spoiler visualizarC. M. Jandrey 18/10/2014
Acabei de terminar o livro, e meu amor pelo George apenas cresce. Como pode alguém ter a criatividade dele? Como pode Ah!
Acho que vou começar falando sobre os personagens pelos quais eu mais me apeguei. Dunk e Egg, obviamente, porém eu senti uma pena tão grande do Daemon Blackfire (vulgo O Violinista). Sério, ele era um cara bom. Podemos perceber isso pela forma como ele agiu quando o Dunk (com a cabeça mais dura do que a muralha de um castelo) foi até ele pra explicar sobre a situação do bastardo do Bola de Fogo (que provavelmente nem bastardo dele é). Poxa!, ele queria saber a verdade; realmente acreditava que o Ovo de Dragão tinha sido roubado pelo bastardo, provavelmente pelas mentiras que vinha ouvindo sua vida inteira. Ele, na verdade, só era um tolo ingênuo, enganado por homens ambiciosos que queriam outra Batalha do Capim-Vermelho.
Outro que me impressionou foi o Corvo de Sangue. Falaram as piores coisas sobre ele o livro inteiro, mas, no final, quando ele apareceu, eu o achei bem inteligente. Provavelmente esse é o problema, mas, enfim, eu realmente gostei dele. A maior parte das ofensas aparece por ele ser um bastardo (o que é um preconceito ridículo, mas muito comum entre os personagens da saga). Eu realmente gostei do Corvo de Sangue. Não tem como explicar, sabe? Só gostei. Provavelmente porque ele não é como o Joffrey, que começou uma guerra por ser um retardado e sentir vontade de cortar a cabeça de alguém. Sério, que menino bem burro! Enfim, estamos falando sobre o Corvo de Sangue, que está consagrado como um dos meus personagens favoritos.
Teve também a Tanselle Alta Demais, que foi um amorzinho, mas não estava nos planos dos Deuses Antigos que ela continuasse na vida do Dunk. A Viúva Vermelha, por outro lado, foi muito mais interessante (e não apenas porque eu quero o cabelo dela pra mim). Eu adoro como o George faz das mulheres seus personagens mais fortes, e adoro os casais que ele cria (um gigante com uma anã, praticamente). E eu a invejo, deixemos bem claro. Sempre quis um cabelo como o descrito.
E, é claro, my sweet Dunk, que tem a cabeça mais dura do que a muralha de um castelo, parafraseando sor Arlan de Centarbor. Eu amei esse. Normalmente tenho uma tara pelos personagens mais inteligentes (Tyrion), mas, dessa vez, eu me apaixonei pelo Dunk. Ele me lembrou do Ned (só espero que não morra tão cedo), porque tem essa honra que supera tudo, sabe? Ele vai até o fim do mundo pelo Egg, porque prometeu (e, sejamos sinceros, porque ama o menino). Tenho uma queda por esses personagens realmente galantes, que existem pelos seus princípios e não os traem nunca. Mas, como eu disse, tenho medo de que ele morra meio cedo (não o fazem quase todos os heróis?).
E tem meu pequenino e arrogante Egg. Apesar de ser um principezinho nanico e irritantemente impulsivo, ele é tão fofo que dá vontade de morder. Acho que ele tem uma maturidade que o Dunk nunca vai ter, e provavelmente é por isso que gosta de viajar com o Cavaleiro Andante do meu coração. O Dunk é tão inocente e doce que o Egg acabou não encontrando o que desde aquela época é encontrada em Porto Real: traição, ambição, mentiras
O Dunk não mente descaradamente e tampouco é falso com aqueles que ama. Por isso que eu acho que o Egg gosta tanto de ficar com ele, sabe? Pra fugir das traições e desses sentimentos horríveis que são encontrados na capital. Mas sei lá, é só a minha opinião.
Ah, e não posso deixar de acrescentar: rolou um clima entre o Maekar e o Baelor Quebra-Lanças, né? Eu sei que eles são irmãos e tal, mas eu senti um super clima entre os dois. Sei lá, eu acho que tinha um romance. Aquela coisa toda de irmãos, e aquele clima de eu-conheço-você-melhor-do-que-qualquer-um, e a depressão que atingiu o Maekar depois. Não sei, provavelmente é só a minha cabeça fantasiando, mas eu realmente ia gostar de um romance entre os dois.
Enfim, sobre o enredo eu não tenho muito o que falar, porque o George tem essa habilidade narrativa que me impressiona, sabe? Aquele velho gordo lindo podia escrever mais rápido, né? Ele é tão incrível com as palavras faz com que a narrativa seja fluida e constante, mesmo que o linguajar seja mais rebuscado. Acho que é só uma questão de se acostumar com o jeito como ele escreve. Quando li o primeiro livro dele, fiquei assustada porque era muito conteúdo, e a letra pequena fazia com que as páginas não passassem. Hoje que eu já me acostumei, a leitura é muito rápida o que nunca será algo bom, diga-se de passagem, porque a aventura termina cedo demais.
Acho que mais aventuras entre eles virão, e quero ver como que o Egg vai evoluir. Eu sei que conviver com um cavaleiro andante não será tão simples quanto parece logo de início, mas, né enfim, acho que era isso.
Aaaah, mais uma coisa: foi tão emocionante ler sobre o irmão do Egg o Aemon, que também aparece em SOIAF (Song of Ice and Fire) que eu quase pulei pela casa. É maravilhoso conhecer um personagem que você já conhecia da outra saga. Agora que eu percebo como ele é velho
Pergunto-me se o George fará citações sobre eles nos próximos livros de SOIAF, mas acho que não. Ansiosa pra continuação, como sempre. O George sempre consegue me deixar com essa ânsia por mais livros dele. Acho que é esse dom pra escrita que ele tem.