GH 08/02/2017
Apologia de Sócrates
Em Apologia de Sócrates, Platão descreve as acusações e julgamentos dos Atenienses, muito influenciados por Anito, Meleto e Licão, que acusavam Sócrates de corromper a juventude, sendo contrário as virtudes e tradições poéticas da época, que eram vinculadas as poesias de Homero, recheada de coragem, super poderes, semideuses e etc.
Sócrates defendia o método retórico, que consistia no melhor argumento filosófico saindo vencedor de uma discussão. Partindo da premissa desse método, Sócrates explica o motivo que ele imagina ter causado tantas desavenças e tanto ódio perante o povo. Ao consultar um Oráculo, que diz que o mesmo é o mais sábio dos sábios, ele toma um susto, pois não se considera mais sapiente que os outros, muito pelo contrário. Eis que o filósofo vai de encontro com todos os homens considerados os mais inteligentes de sua região, desde artistas a políticos, e descobre que todos, sem exceção, sabem menos do que falam e ele faz o caminho inverso, justamente por isso ele acaba por concordar com o Oráculo e claro, causando mal estar entre os desmentidos.
O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira o julgamento, as explicações e os motivos em que Sócrates narra e a segunda, um dialogo com seu amigo Críton, onde a reflexão é sobre o dever e regras numa sociedade; o filósofo também nos trás uma epifania sobre a morte.
''[...] Talvez alguém diga: 'Não tens vergonha, Sócrates, de teres seguido uma linha de estudo que colocou tua vida em risco?'. Para quem me perguntasse isso, eu responderia de bom grado: 'Poderias formular melhorar suas palavras, meu amigo, se pensas que um homem que tenha o mínimo de valor deveria levar em conta o risco de vida ou morte em vez de considerar quando age, se o faz de forma justa ou injusta, se é um homem bom ou mau' [...]'' (Pág. 40)