Capão Pecado

Capão Pecado Ferréz




Resenhas - Capão Pecado


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Sara.Alves 04/06/2024

O livro em si e legal, mas tem muitos pontos sensíveis, eu como leitora de dark romance e quem lê sabe que tem muita merda, fiquei muito agoniada lendo o livro, as cenas de assassinato algumas são muito detalhada, o "estupro" que Rael fez em Paulo mexeu comigo mas não quer dizer que vá mexer com você. e um livro pra quem tem um bom estômago, li p tertúlia da minha sala, mas não releria
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iamleticiarodgs 01/05/2024

"o futuro fica bem mais pra frente."
Ferréz não só sabia o que estava escrevendo quando fez esse livro como viveu na pele a sua escrita. Literatura marginal que cativa e traz identificação ao jovem periférico.
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Veridiana4 01/04/2024

Lhes impediram de ter direitos mas lhe cobraram deveres
É assim que inicia a dedicatória do livro. Um livro curto mas cheio de criticas e que traz a tona a realidade da periferia. Toda dor, luta e sofrimento e todas as diferentes camadas que uma pessoa periférica precisa superar antes de sequer ter uma chance de vida.
Confesso que nunca teria descoberto esse livro se não tivesse sido pedido na graduação. Que sorte que o descobri! Um livro muito sincero contado como se fosse um conto mas com um toque de muita realidade... a linguagem informal nos faz imergir ainda mais na realidade do Capão e sentir todas as injustiças que cada personagem vive.
Um livro muito bom e essencial para entender essa realidade tão apagada e incompreendida do Brasil.
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Barbara602 24/02/2024

Adorei!
Meu primeiro contato com a leitura marginal, e simplesmente amei e virei muito fã do Ferrez. Recomendo!
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Shaylanne 21/02/2024

Querido sistema...
Uma história que você pode ver-se nela, consegue sentir até mesmo a textura e compreender os pensamentos dos violentados. Forte, emocionante!
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Natasmi Cortez 29/01/2024

Todo o povo dessa terra quando pode cantar, canta de dor
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
Decidi começar esse breve texto de opinião, trazendo a letra de Clara Nunes, na música ‘O canto das três raças’ que melhor expressa minha experiência com a leitura de Capão Pecado.
Ferréz, um homem que venceu o meio do qual veio, narra em um texto simples, o retrato de vidas marginais. Marginais, pois estão á margem da sociedade, à margem das oportunidades, à margem da esperança.
É uma história de muita luta, de perseverança e fé, mas também de exaustão, revolta e rendição.
Em nenhum momento Ferréz romantiza a vida diária nessa pequena comunidade de São Paulo, pelo contrário, seu texto é o relato frio da violência e da escassez como normalidade no cotidiano de uma gente que já nasceu condenada. Nunca acreditei em meritocracia, mas a falácia de tal termo nunca ficou tão evidente quanto na leitura de Capão Pecado.
Não há heróis nessa história, mas sim sobreviventes. Indivíduos que desprovidos do mínimo, lutam desesperadamente para vencer um dia de cada vez. Há os que resistem e há os que desistem.
A experiência de leitura é pessoal, e parte do social do leitor, das vivências do leitor. A narrativa direta de Ferréz demonstra urgência em contar aquilo que esteve escondido por tantos anos. Não há poesia no texto, apenas a realidade fria e cruel.
Um livro que pode ser lido por todos, que não se esbalda em palavras complexas ou significados ocultos. A vida tal como ela é, talvez não para a maioria de nós que vivemos nessa bolha, mas para uma grande maioria invisível e sem voz.
Ferréz é o elo que liga experiências de vida diferentes. Sua voz denuncia o abondo do Estado, sua caneta retrata que as leis não se aplicam a todos igualmente. Direitos e obrigações possuem valores diferentes e podem ser moldados por quem tem o poder de barganha. Dinheiro. E se você não tem, é só mais uma peça insignificante da engrenagem, daquelas que quando quebram, são rapidamente substituídas por outra.
O tom do livro é esse, de desesperança, de guerra perdida, e foi por isso que pensei na música da Clara. No meio de tanta falta, sobra dor.
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Pietra 24/01/2024

Em 2023, li alguns livros que mergulham na realidade de pessoas que vivem nas periferias: O sol na cabeça, de Geovani Martins, Olhos d’água, de Conceição Evaristo, e Vila Sapo, de José Falero. O ano terminou com mais um, Capão Pecado, escrito por Ferréz e publicado em 2000.

Na favela do bairro Capão Redondo, localizada na cidade de São Paulo, conhecemos Rael, um adolescente trabalhador que se esforça para garantir uma vida segura e tranquila para sua família longe do perigo. Mas um dia ele olha para Paula, a namorada de seu melhor amigo, com outros olhos, e talvez esse seja o maior pecado que irá cometer.

Para entender a dimensão do território e o seu cotidiano, também conhecemos outros moradores como Matcherros, Will, Capachão e Burgos. Cada um representa uma vida diferente da favela, quais são os possíveis destinos que alguém pode ter. Matcherros é o famoso “nem estuda nem trabalha”, Will se envolve com traficantes, Capachão deseja ser policial e Burgos é assassino de aluguel.

A trama de cada personagem se intercala e acontece ao mesmo tempo, mostrando que lá as coisas não podem parar. Quem sabe por isso senti na leitura que a última parte do livro, que é dividido em cinco, foi corrida. A reviravolta de Rael foi deixada um pouco de lado para concluir a dos outros personagens, e ele perdeu sua importância. Ou, na verdade, o protagonista tenha sido mais uma porta de entrada para esse mundo.

Capão Pecado é referência na literatura marginal contemporânea, literatura produzida por grupos marginalizados que retratam a vida nas favelas. “Este livro é dedicado também a todas as pessoas que não tiveram sequer uma chance real de ter uma vida digna; que não puderam ser cidadãos, pois lhes impediram de ter direitos, mas lhe foram cobrados deveres. Àqueles que foram maltratados física e psicologicamente pela nossa ‘bem informada polícia brasileira’; àqueles que não foram alfabetizados e, portanto, não poderão ler esta obra”, escreve Ferréz na dedicatória.


site: https://instagram.com/copodeliteratura
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Lili 15/12/2023

Livro curto e denso, cheio de nuances e faces que, por mais que seja a maior realidade das grandes cidades brasileiras, nao é visível pra muita gente(?)
"Uma vez ouvi que as crianças sao o futuro, concordo, mas não as daqui, jogadas na rua, criadas pela rotina, o pobre fica na rua sem perspectiva, enquanto o futuro está nas universidades aprendendo a ser o "produto" certo para o "mercado" certo..."
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Maria22510 06/12/2023

Necessário
O livro chega a causar desconforto de tão real que a narração soa, mas é um desconforto extremamente necessário, que deve ser sentido para que a gente entenda a realidade. A escrita é bem fluida, apesar de o desenrolar da história ser um pouco confuso. É preciso ler com atenção do contrário é muito fácil de se perder.
É narrado em terceira pessoa e acompanhamos vários personagens, mas principalmente o Rael. Me senti tão próxima dos personagens, parecia que estava acompanhando um diário ou algo assim. E mais uma vez, me deixou muito triste pensar que esses corres todos que acompanhamos os personagens enfrentando, são a realidade de milhões de pessoas aqui no Brasil...
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gene 27/11/2023

Se tivesse 50 páginas a mais seria melhor
Eu amo livros nacionais fictícios que tem um quêzinho de realidade, principalmente um que se passa numa realidade que uma vez foi próxima de mim, porém, não sei como foi o processo criativo do autor mas o quinto ato foi extremamente corrido, o time skip foi muito mal colocado e senti falta do desenvolvimento de muitos personagens.

"Certamente, é algo sobre a dor, a esperança, a frustração, ou algo tão específico que só poderia ser feito para os habitantes de um lugar por Deus abandonado e pelo diabo batizado de Capão Pecado."
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zRafaxy 17/11/2023

E tudo se repete, até não se repetir.
Muito estranho tudo isso soar familiar e cotidiano, não deveria. O final da primeira parte me choca por completo, o resto da obra me exprime o real cotidiano.
Esse livro me traz o sentimento de insegurança e não controle do nosso futuro, enfatizado pelo ambiente periférico do protagonista.

Rael presenciava seu futuro no presente, a impotência na luta contra um sistema, a presença no campo de batalha, na luta constante pela vida.

Esperava um final mais elaborado, mas por se tratar da nua e crua realidade, tem seu sentido. Afinal, a realidade é muito triste, mas ela existe.
Sua importância extrema na apresentação da obra a jovens na educação brasileira, enfatizando o precário cotidiano periférico. Na necessidade da mudança, e na esperança que a mesma traz.
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cass.luce 14/11/2023

Triste
Minha reação com o final foi tipo?
Li o livro para faculdade, não o leria de forma alguma se não fosse por isso, acho q nem iria saber da existência dele? pra ser bem sincera, fui totalmente surpreendida.
É uma leitura muito fluida, pra ler de uma vez só. Temas pesados, mas acho que poderiam ser trabalhados de forma a impactar mais. De qualquer modo, vale a pena, trás uma vivência totalmente diferente da minha realidade, e pensar que estás coisas podem (e devem) estar acontecendo na mesma cidade e no mesmo tempo em que eu vivo?
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Marlonbsan 14/11/2023

Capão Pecado
Rael é um jovem que deseja sair do meio atroz de violência onde cresceu, se esforça para ter um bom emprego, ajudar em casa e construir o seu. Mas o destino é incontrolável e inconstante, cruza vidas e tira outras de lá.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos alguns dos personagens, mas especialmente Rael. A linguagem é simples e fluída, mas precisa de atenção para não se perder.

Livros que retratam a vida das pessoas que moram na periferia são essenciais, tanto para mostrar a brutalidade quanto para nos fazer entender melhor tudo que envolve a vida e as lutas de quem ali sobrevive. A pobreza, a violência, a generosidade, a malandragem, a falta de oportunidades ou os oportunistas, todos juntos.

Mas partindo para o aspecto narrativo, tem algo que que não é tanto do meu agrado, que está no fato da progressão da história se mostrar um pouco confusa, uma hora o foco está no Rael, outra em outros personagens e nem sempre há uma divisão tão acentuada, há muitos nomes, apelidos e é bem fácil se perder.

Fora isso, a história pode ser a mesma de várias pessoas periféricas, que precisa se desdobrar para conseguir o mínimo, que aprende logo cedo que a vida não é fácil e, quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna fugir e quando parece que algo está se acertando, a vida vem e mostra que tudo muda. A brutalidade, as perdas, a violência, viram banalidades.

A linguagem crua e ágil torna a leitura mais impactante, além de todos os aspectos que corroboram para que tenhamos uma experiência de conhecimento sobre a vida, as dificuldades e escancara as diferenças sociais, bem como entender o privilégio de quem não passou por isso.
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Pamela 24/10/2023

É cruel demais, justamente por ser real demais
Capão Pecado é um romance e é brutal, é brutalmente real, e é só nisso que eu consigo pensar.
Toda vez que não sei o que falar eu uso os próprios trechos do livro pra exemplificar as partes que mais me pegaram, eis elas:
"[...] e por dentro um sentimento o dominou e ele chorou, pois sabia que a realidade é muito triste, mas ela existe."
"[...] Para pessoas como eles, na situação em que vivem, só lhes resta uma música, uma promessa, um compromisso, uma letra extensa e com muito conteúdo, que, não raro, é interrompida por disparos."
" Capão Redondo é a pobreza, injustiças, ruas de terra, esgoto a céu aberto, crianças descalças, distritos lotados, veículos do IML subindo e descendo pra lá e pra cá, tensão e cheiro de maconha o tempo todo."
Obs: é isso, mas não deveria ser só isso sabe ?
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sorososolinda 06/10/2023

Extremamente necessário.
Esse livro deveria ser fundamental para leitura em escolas, principalmente públicas, no ensino médio. Um livro que nos trás a verdade da periferia, uma específica do estado de São Paulo, mas que vivemos por todo o Brasil. Esse livro é fundamental, não só para o povo periférico, mas para todo o povo brasileiro.
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