Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo Rubem Fonseca




Resenhas - Feliz Ano Novo


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Pablo Paz 02/09/2021

Violência urbana como clichê
A verdade é que talvez a veneração de acadêmicos e jornalistas culturais por ele deve-se mais ao fato de todos pertencerem aos mesmos grupos sociais, morarem em bairros semelhantes, frequentarem os mesmos ambientes e, portanto, compartilharem da mesma Weltanschauung do que por originalidade. Só vejo clichês de classe média sobre a violência nos livros dele. Já é alguma coisa. Vou até criar um ditado: "Cara, tu és mais clichê que violência urbana nas obras do Rubem Fonseca".
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Ingrid 29/08/2021

Resenha - Feliz Ano Novo
Feliz Ano Novo é um livro de contos de Rubem Fonseca, autor brasileiro que trata bastante de violência e problemas sociais. A temática de seus livros levou-os a serem censurados durante o regime militar.

Li pelo Kindle, então inicialmente não tive noção do tamanho do livro, mas sua versão física tem menos de 200 páginas, contando com alguns artigos de outros autores no final. Então, é um livro bem curto, com contos que você lê em alguns minutos.

Não posso dizer que é uma leitura agradável, pois são histórias pesadas. Tem muita violência, de assassinatos a estupros, e outras cenas ainda piores. Mas é uma leitura rápida, pois a escrita de Rubem Fonseca é muito dinâmica.

Feliz Ano Novo é também o nome do primeiro conto, que foi um dos mais marcantes para mim. Indo da periferia ao bairro burguês, o conto é narrado em primeira pessoa por um homem no dia de virada para o ano novo. Assistindo TV ele percebe que esse dia comemorativo seria uma boa oportunidade para roubar os ricos.

O que se sucede nessa história escancara as diferenças sociais entre o homem, seus dois amigos, e as pessoas ricas a quem eles vão assaltar. E mostra a violência que as pessoas à margem da sociedade acabam acumulando com tudo que sofrem na vida.

Então, você percebe que aquelas pessoas têm tudo para continuarem no mundo do crime, vê suas motivações. Contudo, o que eles fazem é tão violento que não tem como não se revoltar e pensar que eles não precisavam chegar naquele ponto.

Os outros contos percorrem ainda assuntos como o do primeiro, mas também existem contos narrados por pessoas ricas. Mostrando que a violência também está naqueles que tiveram tudo na vida, e não teriam um motivo para isso.

Ressalto também o último conto, chamado Intestino Grosso, que acompanha um jornalista entrevistando um escritor. É um paralelo com o próprio Rubem Fonseca, que sempre evitou entrevistas e traz para seus leitores uma forma de entendê-lo um pouco melhor.

Por fim, recomendo a todos a leitura de Rubem Fonseca. A leitura é excelente por si só, além de trazer assuntos importantes.

site: https://www.instagram.com/ingridbeatrizbs/
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Juliana 29/07/2021

Maravilhoso
São vários contos curtos e deliciosamente escritos. Com poucas palavras o autor te apresenta personagens, história, clímax e quando acaba a gente fica querendo mais.
O da revista feminina é meu favorito.
Recomendo.
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Gabi 22/06/2021

Expectativa
São contos aleatórios que apresentam tipos de violências diferentes. Quando você começa a ler e não sabe do que se trata - o meu caso - você espera que o próximo capítulo aborde e aprofunde o que você leu anteriormente, mas acaba, simplesmente. Você fica absorto com o que acabou de ler e pensa; pensa sobre as motivações, mesmo que seja só um conto, você se pergunta se aquilo pode acontecer. Não se prepara para o fim, mas o fim chega, entreaberto, mas segue em frente para o próximo capítulo. É cru, direto e interessante, não promete nada e você continua lendo mesmo assim.
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Víviann 17/06/2021

A realidade simples e pura
Fiz a leitura em um dia apenas, exatemente como uma virada de ano, me permiti deliciar com cada conto, me assustar com alguns e enfim aceitar uma realidade que muitas vezes nos escondemos para não observar.

Rubem Fonseca é rápido, incisivo e pontual. Sua narrativa sabe como entreter, o ponto do clímax e por fim, como dar aquele desfecho avassalador.
Deixo aqui como meu preferido conto o "Intestino Grosso", que é de uma profundidade inimaginável e que será necessário mais de uma leitura para compreender em todos os sentidos.

Rubem Fonseca é um gênio moderno, vale muito a pena a leitura de suas obras!
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Aldemir2 06/06/2021

É né...
É a primeira vez que leio algo do Rubem Fonseca e creio ter começado por uma das coletâneas de contos mais famosas dele. Assim eu já sei que não vou continuar lendo outras coisas do autor. A escrita suja e explícita não foi algo que me pegou, pra falar a verdade até me chocou e deixou meio estarrecido em algumas partes, de todos os contos só gostei mesmo de um que foi o segundo, foi uma história que realmente me prendeu, de resto foi um tanto irrelevante, incômodo e entediante.
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Emerson Dylan 17/04/2021

A crueza do real
Ler logo na sequência do meia-boca Amálgama, de 2013, só aumentou a potência desta obra aqui. Que pedrada! Agora entendo o JP Cuenca, que ele alegou que esse livro mudou sua vida, quando, aos 9 anos, após ser impedido pela bibliotecária de seu colégio religioso de pegar "Feliz Ano Novo" emprestado, surrupiou o volume (ele devolveria após a leitura e repetiria o procedimento com os outros títulos do autor). Leu e se tornou escritor. Como várias resenhas aqui embaixo, subscrevo os adjetivos "brutal", "cru", "cruel". Nenhum dos treze contos passa batido; todos são essencialmente pesados, cada um à sua maneira, e juntos constroem um vertiginoso mergulho na desigual e acidental urbanização brasileira dos anos de chumbo. Passadas quase cinco décadas, parece que foi escrito ontem. De todos os contos, destaco - se é que é possível destacar algum, pois todos são incríveis - "Passeio Noturno", curiosamente dividido em suas partes; como diz o ditado atual, pichado pelas ruas desse brasilzão, "deus me livre do cidadão de bem".
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yanpradoch 04/04/2021

Interessante
O livro reúne crônicas de Rubem Fonseca, que retrata, em sua maioria, o cotidiano da sociedade brasileira. Há estórias para todos os gostos, sempre me divirto lendo.
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elainegomes 08/02/2021

Se hoje falar em sexo, violência, miséria, homossexualidade, mentira, inveja, pornografia, canibalismo, sordidez, traição e muito mais, ou melhor, se hoje, falar-se quadros da vida real já é um escândalo, imagina como foi a luta, insana e desleal luta, da arte com a censura, em tempos dos ?fascistas caboclos? do regime militar,

Este livro de contos trata do ser humano, e suas reais aflições, é desconfortável, é indigesto, um tapa na cara de tão real.

E essa é a melhor qualidade.

?O ser humano, alguém já disse, ainda é afetado por tudo aquilo que o relembra in equivocadamente de sua natureza animal.?
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Duda 03/02/2021

Favorito de um autor favorito
Rubem Fonseca é um dos meus autores brasileiros favoritos. Conhecido como o nosso maior contista, Fonseca tem em Feliz Ano Novo uma das maiores obras da literatura nacional. Claro que é na minha humilde opinião. Gosto bastante de como os contos são viscerais! E gosto da escolha ousada do autor por temáticas tão incômodas! Ler Feliz Ano Novo e não sair com a sensação de ter levado um sacode é impossível. São tantas as reflexões que esse livro traz e sempre provocadas de modo muiro cru! Seus personagens aqui compõem um retrato da natureza humana tirado de forma excepcional. Amei!
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Karina Paidosz 19/01/2021

Contos horripilantes
Eu não tinha noção do que me esperava;
Não sei se todos os livros do Rubem são assim.

Vou dar uma chance em um novo livro, mas esse achei bem peculiar.
Particularmente não curto muito esse estilo.

Mas, cada um tem uma visão diferente para tirar suas próprias conclusões.
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ClauCeci 17/01/2021

Texto ruim
Contos com vocabulário chulo, histórias pesadas, com contexto de violência e imoralidade sexual. Não recomendo.
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Holly 13/01/2021

Sobre realidade nua e crua
A melhor parte de ler escritores brasileiros é poder se reconhecer nas histórias, ainda mais quando é escrito por alguém sem filtros. Comecei 2021 com ?Feliz Ano Novo?, meu primeiro Rubem Fonseca, que já me marcou pra sempre. Inesquecível.
Alê | @alexandrejjr 01/02/2021minha estante
Muito bom, né? Li na escola, nos anos finais do ensino médio e tenho ele até hoje na minha estante, guardo com certo carinho.




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