faz na fazenda de São Bernardo, explorando o trabalho de funcionários, ameaçando inimigos, conquistando mais fortuna através da força e da coerção. Além disso, logo nestes capítulos iniciais ele trata da distinção entre a "língua de Camões" e a linguagem falada pelo povo, da dúvida com relação à veracidade dos fatos que ele narra, do questionamento quanto à intenção do texto. Só a partir daí ele conta a história de sua vida, de como adquiriu a propriedade de São Bernardo e como conheceu a segunda personagem mais importante do enredo, Madalena. É do conflito entre esses dois personagens que não só são muito diferentes como representam valores opostos que vem grande parte do poder desse romance. Paulo queria submeter o espírito cheio de arte, conhecimento e altruísmo de Madalena assim como submetia os empregados e sofre com o primeiro fracasso em dominar alguém. A conclusão do romance é um dos melhores finais que já li na vida e a impressão que tive do todo pode ser resumida em um trecho do posfácio: "Graciliano tinha mesmo em vista contribuir, com a arte, para transformar a estrutura social. E é conhecido que julgava indispensável viver como um miserável para poder falar do ponto de vista desse miserável. A busca desse real é a expressão estética de S. Bernardo. Através da arte, aproximar-se do real, com a certeza de que tal verdade jamais será atingida na sua essência. O grito de cunho social de que S. Bernardo é portador se faz dentro dessa limitação. Se Paulo Honório, por abraçar caminhos individuais, sem se entrosar nos movimentos coletivos, foi punido, resta ao se terminar a leitura de S. Bernardo a sensação de que o homem, ser político, não pode aspirar à absoluta isenção e à racionalidade. Traz com ele um emaranhado de conflitos internos que lhe turvam necessariamente a razão."
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Joao.Ricardo 23/04/2020

ótima obra
Ultimamente, tenho estudado os “romances de 30” e para não fugir dos incontornáveis Graciliano Ramos não poderia ficar de fora com, “S. Bernardo” (grafia original do título). Tem sido muito engrandecedor analisar esses romances e ver as semelhanças e diferenças deles e o quanto as lógicas que os permeiam repercutem no imaginário nacional até hoje. “S. Bernardo”, “Hora de Estrela” e “Os sertões” nos transparece os fundamentos das práticas particularizadas do “brasileiro insígne” que tem o privilégio de locubrar sobre a representação do povo brasileiro e revelar os seus preconceitos. A diferença nos é evidenciada pelo pensamento do latifundiário sobre aqueles que o circundam e compõem seu pensamento particular de sociedade brasileira.
O narrador toma para si a autoridade de externalizar e legitimar, por intermédio da literatura, sua visão particular sobre aqueles que o circundam. Os já citados Euclides e Rodrigo S. M. fazem o mesmo em um movimento que oscila entre o menoscabo e a romantização do outro. É nesse ínterim que o povo de Viçosa passa pelo mesmo processo de exotização que vai da depreciação à exaltação, que Macabéa e a população dizimada de Canudos passaram em suas respectivas representações.
Madalena é a figura central do ponto de virada do romance. E a questão da sua fidelidade ao narrador remete ao lugar comum na literatura brasileira, onde as tensões recaem sobre a culpabilização da mulher em contraposição a sua objetificação e ideia de posse. Na mesma toada, por exemplo, “Mulher sem pecado” (1945), primeiro drama de Nelson Rodrigues, em que Paulo se assemelha à Olegário e ambos se perdem nas alucinações de desconfiança, se fragilizam por não conseguir exercer controle sobre suas respectivas esposas.
Há em S. Bernardo crítica à ideologia do narrador e sua visão hierarquizada, unilateral que visa alterar a questão do atraso de determinadas coletividades, cada um em seu âmbito de atuação.
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Joao.Ricardo 23/04/2020

ótima obra
Ultimamente, tenho estudado os “romances de 30” e para não fugir dos incontornáveis Graciliano Ramos não poderia ficar de fora com, “S. Bernardo” (grafia original do título). Tem sido muito engrandecedor analisar esses romances e ver as semelhanças e diferenças deles e o quanto as lógicas que os permeiam repercutem no imaginário nacional até hoje. “S. Bernardo”, “Hora de Estrela” e “Os sertões” nos transparece os fundamentos das práticas particularizadas do “brasileiro insígne” que tem o privilégio de locubrar sobre a representação do povo brasileiro e revelar os seus preconceitos. A diferença nos é evidenciada pelo pensamento do latifundiário sobre aqueles que o circundam e compõem seu pensamento particular de sociedade brasileira.
O narrador toma para si a autoridade de externalizar e legitimar, por intermédio da literatura, sua visão particular sobre aqueles que o circundam. Os já citados Euclides e Rodrigo S. M. fazem o mesmo em um movimento que oscila entre o menoscabo e a romantização do outro. É nesse ínterim que o povo de Viçosa passa pelo mesmo processo de exotização que vai da depreciação à exaltação, que Macabéa e a população dizimada de Canudos passaram em suas respectivas representações.
Madalena é a figura central do ponto de virada do romance. E a questão da sua fidelidade ao narrador remete ao lugar comum na literatura brasileira, onde as tensões recaem sobre a culpabilização da mulher em contraposição a sua objetificação e ideia de posse. Na mesma toada, por exemplo, “Mulher sem pecado” (1945), primeiro drama de Nelson Rodrigues, em que Paulo se assemelha à Olegário e ambos se perdem nas alucinações de desconfiança, se fragilizam por não conseguir exercer controle sobre suas respectivas esposas.
Há em S. Bernardo crítica à ideologia do narrador e sua visão hierarquizada, unilateral que visa alterar a questão do atraso de determinadas coletividades, cada um em seu âmbito de atuação.
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Rayssa 22/04/2020

Romance de Graciliano Ramos publicado em 1934, retrata a ascensão de Paulo Honório que passa de um trabalhador rural, para criminoso e por fim um capitalista proprietário do latifúndio da fazenda São Bernardo.
Esta obra retrata o sistema de hierarquia entre os pobres e os ricos, fato este que é deixado as claras no momento em que Paulo Honório se ascende socialmente e passa a ter funcionários, e não se preocupa com a qualidade de vida dos mesmos e sim com seus rendimentos.
Durante toda a leitura é possível verificar a análise psicológica realizada pelo autor, que pode ser observada pela frieza do protagonista, que não se arrepende de suas atitudes nem as modifica, além disso, em decorrência de todo seu rancor fica sozinho no final, momento em que resolve escrever o livro para contar a sua triste história.
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Flávia 22/04/2020

Um clássico do Romance de 30
Passados 86 anos de sua primeira publicação, São Bernardo é uma obra que não se esgota. Impossivel concluir sua leitura e permanecer da mesma forma.
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Italo306 23/03/2020

Se em Vidas Secas ( um dos melhores livros da literatura nacional) o foco é a sobrevivência no sertão, aqui o personagem principal é da elite coronelista. Fica evidente o contexto político logo no início quando o narrador decide escrever um livro junto com outros, mas logo as opiniões não batem, a logística não funciona e Paulo Honório decide narrar suas memórias sozinho. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A trama conta a historia de Paulo Honório, sertanejo simples que começa de baixo e vai galgando sucesso, juntando dinheiro e construindo sua fazenda, usando de muita ambição e métodos inescrupulosos.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Apesar do plano de fundo político, o foco real de São Bernardo (assim como em Vidas Secas) é o desenvolvimento do ser humano, a ascensão e declínio de quem lutou para chegar ao topo do mundo e sucumbiu incapaz de amolecer o próprio espírito e dar amor aqueles que lhe eram próximos.
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Como é ter tudo sobre controle mas querer sempre mais, sem nem saber o que almeja? Como é estar acima de todos, a ponto de ter que desconfiar até daqueles que lhe se são importantes? São essas divagações que São Bernardo faz de maneira tão graciosa. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Uma influência de Dom Casmurro se faz evidente, uma vez que o livro também é narrado em primeira pessoa por um marido que em certo momento desconfia de sua esposa, mas o foco aqui não é a infidelidade em si e sim uma mesquinhez contra o mundo todo, uma incapacidade de entender o próximo. Assim como em Dom Casmurro, sinto falta do desenvolvimento de personagens como Madalena, não tanto para o andar da trama mas para entender melhor o que se passou com figura tão importante e que acaba tendo uma existência rasa na narrativa.

Em Vidas Secas um capítulo em especial tem peso em toda trama ( sim, você sabe qual é ) ampliando completamente o sentimento embutido na obra. Aqui temos uma sensação semelhante com o capítulo XIX, onde a narrativa linear e cotidiana é bruscamente interrompida para o autor divagar sobre o que ele se tornou e naquilo que ficou para trás.
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Uma obra maravilhosa cheia de ternura e reflexão que todo mundo deveria ler. Uma das coisas mais legais de Graciliano Ramos, é seu linguajar despojado, que é capaz de emular personagens e o mundo que os cerca e que dá vida e imagem ao sertão nordestino!
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Josi 03/03/2020

São Bernardo
Conta a estória de Paulo Honório que sem escrúpulos passa por cima de tudo e se torna uma grande fazendeiro .
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