Resenhas - Os Filhos de Duna

Carol Yuki 28/05/2021

Gostei muito mas esperava mais.
Confesso que dos três volumes este foi o que menos gostei.

Achei mais lento, o ritmo forte e sagaz dos volumes anteriores me deixou com expectativas muito altas para está sequência.

Não me senti nem de longe tão envolvida pelos gêmeos como gostaria, e no final das contas isso pesou demais.

Duna é uma finta dentro de uma finta, a complexidade da trama é excelente mas o que mais me cativou sempre foi a construção dos personagens.

Como senti falta de Jessica em Messias de Duna e como a odiei nesse volume. Como ela abandonou Alia partiu meu coração, de verdade, essa menina que enfrentou sozinha tantas dores e num último momento de lucidez se encontrou só novamente. Quem nunca se sentiu sozinho no meio de uma multidão? Nessas horas que desesperadamente precisamos de apoio. Alia não teve a própria mãe.

Duncan, tanto esforço para retornar a si próprio somente para ter seu coração partido:(

Paul, meu personagem favorito. Não tenho palavras pra descrever a minha tristeza.

Eu ofereci água aos mortos na passagem de Paul Atreides. Eu sou um misto de raiva e homenagem. Devo ser meio fremem afinal.

Fabiula.Reif 04/10/2020

Gostei .... Mais não gostei ....
Não, sei .....
Começo ótimo, meio ótimo o final é ... Foi o final ..... Vamos ver como será o próximo, não gostei muito do desfecho de Leto, mas entendo o motivo.
Não sei se foi porque li três livros seguidos de Duna e fiquei em uma ressaca de Duna.

Bom agora me basta ler o próximo para ver o que vem pela frente.

Aribra 29/04/2009

Sextologia Duna

Agora a história continua nos dois filhos do Muad Dib, Leto II e Ghanina. Alia torna-se a regente quando o Muad Dib desaparece no deserto de Duna. É um retorno também dos desaparecidos Harkonnen através do Barão, um dos mais asquerosos personagens já criado na literatura e tão bem personificado por David Linch no filme Duna. Ele ressurge através de Alia e sua ligação aos ancestrais, ela conseguiu esta proeza ainda no ventre da mãe. O Barão acaba dominando Alia e consequentemente Duna e começa a perseguir os dois filhos do Muad Dib para matá-los. Uma boa trama e um bom suspense e principalmente no final ao revelar-se o poderoso Leto II.

Maria4556 11/09/2021

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Não curti, infelizmente. Deveria ter parado no livro 2. Não sei se pretendo continuar a segunda trilogia?pelo menos não por enquanto.

Maria13581 12/06/2024

0,99 PERFEITO
A história continua tão maravilhosa quanto nos outros livros, Frankzinho continua arrasando.
Nunca na minha vida eu fiquei tão angustiada lendo um livro, o que não é algo negativo. Queria saber como todos aqueles milhões de problemas seriam resolvidos, como alguns personagens reapareceriam e como essa primeira trilogia seria finalizada.
Me emocionei muitíssimo nesse final ??.
Só foi 0,99 perfeito (e não 1) porque várias vezes durante a leitura eu me senti um pouco perdida, parecia que os personagens estavam me escondendo parte da história (o que pode ser um pouco culpa minha também), mas tirando isso, perfeito.
Estou ansiosíssima para o próximo livro e também um pouco preocupada em saber se vou conseguir me conectar com o novo protagonista, mas acho que vou, já que o Frank é perfeito do início ao fim ??

Gustavo Rodrigues 28/02/2021

Os gêmeos vieram pra alterar o curso da história.
Filhos de Duna fecha com maestria a primeira trilogia, aprofundando ainda mais nesse universo gigantesco, trazendo várias reflexões sobre religião, política, alteração do ambiente por parte do homem, divinizacão de uma figura política e suas severas consequências, além de apresentar mais facetas do avanço mental que parte da população desse universo alcançou ao longo do tempo.

Desde o segundo livro as críticas sobre uma política embasada em religião e divinização do seu líder foram muito presentes. Em Filhos de Duna, Frank Herbert consegue aprofundar mais um pouco nisso, mostrando como todo esse endeusamento pode trazer consequências preocupantes.

Outro ponto interessante dessa obra é a explanação de como as mudanças ambientais causadas pela nova ordem política modificaram a vida de toda a população. Em alguns pontos as mudanças foram positivas, de fato, mas será que é correto alterar tanto um ambiente cuja ecologia estava perfeitamente estável durante tanto tempo? A mudança, mesmo que tenha ótimas intenções, nunca traz apenas prós.

As tramas que acontecem são muito bem construídas e trabalhadas, similarmente ao que ocorre nos livros anteriores. O autor conseguiu unir muito bem uma parte mais densa, focando muito em política, religião e ecologia, mas também trouxe ação e tramas em segundo plano que interferem diretamente nas histórias principais.

Falando um pouco mais da trilogia como um todo, os 3 livros se complementam demais e fecham um arco muito coeso e consistente. Comecei o primeiro livro achando que seria apenas uma história sobre um planeta deserto com vermes, e saio do terceiro tendo outras visões sobre política-religiosa, alteração do meio ambiente e muito mais.

Tay 29/07/2022

Gente... se prepara, viu? Se prepara pra que? ....
Pse. Cheguei no livro 3 e continuo achando o 1 o melhor até agr. Amei muito conhecer o leto e queria que ele tivesse outras possibilidades.

rafaelverolla 01/04/2011

Clássico, mas...
É realmente muito original. Surpreendente, imprevisivel, perfeitamente lógico, é um livro FODA.
Mas...
Para mim, cada página era uma dor. Tentei com todas as minhas forças terminar de ler o livro, mas só conseguir chegar na metade. O primeiro livro da série é de leitura um poco puxada, mas ainda é fluida, o segundo é arrastadissimo, como esse.

Me disseram, e tenho razões para acreditar, que um pouco depois da metade o livro fica mais rápido.

Mas ainda assim, não consegui chegar lá.

Não deixe eu te desanimar!

Let the spice flow!

Amandinha 26/04/2024

Arrastado
Essa história de duna faz você questionar se é alfabetizado, se fala muito em filosofia no livro, coisa que é bem debatido. E necessário uma atenção descomunal para acompanhar os debates empíricos dos personagens.
Nesse terceiro livro a história termina sem pontas soltas, bem fechadas e sem necessidade de continuidade.
Eu não irei continuar com a saga, para os próximos 3 livros.

Bem encerrada, mas nao favoritada

Natália Tomazeli 27/07/2023

Bye Bye Casa Atreides
"Descobrimos o futuro no passado e ambos fazem parte de um todo."

Hoje que passou tanto tempo que eu li esse livro e vim fazer uma resenha, sinto que ele meio que foi o responsável por eu não ter mais vontade de ler os outros livros desse universo. E tá tudo bem também, afinal é nesse livro que se fecha o arco dos Atreides e o que seria o quarto livro (Imperador Deus de Duna) não é considerado uma sequência direta do terceiro.
Mas veja bem, "Duna", o primeiro livro, é um dos meus livros favoritos da vida e por quase um ano foi meu livro favorito ever, eu só sabia falar dele e achava que era um dos universos mais bem construídos do mundo literário (hoje eu li "O Senhor dos Anéis" e tenho as minhas dúvidas de quem é o melhor e vou ter essa dúvida pra sempre risos). Então eu realmente achava que fosse ter uma vontade de ler tudo que envolvesse "Duna" e hoje essa vontade esfriou bastante. Mas ainda tenho todos livros aqui em casa e quem sabe eu não volte a querer ler, né? Enfim...

Foi uma montanha-russa a leitura desse livro, para mim! No início, tudo parecia muito promissor, cheio de coisas que estavam me agradando demais! Diferente de "Messias de Duna", que mais parece um epílogo do que acontece no primeiro livro, em "Filhos de Duna" temos uma história completa, cheia de detalhes, boa ambientação e novas intrigas políticas. Os diálogos desse livro são o ponto alto da história, Frank Herbert sabe muito bem como construir diálogos de deixar o público ensandecido lendo!

Mas nem tudo é perfeito... Claro que gostei muito mais desse terceiro do que do segundo livro, mas muita coisa, principalmente no final, não me agradou. Em certas partes senti o livro confuso e sem sentido, parecia que o autor estava contradizendo tudo o que tinha dito em "Duna". Também não gostei tanto do destino de certos personagens e esperava alguns desfechos sobre algumas coisas que não aconteceram.

Apesar de tudo, essa leitura foi importantíssima para consolidar ainda mais meu amor pelo primeiro livro. O funcionamento dos vermes, do planeta, da política, das Bene Gesserits, tudo isso enriqueceu muito minha experiência com o primeiro livro e me completou de bagagem sobre ele. Não tem toda a complexidade do primeiro livro, é muito complicado superar a genialidade do primeiro, mas não me arrependo nem um pouco de ter lido.

Carolina Tonglet Monzi 27/11/2021

Meu senhor
Gente? que livro foi esse????
Como que esse cara conseguiu escrever essas coisas???
Sem palavras pra descrever?

rafazaakar 23/05/2020

APRONTO, LETO, QUE ISSO? LARGA ESSE VERME AGORA!
#resenha - ?Filhos de Duna? (Frank Herbert, 1976 | 2017 edição traduzida) #24

Tudo o que o primeiro volume de Duna foi de espetacular, esse terceiro foi de desafiador - digo desafiador para não dizer difícil. Herbert parece amar destruir suas criações, apagar tudo que foi feito e refazer do zero. Arrakis era um planeta árido ao extremo e Liet apareceu como a luz no fim do túnel dizendo que a água e clima poderiam mudar. Paul então fez isso em seu legado, Duna agora era um planeta com água, plantas e até chovia! Gente, tinha chuva em Arrakis agora!!! Mas com isso, o bem mais precioso do planeta começou a morrer. O criador, vulgo verme de areia, começou a desaparecer, diminuir seu número e Arrakis corre agora o risco de perder de vez a Especiaria.

É nesse enredo que entra Leto, Ghanima e o caminho dourado visto na presciência. De modo algum eu posso dizer que a história é ruim, porquê ela não é! Mas preciso dizer que a leitura foi difícil, chata em vários pontos e incrivelmente repetitiva em algumas partes.

Todo esse enredo de tramas dentro de tramas dentro de tramas, e planos dentro de planos dentro de segredos dentro de tramas... Isso sem falar em todas as viagens psicodélicas que personagens como Alia e Leto passam, são partes arrastadas, escritas de forma filosófica e poética, mas que não levam a conclusão nenhuma, é como se dissessem por páginas e páginas frases como ?ser ou não ser? Eis a questão?, sabe? E isso deixou a leitura muito complicada.

Percebi que a passagem de tempo desse livro é um pouco defasada, se comparado aos outros. Quanto tempo passou de uma coisa a outra? Temos alguns indícios de falas, mas nada concreto. Sem falar nos momentos em que necessitamos de mais informações e não temos, substituídos por mais e mais devaneios e pensamentos desnecessários.

Mas ainda que eu tenha passado por toda essa situação, eu terminei o livro IMPLORANDO PARA OLHAR PARA A MINHA ESTANTE E O QUARTO VOLUME ESTAR LÁ. Mas não estava. Duna é hipnótico, você não consegue sair desse mundo com facilidade. Mesmo tendo sido uma leitura que me irritou um pouco, eu continuo fascinado com esse mundo e com a capacidade do autor de transformar tudo vezes sem fim.

E eu nem vou falar do fato do Leto ter sofrido uma polimerização com os vermes. (Vejam a capa do volume 4 pra entender).

Duna, obrigado por tudo!

#aleph #editoraaleph #frankherbert #duna #dune #filhosdeduna #childrenofdune

Pam 14/06/2021

"Mantemos a presença da morte como um espectro dominante entre os que vivem aqui [em Duna]."
Finalmente chegamos a conclusão da trilogia de Duna e tudo continua grandioso como sempre foi. A história, ao meu ver, segue impecável, só tenho algumas ressalvas em relação à escrita.

Nesse livro, Lady Jessica finalmente retorna (como não idolatrar essa personagem?) além de termos mais da Alia e, claro, dos gêmeos Atreides, Leto II e Ghanima. Aqui acontece algo que a gente não tinha visto antes: Atreides versus Atreides. Outras figuras da família também voltam a dar as caras, mesmo que seja de forma indireta, e achei isso muito interessante, trouxe até uma "nostalgia" lá do primeiro livro. Eu senti uma semelhança muito grande com o retrato que vemos da Família Targaryen em “As Crônicas de Gelo e Fogo”, fiquei pensando se o George R. R. Martin bebeu dessa fonte Atreides kk Não vou dar spoiler das semelhanças que vi aqui, mas ficou bem parecido.

Aqui a questão ambiental que havia sido um pouco deixada de lado em "Messias de Duna" volta: está aparecendo vegetação e até ameaça de chuva em Arrakis, por interferência humana. Isso coloca em risco a sobrevivência dos vermes e da produção de especiaria. Eu confesso que desde Duna eu torci pra eles conseguirem aumentar a umidade de Arrakis, mas aqui eu quebrei a cara porque notei que eu estava encarando da forma errada. Não é a natureza que tem que se adaptar às necessidades humanas, e sim o contrário. É interessante ver o embate que fica no livro, a população quer água, mas não quer perder especiaria. Aí vemos que lado fica de cada abordagem...

A parte política continua fortíssima, como sempre foi, além das viagens que fazem com que eu me sinta sob efeito de LSD kkkk. Também continua rolando manipulações políticas, traições e armadilhas em todos os lados. Essa parte segue envolvente como sempre foi, o Frank era especialista nisso. A tensão aqui continua intensa, lá pela metade do livro eu comecei a sentir uma ansiedade e um medo pelos personagens que foi até o final. Parece que todos estão sempre escapando por pouco de grandes perigos e eu nunca sei em quem confiar.

De ressalva fica aqui que achei a escrita muito arrastada. Eu acho que dava pra ter enxugado o número de páginas, aconteceu em mais de uma ocasião de a mesma informação ser repetida diversas vezes. Além disso, a leitura as vezes "enrolada" tornou o livro muito cansativo. Essa saga já é mais complicada de ler (contém muitos nomes e detalhes, além da linguagem não ser a mais simples), e eu senti que aqui foi mais difícil de engatar a leitura, coisa que eu não imaginava num terceiro livro, porque eu já estou bem habituada nesse universo.

Outra coisa é: o final não ficou 100% claro. Apesar das conclusões políticas terem sido definidas, algumas intenções ou informações não foram totalmente passadas. Eu terminei o livro com vários pontos de interrogação na minha cabeça, achei isso bem chato, mas fiz uma pesquisa no Reddit e pelo Google e, aparentemente, algumas coisas ficarão mais esclarecidas na próxima trilogia. Eu não sei se terei ânimo pra ler porque já achei complicado terminar essa, quem sabe em outra época eu acabe dando uma chance.

O final da saga da família de Paul Atreides foi muito bom, me deixou bem satisfeita. Apesar de não ter sido uma experiência tão prazerosa como foram os dois primeiros livros, estou contente de ter terminado e não me arrependo de ter embarcado nessa história incrível e única.

Niedja.Julia 07/03/2024

Mais um pra lista de favoritos.
QUE HISTÓRIA!

Apesar de ser um livro bastante inteligente e ter toda uma linguagem própria, depois de ler outros 2 livros, a história acaba ficando mais fluida.

Alia não me surpreendeu, uma pena ter o fim que teve. Ghanima e Farad?n mostram que serão uma boa dupla e Leto II bateu no peito e tomou as rédeas da situação, coisa que Paul não fez.

Ansiosa pra saber o que rola na segunda trilogia, se Leto vai se transformar no verme da areia e como será a dinâmica entre eles três e o Imperium.

Guilherme Dehon 15/12/2022

Filhos de Duna
Filhos de Duna é passado 09 anos após os eventos de Messias de Duna...

Alia agora é a Regente de Arrakis; Jéssica reaparece após seu auto-exilio em Caladan, e os gêmeos de Paul são espinha dorsal da estória...

Dos três volumes quem compõem a primeira trilogia, Filhos de Duna é o que tem um conotação mais mística, mais voltada para a religião... Surreal!

A leitura é densa, arrastada; complexa; permeada de conspirações, traições, intrigas, tramas políticas, tradições religiosas...

A obra é muito bem escrita, amarrada, possui uma narrativa mais cadenciada chegando a ser cansativa em alguns momentos, Frank Herbert consegue prender o leitor e incutir nele a curiosidade e o interesse pela estória com muita habilidade.

Achei os momentos derradeiros da obra um tanto corridos, e o desfecho um tanto superficial, mas acredito também que tenha sido proposital...

No geral, a estória é boa e a saga é altamente recomendável!