Capão Pecado

Capão Pecado Ferréz




Resenhas - Capão Pecado


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Yasmim 14/11/2024

Esse estilo de livro não faz muito o meu gosto, mas eu tive que ler para um trabalho da escola e não achei muito ruim. É um livro triste que infelizmente trata da realidade do nosso país, e a proposta do livro é muito boa, mas eu achei umas partes do livro muito confusas, não conseguia entender o contexto e nem qual era o personagem que estava narrando, e também senti que no final o autor apressou a narrativa para o livro acabar logo. Mas ao todo o livro é muito bom e me fez aprender bastante de como é a realidade que não está presente no meu cotidiano.
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Andrea 02/11/2024

Livro curto com grande impacto
Impactante. Cru. Cuel. Muito, muito cruel. Um livro com várias histórias entrelaçadas que contam a vida de personagens do dia-a-dia de um lugar onde o futuro foi roubado. Um lugar que espelha diversos outros, com protagonistas periféricos cujos destinos já nasceram firmados e apenas se confirmam. Onde a revolta não encontra lugar para transformar a realidade, onde a vida vale pouquíssimo e a dignidade é reiteradamente ignorada. Terminado o livro, a dedicatória faz ainda mais sentido "Esse livro é dedicado também a todas as pessoas que não tiveram sequer uma chance real de ter uma vida digna [...]".
Alice 02/11/2024minha estante
Uau




Tainá 31/10/2024

Mais um importante nome da literatura de periferia, que em capão pecado mostra de forma crua a dureza da vida nas favelas de São Paulo. Ler Ferrez é entender a verticalidade da miséria, a ausência de perspectivas, é rasgar de vez o mito da meritocracia. Achei a escrita um tanto atropelada no fim, e meio fria de mais em alguns momentos. Mas gostei.
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Gabi.Sadala 28/10/2024

Clássico da literatura marginal
O mais impactante dessa leitura é pensar que Capão Pecado foi lançado em 2000, mas 24 anos depois, a periferia brasileira ainda enfrenta as mesmas dificuldades e exclusão. Ao relatar as realidades do Capão Redondo, Ferrez não apenas capturou um momento no tempo; ele escreveu sobre questões estruturais que, infelizmente, continuam atuais.

É inquietante perceber que, apesar das mudanças no cenário político e econômico ao longo das décadas, a falta de oportunidades, a violência e a desigualdade ainda fazem parte do cotidiano das periferias do país. Esse livro, então, vai além de uma narrativa sobre um bairro; ele funciona como uma denúncia sobre uma realidade que não foi transformada.
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Ricardo.Bechelli 26/10/2024

Então, eu conclui a leitura de Capão Pecado do Ferréz. Finalmente. Porque eu creio que deveria ter lido esse livro quando era mais jovem. Talvez me espantasse muito, mas me ajudaria a entender melhor a situação da cidade de São Paulo. Ferréz não tem vergonha de expor coisas sobre o local em que viveu e descreve cenas e personagens que conviveram ou poderiam ter convivido com ele. Fiquei sabendo no posfácio que o autor foi preso por apologia ao crime por ter escrito esse livro! Só mesmo em SP censurariam a literatura por contar histórias verídicas ainda que ficcionalizadas. A verdade da literatura dói. Mas ninguém que acusou o autor se sensibilizou com os destinos das pessoas que ali vivem e viviam. Vemos em Capão Pecado pequenos resquícios do que surgiria mais tarde na cultura do gueto, o pobre crente agarrado pela teologia do domínio. Vendo que os políticos assistencialistas nada podiam fazer por eles, então se rendem ao pastor, ao policial herói ou achacador. Ferréz me surpreende porque foge da narrativa óbvia. Eu achava que Matcherros pricuraria um justiceiro pra vingar sua honra de homem traído. Afinal Paula acaba saindo com Rael, seu melhor amigo. Burgos cedo ou tarde seria convocado pra fazer justiça a um parça da comunidade. Mas não foi bem isso que aconteceu. O importante na trama é o todo e não a parte. Rael é uma vítima, mais uma, que é espremida pelo sistema. E não se faz de santo nem de herói.
Gosto da comparação da feitura do cesto indígena (Capão Redondo) sendo elaborado como a trama da história narrada. Os povos indígenas podem ter sido esquecidos - às vezes intencionalmente, mas eles ainda e sempre figuram em espaços e tempos presentes (nominal e fisicamente). Quer queiram os senhores, quer não.
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Beatriz Lima 18/10/2024

Vida loka, Capão, de fé, sou guerreiro!
"Capão Redondo era um nome muito estranho, e o que lhe tinham explicado era que o nome era tirado de um artefato indígena, pois os índios faziam um cestão de palha que tinha o nome de Capão, e vendo essa área de longe se tinha a impressão de ser uma cesta. Colocaram o nome de Capão Redondo, ou seja, uma grande cesta redonda."

Ler Capão Pecado trouxe a tona uma angústia que eu não lembrava que tinha. Ferréz narra com fidelidade a vivência de nós que saímos do extremo sul para ganhar (ou tentar) a vida todos os dias.
É cruel, doloroso, revoltante, repugnante. Mas é a nossa vida diária, o local que chamamos de casa, que dividimos com nossos amigos e familiares.
O sonho em ser mais, em sair daqui, em ter um destino diferente dos nossos semelhantes são ceifados quando somos todos considerados iguais e reduzidos a mão de obra barata que por sua vez é substituível.
A vida no Capão não tem valor.
Acompanhar a leitura e se identificar com as histórias, os locais narrados, ponto de ônibus, os bailes. Não existe nada que diverge da realidade dos anos 80', 90' e 00'.
Reféns de um sistema que rouba nossas vidas, força, esperança e sanidade, onde nos jogam em uma vala sem saneamento básico e lazer e pelo mínimo levamos bala.
Um lugar onde o sonho é ter o básico, conseguir sobreviver, voltar vivo pra casa e ter uma vida digna.
Um lugar onde o preço de querer, ser, ter e viver é alto.
Um lugar onde "a lei da sobrevivência é regida pelo pecado".
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Marine 09/10/2024

Muito forte
Excelentes personagens, uma história simples, que chama atenção por ser tão verdadeira e nos causa espécie diante da realidade apresentada.
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Rafinha.gomesoficial 15/09/2024

" Da trairagem nem Jesus escapou."
Capão Pecado mostra a realidade das periferias e favelas de São Paulo, apresentando as brutalidades e aspectos no cotidiano das pessoas,além de mostrar o quão fácil é se desvirtuar da vida quando se vive em um ambiente precarizado e tomado por injustiças, capaz de transformar pessoas que em outras realidades teriam um futuro brilhante, em criminosos e em estatísticas.
Leitura rápida e fluída, com gírias paulistanas(dialeto), e super vale a pena esta obra de Ferréz.
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Vic feitoza 31/08/2024

Nunca mudou, nem nunca mudará
"Eu sempre procuro o bem, tá ligado? Mas se o mal vier, que o Senhor tenha misericórdia."

Como canta racionais: o mundo é diferente da ponte pra cá. Basicamente resume o livro. Recomendo a leitura para quem deseja sair da bolha e lembrar que a realidade das pessoas que vivem nas periferias é triste, violenta e existe pra caralh¤, todos os dias.
Matheuspinheiro47 31/08/2024minha estante
??????




dani y 25/08/2024

A pobreza aqui é passada de pai para filho, assim como a necessidade de se trabalhar dia e noite para comprar um pão, um saco de arroz, um saco de feijão.
Mas é com amor e carinho que criamos nossos filhos, sem nos darmos conta do local, dos amigos incertos e das coisas que injetam aqui ? armas e drogas. Assim, continuaremos embriagados, andando no chão frio com os pés descalços, um sorriso na boca ainda seca da corrida contra a lei. Toda uma nação está olhando para uma janela eletrônica; através dela está o passado manipulado, e o que ninguém vê é a porta que fica ao lado, a porta do futuro, que está trancada pela mediocridade dos nossos governantes.
O calor foi mais uma vez roubado do corpo ? ele foi morto ?, estava quase sem esperanças de ter um bom futuro, pois queria ter algo, mas estava sem dinheiro, numa área miserável onde todos cantam a mesma canção, que é a única coisa que alguém já fez exclusivamente para uma pessoa daqui. Certamente, é algo sobre a dor, a esperança, a frustração, ou algo tão específico que só poderia ser feito para os habitantes de um lugar por Deus abandonado e pelo diabo batizado de Capão Pecado.
P. 14
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Mi 24/06/2024

Realidade nua e crua
Neste livro temos a estória de Rael, um rapaz que cresceu na periferia passando por muitas dificuldades. Viu seus amigos terem finais trágicos. E para si desejava apenas um bom trabalho e poder ter uma vida melhor para si e seus familiares.
Infelizmente o destino dele foi cruel tanto quanto os outros, mesmo ele não sendo envolvido na criminalidade.
Fiquei triste com o ocorrido com o Rael.
Mas, é isso, narrativa da vida dura e cruel que muitos são submetidos.

Leitura fluida. Para quem não é acostumado com as gírias de SP pode ser que tenha um pouco de dificuldade.
Foi legal ler sobre lugares e pessoas que eu conheço.
Os meninos se ?perdendo? e eles orientavam colar com os meninos da fundão que tinha uma visão de vida diferente. Muitos tinham habilidades que poderiam usar a seu benefício e dar as costas para a criminalidade.
Arte, música, etc.
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Floraâ¡â¡:) 19/06/2024

"Da trairagem nem Jesus escapou"
Eu poderia escolher outra frase pra colocar como título, mas essa me marcou muito,não só por ser uma frase forte mas o motivo dela ter sido citada. Essa frase é de um dos últimos capítulos,e meu Deus,quem leu vai saber o quão chocante foi o final desse livro.
Esse livro aborda temas marcantes e fortes,como a violência,os abusos,as mortes,os furtos e o fato de tudo isso ser a realidade de muitas pessoas que vivem em periferia. O livro mostra a verdade e não esconde nada,é rico em detalhes e te deixa de boca aberta. Agradeço muito a minha professora por ter recomendado esse livro pra mim e pra minha turma.
Leiam, vocês vão amar.
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Danilo Moreira 09/06/2024

Drama com papo reto
Ler Capão Pecado é sentir várias feridas que fazem parte da nossa sociedade, como a violência, a vulnerabilidade social de populações periféricas, as desgraças, o machismo, o feminicídio e até a homofobia (ainda que não seja algo desenvolvido neste livro lançado em 2000), e uma série de tragédias cotidianas de um país bastante desigual.

Como morador de periferia, reconheci alguns personagens com histórias e até desfechos semelhantes as de pessoas com quem já convivi ou conheço. Por isso que, mesmo nas cenas mais pesadas, o choque sempre vinha com a sensação de ter, pelo menos de ter já visto ou ouvido falar de um caso daquele em algum momento.

Esta edição da Companhia de Bolso, lançada em 2020, traz reflexões interessantes sobre a trajetoria do autor, da repercussão do livro e como ele se tornou icônico na literatura das periferias.

Vale a leitura, mas dependendo da realidade onde você vive, precisa ter estômago e deixar de fora a visão maniqueísta da vida.
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vocepoderepetir 08/06/2024

Livro impecável. Retrata vivências que são comuns em favelas brasileiras com uma veracidade absurda. A leitura me foi recomendada por um amigo, estudante de filosofia e morador de uma favela de BH e não me desapontou em nenhum aspecto.
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