Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates Platão
Platão




Resenhas - Apologia de Sócrates


364 encontrados | exibindo 316 a 331
1 | 2 | 3 | 22 | 23 | 24 | 25


Diego 21/05/2019

Colocou os juízes em saias justas
Homem de lucides e inteligência descomunal, será para toda a eternidade !!!!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



TiagoHelmer 08/05/2019

Um livrinho curto, mas com um oceano de ensinamentos. No livro Sócrates é acusado por “corromper os jovens” com ideias contrárias a cultura ateniense e assim enfrenta um júri. Ele começa sua defesa mostrando as débeis acusações contraditórias contra ele e explica que os motivos que os acusadores têm ao acusá-lo são de interesse próprio e não do bem comum como afirmam. O que irritou os acusadores foi principalmente o fato de Sócrates dizer que ele é mais sábio do que eles, e tantos outros, por estar ciente de não saber nada. O réu afirma que essa “sabedoria” da própria ignorância é o que torna o sábio de verdade. Além disso, ele afirma que o uso da razão, da filosofia e os dos seus ensinamentos possuem caráter divino, uma vez que os deuses falaram com ele através de um oráculo. Esse fato também mostra a incoerência das acusações, que afirmam que ele ou é ateu ou venera deuses estrangeiros.

Uma das partes mais interessantes é quando Sócrates é condenado a morte e fala sobre ela. Para ele após a morte só existe dois caminhos: ou você volta para o sono da inexistência, onde a vida não passou de uma noite de sonho ou então a alma sobrevive e ele seria capaz de se fortalecer e conhecer seus familiares, ídolos e heróis. Os dois caminhos são felizes e fazem com que ele trate a morte como algo bom.

No momento final do livro seu amigo Críton tenta persuadi-lo a fugir, porém Sócrates se recusa. Nesses diálogos finais o condenado convence Críton que se ele fugisse ele estaria agindo contra sua obediência as leis da cidade, contra seu compromisso com a verdade (uma vez que ele disse aos juris que é melhor morrer do que o exílio da verdade) contra a razão (ele já estava com idade avançada, ou seja, já estava perto da morte) e contra o que as divindades esperavam dele.

Sobre os ensinamentos que selecionei do livrinho. Primeiro nos ensina sobre moralidade, Sócrates em todo momento se mostra íntegro com a cidade, com as leis, com a democracia e com as divindades. Segundo sobre a humildade, o oráculo informou que ele era sábio por reconhecer a ignorância. Terceiro sobre a importância de usar a razão em todas as questões, com exemplo da incoerência da acusação. Por último que a inevitabilidade da morte não é ruim. Por se tratar de um texto antigo é também uma fonte histórica da sociedade ateniense, com destaque para a religiosidade politeísta e a inferioridade das mulheres na camada social.
comentários(0)comente



eduardosmelo@gmail.com 30/04/2019

Apologia de Sócrates
O livro de Platão aborda o julgamento, execução e defesa de Sócrates, com destaque para os discursos proferidos pelo eminente filósofo.
Sócrates apresenta a sua defesa baseada nas acusações movida pelo processo de Meleto, ao qual se juntaram Ânito e Lícon: impiedade e corrupção da juventude.
Sócrates inicia sua argumentação narrando que, tendo indo a Delfos, perguntou ao oráculo se havia algum homem mais sábio que ele? Disse o oráculo, que Sócrates era o homem mais sábio de toda Grécia. Não acreditando no que Deus afirmou, foi procurar saber se realmente era o homem mais sábio, foi então que decidiu ir aos detentores da sabedoria para mostrar para o oráculo que esses é que possuíam a sabedoria.
Assim, analisando um Político ateniense um desses homens que parecia ser o possuidor da sabedoria Sócrates percebeu que na verdade ele não sabia o que dizia saber, apesar de parecer que sabia, não sabia. Portanto, concluiu o filósofo que era mais sábio que o político que não sabia nada e dizia que sabia, ao contrário de Sócrates que sabia que não sabia. Depois desse, inconformado e, não acreditando ser o homem mais sábio de toda Grécia, foi aos poetas, e depois aos artífices, e todos os homens que pareciam ser inteligentes. Concluiu então, que pela mesma razão que superava os políticos também superava os outros homens que diziam ser sábios.
Dessa investigação, sugiram muitas inimizades odiosas e graves, de que derivaram outras tantas calúnias a que foram a ele atribuídas pelo fato do oráculo ter afirmado que era sábio. Os jovens notando que Sócrates mostrava para os ditos sábios que nada sabia, começaram a segui-lo e imita-lo por conta própria.
Sócrates é condenado por pequena diferença de votos dos juízes, afirmando que, se Ânito e Lícon não tivessem acusado, Meleto teria sido multado em mil dracmas por não ter obtido o quinto dos votos.
Após a condenação, Sócrates é instado a escolher dentre as possíveis penas alternativa à morte, já pedida pela acusação: o cárcere, que para Sócrates seria como viver como um escravo; multa, que seria como viver amarrado; o exílio para outra pátria, que para ele seria impossível pois estava com idade avançada e os jovens ainda iria ouvir seus discursos.
A proposta não foi aceita e Sócrates foi condenado de forma infame, declarando não estar arrependido de sua defesa, pois os que o condenam hoje, serão condenados amanhã. Aqueles que votaram favoráveis à condenação, por sua vez continuaram declarando-se como justos.
Antes de tomar o veneno, Sócrates expõe sua reflexão sobre as suas convicções de vida e morte, e a relação com os deuses. Foi morto injustamente pelo fato de ser sábio, buscar a verdade e não abandonar suas convicções e também por provar para que os ditos sábios que nada sabiam, sendo essas suas últimas palavras: “Todavia, já é hora de partir, eu para morrer, vós para viver; quem de nós vai para uma realidade melhor, isso está oculto a todos, exceto ao deus”


site: sócrates apologia defesa
comentários(0)comente



Rhuan Maciel 19/04/2019

"Só sei que nada sei"
É esplêndido que há 2500 anos atrás tenha existido uma figura tão importante para a filosofia como Sócrates. Sentenciado a morte pelo "corrompimento" de jovens, Sócrates tinha uma busca pelo conhecimento e procurava sempre gerar duvida sobre o que conhecemos. A Maiêutica Socrática leva o ser a duvidar de suas certezas e questionar o que realmente conhece.
comentários(0)comente



Annepaimz 07/04/2019

As dimensões exercidas por Sócrates
''[...] como qualquer outro que deseja, [o indivíduo] deseja o que não está a mão nem
consigo, o que não tem, o que não é ele próprio e o de que é carente; tais são mais ou menos as coisas de que há desejo e amor, não é?'', questionou Sócrates à Agáton no repasto onde mais cidadãos atenienses faziam-se presentes. A obra O Banquete aborda as diversas visões a respeito de Eros; a reflexão acima, citada acerca do mestre de Platão, expõe a eterna insatisfação e a busca no que tentam compreender a ser o amor, que, ao meu ver se aproxima ao que (ainda) caracteriza-se hodiernamente, o que coopera para que eu reflita melhor sobre tais aspectos dos sentimentos mundanos aos quais possuo dificuldades a aceitar suas resultâncias e decorrências. No entanto, a outra produção filosófica exposta (Apologia de Sócrates), demonstra, (assim como no elogio feito por Alcibíades no Banquete): a humildade filosófica defendida no modo de vida de nosso pensador e seu julgamento (tanto a respeito da vida como aquele em que expuseram-no ao um tribunal e o condenaram a morte). Livro prático, porém, diz jus ao seu período e está repleto de conceitos da mitologia grega, o que pode ser, assim como foi a mim, um pouco confuso para aqueles que são mais leigos nesse assunto, ainda sim, recomendo muito.
comentários(0)comente



alystoteles 24/02/2019

AUDIOBOOK GRATUITO | VOZ HUMANA
Gostei tanto que fiz uma versão em audiobook, lendo o livro, para divulgá-lo. Espero que se interessem também. Está em meu canal no YouTube, com o título "Apologia de Sócrates, Platão". Podem acessar o audiolivro pelo link http://youtu.be/LeZvKda6fjg

site: http://youtu.be/LeZvKda6fjg
Graziela.Bachiao 30/04/2019minha estante
Excelente o seu trabalho, e muito importante. Estou ouvindo o audiobook.




Cássio 22/02/2019

A analogia feita a Jesus é justa: um homem que defendia o livre pensamento e criticava a malevolência da humanidade o condenou à morte. O que para muitos parecem obviedades, na verdade, a apologia foi uma das precursoras da defesa do livre-arbítrio dentro dos parâmetros da moralidade e ressoa indiretamente em nossa atual sociedade, nesta obra redigida por Platão (o que implica em algumas eloquências, mas mesmo assim,) eternizada pela filosofia.
comentários(0)comente



(@jr__barboza) 28/12/2018

25.Apologia de Sócrates - Platão (399 A.C.)
Aqui contém o julgamento de Sócrates que segundo os imputadores ele retirava o chão que sustentava todas as crenças do povo de Athenas, o método de Sócrates era oposto à narrativa épica de Homero, e como sabemos muito bem o ego dos poderosos não aceita desaforos.
comentários(0)comente



Guilherme 15/08/2018

Apologia de Sócrates.
Em resposta as acusações que colocariam sua vida em risco, Sócrates é apresentado em um diálogo bastante expositorio, na defesa de seus ideais, por meio de qual o intuito, tinha de que se sobressaisse a verdade, sobre tais calúnias.

A acusação principal contra Sócrates, seria de que ele, estivesse a corromper a juventude ateniense. Na composição de suas falas, o filósofo estaria numa luta contra a tradição poética estabelecida, servindo como base para as decisões morais para todos civis. Partindo deste princípio, Sócrates, se tornara um incômodo a ideias pré concebidas que tangiam este mundo da filosofia Pré-Socrática.
A famosa frase: "Só sei que nada sei", denota, não uma característica de reconhecimento de alguém que de fato nada sabe, mas sim, exime aquele que afirma saber, da verdadeira sabedoria, que seria; reconhecer que nada sabe. Justo este, que diz não saber nada, é o mais sábio entre os homens. Este se torna então um verdadeiro paradoxo.

Sócrates em sua defesa, dizia que nada fizera, além de revelar a ignorância de muitos que se diziam, saber, mas na verdade não sabia nada. Em seu entendimento, seus acusadores, em especial Meleto, tiveram a impressão proposital, de que Sócrates afirmava que era o mais sábio, e era quase um ateu, que não zelava pelos deuses de atenas. Mas Sócrates em resposta, deixa claro que estás acusações, poderiam ser facilmente rebatidas, ainda que fosse talvez de dificil compreensão para os demais.

Em resumo, Sócrates preferiria ser condenado, a se opor a lei ateniense, ainda que parece injusto. Desta forma, Sócrates se entrega e aceita de bom grado, sua condenação a morte. Para Sócrates, se opor a lei, era se opor a seus principios, o que o tornaria incoerênte com sua própria fala, em seu julgamento. Ele poderia, muito bem, através de Críton, seu amigo, consiguir suborno para ser livre, mas seria uma incoerência, já que ao seu ver, ele estaria cometendo injustiça por injustiça, o que jamais poderia ser algo justo, e contrariaria todas ideias que havia construído. A única saída, para que seu dialogo fosse eternizado, seria aceitar as condições que ele mesmo havia se submetido


site: https://www.facebook.com/guilherme.goncalves.940641/media_set?set=a.1523105334452318.1073741836.100002585989384&type=3
Guilherme 15/08/2018minha estante
Mártires Pela Verdade

Logo, Sócrates, no final de seu discurso, nos induz a imaginar a força que possuia tais das suas palavras. A morte seria com certeza, o ápice de sua ideia, o maior argumento que poderia conceder aos juízes.

Não saindo deste mesmo perfil identitário, algo que me chama a atenção em Sócrates, é a sua semelhança com Paulo de Tarso. Ambos dispostos a morrer por uma causa, entendendo que existia algo maior que eles, que valia a pena ser morto. Eles não pensavam em si, eles tinham um propósito a longo prazo, que não os incluia, na concretização destes mesmos.

Fala de Sócrates:

A apologia de Sócrates - Pág 57 - 58.

"Eu não me arrependo em ter me defendido desta maneira, mas certamente prefiro morrer, tendo me defendido como fiz, do que viver em desgraça. Porque seja em um julgamento ou em uma batalha, eu, ou qualquer outra pessoa, tenho a prerrogativa de empregar quaisquer meios possíveis para que escape da morte. Em uma batalha, geralmente fica evidente que um homem pode escapar da morte ao baixar a suas armas e se jogar ao chão pedindo misericórdia ao inimigo. E há muitas outras maneiras de se evitar a morte para cada perigo diferente, se um homem escolher fazer ou dizer qualquer coisa. Não é difícil fugir, atenienses, da morte [...]

E agora me despeço, condenado à morte por vós. Mas todos somos condenados à verdade, por sermos culpados por iniquidade e injustiça. Eu aceito minha sentença assim como vós precisais aceitar a vossa. Essas coisas, talvez, tenham de ser mesmo assim, e acho que no fundo são para o melhor."

Fala de Paulo:

2 Timóteo 4: 5-8 e 17-18

"Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação, e a ouvissem todos os gentios; e fiquei livre da boca do leão. E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém."




Rafaela 24/03/2018

"No entanto, senhores, talvez o difícil não seja isso: fugir da morte. Bem mais difícil é fugir da maldade, que corre mais veloz que a morte." Apologia de Sócrates, pág. 85. Platão

"O amor nao suporta injúrias nem dos deuses nem dos homens; nem os homens e os deuses são por ele ofendidos. Se sofre ou faz sofrer é porque é constrangido, pois a violência é incompatível com o amor. É voluntária a submissão ao amor." Banquete, pág. 129. Platão.
comentários(0)comente



Luciano.Costa 06/03/2018

Resenha descritiva Apologia de Sócrates
INTRODUÇÃO

Apologia de Sócrates é uma obra escrita pelo filósofo Platão que conta a história do julgamento do filósofo Sócrates. A obra é escrita em forma de diálogo dividida em três partes, na primeira parte Sócrates apresenta a sua defesa baseada nas acusações de Meleto, na segunda parte Sócrates é condenado e sugere a sua sentença e na terceira parte Sócrates se despede do tribunal, onde faz uma reflexão sobre as suas convicções de vida e morte, e a relação com os deuses.

PRIMEIRA PARTE

Na primeira parte Sócrates apresenta a sua defesa baseada nas acusações movida pelo processo de Meleto:
“ora bem, o que diziam os caluniadores ao caluniar-me? É necessário ler a ata da acusação jurada por esses acusadores: Sócrates comete crime e perde a sua obra, investigando as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando isso aos outros” (p. 05);
“Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como Deuses os Deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas” (p. 11);

Em sua defesa Sócrates argumenta que, tudo começou quando, indo a Delfo perguntou ao oráculo se havia algum homem mais sábio que ele? Disse o oráculo, que, Sócrates era o homem mais sábio de toda Grécia.
Sócrates não acreditando no que Deus afirmou, foi procurar saber se realmente era o homem mais sábio, foi então que decidiu ir aos detentores da sabedoria para mostrar para o oráculo que eles possuíam a sabedoria.
Analisando um Político ateniense um desses homens que parecia ser o possuidor da sabedoria Sócrates percebeu que na verdade ele não sabia o que dizia saber, apesar de parecer que sabia, não sabia. Sócrates, portanto, concluiu, que era mais sábio que o político que não sabia nada e dizia que sabia, ao contrário de Sócrates que sabia que não sabia. Depois desse, Sócrates não conformando e não acreditando ser o homem mais sábio de toda Grécia foi até os poetas, e depois aos artífices, e todos os homens que pareciam ser inteligentes. Sócrates concluiu, que pela mesma razão que superava os políticos também superava os outros homens que dizia ser sábios.
Por tanto, foi dessa investigação que sugiram muitas inimizades tão odiosas e graves, que delas se derivaram outras tantas calúnias a que foram atribuídas a Sócrates pelo fato do oráculo ter afirmado que ele era sábio. Os jovens vendo que Sócrates mostrava para os ditos sábios que nada sabia, começaram a segui-lo e imita-lo por conta própria. Assim Sócrates é visto como o homem que corrompe os jovens. Sócrates e odiado pelos ditos sábios por mostrar que não são sábios. Sócrates afirma que:
“entre esses, arremessaram-se contra mim Meleto, Anito e Licon: Meleto pelos poetas, Anito pelos artífices, Licon pelos oradores. De modo que, como eu dizia no princípio, ficaria maravilhado se conseguisse, em tão breve tempo, tirar do vosso ânimo a força dessa calúnia, tornada tão grande” (p. 10);
Sócrates chega à conclusão que sua defesa aos primeiros acusadores é o suficiente, agora vai tratar apenas de defender-se das acusações feitas por Meleto, sendo um dos últimos acusadores. Meleto diz que Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como Deuses os Deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas.
A parti da acusação Sócrates faz diversas indagações cheias de ironia e sarcasmos a Meleto, de uma maneira que o deixa sem palavras, e quando tenta refutar Sócrates, as refutações não são convincentes. Em dado momento da discursão, Sócrates diz o seguinte sobre acusação de corromper os jovens:
“[...] se os corrompo, é involuntariamente, e em ambos os casos mentiste. E, se os corrompo involuntariamente, não há leis que mandem trazer aqui alguém, por tais fatos involuntários, mas há as que mandam conduzi-lo em particular, instruindo-o, advertindo-o; é claro que se me convencer, cessarei de fazer o que estava fazendo sem querer. Tu, ao contrário, evitaste encontrar-me e instruir-me, não o quiseste; e me conduzes aqui, onde a lei ordena citar aqueles que tem necessidade de pena e não de instrução” (p. 13);
Sobre a segunda parte da acusação que diz que Sócrates não acredita nos Deuses, Sócrates afirma que:
“[...] a coisa está bem longe de ser assim; porquanto, cidadãos atenienses, creio neles, como nenhum dos meus acusadores, e encarrego a vós e ao Deus de julgar a mim, do modo que puder ser o melhor para mim e para vós” (p. 24)

SEGUNDA PARTE

Sócrates é condenado por 280 votos a favor e 220 contra dos 501 juízes. E ainda comenta que, se Anito e Licon não tivesse acusado, Meleto teria sido multado em mil dracmas, não tendo obtido o quinto dos votos.
Sócrates e condenado e passa a refletir sobre as possíveis penas dentre elas o cárcere que para Sócrates seria como viver como um escravo, ou uma multa que seria como viver amarado, ou exilio que para ele seria impossível pois estava com idade avançada, ser exilado para outra pátria não adiantaria, pois, os jovens ainda iria ouvir seus discursos.
“[...] onde quer que eu vá, os jovens ouvirão os meus discursos como aqui: se eu os repelir, eles mesmos me mandarão embora, convencendo os velhos a fazê-lo; e se não os repelir, os seus pais e parentes me mandarão embora igualmente, sob qualquer pretexto” (p. 26)
Para Sócrates se aceitasse o exilio seria como não acreditar nos Deuses, e todas as suas virtudes e ensinamentos seria entendida como mentiras. Sócrates acreditava que não era digno de nem um mal, mais se multasse ele em uma quantidade que ele pudesse pagar, pagaria, mais o fato é que ele não tinha a quantidade eles requeriam.

TERCEIRA PARTE

Sócrates diz ter sido condenado pela ausência de pudor, e não por falta de argumentos, e declarou não estar arrependido de sua defesa, pois os que o condenam hoje, serão condenados amanhã. Aqueles que votaram favoráveis à condenação, por sua vez continuaram declarando-se como justos.
Antes de tomar o veneno Sócrates expõe sua reflexão sobre as suas convicções de vida e morte, e a relação com os deuses. Sócrates foi morto injustamente pelo fato de ser sábio, buscar a verdade e não abandonar suas convicções e também por provar para que os ditos sábios que nada sabiam. Antes de morrer Sócrates diz suas últimas palavras:
“É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor sorte? Só os Deuses sabem” (p. 30);
Será que Sócrates disse tudo isso? Platão escreveu os fatos como realmente aconteceu? Ou será que Platão usou da licença poética para mostrar sua indignação com a política da época? Não sei, o fato de nada saber faz de mim um sábio? Segundo Sócrates sim.

REFERENCIAS
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Disponível em PDF no site: (http://www.revistaliteraria.com.br/plataoapologia.pdf)
comentários(0)comente



Kleber Rafael 26/02/2018

Gostei muito do livro. Em "Apologia de Sócrates" a forma como Platão descreve a retórica de Sócrates em sua própria defesa é simplesmente fantástica... E, em "Banquete", a oratória dos participantes sobre o "amor" é magnifica. Obras recomendadíssimas para quem está começando a estudar filosofia, ou quer saber um pouco mais sobre o "berço" da filosofia ocidental.
comentários(0)comente



Mr. Jonas 27/01/2018

Apologia de Sócrates
Sócrates, de certa forma, estava em Guerra com a tradiçao poética grega. O método de Sócrates era o oposto dà narrativa épica de Homero. Sua dialética não tinha nada de semideuses com superpoderes e história de incrivél coragem. Ao contrário, Sócrates questionava os métodos, as virtudes e as ideias dos poetas, ele defendia novas virtudes. Ao invés do combate físico, Sócrates queria o combate retórico, no qual o melhor argumento filosófico era sempre o vencedor.
comentários(0)comente



364 encontrados | exibindo 316 a 331
1 | 2 | 3 | 22 | 23 | 24 | 25


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR