Belleville

Belleville Felipe Colbert




Resenhas - Belleville


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Fabi Brandes 07/08/2014

Belleville
Olá amantes da leitura, como vai tudo?
E mais uma vez tive o prazer de ler um autor brasileiro, o Felipe Colbert. Ainda não conhecia o trabalho dele mas digo já de primeira que fiquei encantada com o modo de escrita dele. Com capítulos curtos ( nova tendência editorial), o livro é leve, mas nem por isso, com menos emoção.

Com capítulos curtos, Belleville foi uma grata surpresa para mim. Não havia expectativas quanto ao ler o volume, até quando li a primeira página. O livro começa com uma carta datada de 1964, escrita por Anabelle. O sonho dela? Ver a montanha russa que seu pai e ela começaram a construir no quintal de casa finalizada e funcionando. Porém, seu pai esta morto há tempos e ninguém sabe onde está Anabelle. É é nessa carta que você se sente convidado a entrar nessa aventura como se fosse realmente parte da história, sugerindo que você leitor também é importante para a realização do sonho da jovem garota.

Então, em 2014, eis que surge Lucius, um jovem que se muda para a charmosa cidade de Campos do Jordão para ser calouro na universidade, no curso de Matemática. Alugando uma antiga propriedade, ele vai um dia dar uma volta no bosque e descobre a estrutura de madeira. Mas o que seria isso? Descobre também dentro da casa plantas do projeto da montanha russa, chamada de Belleville. Agora sim, entendia todos os piquentes fincados naquele vasto terreno.

Sem hesitar, ele começa a revirar o passado da casa, da montanha russa, e acaba encontrando a carta de Anabelle. Ele resolve então responder à ela, explicando o por quê de não poder levar esse projeto adiante, pois ele é caro e custaria muito do seu tempo.

Através de uma caixa, os dois conseguem se corresponder, mesmo que haja 50 anos de diferença entre eles. Mas a maneira como o autor conduz isso é simplesmente fantástica, e faz você leitor acreditar que sim, isso seria possível.

Mas como uma montanha russa, essa história tem vários altos e baixos, eu diria até loopings! Depois de algumas poucas cartas, Lucius decide: vai continuar Belleville e tornar o sonho da jovem moça órfã realidade! Então, a história vai se desenrolando e se tornando surpreendente a cada nova página.

Convido você a conhecer essa obra e dar um passeio de montanha russa comigo. Aperte os cintos, você não irá se arrepender!
Até mais!

site: www.amoreselivros.blogspot.com
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Vanessa Sueroz 24/07/2014

Neste livro conheceremos Lucius, um jovem de 20 anos, nerd estudante de matemática e que adora desenhar projetos. Lucius costumava trocar cartas com sua mãe, mas sua mãe veio a falecer e ele nunca mais escreveu uma carta. Nos deparamos com Lucius quando ele chega em Campos do Jordão para começar sua faculdade, que seu pai está batalhando para pagar, incluindo casa que irá ficar enquanto isso.

Em um dos dias conhecendo o lugar e explorando a nova casa ele encontra algo bem diferente, vários pilares de madeira arrumados de forma estranha no quintal, projetos e projetos de um lugar chamado Belleville, e para completar o mistério ele encontra uma caixa de madeira com um pedido de ajuda de uma moça que viveu há 50 anos, e nela também contém instruções para que Belleville fosse construída, uma montanha russa inspirada na primeira montanha russa que usava carros que nasceu na França.

Intrigado com a montanha russa ele escreve uma carta para o próximo morador explicando tudo, mas a coisa começa a sair do controle quando alguém responde a sua carta. Quem invadiu sua casa para responder a carta? Como saibam que ele havia escrito?

[...] A não ser que eu passasse a acreditar em milagres alguém estava pregando uma peça em mim.[...] O autor da brincadeira tinha boa disposição e muito tempo de sobra, inclusive para copiar a letra da primeira carta. E eu não compreendia porque havia sido escolhido como alvo.

Resenha completa:

site: http://blog.vanessasueroz.com.br/belleville/
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Quatro Amigas 23/07/2014

Resenha para o blog www.quatroamigaseumlivroviajante.com
LUCIUS saiu de sua casa e foi para Campos do Jordão fazer faculdade de Matemática. Para trás, ele deixou seu pai, comerciante e cultivador de Orquídeas, e muitas saudades de sua falecida mãe. Lucius é como tantos outros estudante que se afastam de suas casas para estudar, está um pouco confuso com tantas mudanças e o dinheiro no banco é contado para as necessidades básicas e pequenos imprevistos.

Para a temporada em Campos, Lucius alugou uma antiga casa um pouco afastada do centro da cidade. A casa está bem judiada e possui um enorme terreno nos fundos, muitíssimo arborizado.

Depois de uma primeira semana de aula a ser esquecida, Lucius decidi conhecer melhor a propriedade que deverá ser sua casa nos próximos quatro anos. Dirigindo-se aos fundos do terreno ele encontra algo totalmente inusitado, estacas de madeira perfiladas formando um caminho sinuoso.

No terreno há ainda um galpão onde ele encontra uma motocicleta Vespa abandonada, um carrinho de madeira (que ele deduz ser para a montanha-russa) e algumas folhas com um projeto rabiscado. Como bom matemático que é, e depois de analisar os desenhos nas folhas de papel, Lucius conclui: Alguém começou a construção de uma montanha-russa neste terreno.

Já no interior da casa, ele se dirige a biblioteca pela qual só havia passado brevemente os olhos. Removendo um livro de lugar uma foto antiga cai no chão. A foto está desbotada e é muito antiga, mas nenhum destes detalhes o impede de identificar uma linda garota - com olhos que ele jura serem verdes - ajoelhada na terra segurando uma caixa de madeira nas mão. A foto mostra a clara intenção da garota em enterrar a caixa onde parece estar o pila principal da construção nos fundos da casa.

Com a foto em mãos, Lucius vai até o local onde a garota da foto parece estar ajoelhada e decidi tentar a sorte, pega uma pequena pá e começa a cavar. Em poucas tentativas ele encontra a caixa. Dentro, uma carta confirma suas suspeitas, realmente alguém começou a construir uma montanha-russa, no caso, o pai da garota na foto. A garota se chama ANABELLE, e ela pede a quem encontrar aquela caixa que acabe de construir o que era o sonho de seu pai, a montanha-russa BELLEVILLE.

A partir dai, Lucius e Anabelle iniciam uma troca de carta através do tempo, mais precisamente 50 anos, ela em 1964, ele em 2014.

Agora imagina: você acabou de chegar em um lugar onde não conhece ninguém, está prestes a iniciar seu primeiro ano de faculdade, seu dinheiro é praticamente contado e alguém pede para você construir uma montanha-russa!

Conheço o excelente trabalho do escritor FELIPE COLBERT há algum tempo, todos sempre muito bem escritos, mas preciso dizer: neste livro ele foi nada menos que perfeito.

A narrativa acontece em “tempo real”, considerando o intervalo de anos, é claro. Lucius é um rapaz com todos os dilemas vividos no início da vida adulta, Anabelle é uma garota órfã com uma vida extremamente sofrida e um futuro dilacerante a sua espera.

Ok, eu sei que parece loucura, mas na minha opinião eles estão REALMENTE no mesmo lugar! Explico, é como se eles estivessem sobrepostos, eles não podem se ver com os próprios olhos, mas "se vêem" e interagem através da construção de Belleville. De alguma maneira as cartas vão e voltam 50 anos no tempo, sempre em um intervalo de 24 horas entre quem envia e quem recebe. A conexão é tal que posso jurar que o que um sentia - dor, alegria, seja o que for - automaticamente, refletia no outro.

Achei o envolvimentos dos protagonistas muito bem trabalhado - por vezes engraçado, por vezes tristes - mas sempre sensível e apaixonante. É claro que é preciso sempre contar com a intrínseca “conexão dos predestinados”, que eu tanto costumo citar nas resenhas. Porque sejamos justos, sem uma boa dose de sincronicidade entre protagonistas os livros teriam, pelo menos, umas mil páginas.

O Lucius é adorável e inteligentíssimo, gostei muito da maneira que ele conduziu tudo - por mais louco que fosse – ao seu redor. A história em nenhum momento deu espaço para desconexões. É uma ficção científica absolutamente verossímil.

Preciso dizer, eu sofri tanto com a história de vida de Anabelle que em alguns momentos eu parava de ler, tomava uma água, respirava fundo e voltar ao livro. Eu mais sofri que chorei, mas aviso: os mais sensíveis não abriram mão do uso de um bom lenço.

Mas a pergunta que fica é: Qual a chance de Lucius e Anabelle se encontrarem?

Sim, também ouvi vários comentários sobre a semelhança do enredo de Belleville com o do filme “A Casa do Lago”. Sinceramente? Se não fosse pelas cartas eles não teriam absolutamente nada em comum. É como se eu dissesse que histórias sobre vampiros que se envolvem com humanos são sempre iguais!

CLARO, não podemos deixar de falar sobre o trabalho primoroso de diagramação da NOVO CONCEITO, e dessa capa que é LIN-DAAA!



Título: Belleville
Autor: Felipe Colbert
Páginas: 301
Editora: Novo Conceito
Resenha por: Alessandra
Classificação: 5/5 ♡

site: http://www.quatroamigaseumlivroviajante.com/2014/07/resenha-belleville-felipe-colbert.html
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PseudoEstante 22/07/2014

Quando Belleville chegou na leva dos lançamentos do mês de abril da Editora Novo Conceito, a primeira coisa que me chamou atenção foi a sua bela capa. Porém, como eu andava totalmente sem tempo por causa da faculdade, não dei a devida atenção que o livro merecia. Tudo mudou em um determinado evento do selo Novas Páginas, em que ouvi um pouco sobre a história de Lucius e Anabelle do próprio autor Felipe Colbert. Desde então, Belleville não saiu da minha cabeça! Assim, apostando alto que eu teria uma leitura muito gostosa, comecei o livro sem demoras e terminei sem arrependimentos!

Lucius é um menino de 20 anos que está prestes a começar a sua vida: ele acabou de se mudar para Campos do Jordão para cursar a faculdade de Matemática na Universidade local, saindo da casa do pai para morar sozinho durante o tempo do curso. Apesar deste passo ser difícil para ele, já que desde que sua mãe morreu ele se apegou demais ao pai (que possui a saúde frágil), Lucius precisa pensar no futuro e ganhar sua liberdade.

A liberdade, porém, não é algo tão legal assim, já que ele precisa morar sozinho numa casa alugada velha e com alguns probleminhas. Sem contar que, se Lucius pensou que suas dificuldades de socializar e fazer amizades seriam resolvidas na faculdade, ele estava muito enganado... Mas tudo isso deixa de importar quando o menino descobre que existem algumas coisas muito impressionantes no terreno ao redor de sua nova casa: um galpão com ferramentas, uma Vespa velha e... plantas do projeto de uma montanha-russa!

É assim que ele descobre o que devem significar as madeiras de uma possível construção, localizadas numa clareira no terreno nos fundos da casa. Depois, os fatos acontecem em sequência: Lucius encontra uma foto antiga de uma menina linda enterrando uma caixa no terreno, descobre exatamente o local, encontra a tal caixa e também uma carta dentro dela...

Era uma carta datada de 1964, de uma menina de 18 anos chamada Anabelle, pedindo para que o "morador do futuro" daquela casa terminasse a construção de Belleville, a montanha-russa que seu pai idealizou e iniciou antes de falecer. Impotente pela limitação de recursos e conhecimentos, Lucius decide deixar uma segunda carta na caixa antes de enterrá-la novamente, reforçando o pedido da menina para um outro futuro morador construir a montanha-russa. O que o menino não sabia era que, com esse gesto, acabaria vencendo a barreira do tempo e do espaço para viver uma linda história de amor!

Eu não imaginava que Belleville fosse me encantar e cativar tanto! Eu falei bem pouco sobre Anabelle, mas ela é definitivamente uma protagonista forte e grandiosa, que aguenta e enfrenta todo o sofrimento que a vida proporciona de cabeça erguida. Os capítulos alternam entre a narração do presente por Lucius e do passado por Anabelle, ambos separados exatamente por 50 anos de diferença. Cada um vive sua vida em seu tempo, mas eles passam a ter um vínculo por causa do objetivo maior de construir Belleville e criam um relacionamento através da comunicação entre as cartas que escrevem um para o outro. É uma situação mágica e incrível, que no início causa incredulidade em ambos, mas depois se torna a salvação para os dois!

Felipe Colbert mostrou-se um autor talentosíssimo, com uma escrita suave, sensível, romântica, envolvente e muito gostosa. A trama da história é muito bem planejada, cada detalhe é muito bem embasado, os personagens secundários são bem aproveitados e o amor que atravessa décadas se torna plenamente verossímil mediante a magia da história e da construção da montanha-russa Belleville!!

Eu gostaria de poder falar mais sobre o livro, mas acredito que lendo os sentimentos se tornam muito mais intensos e a história ganha muito mais cor. Deixo aqui a indicação de um livro nacional muito especial, marcado por um romance doce que toca a alma e uma leitura maravilhosamente deliciosa!

site: http://pseudoestante.blogspot.com.br/2014/07/resenha-belleville-felipe-colbert.html
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Adriana 12/07/2014

Muito bom!
Uma história sensível e bem escrita que me emocionou e me proporcionou horas de muita tensão e expectativa.
O final conseguiu me ganhar completamente, amei o desfecho.
Super recomendado!

site: http://bloggarotaecletica.tumblr.com/image/91603234891
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Lari 30/06/2014

Perfeito!!
Quando pequeno Lucius costumava trocar carta com sua mãe, fosse para falar pequenas ou grandes coisas, no entanto sua mãe faleceu e com isso ele perdeu o hábito e a vontade de escrever cartas. Estudante de matemática e ligeiramente "nerd" Lucius é um protagonista fascinante. A história começa com sua chegada em Campos do Jordão exclusivamente por causa de sua universidade em uma casa comum, até ele se deparar com o primeiro pilar de Belleville onde por um acaso descobre uma caixa contendo uma carta pedindo ajuda para construção de Belleville uma montanha russa inspirada na primeira montanha russa que usava carros ao invés de trenós nascida na França.

" [...] A não ser que eu passasse a acreditar em milagres alguém estava pregando uma peça em mim.[...] O autor da brincadeira tinha boa disposição e muito tempo de sobra, inclusive para copiar a letra da primeira carta. E eu não compreendia porque havia sido escolhido como alvo." - Página 59

Ele se sente tocado por esse pedido e depois de certo tempo resolve deixar uma carta ao próximo morador, pois ele não possuí dinheiro e nem equipamento para construir Belleville. Ao enterrar essa carta junto com a anterior ele nem poderia imaginar que uma surpresa o esperaria pouco depois aparece uma resposta aquela carta datada de 1964 e após muitas brigas tanto por parte dele quanto da antiga moradora eles acabam por acreditar que podem realmente se corresponder apesar da diferença de 50 anos.

Continue a ler no site.

site: http://penacomtinta.blogspot.com.br/2014/06/belleville-felipe-colbert.html
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Neiva 23/06/2014

Nunca mais olharei para uma montanha-russa sem lembrar de Belleville!
Lucius tem 20 anos e acabou de se mudar para Campos do Jordão, onde iniciará na faculdade de matemática, sua grande paixão. Em sua mente, como bom matemático que é, já está tudo planejado. Seu pai arranjou uma casa enorme e mau conservada onde será seu lar pelos próximos 5 anos. A casa está mesmo precisando de uma reforma ou uma repaginada que seja, uma vez que parece que ninguém habitou nela no último milhão de anos rsrs. Ainda bem que o corretor, na hora de lhe mostrar o imóvel, fez o obséquio de informar que o encanamento fazia um barulho assustador, do contrário Lucius teria se amedrontado, sozinho, naquela enorme espelunca. Verdade seja dita, apesar de estar naquelas condições, a casa lhe acolhia como um verdadeiro lar, Lucius se sentia em paz nela.
Nas imediações do terreno ele percebe uma construção que nunca foi acabada, aos seus olhos parece um projeto de uma montanha russa, mas como parece muito improvável, é apenas um leve pensamento.
Na faculdade, como calouro teve que enfrentar as gracinhas dos colegas, e como não se deixou intimidar, não demorou muito a criar inimizades com o grupo babaca de valentões.
Durante sua primeira semana, Lucius decide conhecer os arredores da casa onde está morando. Nos fundos do terreno, coberto por inúmeras árvores, ele encontra um velho galpão. Com dificuldade consegue abrir as portas emperradas e se surpreende com o que vê em seu interior. Logo sua atenção é chamada para uma moto Vespa, antiguíssima e decidi que irá mandar reformá-la e a usará para ir até a cidade e a faculdade (o lugar onde ele mora fica retirado da cidade).
Outra coisa que encontra dentro do galpão é um carrinho, ferramentas e o esboço de um projeto amador: sim, para sua total admiração o antigo dono da propriedade pretendia fazer no pátio de sua casa uma montanha-russa.
Lucius fica intrigado com tudo aquilo, mas como sua prioridade é a faculdade, decide usar um pouquinho do dinheiro que tem na poupança (para pagar todos os anos de faculdade) e arrumar a Vespa, assim facilitando-lhe a vida.
Ao avaliar a biblioteca abastecida de livros, ele não resiste e acaba retirando um da estante, só que ao fazer tal gesto, uma fotografia antiga cai de dentro do livro e ele se depara com a imagem de uma menina, de vestido, agachada com uma caixinha nas mãos. Mesmo a foto sendo em preto e branco ele pode jurar que a menina tem olhos verdes. Atrás da garota estava estacionada a Vespa e aos seus pés um buraco visivelmente recém escavado e uma pá atirada perto dali.
A curiosidade de Lucius foi a mil e quando se deu conta estava a procura do pilar do projeto da montanha-russa, onde calculava que a foto havia sido tirada. Escavou naquele ponto, sempre tendo a foto em mente e quase teve um ataque cardíaco quando encontrou a caixinha, a mesma que a garota segurava na foto. Mas o melhor ainda estava por acontecer: ao abri-la encontrou uma carta e ao lê-la levou um choque maior ainda. Era uma carta datada de 1964 onde a garota da foto pedia para que o próximo morador da casa realizasse o sonho de seu já falecido pai, terminando de construir a montanha-russa, que deveria se chamar Belleville.
Lucius não sabia se ria ou se chorava. Jamais teria condições daquele absurdo entretanto as palavras da garota o comoveram a tal ponto que decidiu escrever outra carta pedindo também ao próximo morador que realizasse o deseja da garota que agora ele sabia se chamar Anabelle. Enterrou a caixa e foi embora, ainda incrédulo.
Só que o fato de ter sido tão babaca a ponto de escrever uma carta e enterrar o deixou inconformado e no dia seguinte foi até lá para retirar sua carta. E algo inexplicável havia acontecido. Sua carta não estava mais lá, ao invés disso havia uma outra... acredite se quiser, de Anabelle.
No início ambos pensaram estar sendo vítimas de uma piada de mal gosto. Anabelle estava em 1964, Lucius em 2014, ou seja, não seria possível estarem trocando cartas com exatos 50 anos de distância no tempo.
Ainda assim eles seguem trocando cartas até que percebem que um já não pode mais viver sem outro. É então que Lucius percebe que está em suas mãos realizar o sonho do pai de Anabelle e por consequência o dela também. E decide construir Belleville.
Você pensa que terminou por aí? Que nada! O tio de Anabelle decide assumir a casa para si e ela é obrigada a seguir suas regras absurdas. Ela e seu gato Tião.
Juntos, com 50 anos a separá-los, ela e Lucius tentarão encontrar uma maneira de acabar com aquela história de ma forma pacífica.
Mas como poderão ficar juntos?
Vocês terão que ler para descobrir.
De minha parte, nunca mais voltarei a olhar para uma montanha-russa sem me lembrar de Belleville.


site: http://neivameriele.blogspot.com.br/2014/06/resenha-belleville-felipe-cot.html
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Gabriela Amoroso 16/06/2014

Belleville
Belleville é um livro diferente de tudo que já li. Ele une presente e passado de uma forma mágica e consegue sensibilizar o leitor de uma maneira única.

O ano é 2014 e o protagonista é Lucius. Ele se mudou para uma antiga casa em Campos do Jordão com o intuito de fazer faculdade de matemática. Sem conhecer ninguém na cidade e entediado com as matérias que ele já dominava, Lucius começa a explorar a casa. Por obra do destino ele encontra uma caixa enterrada no terreno e dentro dela uma carta que vai mudar sua vida.

Em 1964, Anabelle morava sozinha nessa mesma casa, após a morte de seus pais. Suas únicas companhias eram seu gato (Tião) e suas velhas lembranças. Sabendo que o grande desejo de seu pai sempre foi terminar a montanha russa caseira que ele começou a construir no quintal, ela escreve uma carta, expressando seu desejo para que o próximo morador da casa termine de construir o sonho do seu pai.

Quando Lucius encontra a carta de Anabelle, ele fica tocado com a pureza da escrita e do desejo da garota. Sabendo que seria impossível terminar de construir uma montanha russa na sua posição atual, Lucius decide escrever uma carta para reforçar o desejo de Anabelle e deixar claro que o próximo morador precisa levar o desejo adiante. O que ele não imaginava é que sua carta seria respondida, por ninguém menos do que a própria Anabelle e daria inicio a um relacionamento improvável e encantador.

Confesso que o Lucius não me convenceu logo de início. Achei-o muito desanimado e desmotivado para alguém que acabou de entrar na faculdade. Mal as aulas começaram e ele já tinha perdido o foco e estava pronto para passar mais tempo em casa do que tentando fazer alguma coisa produtiva no curso.

Já Anabelle é uma daquelas personagens que é impossível não gostar. Ela é muito inocente, mas ao mesmo tempo tem muita força e determinação. É uma personagem que perdeu tudo, levou uma rasteira da vida e depois precisou passar por uma provação ainda maior. Nem por isso ela fica se lamentando e chorando pelos cantos. Anabelle é uma daquelas pessoas que encara a vida de frente.

Os capítulos alternam a narrativa entre Lucius e Anabelle. Essa narrativa em primeira pessoa consegue mostrar bem a confusão que os personagens sentem quando encontram as cartas. Nenhum dos dois encara isso de forma natural, e isso trás mais veracidade para o livro. Eles sabem que é impossível viajar para o futuro/passado, mas, ao mesmo tempo, eles estão recebendo pequenas provas de que nenhum dos dois está mentindo. O autor também teve toda uma preocupação com vocabulário e descrições que enriqueceram ainda mais a história.

Outro ponto bacana é quando Lucius, no auge de sua obsessão por Anabelle, passa sem saber por lugares que a garota frequentou cinquenta anos antes. Gostei bastante da experiência de imaginar os lugares e as pessoas no passado e no presente. Vale ressaltar que a edição do livro está uma graça. No início de cada capítulo existe uma pequena ilustração e a capa é totalmente condizente com a magia da história.

Como eu disse lá em cima, Belleville é uma história diferente. Une presente, passado, amor, confiança e descobertas. Tudo isso de uma forma fantástica e totalmente crível. É impossível não se encantar.

site: http://pitadadecultura.blogspot.com.br/
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RUDY 15/06/2014

Resumo sinóptico
Ainda estou sem fôlego com a intensidade que esse livro me transmitiu... Acabei de lê-lo e tive de vir logo fazer a resenha para não perder o sentimento de felicidade que sinto. Claro que não conseguirei imprimir em palavra a emoção que sinto, entretanto, vou tentar repassar o que uma boa leitura me causou.



E aqui vou ressaltar a impressão que vem crescente: nossos autores nacionais, não ficam a dever em nada aos autores estrangeiros. Tem sim criatividade, sentimentos e forma de expressões próprias e firmes e nos fazem viajar em uma boa leitura, a apreciar uma boa escrita, a divagar em uma estória fictícia e envolvente.



Ficção é um dos estilos de leitura que mais gosto desde a infância, onde até arrisquei escrever alguns contos. Agora... falo da boa ficção, bem escrita e até com uma certa lógica plausível. E juntar à ficção, um romance que transcende tempo e espaço, isso sim é usar a criatividade e imaginação.



Inexoravelmente Felipe Colbert soube usar a ciência física, os questionamentos de viagem no tempo, as leis de Einstein a favor da construção de um belo exemplar literário, onde a leitura instiga à pesquisa dos “buracos de minhoca”, das viagens atemporais e claro, ao impulso magnético de um amor verdadeiro que transporta as barreiras de espaço e tempo, tornando possível a realização de um sonho.



Para alguém como eu que tem uma visão romântica da vida e acredita em tudo até que provem o contrário, ler Belleville foi um presente. Presente sim, porque trouxe um refrigério aos momentos de tensão que tenho vivido, por ter me feito sonhar acordada e reavivar preceitos que havia esquecido durante um tempo...



É um livro bem escrito, um romance que transpassa 5 décadas com um final bem dentro do que é esperado.

Completo! É o que posso dizer...LEIAM!!!!E agradeço ao Felipe por tão boa ficção romântica perfilada em letras.




site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2014/06/resenha-42-belleville-felipe-colbert.html
Michelle 05/09/2022minha estante
fiquei com vontade de ler




Guarilha 13/06/2014

IMPACTANTE
Lucius é um rapaz solitário e reservado que vai morar em Campos do Jordão para cursar Matemática. Ao alugar uma casa afastada da cidade, ele descobre em seu terreno uma obra inacabada. Curioso, vasculha o lugar e descobre uma caixa contendo uma carta, escrita cinquenta anos antes. Depois de lê-la, e ciente da sua impossibilidade financeira e técnica de atender o pedido nela contido, ele a responde e a endereça ao próximo morador. Feito isso, a coloca na caixa de madeira e a devolve ao seu local de origem.

Anabele é uma jovem com belos olhos verdes que, aos 18 anos, vive sozinha com seu gato em uma casa afastada da cidade. Órfã de pai e de mãe, vê seus parcos recursos financeiros e sua despensa acabarem. Mas o que a deixa mais triste é a obra em seu terreno que seu pai, morto pela tuberculose, não pode terminar. Então, ela escreve uma carta endereçada ao futuro morador da casa – que será lida por Lucius, em 2014 -, pedindo que ele continue a construção da obra – uma montanha russa chamada Belleville.

Contrariando a lógica e todas as Leis da Física, Anabele encontra a carta de Lucius e a lê. Confusa e acreditando tratar-se de uma brincadeira de mau gosto, ela a responde para ver até onde a situação vai chegar. Lucius, por sua vez, a recebe. Perplexo e também acreditando se tratar de uma brincadeira, escreve a resposta. Começa a troca surreal de correspondência. Com o passar do tempo, os dois se apaixonam. E enquanto ele tenta tornar Belleville uma realidade, ela faz um dramático pedido de socorro. O perigo pode interromper o sonho.

Belleville é um daqueles raros romances que impedem o leitor de largar o livro antes do seu término porque tem uma história impactante. Seu ingrediente surreal – a comunicação entre duas pessoas separadas por 50 anos – corrobora as fortes emoções vivenciadas em cada página. Mais do que isso, é a parte fundamental da trama. Narrada na 1ª pessoa do singular, o que torna a leitura mais interessante, a saga de Lucius e Anabele é contada em capítulos alternados, mas sempre interligados.

Este é o quarto livro de Felipe Coubert, jovem escritor que usa romance e mistério – e também um elemento excepcional – em suas obras, como forma de prender a atenção do leitor. Embora o alvo de suas histórias seja o público jovem, elas agradam também os mais velhos exatamente pela qualidade dos seus enredos e das suas narrativas. São histórias que prendem, emocionam e fazem refletir. Belleville é assim. E nos mostra que há sempre uma palavra que nos une.
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Românticas 13/06/2014

Por Flavinha

Comecei a ler esse livro ainda estava no Rio de Janeiro e confesso que demorei a terminar. Achei que no começo a trama demorou a desenrolar e isso tornou a leitura cansativa. Comecei a me empolgar com a história já perto do fim do livro. E gostei do final (apesar de não ter me surpreendido).

O livro conta a história de Anabelle e Lucius. Cinquenta anos separados no tempo eles começam a trocar cartas enquanto ele tenta terminar a construção de uma montanha russa (Belleville) e ela tenta sobreviver nas mãos de um tio malvado após a morte de seus pais. Apesar do que diz o resumo, não vi toda essa "irresistível" paixão entre os personagens.

Um livro bom. Diferente. Esperava mais romance, mas, enfim... Eu sempre espero, né?
Valeu a leitura.

Para saber mais dos livros do Felipe Colbert:
http://www.felipecolbert.com.br/

site: http://www.mulheresromanticas.com.br/2014/06/felipe-colbert-belleville-novo-conceito.html
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Mari Siqueira 01/06/2014

Uma viagem apaixonante no tempo <3
Belleville de Felipe Colbert definitivamente entrou para a minha lista de melhores leituras. O livro incrivelmente bem escrito, traz uma trama complexa e bem amarrada que mistura passado e presente, causa e consequência e nos mostra o poder que os sonhos têm. A capa maravilhosa da Editora Novo Conceito ilustra magnificamente a história e dá asas à imaginação do leitor.

Quem acompanha o blog sabe que livros com essa temática (viagem no tempo), de cara me encantam, mas me surpreendi com a narrativa de Colbert como há muito não era surpreendida. A barreira que separa os amantes, além de física e matematicamente impossível é extensa, afinal cinquenta anos não são cinquenta segundos. A riqueza de detalhes e a descrição minuciosa de Belleville fizeram minha imaginação correr solta e por diversas vezes fechei os olhos e entrei na história.

Anabelle vive em 1964, orfã de pai e mãe, e sem ninguém mais no mundo, ela se vê obrigada a lutar por sua sobrevivência. Com recursos escassos, nenhuma instrução e muita inocência, Anabelle vai perceber que a vida é bem mais complicada do que ela pensava ser. Com seu fofo e apaixonante gatinho Tião, a menina de dezessete anos passa a ter que roubar para comer, sem oportunidade alguma e completamente perdida, ela aprende que o mundo está repleto de pessoas ruins que só querem tirar vantagem dela.

Tudo o que a garota possui é a mansão da família e um sonho: uma montanha-russa, chamada Belleville, que está incompleta. Ela foi projetada para Anabelle, mas com a morte do pai nunca viria a ser concluída. Desesperada para terminar o que seu pai se empenhou tanto para construir, ela escreve uma carta e a enterra perto da base de Belleville, pedindo que alguém ajude a realizar esse sonho e terminar o brinquedo.

Enquanto isso, ou melhor, depois disso, já no ano de 2014, o jovem Lucius vai para Campos do Jordão em busca de um sonho, estudar matemática. Com poucos recursos, o garoto procura algum lugar modesto para morar enquanto cursa a faculdade, é quando ele se depara com uma mansão bem deteriorada, mas por incrível que pareça, um preço bem acessível. A mansão que foi habitada por Anabelle cinquenta anos atrás já não é a mesma, mas algo permanece intacto: Belleville.

Nos fundos da mansão, Lucius encontra o que parece ser o início de uma grande montanha-russa caseira. Algumas estacas de madeira, plantas do projeto e anotações antigas confirmam suas suspeitas e a curiosidade o leva a explorar o local. Sem querer, ou por obra do destino, ele encontra a fotografia de uma jovem e uma caixa contendo a carta de Anabelle.

Comovido com a carta da menina e encantado com a beleza da foto, Lucius decide escrever uma carta para o próximo morador da mansão, reforçando o desejo da jovem e pedindo para que o sonho do pai dela seja concluído. O que o estudante de matemática não espera é que sua carta-resposta viaje no tempo e seja encontrada por Anabelle. Nem toda a matemática do mundo explica o que Belleville tem de tão mágico, os dois jovens começam a se corresponder e dão início a uma paixão arrebatadora. O problema é que o tempo não será o único empecilho para esse relacionamento.

É difícil resenhar um livro que gostamos e por isso, vou encerrar essa resenha por aqui deixando vocês com vontade de saber mais. Nem todas as palavras do mundo poderiam traduzir o que senti ao ler Belleville, uma história fabulosa e incrível, que prova que o amor pode resistir ao tempo, a distância e a qualquer obstáculo. Felipe Colbert merece uma salva de palmas e os leitores podem esperar muitos altos e baixos e muita emoção, assim como numa montanha-russa. Feche os olhos, sonhe e acredite, para o amor tudo é possível.

"Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação a Anabelle." (p.113)


site: http://loveloversblog.blogspot.com.br/2014/06/livros-belleville-felipe-colbert.html
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kleris aqui, @amocadotexto no ig 01/06/2014

Apesar de tudo muito explicado e encaixado, algo na história não me ganhou
(Vc pode encontrar essa e diversas outras resenhas em dear-book.net)

Que tal um passeio pelo tempo? Mais precisamente ligar 1964 a 2014?

Tudo começa quando Lucius se muda para Campos do Jordão, cidade interior de SP, para dar partida em seus estudos universitários. A casa em que se aloja é afastada e antiga, mas chamou-lhe atenção pelo aluguel barato, afinal, não poderia arcar com tantos gastos se estava ali para lidar com as despesas por si só, tendo apenas uma pouca ajuda de custo inicial na conta bancária.

Além da casa, havia um terreno grande nos fundos. Em um galpão quase escondido pelo bosque Lucius se deparou com uma construção por fazer, que só fez sentido quando achou folhas e mais folhas de que aquilo era um projeto inacabado. Ao que tudo indicava, uma montanha-russa.

Presenteado por uma moto das antigas, uma vespa, Lucius decidiu não mexer naquilo, pelo menos não num primeiro momento. Foi explorando a biblioteca da casa que ele encontrou uma foto da antiga moradora, que a mostrava em alguma parte desse terreno, na área daquela construção, enterrando uma caixa. Curioso, perguntou-se se a caixa estivesse no mesmo lugar. E se estivesse, o que lá teria?

Uma carta. A carta que dá início a esse livro.

"Campos do Jordão, 20 de janeiro de 1964.
Ilustre desconhecido,

Hoje é seu dia de sorte. Você acaba de ser premiado com um passeio de montanha-russa! Espere, não estou brincando. Não despreze as minhas palavras. Leia a carta até o final para descobrir o que eu quero dizer."

Pois então, era mesmo uma montanha-russa caseira, que a sonhadora Anabelle revelou ter o nome de Belleville, projeto que seu pai não pôde concluir, mas que ela deixava agora nas mãos de quem encontrasse a carta e tivesse interesse em desenvolver um brinquedo que ela não tinha como realizar.

Bom, Lucius também não tinha como dar continuidade. Por isso decidiu unir a tal carta uma dele explicando a situação e passando a vez a outro desconhecido que poderia vir a descobrir aquela caixa e Belleville. É então que esta carta se materializa no momento de vivência de Anabelle.

O autor traça um paralelo que se define pela diferença de pontos de vista e, consequentemente, de linha de tempo. Ali estava um ponto de comunicação temporal inusitado, eles descobrem. Um pensava que o outro estaria armando alguma brincadeira de mau gosto, mas os fatos estavam ali para mostrar que Anabelle estava em 1964 e Lucius em 2014. Em vista disso, construir uma montanha-russa caseira já não parecia tão impossível, ainda que difícil. Encantado pelo que parecia extraordinário, Lucius ao menos se dedica a alguma pesquisa sobre o caso e, claro, manter algum contato com Anabelle.

" É possível construir uma montanha-russa em casa?Ele deu um breve assobio. Montanha-russa? Foi o que eu entendi?
Exato. E quem faria um negócio desses dentro de casa? Não exatamente dentro de casa, mas em um terreno..."

Enquanto isso, em cada plano de vivência, Lucius e Anabelle tentavam se virar. Ela, mais nova órfã, restou-lhe apenas a casa e Tião, fiel companhia felina; ele, estudante do curso de Matemática, calouro, morava sozinho. Aos poucos, entre as cartas e conversando sobre o sonho que era Belleville, eles vão se conhecendo melhor e dando espaço a uma confiança, confiança essa que se mistura a sentimentos ternos e uma chance, quem sabe, de aquele brinquedo vir a ser realizado.

"Enquanto isso, tinha a sensação de que Anabelle estava ali, próxima de mim, escondida atrás de uma árvore, observando tudo. Isso me impressionava, como quando eu me sentia quando estava sozinho e me lembrava de minha mãe. Tinha algo a ver com pensar que a Via Láctea é pequena demais para acharmos que estamos tão longe assim um do outro, e que uma simples reta imaginária me ligava a ela, não importava onde ela estivesse. O mesmo sentimento que eu começava a ter em relação à Anabelle."

Lucius na verdade se engaja cada vez mais, envolvido e maravilhado com cada passo que dá quando se trata de Belleville e Anabelle. Professor Miranda, de Física, acaba se deixando seduzir também pela proposta de uma montanha-russa caseira, antes um projeto, então uma determinação, visto que Lucius estava, misteriosamente, bem mais que disposto para tornar aquilo realidade.

Apesar de tudo muito explicado e encaixado, algo na história não me ganhou. Em diversos momentos de leitura empaquei com isso. Ao olhar com distância ao finalizar o livro, acho que posso dizer que gostei da história, mas não da forma como foi levada?

A escrita e enredo são bons, tem sacadas e tal, porém, de alguma maneira, a combinação não me conquistou ou me convenceu muito. Os encaixes me pareceram muito propositais, tive impressões muito americanizadas dos estereótipos (de personalidades diversas e ambientação melancólica), as situações um pouco exageradas, às vezes questionáveis. Embora a trama se insira em novo adulto, diversas vezes a senti como jovem adulto.

Os capítulos são curtos e ligeiros, nem sempre alternados pelos pontos de vista diferentes, pontos esses que só revelam de quem se trata durante a leitura, o que achei bom para não entregar demais. A edição de capa guarda bem a essência da história e, como diz, Belleville de fato é uma palavra que une Lucius e Anabelle, muito mais do que nós, leitores, podemos imaginar. Nesse sentido, tomando A Última Nota romance passado do Colbert como exemplo, a gente pode esperar fenômenos fantásticos inexplicáveis que se apropriam simplesmente do possível, sem necessidade de qualquer esclarecimento sobre eles senão acaba a magia, né? (rs).

Espero que o livro flua mais com vocês,

Até a próxima o/

site: http://www.dear-book.net/2014/06/resenha-belleville-ha-sempre-uma.html
Fabíola 23/07/2014minha estante
Nossa, concordo plenamente com você!
O livro tinha tudo, tudo para ser perfeito, mas pra mim não foi! Também achei um tanto cansativo e me peguei várias vezes conferindo se já estava perto de acabar! Sim, embora estivesse incomodada com a leitura, queria ver o final! Afinal, só poderia estar ali, pelas últimas páginas, o motivo de tantas estrelinhas atribuídas ao romance!
Relutante, terminei (apesar de também ter achado as últimas 60 páginas mais interessantes)! E assim... continuei pensando onde estaria a razão da constelação conferida à estória!
Ela também "não me ganhou", como você diz!!!
E fiquei a me perguntar o porquê, se tudo está mesmo "tão bem explicado e encaixado", e se o enredo é tão bom... Por que então, não me envolvi com a estória? Não suspirei por ela e não fiquei doida para saber o final (ao mesmo tempo que torcia para que o livro não acabasse)? Como sempre fico diante dos livros que amo?
Sabe, acho que o problema foi justamente está tudo tão claramente e até, forçosamente, arrumadinho demais!!
A escrita do autor não me cativou, me pareceu artificial! O texto me deu a impressão de ter sido corrigido inúmeras vezes, como se o autor tivesse ficado interrompendo a narrativa para pensar em cada pronome, cada sinônimo, que colocaria em cada frase! Lógico que isso não é ruim, pelo contrário, é muito chato ler um livro carregado de erros. Mas, não sei, acho que a forma que ele foi elaborado, tirou a sua fluidez, travou a leitura! Me deu essa chata sensação!
Gostei do enredo, como falei, mas ele não me fez viajar nas emoções de uma grande paixão... Não encontrei entre os protagonistas a "paixão irresistível" prometida na sinopse! Tudo muito previsível também!
Enfim, é uma boa estória, mas definitivamente não é o tipo de livro que eu indicaria de forma veemente!
É meio chato criticar o trabalho alheio dessa forma, mas o espaço está aqui justamente para darmos a nossa opinião, né? Com muito respeito, é óbvio!


kleris aqui, @amocadotexto no ig 23/07/2014minha estante
Siiim, fica uma sensação estranha. Fiquei relutante de abandonar, porque queria saber qual era a intenção do autor, onde ele queria chegar com tudo aquilo. Os últimos capítulos mesmo que deram uma engrenada (minha última esperança). E senti quase o mesmo sobre o outro dele, como se a história não tivesse descansada ou pronta, tinha umas coisas que pareciam desnecessárias. Aí ficou essa impressão de "arrumadinho demais" como você diz. Acho que indicaria para leitores iniciantes, por não terem muita base do que exigir, não sei.
Vi por aí comentários que nos eventos ele sempre comenta muito sobre o filme "A casa do lago", que até então eu não tinha visto completo. Assisti depois de ler e dá pra entender melhor onde o autor queria chegar. Só acho que ele não chegou ao ponto maduro da história para a apresentar.
Thanks pelo coment! Bom saber que alguém teve a mesma impressão.


Fabíola 24/07/2014minha estante
Rsrs
Nem sabia sobre as referências do autor ao filme "A casa do lago", mas fiquei o tempo todo, enquanto lia, pensando: com certeza o autor teve "A casa do lago" como referência! Rsrs
Discordo de vc apenas quanto ao fato de indicar este livro para iniciantes! Acho que estes precisam começar com livros excelentes (5 estrelas para lá). Aspirantes a leitores têm que se deparar, logo de início, com obras perfeitas, em todos os sentidos, só que de fácil leitura! Por que só assim, sem dúvidas, serão fisgados pelo universo literário e se tornarão ávidos leitores!
Também gostei muito de saber que ñ fui a única a ñ amar este livro!!!
Bjinhos e bons livros p/ vc!?


Gustavo Araujo 13/01/2015minha estante
Bom ver que minha resenha não foi a única a apontar as falhas do enredo. Fugir da unanimidade é sempre saudável. Viva o contraponto.




PorEssasPáginas 31/05/2014

Resenha Belleville - Por essas Páginas
Normalmente eu não sou daquelas pessoas que reparam muito na capa do livro. Eu sempre analiso a sinopse para saber se eu vou ler ou não. Mas com Belleville não diferente. Não me perguntem o motivo, mas desde quando saiu a capa, eu disse: “Eu tenho que ler esse livro”. Eu não sabia de nada, nada, nada e mesmo quando nós dividimos os livros entre as colunistas do blog, eu ainda não tinha lido a sinopse.

Lucius acabou de se mudar para Campos do Jordão para cursar a faculdade de matemática. Ele conseguiu alugar uma casa antiga e nos fundos dela ele encontra algo muito peculiar: vários pilares marcavam o terreno. Obviamente ele não entende nada… Até que ele descobre uma carta enterrada no quintal. Através dela ele fica sabendo que um antigo morador começou a construir uma montanha-russa mas nunca conseguiu terminá-la. Apesar desse sonho ter parecido ser impossível, a filha dele escreveu essa mensagem na esperança de que um dia alguém terminasse o projeto. Lucius fica comovido pela carta, mas como era um mero estudante, não tinha dinheiro para terminar o projeto. Por isso ele escreve uma outra mensagem, pedindo para que o próximo morador pensasse com carinho na proposta. Ele enterra a carta no mesmo lugar…

E, 50 anos antes, Anabelle encontra a carta. E assim eles começam a se corresponder. Será que Lucius vai conseguir realizar o sonho de Anabelle?


Belleville foi uma leitura bastante diferente. O único livro que eu já li até hoje que se aproxima um pouco foi o da Sarah Addison Allen, “A garota que perseguiu a lua”. Ambos adicionam uma característica “sobrenatural” mas sem precisar de muitas explicações. Os leitores, assim como os personagens, são convidados a acreditar que aquilo tudo é realmente real. E Felipe Colbert conseguiu desenvolver muito bem esse aspecto. Assim como Annabelle e Lucius, eu torci um pouco o nariz com toda essa história das cartas viajando pelo tempo. Mas chega um ponto em que o leitor, assim como os personagens, começa a acreditar que tudo aquilo é possível. E é lindo, porque você tem a sensação de que isso realmente poderia acontecer fora das páginas. Eu adoro quando essa mistura é descrita de uma forma sem ser forçada… Quando eu li a sinopse, por indicar que eles moravam na mesma casa, eu imaginei que na verdade a Anabelle fosse uma fantasma. Confesso que gostei muito mais da ideia do autor!

“O que eu ainda não sabia, ainda, é que não era eu quem construía os trilhos. Eles já estavam lá, a minha espera.” – página 33

Um outro ponto positivo foi na originalidade. Durante muito tempo eu fiquei me perguntando: “sério, uma montanha-russa?”. Eu fiquei muito curiosa em saber como que o autor teve essa ideia! E o interessante foi que ele pesquisou sobre o tema, porque inclusive o título Belleville tem toda uma base histórica que é muito bem explicada durante a história.

Os dois protagonistas foram muito bem trabalhados e foi interessante notar como que o autor tomou todo o cuidado em respeitar a cultura de cada época. Eu ficava sempre esperando pelas cartas porque a amizade que se formou entre os dois foi uma história muito bonita de se acompanhar. E esse é mais um ponto diferente: os personagens não estão próximos fisicamente mas mesmo assim conseguem formar um laço entre eles. Apesar de todo esse clima de romance, o livro também possui uma boa carga de sofrimento, por causa do tio de Anabelle que maltrata muito a jovem. Não tem como não se sensibilizar com os personagens…

“Depois de hoje, eu tinha certeza de que havia começado a compor uma nova fórmula. Só não sabia qual seria o resultado dela.” – página 105

O final é bem previsível (bom, pelo menos eu descobri logo no início) mas isso não tira o mérito do livro porque o enredo foi bem elaborado. Mas eu ainda senti que ficou faltando alguma coisa… Talvez o meu lado romântico esperasse um pouco mais? Bom, mas mesmo assim, eu posso dizer que Belleville conseguiu alcançar as minhas expectativas e foi uma leitura excelente. Se você gosta de romance, esse livro é uma ótima sugestão. Com certeza pretendo ler outras obras do mesmo autor porque o estilo dele me deixou bastante curiosa.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-belleville
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Arca Literária 28/05/2014

Belleville
Lucius é um rapaz de 20 anos que está começando a sua vida. Ele no momento está saindo de baixo das asas de seu pai e vai morar sozinho em Campos do Jordão, e irá começar a sua faculdade de Matemática. Esse é um passo muito importante para ele.

A casa que Lucius alugou não é lá essas coisas. Devido ao tempo ela está bem deteriorada, mas é o que ele pode pagar naquele momento. Até então tudo está dando certo, mas Lucius descobre uma madeiras levantadas nos fundos da casa e não entende o que é aquilo. Ao rondar pela casa ele descobre uma foto da antiga dona do imóvel e fica muito intrigado com ela. Na foto a menina está enterrando uma caixa ao lado de uma das madeiras nos fundos do quintal e curioso ele vai ao mesmo lugar e descobre que a caixa continua ali.

Dentro da caixa que Lucius acha, consta um carta e Lucius a ler descobrindo que se trata da mesma moça da foto chamada Anabelle. E ela explica que aquelas madeiras era uma montanha russa caseira que seu pai quis construir, mas devido a uma doença ele não concluiu. E na mesma carta Anabelle solicita que o próximo morador da casa continua construindo a montanha russa e esse morador é o Lucius.

Gente o livro é lindo pois conta os dois lados da história. De um lado Anabelle vivendo em 1964. Sozinha, sem os pais, com problemas financeiros, mas com muito bom humor. Do outro lado Lucius em 2014, vivendo seu momento de universitário, recem saído da casa dos pais e agora com uma grande dúvida na cabeça, atender ou não atender ao pedido de Anebelle?

Durante todo o tempo os personagens se comunicam por cartas, como? Só lendo pra vocês entenderem. O amor e cumplicidade vai crescendo entre ele de uma forma fantástica. Isso mexe com os sentimentos do leitor. E nos faz a cada momento querer ler mais.

O Felipe soube levar a história com muita maestria e em nenhum momento se perdeu nela. O livro nos remete a várias perspectivas e você torce a todo momento pelo amor dos personagens.

E o final do livro é perfeito. Nele sentimos várias emoções. É um misto de suspense, angústia, alegria, euforia e muito mais. Pra mim foi FANTÁSTICO.

Recomendo e muito esse livro. Sei que quem ler vai se apaixonar e se emocionar com essa história.

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Resenha de Suellen Fernandes, resenhista do Arca Literária e do Blog Era uma vez o Livro


site: http://eraumavezolivro.blogspot.com.br/
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