bibliotecadajordana 04/07/2020
[RESENHA: Caixa de pássaros: não abra os olhos]
“Malorie está na cozinha, pensando. Tem as mãos úmidas. Treme. Bate o pé, nervosa, no piso de azulejos rachados. É cedo. O sol ainda está surgindo no horizonte. Ela observa a luz parca clarear as pesadas cortinas pretas...”
Autoria: Josh Malerman
Editora: Intrínseca
Páginas: 272p
Ano: 2015
Assunto: Suspense; Mistério; Horror; Ficção.
Há algo do lado fora, alguma coisa desconhecida, aterrorizante. No mundo de repente começou um surto de violências, ninguém era imune e ninguém sabia explicar o que provocava aquela reação. Pois bastava um olhar para que nas pessoas despertassem impulsos violentos e que terminava em suicídio de maneiras horríveis.
"Ninguém tem respostas. Ninguém sabe o que está acontecendo. As pessoas estão vendo alguma coisa que as leva a machucar os outros. A machucar a si mesmas. As pessoas estão morrendo. Mas por quê?"
Anos depois das mortes terem começado, há poucos sobreviventes em Michigan. Malorie e seus filhos vivem em uma casa abandonada, com condições péssimas, não podem ver o mundo lá fora, as janelas ficam cobertas com cortinas pretas, quando saem ao mundo exterior estão vendados, assim tentam resistir e viver em um mundo no qual o ato de abrir os olhos pode ser fatal.
O livro é um thiller psicológico que conta a história de Malorie, que precisará descer um rio de mais de 30km em um barco a remo com duas crianças de quatro anos, e todos os três estão vendados com a esperança de encontrar um local seguro. Mas será que existe? Ainda há vida humana na Terra? Com flashes do passado, o autor nos mostra como tudo começou, o que o mundo se tornou, como Malorie conseguiu sozinha criar duas crianças e todas as dificuldades e perigos passados.
Fui totalmente influenciada a ler o livro pelo @preconceitoliterario, de tanto ver ele falando sobre esse livro no ig dele ahduahsuhda. Eu fiquei totalmente impressionada com a mente e a escrita do autor, e como ele conseguiu criar o cenário da história, que me prendeu do início ao fim. É uma narrativa fluída e instigante com capítulos curtos intercalando presente e passado, acompanhamos a angústia dos personagens, mesmo tendo assistido ao filme antes a experiência de leitura foi incrível.