Vigiar e Punir

Vigiar e Punir Michel Foucault




Resenhas - Vigiar e Punir


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Clio0 25/06/2021

Ou a História das Prisões.

Michel Foucault faz um recorte historiográfico da Era Moderna para fazer uma análise teórica e social do sistema carcerário na França. A escolha desse escopo tem motivo, não apenas esse país tem um dos melhores registros históricos do mundo, como também foi um dos primeiros a implementar o que se hoje considera o sistema penal.

O autor observa que os mecanismos usados pelo sistema judiciário e pela força policial tendem ao controle de uma determinada faixa da população - a marginal, a que não se encaixa ou submete -, e utilizam a violência, a moral, o condicionamento para isso.

Assim, a indústria da violência (e das prisões) não são apenas uma forma de gerar lucro com essa formação do sistema político-econômico, mas a maneira de legitimar e consolidar a sociedade que se utiliza de tal aparato.

É uma pesquisa que envolve estudos de caso, então há vários relatos, muitas vezes gráficos, que podem afastar o leitor curioso. Infelizmente, atrai também os sádicos de plantão que podem descobrir que não é tão fácil se deliciar com pesquisa científica.

Os capítulos são divididos pelos temas Suplício, Punição, Disciplina e Prisão; ao fim de cada um há notas explicativas e de referência.

A minha edição da Editora Vozes é bem simples, mas quero chamar atenção para o subtítulo do livro: História da Violências nas Prisões. Por que a tradutora Raquel Ramalhete escolheu trocar o original "Naissance de la Prison" (O nascimento da Prisão)?

Foi decisão do autor? Improvável. Se foi da editora? Sensacionalismo barato. Da tradutora? Adaptação infeliz que pode resultar no influenciamento do leitor. Bola fora.
Felipe.Camargo 25/06/2021minha estante
Incrível o estudo apresentado por Foucault nesta obra!


Glau! 25/12/2022minha estante
Achei interessante a sua análise. Quero, em breve, também poder prestar minhas considerações sobre a obra.




Albieri 22/10/2023

Vigiar e Punir - Michel Foucault

No livro vemos duas distinções de poder e como eles eram usados para punir aqueles que cometessem crime.

Até o seculo XVIII a punição mais tinha haver com a tortura do corpo, os chamados suplícios, era pior do que a morte a dor causada por esse tipo de punição. o nível de suplício era de acordo com o tipo de crime cometido. Era um meio de exemplo para a população, pois o criminoso era supliciado em praça pública.

Já a partir do seculo XVIII as punições eram mais disciplinadora, era baseada na racionalidade, foi aqui que basicamente começou o sistema prisional. E de acordo com o livro "O ideal seria que o condenado fosse considerado como uma espécie de propriedade rentável: um escravo posto a serviço de todos. Por que haveria a sociedade de suprimir uma vida e um corpo de que ela poderia se apropriar? Seria mais útil fazer"servir o Estado numa escravidão mais ou menos longa de acordo com a natureza do crime"

Usar o meio prisional também era uma forma de humanizar aqueles que haviam cometido crimes menos severo, colocar sobre vigilancia constante, e tentar redimir o mesmo do crime, alem de fazer com que não se repetisse o erro.

Vigiar e punir, mostra a evolução do sistema de punição das pessoas e como deu sua história.

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joaoggur 01/05/2023

Preparem-se para uma resenha prolixa.
Michel Foucault foi um dos maiores filósofos do século XX. Não só um produtor de conhecimento, mas fora um profundo crítico e analisador das chamadas ?instituições sociológicas?; lugares como o hospital, escola e a prisão, em seu ver, seguem a mesma ordem disciplinar, os mesmos rituais, criando o que por ele foi chamado de ?espaço interdisciplinar?, que como Vinicius Siqueira definiu no site ?Colunas tortas?, ?visa aumentar a eficiência econômica da prática sobre os corpos. A docilização é aumentada e o adestramento é maximizado. Para isso, é necessário individualizar, manter as coletividades desunidas, não permitir a troca de informações, racionalizar a arquitetura para que contribua aos objetivos disciplinares, para aumentar as curvas de visibilidade, seja na prisão, no hospital ou na escola?.

Aqui, em ?Vigiar e Punir?, o filósofo disserta não só sobre a ideia de prisão mas, literalmente, o conceito de Vigiar e Punir. A prisão é um excelente modelo, dado que acomete ambos os verbos. Porém, neste livro, são estudados todas as formas que, seja o Estado ou detentor de poder naquele contexto, exercem a vigilância e a punição sobre seus dominados.

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O livro é separado em certas partes:


I - SUPLÍCIO

Aqui, o autor discorre sobre como se dá a condenação em si. Disserta como o suplício era, em Estados centralizados europeus, uma forma de demonstração do poder estatal, quase como um show por parte do rei para demonstrar seu poder. E, mesmo com a modernização do que o senso comum entende como ?punição?, ainda há um suplício velado por detrás de tal progresso: a penalidade, só faz sentido, se for posta junto com uma tortura corporal. ?No entanto, um castigo como os trabalhos forçados ou até como a prisão?pura privação de liberdade?nunca funcionou sem um certo suplemento punitivo que diz respeito ao próprio corpo: racionamento alimentar, privação sexual, pancadas, calabouço. [?] Por conseguinte, continua a existir um fundo «supliciante» nos mecanismos modernos da justiça criminal?um fundo que não é totalmente controlado, mas que está cada vez mais envolvido por uma penalidade do incorporal.?

Outra ideia a ser dissertada seria a da loucura atrelada ao crime; a insanidade seria uma forma de justificação do comportamento dito ilegal, uma maneira de haver controle no que julgamos infrações? ?[?] especialidade psiquiátrica, e de uma forma mais geral a antropologia criminal e o discurso batido da criminologia encontram aí uma das suas funções precisas: ao inscreverem solenemente as infrações no campo dos objetos susceptíveis de um conhecimento científico, fornecem aos mecanismos da punição legal um controlo justificável já não apenas sobre as infrações, mas sobre os indivíduos; já não sobre o que estes fizeram, mas sobre aquilo que são, serão e podem ser?.

Com o passar do tempo, o suplício em relação ao corpo perdeu o seu sentido. E, em meio a revoltas sociais, o condenado começaria a receber apoio popular. O Estado achou uma solução para isto: a punição deveria ser implícita, a tortura precisaria ser abandonado. O suplício permaneceria no corpo: privando sua liberdade, sua escolha e sua individualidade, porém não haveria um grande público para observar daquilo. Em suma, o suplício, no decorrer do tempo, se tornara implícito; a prisão substituiu o teatro.


II - PUNIÇÃO

Aqui há um estudo da pena, do castigo, de como foi sua evolução (involução) até sua gênese. A partir dos fins do século XVIII, a punição tornou-se algo mais sútil, porém isso não deve ser confundindo com humanização. No contexto francês da época, a prisão fora um mecanismo de tirar seres indesejados das ruas, perdendo sua voz política. ?Por detrás da humanização das penas, o que encontramos são todas as regras que autorizam, ou melhor, exigem a ?brandura?, como uma economia calculada do poder de punir. Mas provocam também uma deslocação no ponto de aplicação desse poder: que já não seja o corpo, com o jogo ritual dos sofrimentos excessivos, das marcas ostensivas no ritual dos suplícios; que seja o espírito, ou melhor, um jogo de representações e de signos que circulam com discrição, mas também com necessidade e evidência, no espírito de todos.?


III - DISCIPLINA

Veja bem: fazendo um trocadilho com o nome do livro, se queres Vigiar e Punir deve atentar-se a obediência, a disciplina. Para Foucault, a disciplina está estritamente ligada com o poder perante os corpos humanos, a alienação do corpo das pessoas ao detentor do poder. Todas as ditas ?instituições sociológicas? estão ligadas ao controle do corpo; na igreja, na escola, na prisão, no exército, até em um surto de uma doença (como ele exemplifica). Disciplina está estritamente ligada com a DOUTRINAÇÃO, com a obediência, para assim ele se tornar controlável. Isso pode ser tanto de forma induzida (Exemplo: Em um quartel, onde os soldados precisam seguir uma rotina e uma ordem metódica) quando de forma de sobrevivência (Exemplo: um operário trabalhando em uma fábrica).


IV - PRISÃO

Enfim chegamos ao últimos dos tópicos, sendo o mais famoso deles (mesmo a obra tendo nuances pouco comentadas), aquele que foca no estudo do enclausuramento. O autor não acredita nesse falácia neoliberal da prisão ser corretiva, ou ?recreativa?, como já tive a pachorra de ouvir. Para ele, a prisão é a apoteose da disciplina, um local baseado na exaustão. A grande questão de prisão, se diferenciando de outras instituições sociológicas, não tem uma atividade atrelada. O ofício dos detentos é a solidão. Muitos podem refuta-lo, mas o labor prisional não é criado de forma recreativa; ali, é uma consolidação, mesmo velada e implícita, do poder exercido aos detentos. Ao ser isolado, em meio a reflexão, o detento se vê em uma só situação: aceitar e entender que ele é controlado.

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Após esta resenha prolixa, só posso indicar tal obra. É um estudo sociológico enorme; Foucault, aqui, fez um estudo valioso. O que podemos aprender com a obra? Que, independente da instituição sociológica que estamos, somos sempre vigiados, estamos sempre sobre a sombra de algo maior. Aproveitem cada linha deste estudo.
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Ci=^.^= 10/05/2009

A história da punição...mas nao somente esta isoladamente, a função social que exerce entre as pessoas. Desde a época do suplício físico público ao momento atual, do discurso da regeneração e readaptação do indivíduo, o que na verdade, esconde um mecanismo de exclusão, a punição que já nao é mais castigo físico e se tornou um castigo moral.
o alvo de uma punição nao é o acusado, se pararmos para pensar, é a sociedade em que ele vive, já que todos começarão a impôr limites a si mesmos...com receio de uma punição. Mostra bem o momento da reforma penal, o Iluminismo, quando emergem os pensamentos humanistas, quando começa-se a pensar em direitos humanos, a humanizãção e cientifização da punição.
É um livro que vale a pena ser lido, mesmo que q seja lido apenas alguns de seus capítulos, assim como todos de Foucault, este filósofo que derruba teorias de nossos intelectuais mais admirados, dialoga com muitas áreas do saber e que contribuiu enormemente para a História Cultural.
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beatriz 14/04/2021

Quem sou eu pra falar de Foucault
Inocêncio 14/04/2021minha estante
A melhor resenha possível hahahahaha


beatriz 14/04/2021minha estante
kkkkkkkkkkk




Isabela 24/08/2021

Como resenhar Foucault né?! Sinto que qualquer coisa que fale não vai ser o bastante diante da profundidade dessa obra.
O livro é um grande compilado sobre como foi exercido o poder de punir na França, desde os suplícios marcados no corpo do criminoso até às modernas tecnologias de punir e vigiar os infratores.
Apesar de narrar uma realidade bem distante do Brasil, tendo em vista a posição de colonizadores/colonizados, ainda assim a leitura é essencial para compreender a persistência do uso da prisão como meio de controle social dos indesejáveis, no livro, principalmente os pobres, bem como a disciplina age sobre os corpos.
Gostei muito do livro, de certo modo a leitura não é difícil, apenas requer um foco e atenção a mais. Vale a pena!
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Lu_Augusto 23/06/2023

Não é um livro fácil de ler, mas vale muito a pena.
São muitas informações e um longo período histórico que o autor cobre na obra, por isso recomendo, se você se interessar mais pelo assunto, ir fazendo fichamento para ter todas as informações que jugou importante ao longo da leitura sem precisar de uma releitura.

Sobre o tema: Foucault ainda é, sem dúvida nenhuma, o maior especialista na área.
A discussão é voltada sobre tecnologias que vem desde a Idade Média até o final do século XX, mas que ainda estão em vigor hoje. Além disso, ao final, é curioso imaginar como Foucault discorreria sobre o poder que as redes sociais possuem hoje na nossa sociedade.
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Hugo.Lousada 21/03/2021

Fraco, bem fraco.
Existem vários fatores que podem ter feito com que a minha experiência com esse livro tivesse sido ruim. Li em pdf, numa versão ainda bem precária se comparada à clareza visual e interpretativa dos livros dos últimos 6 anos pra cá.

Piorando a situação: é muito amplo, o escopo do livro poderia ter sido mais afunilado - em vários momentos parece que o autor rodeia, rodeia, rodeia e não conclui, não termina de formar o pensamento.

Por ser um clássico e um livro muito comentado, de um autor tbm muito comentado, por sinal, eu esperava bem mais. Não é um livro ruim, é um livro de "ok" pra menos, mas razoável: falta clareza nas ideias propostas por Foucault em alguns momentos.
Daria facilmente pra excluir umas 100 páginas do livro, sem exagero! Cansativo e bastante complexo.

Em um livro (Paisagens do Medo) do Yi-Fu Tuan, é dito basicamente o essencial sobre as punições e sobre as prisões, de um jeito diferente de como Foucault diz, mas dizendo a mesma ideia e de um jeito mais leve e entendível - no livro do Yi-Fu Tuan não é dada a mesma amplitude sobre o assunto (por não um livro apenas disso), mas é bom e inclusive melhor, ao menos nessa parte.

Enfim, não gostei, não.
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Mari 24/05/2020

li porq é uma leitura obrigatória da faculdade e eu tive que fazer um trabalho sobre ele. É um livro muito pesado de ler.
Camila1856 24/05/2020minha estante
Minha professora tbm indicou esse livro


Mari 24/05/2020minha estante
a leitura é um pouco cansativa, mas é bom.




AnaP14 26/12/2023

.
Como o próprio subtítulo da obra diz, ela é uma análise do nascimento das prisões. Foucault busca compreender como o suplício e as punições teatrais foram substituídas pela prisão, com foco na sociedade francesa. Embora a escrita seja muito boa, não é uma obra de fácil compreensão.
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Elaeseusromances 17/05/2021

Releitura
Foi uma boa releitura, mass como e um livro que não faz meu gênero eu não falaria nossa vc tem q lê tal livro pra muitas pessoas do meu círculo social, fora isso super indico pra quem vai entra na faculdade de direito ou tem vontade de lê.
Ingrid.Vaillant 17/05/2021minha estante
Li esse livro na faculdade e gostei mt




Vania Nunes 11/03/2009

Pra não dizer que não falei de flores...
Prisão e escola...Que triste similaridade!
Livro obrigatório pra educadores.
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João Ks 23/02/2012

Trabalho de extrema lucidez em que se apresenta a experiência penal e suas conexões com a sociedade e o poder.
Vigiar e punir já se consolidou há muito como obra-expoente dentro do rol de trabalhos voltados à compreensão do exercício penal e do fenômeno carcerário na história das sociedades ocidentais modernas.

Foucault, ao debruçar-se somente em torno do caso francês para expor o itinerário da experiência penal moderna, fez-me perceber que apesar do aspecto local de sua investigação e pesquisa, há uma prática penal associada a mecanismos de poder que foi assimilada de forma praticamente homogênea em todo o mundo ocidental. A ponto de vermos crescer nos últimos séculos gerações de pessoas, que a despeito de nascerem num ou noutro lado do atlântico, são formadas e disciplinadas sob hábitos, ordens e crenças muito similares. Além, é claro, de compartilharem uma consciência da qual faz parte um sentimento bastante estável quanto à natureza das medidas punitivas e disciplinares que hoje acompanham quase que indistintamente as principais instituições de confinamento, recrutamento e educação civil.

A leitura de Vigiar e punir permite conhecer dos séculos XVIII, XIX e XX os sentimentos populares e a lógica política que estão por detrás das práticas punitivas exercidas nestas épocas. São razões que juntamente com uma série de outros motivos, sejam eles de ordem econômica, tecnológica, etc., fundamentam o pensamento jurídico criminal de cada época, donde resultam as respectivas vicissitudes da prática penal. Entretanto, talvez o que mais surpreenda na obra do espistemólogo francês seja sua insistência em revelar a cumplicidade das relações de saber e de poder que, no interior das sociedades em que atuam, fazem brotar toda uma série de instituições inclinadas para a manutenção destas mesmas práticas de saber/poder, e que, além disso, criam um senso de ordem e submissão característico daquilo que o autor chama de “sociedade disciplinar”. Como instituição-modelo, a penitenciária – mais precisamente a que segue a disposição panóptica de Bentham – é o carro-chefe dessa organização social, uma vez que impõe disciplinas sobre as quais se pautam a maior parte – se não todas – das demais instituições civis e militares. A saber, os hospitais, nosocômios, quartéis, escolas e toda sorte de entidades que exigem uma organização hierárquica são os pilares estruturais de uma sociedade regida por relações de poder muito bem definidas.

O capítulo do livro que mais me intrigou, e que talvez assim o tenha sido por ser também aquele que carrega os trechos mais sutis, leva o título de “ilegalidade e delinqüência”. Da dicção que ali se faz presente, depreende-se que o fenômeno carcerário que se instaurou ao longo dos últimos séculos, e que se mostra renitente em seu fracasso, vem exatamente a calhar com os objetivos de ordem social impostos pelo domínio de uma classe elitizada. Alarmam-me as proposições de Foucault que denunciam o forjado círculo vicioso da delinqüência, uma questão evidenciada pelo fenômeno da reincidência criminal e que constitui o principal indicativo do fracasso carcerário em seus propósitos de correção e ressocialização dos condenados. A delinqüência como manobra política sustentada por uma classe, eis o assombro que ora suscita essa parte final do livro.

Enfim, uma obra que a mim como principiante nos estudos do Direito foi de grande impacto. Uma obra, cujo cunho pode muito bem orientar os educadores, juristas, sociólogos etc., interessados nos temas vinculados às políticas educacionais e às reformas jurídico-penais. Por fim, seria de bom alvitre tê-la como leitura obrigatória nos últimos anos da educação escolar.
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Animal Noturno 07/04/2024

Um clássico da sociologia e muito necessário!!!
Um livro imprescindível para se pensar as formas de punição e qual o objetivo real da pena. O Autor vai analisar a evolução das punições a partir história desses processos disciplinares na França e como esse poder vai ser cruel na mente e no corpo da massa carcerária. A obra deixa entrever que a punição não tem o condão de reduzir a criminalidade; a prisão é uma das causas de reincidência; as prisões terminam por produzir delinquentes; a produção delinquencial da prisão é facilitada pela organização dos presos e pela vulnerabilidade de suas famílias. Em uma época que o nosso país está sofrendo com organizações criminosas que NASCERAM DENTRO DAS INSTITUIÇÕES PRISIONAIS, É NECESSÁRIO REFLEXÕES NO SENTIDO DESSA OBRA para mudar essa realidade, pois em caso contrário essas organizações nefastas terão sempre um exército de reserva.
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Rodrigo1185 10/01/2024

Publicado pela primeira vez em 1975, o livro desafia as concepções tradicionais de punição e abraça uma abordagem mais profunda sobre o papel do poder na sociedade. "Vigiar e Punir" é uma leitura desafiadora e instigante. Foucault desvela as complexidades por trás das instituições prisionais, incentivando uma reflexão crítica sobre o papel do poder e do controle na sociedade. A obra continua a ser uma referência crucial para estudiosos das ciências sociais, criminologistas e todos aqueles interessados nas intricadas relações entre poder, punição e a estrutura social.
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