Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Mari 26/02/2023

Tendo visto o filme há muitos anos, estava receosa e ao mesmo tempo curiosa p/ ler o livro.

Eu me surpreendi com a escrita da autora, achei densa e bastante analítica a relação entre mãe e filho.

A Eva escreve cartas ao pai do Kevin tentando entender porquê o filho é assim, relembrando o casamento antes e depois do nascimento dele,
como ela não conseguia ter um vínculo com ele e sempre o enxergou pelo o que ele é, enquanto o pai o defendia e o via como um garoto normal.

O livro também faz menção a vários massacres em escolas nos Estados Unidos ocorridos no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, alguns admirados e outros criticados pelo próprio Kevin, tentando desvendar o que levou esses adolescentes a cometerem esses crimes. Existe explicação?

A história é bem pesada, principalmente o final (como já era esperado), mas achei uma experiência boa a leitura!

laura1423 02/03/2023

Precisamos Falar Sobre o Kevin
Livro muito bom. Tinha esse livro desde 2021 encalhado em minha estante e minha preguiça de lê-lo só aumentava com o tempo pois muitos diziam que o livro era chato e a escrita, arrastada. O que me atraia- e atrai- nesse livro é a história. Já assisti o filme e queria muito ler o livro e ter uma noção mais expandida do que o livro se tratava. Adoro assuntos sobre psicopatas e nesse livro você encontra uma mãe falando do seu filho que já nasceu psicopata, você vai acompanhando como que essas mentes perversas vão se formando e como são vazias. Não deixarei de lado as problemáticas desse livro como as partes xenófobicas, racistas, gordofóbicas, etc. A escrita para mim no começo foi realmente arrastada mas em menos de 80 páginas eu me peguei completamente emergida na história e devorando página por página.

Thadeu Costa 06/04/2023

Lionel Shriver - Precisamos falar sobre o Kevin
Kevin, aos 15 anos mata 11 pessoas. Entre essas, estão colegas de escola e familiares. Eva, mãe de Kevin, se sente culpada e apenas sobrevive. Kevin sempre foi um filho sem sentimentos, incapaz de sentir amor ou prazer por nada nem ninguém.

Esse é um romance epistolar, no qual toda a história é contada através de cartas, mostrando toda a dificuldade de Eva em amar e ser amada por seu filho, além da luta de manter seu casamento, em meio a toda essa atrocidade causada por Kevin.

Uma história com um tema bem pesado e atual, visto que várias invasões a escolas e chacinas têm acontecido em nossos dias ao redor do mundo. Contudo, confesso que levei um tempo para ler visto que em certos momentos se tornou cansativo e repetitivo.

Mas ainda assim, é bem escrito e a autora tratou muito bem esse assunto tão difícil. Vale a pena a leitura.

bloop 08/04/2023

Essa leitura foi... uma jornada. Literalmente acabei de ler o livro e não sei exatamente o que dizer sobre ele. Não sei como estou me sentindo por ter acertado um detalhe; mas também estou longe de estar completamente satisfeita com o final dessa história.
Bom, nenhum dos personagens é bom. E digo isso mais num quesito moral mesmo (em termo de construção, fico em dúvida. Também não sei se consigo considerar todos como propriamente personagens, admito que também dá pra entender, em alguns trechos, alguns deles como simbolismos.).
O estilo de cartas é muito interessante, assim como facilita a mudança de tempo nas conversas: uma hora é sobre o passado, outra no presente e com algumas ruminações da Eva no meio. Muita coisa que foi escrita é... tendenciosa, eu acho? Existe muito preconceito no livro e às vezes é bem chato de ler, principalmente porque a personagem tem um certo ar de certeza e factualidade.
Ainda assim achei muito bom a história ter como aspecto central a falta de interesse na maternidade. Também acho irônico como ela aborda misógina enquanto se apoia em pensamentos machistas. Posso afirmar sem medo que sarcasmo e ironia são bem presentes nesse livro.
Termino essa resenha dizendo que não é uma leitura pra qualquer um. Diria pra dar uma chance caso algum dos pontos que citei te interessar, mas que leia com cautela e sem julgamentos (o que parece soar irônico pela nota que dei hehehe) para tentar não se estressar com a hipocrisia da Eva. No fim, admiro a coragem da escritora pelo que escreveu, apesar de recomendar não apoiar os trabalhos dela; uma ida ao twitter dela deve te informar do porquê fiquei feliz em ter comprado o meu exemplar num sebo.

Sr. Quadros 11/04/2023

Perturbador, arrebtador, chocante
"Precisamos falar sobre Kevin", escrito por Lionel Shriver, é um livro arrebatador e perturbador que retrata a história de uma mãe que tenta compreender o motivo pelo qual seu filho cometeu um crime terrível. A trama aborda questões profundas sobre a natureza humana, maternidade, violência e responsabilidade.

O livro é extremamente perturbador e desafiador, e pode ser difícil de ler para alguns leitores. Shriver nos mostra uma realidade assombrosa, sem filtros, que nos faz questionar nossos próprios preconceitos e nossa visão de mundo. A narrativa é intensa e envolvente, com uma escrita impecável que nos leva a refletir sobre a natureza do mal.

Os personagens são complexos e bem desenvolvidos, com motivações e desejos conflitantes. A mãe, Eva, é uma personagem especialmente interessante, que questiona suas próprias escolhas e sua capacidade de amar seu filho. A relação tensa entre mãe e filho é explorada com profundidade, levando o leitor a se sentir parte da história e a questionar seus próprios relacionamentos familiares.

A escolha do estilo de escrita de Shriver é perfeita para essa obra, e a história contada de forma epistolar só contribui mais para o mix de sentimentos ue o livro proporciona

Em resumo, "Precisamos falar sobre Kevin" é uma obra-prima da literatura contemporânea, que desafia e emociona o leitor ao mesmo tempo. É um livro que esfrega na cara do leitor uma realidade assombrosa e que faz com que questionemos nossas próprias vidas e escolhas. Altamente recomendado para aqueles que gostam de literatura desafiadora e intensa, mas também para aqueles que buscam uma reflexão profunda sobre o mundo e a natureza humana.

MaurAcio1 21/04/2023

Muito profundo
Um dos livros que gostei muito. É bem escrito, inclusive a escritora soube transmitir sentimentos e emoções tão reais que em certo ponto do livro eu me senti como membro da família de Kevin e como se eu estivesse junto lidando com o acontecido.
Por ser um livro com estrutura de cartas que a mãe do Kevin escreve para o pai a leitura se torna mais rápido e o final é bem marcante. Quando terminei o livro fiquei um pouco impressionado por conta de como eu estava envolvido naquela história e levou uns dias até que essa sensação passasse. Mexe com as estruturas.
Outro ponto legal é a reflexão que a história sugere como o papel da mãe/mulher na sociedade mediante a eventos como o que Kevin fez ou como a maternidade é complexa. Isso me tirou completamente da minha "zona de conforto" E graças a forma que foi escrito o livro me senti como pai e mãe do Kevin ao mesmo tempo.
Uma leitura sensacional que eu recomendo Muuuuuito

Arthur838 22/04/2023

Genial
EXTREMAMENTE sufocante e perturbador, que final terrível, fiquei perplexo com a tamanha crueldade, crueza e frieza do jeito q essa história termina.
As cartas não tem resposta, e saber o pq disso eh simplesmente brutal.

Luiz.Felipe 01/05/2023

Livro muito bom.
Achei o começo um pouco confuso, mas foi porque eu esperava que o livro narasse os acontecimentos apenas do Kevin, além da escrita ser um pouco diferente com que estou acostumado.
Mas logo comecei a entender a história e me acostumei com a escrita, com isso a leitura passou a ser mais fácil e a fluir.
A Eva é o personagem mais real que já li.
A história é muito pesada e em praticamente todo capítulo há algo para ser refletido.
A Eva não torna tudo lindo, maravilhoso e romântico, mas sim real e sincero, por mais que em alguns momentos lhe cause um sentimento de absurdo.
Vale muito a pena ler este livro. Cada capítulo que passa, você fica ansioso para o próximo.
É uma das histórias mais tristes que li.

Eduarda99 02/05/2023

Nossa
Foi uma leitura cansativa, me causou uma ressaca literária do caramba, mas nossa, o final CHOCANTE?
admito que assisti o filme antes e o filme é meio vazio, meio sem consistência, só jogam os momentos e sei lá, achei meio ble o filme
MAS O LIVRO, meu deus, é demorado até chegar na parte em que é nítido o comportamento "psicopata" dele, mas quando chega é bem descrito e muito esclarecido
gostei bastante

Wonderbooks 11/05/2023

Perfeito
Confesso que quase parei de ler, e ainda bem que não larguei a leitura, a história é incrível, muito bizarra haha, não sei dizer mais que isso, não tenho palavras, acho que quem leu vai entender, é realmente difícil explicar.
Só indico.

Maria 27/05/2023

Gostei muito desse livro, apesar de não ser uma leitura fácil. Ele nos faz sentir muitas coisas em relação aos personagens, que são muito reais. A complexidade da relação mãe (que conseguiu entender que tinha algo de errado ali) e filho. A questão de como psicopatas conseguem enganar as pessoas em volta entre tantas coisas. Indico a leitura.

Fernanda 23/06/2023

Ser mãe
Não é a tarefa mais fácil do mundo, neste livro mostra desde a decisão de se tornar mãe e abrir mão da própria vida, trabalho e como o casamento foi modificando, como o Franklin não ouvia a Eva, de como uma criança se mostra para o pai em um papel perfeito e para a mãe se mostra como realmente ele é. Um livro q fala sobre as barbáries nas escolas, mas que começa em casa, em pequenas atitudes dele que a mãe se dá conta, mas o pai não quer enxergar. Valeu a leitura. Muito bom

Mikaela9 05/07/2023

Por que tudo é culpa da mãe? Só porque ela que pariu?
Quando eu vi o filme eu achei que a história se tratava de uma coisa (relacionamento mãe x filho; massacres em escola). Ai peguei o livro para ler e ok, ainda continuar sendo sobre isso, mas muito além.

Como mulher é fácil se identificar com a Eva, com a dor da Eva, com a solidão dela, com as obviedades que só quem é mulher realmente entende e saca sobre o que ela tá falando. E olha que ela divaga pra caramba, mas na maioria das vezes consegui pescar o que exatamente ela tava falando.

E isso foi o que mais me doeu, porque ok eu posso não ser mãe, mas eu entendi tudo e nossa quanta raiva não passei vendo ela quase que gritar por socorro e o marido inútil, mas que ela amava mesmo assim, tampava o sol com a peneira... Do meio pro fim, começou a ficar óbvio porque o Kevin fez o que fez com o pai.

Já a questão dos massacres em escola, fiquei impactada de verdade quando o Kevin, na entrevista, diz que a mídia dá ideias. Que era tudo tão mostrado que não tinha como não assistir e algumas pessoas acabarem pensando em fazer igual. Isso virou de vez a chavinha na minha cabeça do porque hoje em dia a nossa mídia evita ao máximo dá destaque a quem comete crimes do tipo.

Por fim, acho que esse livro é de uma profundidade que a gente sente na pele e sim, graças a isso ele te deixado agoniado, com raiva e te leva a um limite sobre várias reflexões e a maior delas é que ser mãe nunca foi, é e será fácil.

Nic 08/07/2023

Brutal.
Um livro intenso, forte, brutal.
Através de cartas para Franklin, Eva conta ao seu marido tudo o que sentiu e viveu desde o nascimento de Kevin, garoto que aos 16 anos planejou e realizou um massacre em sua escola. Eu não havia assistido o filme, portanto todos os fatos até o final foram surpresa para mim.
Confesso que a leitura foi muito difícil pois eu passei a maioria do tempo passando raiva de Franklin, o idiota do pai de Kevin.
Enfim, é um livro que nós faz pensar em inúmeros temas, como maternidade, família, governos, mídia, psicologia, etc..
Livro Precisamos Falar Sobre Kevin - 463 pág.
Da autora americana Lionel Shriver ??
Livro 14/2023.

Joao 18/07/2023

Um livro muito bem escrito, porém não é para todos.
Dedico essa resenha a minha querida grande amiga Regis, uma das pessoas que mais me incentiva com a leitura e uma entusiasta das
minhas resenhas no skoob.

A princípio eu adicionei este livro a lista de leitura por achar a capa bem interessante e gostar da sinopse. Imaginava um livro de "terror" (inclusive quando decidi ler este livro eu vinha de uma sequência de leituras de terror gótico e Stephen king). Porém, me "decepcionei" pois o livro não é um livro de terror. Se aguarda ler um livro nesse gênero, nem perca tempo lembro este livro. Porém, não significa que o livro não te trás uma profunda angústia (até mesmo maior que muitos livros de terror). "Precisamos falar sobre Kevin trás uma perspectiva diferente de um psicopata, pois o personagem principal não é o psicopata em si, mas sim a sua mãe.
O livro constrói todo o cenário desde a sua base (sob a perspectiva da mãe de Kevin)
A angustia do livro está mais na perspectiva da mãe do psicopata do que no "grande acontecimento" em si. Um livro um pouco arrastado, pois toda sua escrita é feita através de cartas, não é um livro de muita ação, mas um livro de mergulho na psique de uma mãe que tem um filho totalmente indiferente com tudo e todos. Por isso não é um livro para todos, pois é um livro de quase 500 páginas e bem arrastado. Porém, ele cumpre o que propõem, e cumpre muito bem!!! "Precisamos falar sobre Kevin" é pra ser arrastado, e não vejo outra forma desse livro ter sido escrito.

A leitura para mim teve um 'Q' a mais, pois sou estudante de psicologia, e ter essa perspectiva sobre o psicopata de um olhar materno foi bastante enriquecedor. Índico bastante este livro para aqueles que tem paciência para ler livros arrastados.