Mariana Destacio 24/04/2022A Dama das CaméliasPeguei a "recomendação" desse livro em outro livro: Lucíola, onde tem uma passagem em que Lúcia está lendo ele. Fiquei curiosa, já que no livro deu a impressão de que a história que Lúcia estava vivendo era parecida com a que acontecia aqui. De fato, são histórias bem similares, e lê-lo me trouxe a lembrança de Lucíola, que gostei muito de ter lido na época.
Existe algo sufocante nesse tipo de história que me capta a atenção. Fico pasma como paixão é denominada amor nessas páginas, e esse amor maior que tudo vai evoluindo para o ódio e a vingança, sendo constantemente banhado em ciúmes. Pior, que esse tipo de relato me parece muito atual, e é o que vejo em muitos "relacionamentos" hoje em dia. Fico me perguntando como alguém vive assim, nessa montanha russa de sentimentos onde se vive perdido, febril, ansioso, etc.
"A Dama das Camélias", "Lucíola", "O Primo Basílio", "Madame Bovary", "Ana Kariênina"... todas lidam com o "amor" de uma forma um tanto obsessiva. Aquele "preciso ter a qualquer custo". Começa pegando fogo e no final, tudo vira cinzas. Também nesse aspecto, me lembrou "Romeu e Julieta".
Enfim, li esse livro por causa de outro. E nesse livro, encontrei recomendação de outro livro: Manon Lescaut (em breve nos veremos!). Não foi um leitura surpreendente em nada, já que desde o início sabemos o que houve com a "dama das camélias", e baseado em outras leituras do gênero, já da pra saber o que levou ao desfecho. Porém, é sempre um prazer ler um clássico, com uma bela escrita e boas reflexões. Recomendo pra quem gosta do gênero.