Bela Lima 27/08/2018A questão é, eu gostei de O Símbolo Perdido.O Símbolo Perdido traz Robert Langdon mais uma vez sem sorte, envolvido numa busca que supera suas crenças e traz a tona toda sua incredulidade. Ele foi a chamado para dar uma palestra em Washington, capital de EUA, por Peter Soloman, um dos seus melhores amigos e mentor, quando descobre que tudo é uma mentira, que Peter foi sequestrado e que ele deve resolver os Antigos Mistérios, o segredo mais bem guardado da Francomaçonaria, ou seu amigo morrerá. Para isso, ele parte numa caça dentro de uma cidade cheia de influência maçônica, com a CIA em seu encalço, sem acreditar em nenhum momento que encontrará as respostas.
"Pela segunda vez naquela noite, Robert Langdon não estava se sentindo digno daquele desafio."
Eu já li dois livros de Dan Brown, com esse três, e sou da opinião que se você leu um livro dele, você já leu todos. Eu comecei a leitura com esse tipo de pensamento, porque a forma como a história é contada e tudo se desenvolve é igual, nada a colocar nem tirar e nada disso é surpreendente, mesmo que seja um livro de mistério, mas eu me surpreendi durante a leitura. Talvez porque fazia um tempo desde que li algo dele e estava esquecida da trama ou simplesmente porque a história estava diferente.
Teve uma parte que eu me senti o personagem quando descobriu a verdade. Eu estava lendo aquilo sem nenhuma ideia quando... bam! Surpresa. Eu tive que parar um momento e reler para ver se era verdade, porque só podia ser. Fazia todo o sentido. E era inacreditável.
A questão é, eu gostei de O Símbolo Perdido.
"Conhecimento é poder, e conhecimento certo permite ao homem realizar tarefas milagrosas, quase divinas."
O primeiro livro que eu li desse autor foi O Código da Vinci, porque é o mais conhecido e eu adorei. O Símbolo Perdido irá agora ocupar o segundo lugar e eu mal posso esperar para ler Inferno, minhas expectativas subiram drasticamente e estou agradecida por ter pego esse livro emprestado.
Por que eu peguei apesar das minhas crenças na história repetida? (Ela é só um pouco repetida.) Por causa das teorias de conspiração por trás da história. Eu sou uma para teorias de conspiração. Ainda mais aquelas que fazem sentido e tem uma boa dose de criatividade. Você encontra isso nos livros de Brown. E é por isso que eu li.
E não é apenas criatividade e sentido que tem aqui, também tem verdade. Quando eu estava lendo e começou a falar sobre Ciência Noética, eu só conseguia pensar que eu já vi isso antes, que eu sabia do que se tratava. É totalmente o documentário Através do buraco de minhoca, narrado por Morgan Freeman (eu amo essa série). Tem vários episódios que falam sobre isso, a questão do instinto e de como as mentes estão conectadas, prevêem algo antes de acontecer e parece qualquer coisa menos ciência, eu sei.
"Abram a mente, meus amigos. Todos nós tememos aquilo que foge à nossa compreensão."
Dan Brown adora falar de religião em seus livros. Eu me lembro que quando lia O Código da Vinci eu me sentia uma herege duvidando da minha religião, considerando tudo aquilo pela probabilidade de ser verdade, perguntando-me porque eu estava lendo aquilo quando me sentia tão desconfortável, não conseguindo parar de ler, faz tanto tempo... Agora, enquanto lia, eu só queria saber mais sobre os maçons. Estou orgulhosa de mim. Minha antiga eu sentiria-se horrorizada. E foi ótimo saber mais sobre eles, porque, para começo de história, maçonaria não é nem uma religião, diferente de como é dito por aí. Você (se for homem, porque mulheres não são aceitas), pode ser cristão maçom, judeu maçom...
Leia O Símbolo Perdido, sério. Ele é ótimo. É grande, vai demorar um pouco para ler, mas vale a pena. Conhecimento sempre vale a pena. Eu admiro Dan Brown por ter escrito, porque se demorou para ler, imagine para pesquisar toda a base dessa história, cheias de curiosidades quanto a termos e imagens e tudo mais? E prestem atenção aos detalhes, tudo é um grande symbolon, símbolos dentro de símbolos que começam e terminam com mais símbolos.
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