Resenhas - Os Filhos de Duna

Rocklieber 10/03/2021

Então, não sei como terminou, o que aconteceu, muita coisa, muita palavra sem sentido, difícil.

cami 10/03/2021

Épico desfecho para o primeiro arco das crônicas de Duna!
Como é impressionante e rico esse universo criado pelo Frank Herbert! Sendo sincera aqui, demorei muito pra concluir o livro, porque o começo é bem arrastado e complicado de entender, mas fui paciente e começou engatar bastante a história depois de 100 páginas, apesar disso, o enredo é muito interessante e foi um belo encerramento do arco iniciado em Duna e ao mesmo tempo começa um novo caminho para próximos livros.

Amei que esse livro foi muito mais explorado em questão política e da ecologia, como por exemplo a crítica à intervenção humana. O final, que apesar de ser acelerado, não foi nada que eu esperava, é surpreendente! Estou muito curiosa pelo próximo livro.

"O princípio e o fim são um só - continuou Leto. - Você vive no ar e não o vê. Uma fase se encerrou. Desse final brota o começo de seu oposto. Assim, teremos Krazilec. Tudo retorna depois, em forma alterada."

Raphael Bernini 18/05/2020

Final do Arco do Paul Atreides
Esse livro é o final da primeira triologia dessa saga, terminado a história de Paul e começando de Leto II.

É um livro excelente e fecha muito bem o arco do Paul e deixa ponta solta para os próximos livros! As vezes a narrativa é muito parada e chata, com vários capítulos só com narrativas filosóficas e históricas, mas nada que leve a desistir do livro!
Recomendo fortemente esse livro junto com os dois primeiros.

Valquiria.Beltramini 10/03/2021

Os filhos vieram causar
O terceiro livro da série narra a trajetória dos filhos de Paul Atreides. Seguindo a linha dos dois primeiros livros, ocorrem muitas intrigas políticas , envolvendo religião e muita melange.

va 09/03/2021

Épico e grandioso
"Abandonem a certeza! Esse é o comando mais profundo que a vida nos dá. É o que constitui a vida, no fim das contas. Somos uma onda perscrutando o desconhecido, investigando a incerteza. (...) Se a certeza é conhecer absolutamente um futuro absoluto, então isso é apenas morte disfarçada! O futuro começa agora!"
Um império em decadência. Uma governante degradada e assombrada pelos seus demônios. Conspirações e conflitos políticos internos. Em meio a tudo isso, vemos surgir a figura do Pregador, pondo em cheque o que as pessoas fizeram com os ensinamentos de Muad'dib. Além disso, o livro nos mostra o embate entre a tradição fremen e as transformações ecológicas acontecendo de forma rápida desde o governo de Muad'dib.
O livro traz novos desenvolvimentos e nuances de personagens já conhecidos, Jessica, Alia, Idaho e Stilgar, e nos apresenta outros, como os gêmeos Atreides e o Pregador. Também é feita uma ambientação em Salusa Secundus, com Farad'n, filho de Shaddam IV.
Bem diferente de Messias de Duna, esse livro nos traz mais ação e muitas descobertas e tem um ritmo mais semelhante ao de Duna. Vemos, finalmente, a conclusão e os resultados do jihad de Muad'dib e as transformações decorrentes dele. Um final mitológico e épico para essa trilogia tão épica quanto.
+: uma coisa que me chamou atenção, na verdade desde Duna 1, é o caráter presciente dos livros, o leitor é apresentado ao que vai acontecer, mas não sabe se aquilo de fato vai acontecer ou como vai, é como se nos fossem mostradas as visões para o futuro do livro, por exemplo, em duna 1 sempre houve a visão do jihad nos apresentada. Como se o leitor também fosse presciente.

Daniel583 05/03/2021

Epico
Desfecho da trilogia Paul Atreides. Filosófico e épico, o livro pavimenta o caminho do que virá a ser os próximos volumes.

Nêssa 11/12/2020

Adeus, Paul...
Esses encerramentos me deixam com uma dorzinha no coração e uma saudade... Mas tá bom, agora que venha o próximo livro e que me prenda como todos os outros.

Pedro 30/05/2020

Ficção encontra fantasia
Entre as resenhas do livro que o precede, Messias de duna, um dos leitores disse que estava muito mais pra fantasia que ficção científica.

Tendo a discordar, pra mim Frank Herbert abraçou a fantasia em Filhos de Duna com o que se tornou o Leto II. O que não pretendo escrever em razão de spoilers.

Filhos de Duna se aproxima muito do primeiro livro em termos de narrativa. Igual a Duna, o terceiro livro da saga tem uma leitura mais confusa em razão, creio eu, dos novos mitos criados, mas que se encaixa e faz sentido conforme a história chega ao seu fim.

Senti falta de uma expansão do universo como teve em messias de duna (o que me fez gostar muito do livro) como a apresentação dos Bene Tleilaxu, um mergulho sobre a política e estrutura do universo como teve ao trazer um personagem da guilda dos navegadores.

A história comprimiu seu papel em trazer questionamentos e prender o leitor, além de deixar o desejo por ler o livro seguinte.

Rodrigo 02/06/2020

Em vários momentos eu achei que seria meu último livro do Frank Herbert mas a parte final me fisgou, vou continuar com a saga. Acho que vale a pena para quem gostou de Messias de Duna.

Taiane Coelho 04/11/2020

Gostei bem mais desse do que do segundo, ele faz uma volta a Duna, é mais ambientado no deserto, retorna com aquela atmosfera do livro 1, isso foi muito bom.

Conta os acontecimentos que envolvem os filhos de Paul, o desgoverno de Alia, retorna com a Jéssica que não apareceu em nenhum monento do segundo livro e traz O Pregador.

Tem algumas coisas no livro que me incomodaram, o autor trouxe novamemte uma situaçao de relação entre irmãos, no livro 2 entre Alia e Paul ( uma passagem muito breve) e neste entre Guanima e Leto, ele não se aprofunda muito nesse questão e isso me incomoda um pouco, ele lança um assunto e não fica nele, cria outra coisa mais a frente, se possível ele retoma no final... As vezes acho que o livro acaba ficando sem foco, muitos acontecimentos e linhas que poderiam crescer na história, senti muito isso a respeito da relação de Alia com o Barão em sua mente, ele fala no início e depois so volta no final.
O final do livro, o que acontece com Leto foi realmemte diferente. A editora entrega um spoiler bem significativo na capa do livro 4.
A morte de Paul foi bem abrupta a de Alia foi uma cena e tanto.
Recomendo a leitura, mas alerto que é um livro grande que não te prende muito.

Amanda 07/11/2020

Ficção/fantasia e todo brilhantismo de Herbert
O terceiro livro de Duna finaliza um arco que se destacou por mesclar religião, política, ficção e fantasia de uma maneira brilhante. Ao mesmo tempo em que refletimos sobre a temática  (correlacionando-a com os dias atuais), nos deleitamos com a trama que se desenvolve. Porém, essa trama no terceiro livro demora um pouco para se desenrolar (até 50% do livro os eventos ocorriam de maneira lenta), somado a uma escrita bastante densa a qual tem o objetivo de detalhar toda a filosofia que envolve o enredo através dos pensamentos dos personagens (um devaneio), e isso é bastante recorrente na narrativa contribuindo para uma leitura cansativa. Temos também a introdução de novos personagens e a reintrodução de outros com personalidades diferentes que nos fazem ter sentimos diversos frente a  determinados comportamentos.
Apesar dos pontos negativos estamos falando de uma obra conceituada, que tem um final digno de ser lido. A riqueza dos detalhes e a finalização do quebra - cabeça de Duna responde muitas perguntas que foram feitas durante os 3 livros, principalmente relacionado às atitudes de Paul.
Enfim, não deixem de ler essa belíssima obra.?

OBS.: 1-  Um planeta que foi mencionado no segundo livro, denominado "Tupile", o qual foi solicitado pela Guilda envolto de segredos, não voltou a ser lembrado neste livro. Estranho, espero que falem dele em livros futuros, estou curiosa.
2 - Claramente Frank Herbert é um aficcionado por luminosidade. Toda introdução de capítulo ele dava um jeitinho de descrever a luz do ambiente ??

O Crowler 17/11/2024

As Consequências Chegam Para Todos...
É impressionante pra mim o trabalho do Frank Hebert, primeiro, devo falar sobre algo que notei sobre a forma narrativa do autor. Diferente de muitos livros onde tempos capítulos com um só ponto de vista, ou até mesmo um livro inteiro com o mesmo ponto de vista, em Duna temos sim personagens principais e capítulos em grandes partes narrados pela mesma pessoa, mas os pontos de vista mudam ao longo do capítulo de uma forma muito engenhosa, do tipo que realmente me deixava interessado, como um BBB 24h na cabeça de cada personagem, deixa a história extremamente rica. Além disso, preciso dizer, o autor gosta de "subverter" nossas expectativas dos personagens, ao terminar o primeiro livro temos Paul como uma figura messiânica, tendo uma grande vingança contra os Harkonnen e o imperador que o leitor tanto anseia. Mas temos pistas de que essa vingança não teria um gosto tão bom, e em messias de Duna, vimos o fervor religioso horrível que o império de Paul trouxe para a galáxia, um Paul deprimido e perdido que não conseguia nem morrer. Ao terminar messias de Duna, temos certa esperança de que a Regência de Alia melhore as coisas, mas também já temos pistas de uma ausência esmagadora de Lady Jéssica(sua mãe) e de uma carência enorme por parte da Alia.
"-Preciso de você, Duncan- ela soluçou - Ame-me! -"
"-Eu queria ser capaz de rir- ela sussurrou. Lágrimas desceram-lhe pelas maçãs do rosto - Mas sou irmã de um imperador que é adorado como um Deus
As pessoas me temem. Nunca quis ser temida."
Com esses trechos de Messias de Duna, fica claro que Alia não poderia ter uma regência pacífica. Lady Jéssica finalmente volta a Arrakis, mas veja bem, seus dois filhos estavam em uma terrível degradação, Paul sumiu pelo deserto, Alia foi possuída pelo antigo barão e cada dia mais trabalha para auto sabotar sua tão amada casa Atreides, e também os próprios netos de Jéssica. Tal como falei, o autor gosta de construir e desconstruir os personagens, a Jéssica que faria de tudo pela família Atreides volta agora como parte da Irmandade que tanto fez mal a sua família. Por que a volta repentina de Jéssica ao planeta? Bem, ela queira consertar as coisas, Jéssica fugiu de Arrakis deixando toda sua família pra trás, e isso pra mim será para sempre sua sina e maior tragédia. Devo dizer, eu entendo bem Jéssica, é muito fácil fugir para um lugar seguro...Se tornar emocionalmente distante daquilo que é difícil pra você, o ato de fugir é muito fácil, mas o ato de tentar consertar tudo depois? Ele é difícil...E Jéssica aprende isso nesse livro. Me doeu bastante perceber a solidão de Alia, note que os gêmeos conseguiram superar o processo de virarem abominações, a própria mãe de Ghanima, nossa querida Chani, ajudou Ghanima, protegendo-a de todas as outras vidas que estavam dentro dela. É muito interessante pensar que Alia tinha a Persona/Memória de Jéssica dentro dela também! Na sua cena de possessão pelo barão, ela escuta a voz de sua mãe, mas a voz é logo abafada. O amor de Jéssica não foi suficiente, sei que muitas pessoas costumam dizer que "se Jéssica estivesse com Alia, talvez pudesse salva-la" e trabalhando no campo das hipóteses até concordo, mas adicionaria uma ressalva "Se Jéssica estivesse com Alia e conseguisse ama-la mais do que temia seus traumas, ela poderia salva-la". A Jéssica de Filhos de Duna nunca poderia salvar Alia...Jéssica se tornou amarga, seus medos de perder aqueles que ama a fizeram por negligência...Perder aqueles que ama.
Alia não teve um final feliz, mas mais triste que isso, Alia não teve início, meio nem fim feliz. Sua vida inteira foi uma grande tragédia. Estou ansioso pra acompanhar a nova etapa da história, agora feita pelos gêmeos e seu misterioso caminho dourado.

Livia1405 24/11/2020

É eita atrás de vish
Eu releio esse livro pelos diálogos. Conhecer os gêmeos Atreides é sempre surpreendente em cada releitura, tiro cada vez mais um pouco de cada coisa que eles falam e fazem. Amo demais esse livro, não tem como não terminar a leitura feliz, mas muito curioso.

Pê Reck 07/12/2020

Um outro mundo
Acabei de acabar, e acho que tenho de reler toda a trilogia novamente.
Tem um outro mundo bem completo ali, seja na abertura de cada capítulo (vontade de pegar e organizar todos por "fontes") seja na descrição geógrafica de Duna.
Tem muita política, filosofia e questões de biologia ou ecologia que me escaparam.... Daria outra leitura fácil.

Fernanda L. 18/12/2020

Chocante
A história se desenrola alguns anos depois do nascimento dos filhos de Paul Atreides. Eles são os personagens principais do livro que traz reviravoltas chocantes.
O livro começa em ritmo lento (como os outros) e é necessária perseverança para seguir na leitura. Todavia, a partir de um ponto (ali pela página 100 mais ou menos) as coisas começam a esquentar e desencadeia-se um ritmo frenético de acontecimentos que chega ao ápice ao final do livro que conta com situações completamente inesperadas. Herbert é um mestre em criar personagens. Não há realmente ninguém totalmente bom ou mau (excetuando-se o Barão Harkonnen - que na realidade é uma metáfora). Todos são humanos, falhos, com interesses pessoais e sentimentos que interferem no curso de suas ações ou que se tornam os grandes norteadores dessas.
Frank Herbert expõe sua visão de mundo e da natureza humana através de seus personagens, deixando claro que, mesmo com todo esclarecimento, inteligência e experiência de milhares de gerações anteriores, ainda somos guiados por razões intrínsecas à nossa própria natureza.
Se você já leu os dois primeiros, crie coragem e leia esse volume. Vale a pena.