O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Rodrigo 26/08/2022

A espera infinita
Que lindo tocante!
Da primeira à última página o autor nos conquista com sua escrita delicada, tocante, forte.
Giovani Drogo é sonhador e isso permeia toda a narrativa.
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umafacasolamina 17/08/2022

que triste engano, pensou drogo, talvez tudo seja assim; acreditamos que ao redor haja criaturas semelhantes a nós e, ao contrário, só há gelo, pedras que falam uma língua estrangeira; preparamo-nos para cumprimentar o amigo, mas o braço recai inerte, o sorriso se apaga, porque percebemos que estamos completamente sós.
Michelly 18/08/2022minha estante
Adoro esse livro


umafacasolamina 18/08/2022minha estante
bom demais a escrita do buzzati é a coisa mais linda




josé filho 10/08/2022

Eterna busca de significado
Obra melancólica sobre a busca de significado para o nosso cotidiano. É difícil não criar uma conexão com o personagem principal e sua espera por algo maravilhoso que vai acontecer a qualquer momento, mas que não tem um prazo e talvez nunca aconteça.
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Matt 05/08/2022

O futuro é o agora, Giovanni Drogo
Em O deserto dos tártaros, Dino Buzzati narra a história de Giovanni Drogo que, ao ser nomeado oficial, decide deixar a cidade para ir em direção ao forte Bastiani e seguir a sua carreira na vida militar. Drogo esperou por anos esse tão sonhado dia, o dia em que sua vida verdadeiramente iria começar. Foram longos anos odiosos debruçado sobre os livros e que jamais se repetiriam. O futuro, agora, era de Giovanni: dinheiro, belas mulheres e a glória.

Apesar de ser o plano de fundo desse romance, a vida militar realmente não é o foco de Buzzati, mas sim a vida cotidiana de todos nós. O tempo é o protagonista dessa história e Giovanni Drogo é apenas mais um que sofre as suas consequências inevitáveis. Drogo acreditou que o tempo sempre estaria ali lhe dando uma segunda chance e, por isso, durante toda a sua vida se acomodou e calou, sempre que pôde, a sua inquietude que o tentava alertar dos perigos da sua imobilidade.

Era como se o tempo dissesse: o futuro vem aí e com ele a sua vida vai mudar para sempre, Giovanni Drogo. Aguarde, tenha paciência, que lá na frente, lá onde você ainda não pode enxergar, existe algo especial para você. Não se preocupe, não se trata de um equívoco, apenas confie, sente e espere.

E o futuro chegou, mas não como Drogo esperava que fosse. Por anos ele esperou algo para justificar a sua existência, mas ao longo do caminho ele se esqueceu de que, enquanto esperava por esse futuro, ele abriu mão da vida que sempre acontecia no agora. O futuro resplandecente chegou, mas chegou quando já era tarde demais para Giovanni Drogo.

4?
Livro lido em maio de 2022.

BOOKGRAM: @mths.books
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Rodolfo Vilar 17/07/2022

A leitura deste livro me pegou num momento bem delicado da minha vida. Há algum tempo já havia lido o livro "O amor" do Dino Buzzati, onde o autor trata sobre as perspectivas de um personagem a respeito da concepção da construção de uma relação, tudo isso mesclado a rotina viva e dinâmica da Itália de décadas passadas. Aqui em "Deserto dos Tártaros " temos o NADA, mas é um nada também dinâmico, bem plástico aos olhos do escritor, onde a inspiração desse nada nos abre os olhos para as mais complexas reflexões sobre a vida.
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Giovani Drogo, personagem principal do livro, acaba de chegar ao Forte Bastiani para exercer a sua missão, e o que ele pensa que será algo de apenas meses, se extende por longos anos e ao mesmo tempo curtos pela nossa percepção. A missão do forte é resguardar as terras que poderiam um dia serem atacadas pela volta iminente dos Tártaros, mas uma cogitação que perambula por todos os oficiais, mas que realmente nunca se concretizou. Um dia poderá acontecer? Alimentados por essa possibilidade Drogo e seus companheiros vivem os anos de eterna solidão, da vida de uma rotina que se repete que se transforma em conforto até um ponto em que quebrá-la é algo inevitável. O tempo torna-se elástico, difícil de mesurar e ao mesmo tempo concreto, onde exerce poder na percepção, nas causas e nos pensamentos de vários, tornando o livro uma grande metáfora sobre a "espera pelo que ainda não aconteceu".
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Quem nunca esperou pelo futuro? Quem nunca fez planos na espera pelo amanhã que nunca aconteceu? O livro é uma grande mensagem sobre a espera pelo que ainda não aconteceu, a grande expectativa pelo NADA. Nos sentimos na pele dos personagens assim como os personagens se sentem na pele daqueles que chegam ao forte, como uma sincronia sem fim pelo ciclo da espera. Nos questionamos sobre "estamos vivendo o agora ou esperando pelo que não pode acontecer?". Ler "Deserto dos Tártaros" foi acionar esse gatilho emocional para a percepção desse pensamento, foi acionar angústias enterradas que só deveriam ser despertas futuramente, mas que nos motiva a pensar e sair um pouco da inércia da vida pela longa espera... e praticar a ação, por menor que seja.
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Livro pra vida!
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Fraoliveira180 16/07/2022

Que frustrante esse final
Giovane Drogo, um cidadão adepto do exército foi convocado para participar da Guarda do Forte bastiani, no qual ele protege e aguarda os tártaros para guerra. O livro tem um desenvolvimento lento e ao mesmo tempo ilusório pois não se sabe se estarmos existem ou se todos ali dentro estão ainda aguardando de maneira alucinógena pelos tártaros.
A escrita é muito bela, porém a leitura tem um ritmo lento e muito denso.
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Raul 10/07/2022

O tempo não para...
Esse livro me deu outra perspectiva sobre várias coisas. Um militar, Drogo, é designado a um forte que era famoso por suas lendárias histórias de guerra. A priori, ele decide ficar por algum tempo, mas algumas coisas acontecem e ele acaba permanecendo.

Há uma enorme discussão ao longo da narrativa sobre o tempo. Será que vale a pena esperar? Será que vale a pena arriscar TUDO por algo incerto? Será que esse algo chegará? Será que valeu a pena?

Todas essas questões não sabemos a resposta. E é isso o que faz a vida ser única, intensa e incrível...
Não sejamos aqueles que nos habituamos ao forte. "Ao final das contas, temos o que merecemos."
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FelCuesta 05/07/2022

Um livro tocante sobre o sentido da vida e passagem do tempo
Peguei esse livro para ler sem grandes pretensões. Tava na fila há algum tempo. Meio esquecido de lado. O Deserto dos Tártaros. Escrito pelo jornalista e escritor italiano Dino Buzzati, se transformou em uma das leituras mais impactantes dos últimos tempos e merece estar em todas aquelas listas dos maiores livros da vida.

A história é simples e trata da jornada existencial do Tenente Giovanni Drogo, que recebe com alegria a missão de ir servir no forte Bastiani, um local esquecido nos confins do espaço e do tempo, onde se guardam as fronteiras do deserto de uma nação qualquer, contra uma eventual invasão dos tártaros, o povo inimigo invisível e hipotético. Seria essa a primeira etapa de uma brilhante carreira militar do oficial. Um trampolim para outros postos e serviços mais gloriosos. Seria.

Acontece que, ao longo da narrativa, vamos acompanhando com inquietação a transformação psicológica do personagem, que vai sendo esmagado em suas convicções pelo estranho poder de atração do forte, um lugar que Drogo não pretendia ficar por muito tempo, mas onde acaba passando três décadas de sua miserável vida, enquanto sem se dar conta, alimenta a expectativa do júbilo e das honrarias proporcionadas pelo confronto decorrente de uma invasão estrangeira que nunca acontece. A espera pelo conflito passa a ser a sua própria razão de viver, um fim em si mesmo, com os ônus da renúncia à juventude e do desperdício da existência, numa trama angustiante, um misto de fantasia e realidade.

O livro é uma poderosa parábola que nos arremessa à reflexão indelével sobre as armadilhas da passagem do tempo e deixa no leitor aquela sensação de urgência para viver e para aproveitar cada minuto como se fosse o último, pois ao contrario do hoje, o ontem ja se foi e o amanhã é apenas uma expectativa incerta.

Vale muito a leitura desse clássico da literatura do século XX
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Maksin 01/07/2022

O voo de um avião de papel
Reli pela segunda vez. E os sentimentos que tive nesta segunda leitura foram maiores que os da primeira. Quase um sintoma. Sim, porque o livro é afiado e leve como uma navalha, fluído, direto rápido, feito uma águia mirando do alto a presa, como - * uma bala de fuzil que pesa 32 gramas - como um avião de papel que voa belo, nostálgico e inocente, mas que depois cai sem forças. E tem por acaso força?
O livro toca sensivelmente uma dos temas mais dissecados da literatura e da arte: o tempo. Além de remeter sutilmente sobre vãos sacrifícios, orgulho, causas perdidas, vagas ambições, desperdício da vida/existência em prol de ânsias de glória ou sucesso, que nós mesmos alimentamos, até que um dia a vida ou nossa vitalidade se esvai, quando não apenas alimentamos tantos certas coisas que elas acabam por cair contra nós mesmos.
Definitivamente esse livro vai te dar medo de ter uma vida medíocre e não aproveitada. Vai te fazer parar na estrada, olhar para cima, para os lados, se sentir apreensivo e fazer 1 minuto de silêncio. E em seguida reinvindicar o que for preciso na vida, tomar as rédeas pra sí.
Dominar principalmente teu tempo e tua vida.

É um livro excelente.
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felipe.demattos.94 23/06/2022

A vida como aposta da imobilidade
Bela analogia sobre a nossa indiferença a passagem do tempo.
Típico livro de linguagem simples, que nos faz refletir sobre a vida de forma filosófica e profunda.
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Vinícius 23/06/2022

A espera no deserto
O nomeado oficial Drogo inicia sua jornada ao Forte Bastiani onde o que seriam 4 meses se transformam em 4 anos. Nesse período conheceu outros militares de várias patentes em um local inóspito onde se prepararam para um conflito que nunca existiu. Cada personagem, com sua vida e angústias, nos levam a meditar sobre os nossos valores.
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Esle 20/06/2022

A verdadeira batalha...
A verdadeira batalha ocorre contra um inimigo que, pelo menos até a data de minha leitura, é implacável e invencível.

Vive-se na espera pelo grande momento, e, infelizmente, para a maioria, este momento nunca chegará, então conformemo-nos com o mesmo prato servido diariamente na espera da tão desejada sobremesa ou nos deliciemos com aquilo que o banquete da vida nos oferta a cada dia, adicionando os complementos que mais nos apetecerem.

Livro ótimo.

Recomendo a leitura.
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