Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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bella 30/04/2021

insta: @atocadaraposa

Spoiler: Este se tornou um livro muito especial em minha vida.

“Os Sertões” é a obra-prima que Euclides da Cunha nos deixou. Publicado em 1902, é ainda hoje considerado uma das grandes epopeias em língua portuguesa.

À primeira vista, trata da Guerra de Canudos, uma das chacinas abafadas pelas mãos do Estado brasileiro, a qual ocorreu pela insurgência da cidade baiana de Canudos perante o poderio republicano. Todavia, a escrita de Euclides vai muito além, o autor intenta descrever toda a realidade brasileira. De forma que a leitura chega a ser cansativa em diversas partes, isto é inegável, e se você já passou das duas primeiras partes “A Terra”, e “O Homem”, fique tranquilo, você já passou pelo mais difícil — o adentrar nos sertões.

Longe de mim querer dizer para você começar na terceira parte, “A Luta”, não. Apesar de difíceis, as duas primeiras são uma grande contextualização, necessária do ponto de vista euclidiano, para entender a narrativa por completo. Elas são parte do motivo pelo qual o livro carrega o título de “Bíblia da Nacionalidade”.

Eu tinha muitas expectativas prévias, mas esta leitura me levou ao encontro de uma história muito mais significativa do que eu poderia imaginar. “Os Sertões” é um gigante.
Sua leitura é urgente por ser sintomática, apesar dos diversos erros que Euclides comete em suas descrições, esta não perde sua grandiosidade e sua importância histórica e literária. O que o autor fez nestas seiscentas páginas é a narração comovente de uma das memórias que tanto se tenta apagar. A luta daqueles que morreram para viver.

Apenas reafirmo, para quem tiver interesse, entrar n’Os Sertões é uma missão bem afastada da orla tropical, carece de cautela ao olhar no seu interior, uma vez que a escrita de Euclides faz com que “Canudos se confunda com o sertão e o sertão se confunda com Brasil”.

site: https://www.instagram.com/atocadaraposa/
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Maria 22/04/2021

O sertanejo é, antes de tudo, um forte.
Leitura necessária para entender e humanizar o fato histórico que foi a Guerra de Canudos. De lado eu vi: fanáticos religiosos embrutecidos pela miséria e do outro: soldados ingênuos, usados como massa de manobra lutando contra quem nada tinha a perder e ansiava pelo ingresso no céu. Nos dois lados eu vi sangue e dor. Não existem vitoriosos onde impera a violência, todos os fatos históricos estão aí para nos provar isso.
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Maria.Julia 14/04/2021

Os sertões, literatura clássica brasileira.
Confesso que ler essa famosa obra de Euclides da Cunha foi um verdadeiro desafio. A escrita um tanto quanto densa, rebuscada do autor, tornou a leitura mais lenta e complexa, foi até preciso pesquisar um pouco mais sobre o livro para que de fato eu pudesse ter uma melhor compreensão e um maior domínio de leitura. Contudo, mesmo sendo um estilo de escrita mais complexo, o livro possui uma característica que eu gosto muito, ele é muito descritivo, narrando não só o conflito de canudos, mas a personalidade dos envolvidos e o sertão que foi palco para tais acontecimentos. É um livro interessante pela quantidade de informações que nos passa, por exemplo a parte que Euclides faz a narrativa geográfica da região nordestina, descrevendo o relevo, clima, solo e a vegetação da região, carregado de inúmeros termos técnicos. Além disso, o autor faz uma análise crítica e cirúrgica em relação a guerra de canudos, onde é explicitada as diversas diferenças sociais no Brasil, e que se refletirmos, permanecem até os dias atuais, com outras roupagens é claro, mas com a mesma essência, a supremacia da elite se instituído sobre os menos favorecidos, através de muita exploração, infamidades e injustiças.
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Marcus419 01/04/2021

Fanatismo e vingança.
Apesar de acreditar em um determinismo racial, típico do seu tempo, o autor faz uma denúncia que se contrapõe à demonização do sertanejo levantada pela mídia e pelo povo. 

 O fanatismo religioso narrado é o resultado do sofrimento do sertanejo e sua inclinação ao divino. É como se o jagunço elegesse Antônio Conselheiro. Este, por sua vez, abraça o papel medonho. A história está repleta de exemplos como esse. 

  Conselheiro ameaça assaltar um povoado para conseguir madeira para a construção de uma igreja em Canudos. O governo fica ciente desse evento e, posteriormente, de outros considerados ilícitos. Isso marca o início do conflito.

 A princípio o inimigo é visto com um bando de mendigos. Subestimam. O ambiente árido beneficia o jagunço. Diversas ( pequenas) expedições são feitas. Mesmo após sucessivos fracassos, surpreende o quão desgraçada uma expedição rumo a Canudos pode ser. Em uma delas, o exército foge e deixa um sem número de armas e munição. Em seguida, o clamor nacional pela punição só aumenta e isso influencia o governo na busca de uma vingança, uma demonstração de ordem ( também já vimos um bocado disso, ou melhor, vemos).

 Os rebeldes acreditam que devem lutar até a morte para fazer jus à salvação divina e o exército, por sua vez, não os poupa ( degola ou corda) nem elabora nenhum tipo de negociação, o intuito é matar. O fanatismo religioso e a impiedade do exército faz com que o último jagunço lute até a morte. Tem-se a denúncia do crime.

 
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sara 29/03/2021

Acho que esse livro desperta muito sobre a realidade nacional, aquela realidade que não é retratada nos livros de história e que muitas pessoas de algumas regiões do Brasil nem sonham que existe. A descrição de tudo que foi real e ainda é, parece um soco no estômago!
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Guilhermo del Toró 23/03/2021

Um livro importante para a cultura brasileira e nordestina, apesar de ter uma linguagem difícil e algumas partes entediantes, é uma ótima leitura na visão geral
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Carolina 14/03/2021

O sertanejo é, antes de tudo, um forte!
A leitura é bem densa e eu diria até pesada. Pesada no sentido de muita informação, muito tecniquês, muita geografia/geologia no começo e pra quem não tá acostumado, pode ser um motivo de desistência.

Porém, é essa mesma riqueza de detalhe que encanta o leitor que realmente quer descobrir o que aconteceu em Canudos e com Antônio Conselheiro. E também, entender o que as pessoas que lutaram (e morreram) em Canudos passaram para sobreviver ou antes de morrer.

Um grande clássico brasileiro que vale a pena ter um espaço na sua meta de leitura.
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Laércio Damião 04/03/2021

Que livro rico...
O livro começa um tanto chato, com umas descrições geográficas bem confusa, que dão até sono. Pensei em abandonar, mas dei uma pesquisada, vi alguns comentários e resolvi continuar...
O livro se torna fantástico. A descrição do sertão e de seus povo é muito bem narrada... É nítido nas palavras de Euclides o encantamento pelo que ali viu. (...o sertão é um paraíso). Amei o fato de ele citar minha cidade no livro. Amei a descrição real e sem filtro de todas as paisagens e fatos acontecidos.
O livro merece 5 estrelas! Se você que está começando, está achando chato, dê uma oportunidade, não irá se arrepender.
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RafaelM 28/02/2021

"Trata-se de um crime, vamos denuncia-lo"
Euclydes da Cunha.

O livro narra a ascensão e queda de Canudos, situado em Monte Belo, no nordeste brasileiro.
A transitória de Antonio "Conselheiro" e de boa parte do exército brasileiro somado a forças polícias, num luta épica por uma utopia religiosa até o seu fim, trágico, cruel, eternizado.
O que o torna mais clássico é que foi uma história real, cravada para sempre entre tantas outras ocorridas nesse imenso território chamado Brasil.
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Tamiris 15/02/2021

Uma história trágica!
O livro é estruturado em três partes a terra, o homem e a luta

A primeira parte Euclides irá explicar a geologia do Sertão como é o clima, a vegetação, o solo, o relevo e etc... Detalhadamente o que acontece em todo o livro é bem minucioso, por se tratar também de uma obra jornalística e historiográfica.

A segunda parte fala sobre o homem, como era o sertanejo, o jagunço, a cultura, raça, religião e inicia a história do Antônio Vicente Mendes Maciel vulgo (Antônio Conselheiro) sua infância, sua juventude até o ponto em que se torne esse ícone.

A terceira parte entra a luta, as expedições enviadas para destruir canudos.

Para mim a primeira parte foi maçante foram 14% sem entender direito o que ele escrevia, adoro geografia, mas não tive conhecimento suficiente para entender os detalhes minuciosos do solo, da vegetação, do ar e etc. Uma coisa que me chamou atenção nessa primeira parte e a mumificação de cadáveres pelo clima, vi isso também na morte vida Severina. Não conheço pessoalmente o clima do nordeste (sertão), mas fiquei imaginando.

Quando finalizou a primeira parte pensei pronto agora vou entender, mas Euclides tem uma linguagem muito difícil. Diversas vezes me peguei divagando era bem complicado me concentrar e para ler esse livro precisar estar concentradíssimo na leitura. Mas foi interessante conhecer as características do povo que a habita o sertão e toda sua cultura. Gostei de conhecer a história da Antônio Conselheiro e deu vontade de ler outros livros, mas fáceis sobre ele.

Na terceira parte foi assustador ver Canudos sendo destruído e cadáveres e mais cadáveres amontoados. Algumas histórias me chamaram a atenção, diante de tantas trágicas uma delas de um moço que qualquer pergunta que faziam para ele respondia “Sei NÃO!” Ai perguntam como quer morrer “de tiro”. Pois há de ser a faca!”e quando a faca enfia no seu pescoço com o sangue borbulhando, gargarejando com o sangue anda grita “Viva o bom Jesus!.”

Esse trecho resume um pouco a força desse povo “Aqueles homens que chegam dilacerados pelas garras do jagunço e pelos espinhos da terra eram o vigor de um povo posto à prova do ferro, à prova de fogo e à prova de fome.”

Lutaram até todos morrerem.

Foi uma leitura longa, acho que foram uns 3 meses.

Pela sua importância a obra vale 5 estrelas, mas dei três pela minha experiência com a leitura.
Pedro Moreira 15/02/2021minha estante
Excelente resenha!


Tamiris 15/02/2021minha estante
Obrigada ?




Rafaela.Moura 06/02/2021

PERFEITO!!
Comecei o livro sem muitas expectativas, a leitura inicial é difícil devido as palavras arcaicas, mas passado esse pequeno obstáculo a leitura segue e flui bem. Esse livro me deixou muito impactada é minha primeira leitura de os sertões e me arrepiei com os fatos narrados. Se tornou meu livro nacional preferido. Lindíssimo!

" Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem..." - Os Sertões
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Germano.Pereira 02/02/2021

Os sertões
Esse livro tem uma linguagem bem peculiar, eu não compreendi a história, porém mesmo assim terminei de ler o livro sem entender nada.
WALISSON 02/02/2021minha estante
Perseverou até o final




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