Resenhas - Senhora

Anne 26/09/2013

Uma descoberta
Realmente um livro maravilhoso, amei, já tinha esse livro há alguns anos, ganhei de uma amiga mas nunca iniciei a leitura por preconceito mesmo, já tinha ouvido falar que era chato e coisa e tal. Tinha um preconceito de que esses autores brasileiros eram todos chatos, quão grande foi a minha surpresa ao iniciar a leitura deste livro, um história muito interessante, Aurélia a protagonista me encantou desde o início, algumas vezes achava que ela estava cedendo ao seu amor quando era apenas cinismo, bem não vou continuar a narrativa, espero que todos leiam e se delicie com essa obra prima de José de Alencar.

Aline 20/09/2013

Otimo!
Aurélia Camargo vivia na janela a espera de um grande amor, garota humilde, perdeu o pai e o irmão. Sua mãe sonhava com o dia em que sua filha casaria, pois assim podia morre em paz.
Um dia Aurélia encontrou o amado tão esperado Fernando Rodrigues Seixas, que também se apaixonou por a moça, porem o coração de Fernando também ama a vida boemia e sabia que se casasse com uma moça humilde como Aurélia teria que abrir mão da sua vida na sociedade.
Fernando então decidiu casar com Adelaide e receberia 30 mil conto de reis como dote.
Um dia o avó de Aurélia pai do pai dela apareceu reconheceu a neta e deixou uma fortuna de herança, a moça se tornou rica.
Fernando arrependido viajou para Recife para se livrar do compromisso com Adelaide, que se aproximou de Dr. Torquato Ribeiro que casou com ele.
Aurélia quando soube que Fernando estava livre do compromisso pediu que Lemos fizesse uma proposta para ele, onde teria uma moça interessada em casar - se com ele em troca de um dote de 100 mil, ele aceitou sem saber que era Aurélia.

A historia é cheia de surpresas, recomendo!

Bia 19/09/2013

Muita emoções
Quando fico muito empolgada com livros dificilmente consigo colocar a paixão de lado e escrever uma simples resenha sobre o que foi lido. Deste, só posso dizer que, em certo momento a história embalou e me prendeu até a última página na expectativa da resolução da trama. Confesso que chegou até me arrancar algumas lágrimas no final. Li como quem vive. Realmente me apaixonei. Hora me via ao lado de Fernando, hora de Aurélia e torcia e vibrava para que tudo terminasse bem. Não achei que fosse me animar tanto.

Camila1856 19/08/2013

Chato demais
Meus Deus que leitura cansativa. Cinco páginas pra dizer que ela acordou e levantou da cama. Bem chatinho !

Anderson749 05/08/2013

Bom romance nacional
Senhora é um romance retratado na primeira metade do século XIX, expondo valores e costumes da aristocracia escravista do Segundo Reinado. O romance conta-nos a vida de uma bela moça desiludida e rancorosa , chamada Aurélia Camargo.
Aurélia passou uma infância pobre junto à mãe doente e um irmão que veio a falecer na adolescência.

O livro é escrito em quatro partes, que não ocorrem em ordem cronológica. A primeira parte, intitulada de O Preço, narra os fatos atuais, enquanto a segunda, Quitação, conta o passado de Aurélia. Seguem, então, para as últimas partes intituladas de Posse e Resgate. O livro é narrado em terceira pessoa.

Aurélia foi o fruto da união entre o filho de um rico fazendeiro e uma órfã pobre.

Seu pai, Pedro de Sousa Camargo, era o filho natural de Lourenço de Sousa Camargo, um homem prepotente e severo que vivia isolado em suas terras. Lourenço, apesar de não reconhecer o filho como herdeiro, mantinha-o no Rio de Janeiro com uma boa vida enquanto estudava Medicina. Foi na corte que Pedro conheceu a mãe de Aurélia, Emília Lemos, um moça pobre e órfã, por quem apaixonou-se .

Emília morava com o irmão mais velho, Manuel José Correia Lemos, que logo ficou sabendo do romance entre a irmã e o estudante, para se aproveitar da situação, exigiu ao rapaz um documento que legitimasse sua condição de herdeiro se quisesse casar com Emília. Diante da impossibilidade de conseguir o documento devido sua conflituosa relação que com o pai, Pedro decidiu fugir e casar-se escondido com Emília . Lourenço, sabendo que o filho vivia com uma moça de família raptada, ordenou-lhe que largasse a Corte e voltasse à fazenda. Pedro, então, manteve em segredo sua paixão assim como seu casamento, tendo ainda que viver separado de Emília, sem ter direito a escolha, pois sabia que o pai o abandonaria sem herança caso viesse a saber a verdade. Após ter passado um ano da separação, Pedro conseguiu ir para o Rio de Janeiro. Lá, retornou sua forte relação com Emília e conheceu, ainda, seu primeiro filho, Emílio, de apenas dois meses. Ainda mantendo em sigilo seus encontros com a esposa, fazendo-os intercalando os meses passados na fazenda com o pai e semanas no Rio de Janeiro, com sua família. Nessas circunstâncias nasce Aurélia. Certo dia, Lourenço comunica ao filho da sua intenção em que se case com uma moça rica da região. Pedro resolve então partir para unir-se á sua esposa e filhos. Ao fugir acaba morrendo em um rancho. O dono do rancho, de posse de uma maleta que Pedro levava consigo, guarda-a com a intenção de entregá-la a Lourenço -o que de fato ocorre, porém muitos anos mais tarde. Aurélia vai crescendo ao desamparo, em berço pobre. A condição humilde em que vive, e a mãe doente precisando de cuidados não lhe traz alternativas a não expor-se à janela na tentativa de arranjar um casamento - como uma imposição de sua mãe. Aurélia, que por sua estonteante beleza atraía os mais finos moços da Corte, sente-se humilhada ao submeter-se a galanteios vulgares. Seu próprio tio lhe faz uma proposta, indecente, para que se torne prostituta oferecendo-se como seu mediante. Apesar da descida de sua reputação, é estimada por dois rapazes da sociedade: Eduardo Abreu e Fernando Seixas. Aurélia e Fernando apaixonam-se; ele pedindo-a em casamento. Mas a felicidade para Aurélia dura pouco. Apesar da intensa relação amorosa, Fernando, possuidor de personalidade interesseira, se vê tentado a casar-se com outra moça, Adelaide, em que receberia um dote de trinta contos de réis. O pai de Adelaide queria impedir que a filha se casasse com Dr. Torquato Ribeiro, rapaz que não gostava.

Manuel Lemos, tio de Aurélia, fora o agente mediador desta trama de interesses - queria a sobrinha disponível, pois intentava tirar proveito econômico de sua beleza.

A essa altura, Lourenço Camargo recebe do dono do rancho em que o filho faleceu, a tal maleta que por tantos anos estava guardada. Abrindo-a, Lourenço encontra uma extensa carta que Pedro lhe escrevera contando toda a verdade sobre seu amor por Emília e pedindo-lhe perdão. O pai, após ler a carta e com o coração enternecido, decide reparar seu erro por ter sido tão rígido com o filho. Vai ao Rio de Janeiro procurar Aurélia e os netos e a faz herdeira de sua fortuna. Algum tempo depois morre Emília Lemos. Aurélia, enquanto aguarda os trâmites da herança que a fará milionária, recebe o apoio de sua parenta distante, D. Firmina Mascarenhas e do Dr. Torquato.

De posse da fortuna que lhe fora destinada e tendo como tutor seu tio Lemos, Aurélia coloca-o na frente da administração dos negócios. Sente-se então, a partir daí, livre para seguir seus caprichos.

A primeira parte do livro, O Preço, narra o período atual em que vive Aurélia, cercada de riquezas. A vida opulenta que passa a ter leva-a a frequentar os salões aristocráticos da época. Nesta parte do livro, há um brilho de linguagem que se assemelha ao brilho deste novo ambiente, mantido através de gestos calculados, diálogos estudados e corteses e todo um jogo de interesses, oculto atrás de aparências. Aurélia, após ter-se estabelecido confortavelmente em sua nova mansão, ordena ao seu tio Lemos que dê trinta contos de réis ao Dr. Torquato Ribeiro, possibilitando-o de efetuar seu casamento com Adelaide Amaral. Para Fernando Seixas, pede ao tio, que ofereça a quantia de cem contos para casar-se com uma moça desconhecida, rica e jovem. No caso, Aurélia.
Fernando não aceita a proposta, sentindo-se insultado. Mas, no dia seguinte, a conversa com Lemos, a mãe pedira-lhe vinte contos para o enxoval de Nicota, a filha caçula. Fernando se vê então preso a uma dívida doméstica, pois já havia usado quase toda a poupança da família com os próprios gastos. Resolve, então, aceitar a proposta de Lemos desde que lhe sejam adiantados vinte contos. Lemos concorda e Fernando entrega o dinheiro à mãe.

Quando Lemos apresenta a noiva a Fernando, este entra em êxtase por se tratar de Aurélia. Antes já a tinha abandonada, porém nunca deixou de amá-la. Sente-se, então, um felizardo, mal sabendo ele que tudo não passa de uma enganação, um plano de Aurélia para vingar-se do ex-namorado que no passado a abandonou. O iludido rapaz, sem desconfiar, vai abrindo seu coração à noiva até o dia em que se casam e então sofre a grande decepção de sua vida.

Fernando seguia confiante até a primeira noite do seu casamento, quando Aurélia o leva a seus aposentos finalmente decorados e comunica-lhe, com frieza, que dormirão em quarto separados, além do que não haverá nenhuma intimidade entre eles. Aurélia prossegue em seu discurso, deixando-lhe bem claro o papel de marido comprado apenas para manter as aparências na sociedade, e que a relação entre os dois será de senhora e objeto possuído. Fernando, nesta noite, não dormiu. Não tocou em nada do que lhe foi oferecido. Decidiu, então, continuar trabalhando na repartição mesmo contra a vontade de Aurélia. Guarda os oitenta contos.

Certa ocasião, Aurélia contrata um artista para pintar o retrato de seu marido, Fernando. Desejava colocá-lo ao lado do seu na parede da sala. A obra não a agradou pois as feições do mesmo denotavam abatimento. Ordenou ao artista que suspendesse o trabalho. Sem que o artista queira, alegando ter pintado a alma do modelo, o quadro é interrompido. A partir daí, Aurélia empenha-se em amenizar a relação com Fernando porque o quer com o semblante tranquilo. Fernando, mais uma vez iludido com as seduções da mulher, perde a dureza da expressão. Aurélia, então, pede ao pintor que retorne a obra. Este, por sua vez, capta as novas feições suavizadas de Fernando e ainda, sob a orientação de Aurélia, pinta-o com as roupas que usava quando conheceram-se em Santa Tereza.

O trabalho concluído é colocado na parede do seu quarto enquanto o outro retrato em que o marido aparece com a expressão dura, é exposto na sala de visitas. Certo dia, Aurélia leva Fernando ao seu quarto e mostra-lhe o quadro, dizendo-lhe que ali estava o homem que ela ainda amava. O artista conseguira captar a alma deste homem. Continua a lhe falar que quando ele voltasse a ter essa pureza, voltaria a amá-lo.

Tem um orgasmo involuntário diante da obra deixando Fernando perplexo. "Seixas estava atônito. Sentindo-se ludíbrio dessa mulher, que o subjugava a seu pesar, escutava-lhe as palavras, observava-lhe os movimentos e não a compreendia. Chamava a si a razão, e esta fugia-lhe, deixando-o estático."

Nos tempos de Santa Tereza, Eduardo apaixonara-se perdidamente por Aurélia. Foi à Europa na tentativa de esquecê-la. Depois de casada, Aurélia, sabendo que o rapaz havia caído em miséria e estava prestes a cometer suicídio, intercedeu e passou a ajudá-lo desde então com dinheiro e atenção.

Um dia, ao chegar em casa, Fernando surpreendeu-os conversando. Enciumou-se. Aurélia, por sua vez, cismava que ainda existia algo entre o marido e Adelaide, pois encontrara um pedaço de papel com as iniciais da moça e dele escrito, voltados por um coração, junto às coisas de Fernando.

As brigas em torno dessas desconfianças chegam a um alto grau de ofensas mútuas quando Fernando comunica que quer formalizar a separação. Aurélia tenta justificar-se mas Fernando é inflexível, quer restituir-lhe o dinheiro do contrato imediatamente. Fernando fizera economias com o salário da repartição e ainda conseguira ganhar mais quinze contos de réis de um antigo negócio que só agora lhe rendera lucro. Devolve à Aurélia os cem contos de réis, e reconquista sua liberdade de ser.

Pronto para deixá-lo, Aurélia detém-se para dizer-lhe que após terem se tornado, ambos, estranhos um ao outro, ter-lhe submetido às suas ofensas e humilhando-o durante onze anos, ainda assim seu amor continua intacto. Ajoelha-se a seus pés e suplica-lhe que aceite seu amor. "-Aquela mulher que se humilhou, aqui a tens abatida, no mesmo lugar onde ultrajou-te, nas iras de sua paixão. Aqui a tens implorando teu perdão e feliz porque te adorar, como o senhor de sua alma."

Fernando ergue-a em seus braços e beija-a com paixão. Mas, possuído por um pensamento desesperançoso, afasta seu rosto do dela, olha-a com profundo desprezo e diz: "- Não Aurélia! Tua riqueza separou-nos para sempre." Aurélia, então solta-se do marido, vai até o toucador e volta com um envelope contendo seu testamento.

"Ela despedaçou o lacre e deu a ler a Seixas o papel. Era efetivamente um testamento em que ela confessava o imenso amor que tinha ao marido e o instituía seu universal herdeiro.

- Eu o escrevi logo depois do nosso casamento; pensei que morresse naquela noite, disse Aurélia com gesto sublime.
Seixas contemplava-a com os olhos rasos de lágrimas.

- Esta riqueza causa-te horror? Pois faz-me viver, meu Fernando. É o meio de a repelires. Se não for o bastante eu a dissiparei."

site: http://www.bondiler.com/2013/08/resenha-senhora-de-jose-de-alencar/

Fernanda 03/08/2013

Tive que ler esse livro por causa da escola,mas apesar de todos,eu disse todos os meus amigos não terem gostado do livro,eu adorei.Nele podemos conhecer mais sobre o amor por interesse no século passado,coisa que era bastante comum.Confesso que o final me deixou bastante chateada.Porque ela não ficou com o Raul?

Kenia Pinheiro 20/07/2013

Para quem já leu alguma resenha minha - se é que alguém, um dia, as lerá - já deve ter percebido que o Romantismo brasileiro não é a minha escola literária preferida. Mas José de Alencar realmente consegue ser genial em "Senhora": narra, com todas as características próprias do Romantismo, a história de amor de Aurélia e Fernando.
Rejeitada pelo rapaz, por não ter "dote", Aurélia recebe uma herança e, para se vingar, "compra" o casamento com o amado, deixando claras as suas intenções, desprezando-o e tratando-o como uma mercadoria.
Ele não se faz de rogado e segue as regras impostas por ela.
A narrativa é bem interessante, um novelão de primeira.
Vale muito a leitura. Um bom modo de introduzir Alencar na vida de alguém.

Bella 04/07/2013

Lindo! Uma ótima crítica aos costumes da época, que nos faz pensar se os casamentos arranjados ou com intenções materialistas ainda existem até hoje.

Thiago Ernesto 06/06/2013

Senhora
"Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela." Assim é descrita logo na primeira linha do romance, sua protagonista, Aurélia Camargo, a Senhora. Obra mestra do romance urbano de José de Alencar, "Senhora" se destaca como uma das mais célebre obras do período e de toda literatura brasileira.
O enredo, voltado para a conflituosa relação entre amor e dinheiro, paixão e ganância, eleva o leitor à uma reflexão centralizada no valor real do amor e das próprias pessoas.
Aurélia, então enamorada por Fernando Seixas, oferece um dote generoso em troca de se casar com seu amado, mas peculiarmente não revela sua figura, fisgando Seixas como um peixe no anzol, atraído pelo dinheiro, este aceita se casar com a pretendente misteriosa, mas não sabia como ansiaria em voltar ao mar, porém, já jazia fisgado.
A genialidade da obra é quase indescritível, história envolvente, o livro se reparte em quatro partes. "Preço", quando Seixas é comprado por cem contos de réis e se casa então com Aurélia; "Quitação", essa descontente, paga o combinado, mas o que Seixas não desconfiava é que Aurélia, apesar da riqueza, veio de família humilde e prezava muito mais o verdadeiro amor que qualquer riqueza; em "Posse" Aurélia humilha Seixas, que atraído pelo dinheiro se casou, o trata como uma mercadoria e se torna sua Senhora; e por fim em "Resgate" e ápice do livro, Seixas se dispõe a restituir tudo quanto recebeu à Aurélia, tendo de volta sua dignidade e orgulho, pede seu resgate. Porém ao quitar sua dívida e se auto-resgatar, o elo que os unia se quebra e Aurélia revela que, não mais sua Senhora, quer implorar seu perdão e seu amor. Humilha-se e se declara ao amado, no último ato do romance, comovido Seixas a beija e então lê o testamento de sua mulher, onde declarava seu verdadeiro amor por Fernando.
Com a descrição desse linha tênue entre dinheiro e amor, José de Alencar, descreve uma sociedade que visava mais o lucro que a paixão. Típico pensamento romântico, o amor deveria valer mais que o dinheiro. Entre seus último romances, "Senhora" já começa a apresentar mais traços realistas, se voltando mais para problemas sociais e revelando mais os problemas da sociedade.
Para descrentes no prazer da leitura da literatura romântica, "Senhora" é uma excelente opção. De um genial autor, uma obra ainda mais genial.
Há anos raiou no literatura tupiniquim, um romance genial, das grandes obras, sua "Senhora".

Gustavo 31/05/2013

Resenha: Segundo Ano
Bibliografia:
José de Alencar explorou em suas obras o movimento indianista.
Em 1866, Machado de Assis elogiou fervorosamente a obra Iracema, de forma que o autor sentiu-se enobrecido. A admiração de Machado de Assis por José de Alencar era tanta que o escolheu como patrono de sua Cadeira na Academia Brasileira de Letras. José de Alencar se preocupou em retratar sua terra e seu povo de tal forma que muitas obras suas relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados por ele, com o objetivo de dar a feição do Brasil aos seus textos. Senhora foi publicado em 1875. O romance pode ser considerado uma das obras-primas de seu autor e uma das principais da literatura brasileira. Uma vez que trata do tema do casamento burguês, ou seja, baseado no interesse financeiro, pode ser considerada precursora do Realismo ou pré-realista.
Resumo do enredo:
O livro senhora retrata uma moça que viveu na metade do século XIX, com costumes da aristocracia escravistas e também retrata um sentimento de rancor e desilusão com a vida, esses sentimentos foram criados por ela ter sofrido com sua infância pobre e ter que cuidar da sua mãe doente e de ter pedido o seu irmão tão sedo.
Personagens:
Fernando Seixas: Jovem estudante de Direito.
Aurélia Camargo: Moça pobre.
Dona Emília: Viúva, mãe de Aurélia.
Pedro Camargo: Pai de Aurélia.
Lourenço Camargo: Avô de Aurélia.
D. Firmina: Parente distante de Aurélia.
Lemos: Tio de Aurélia.

Tempo:
O tempo é cronológico, tomando como base o século XIX, durante o Segundo Império. Entretanto, não há linearidade, já que a história é contada a partir de flashback.
Espaço:
O espaço central da narrativa é Rio de Janeiro.
Foco narrativo:
O romance é narrado em terceira pessoa por um narrador onisciente, ou seja, que tudo sabe sobre as personagens, penetrando em seus pensamentos e em sua alma. Esse narrador é também intruso, já que interfere em vários momentos, apresentando-se ao leitor.
Estilo:
Roupas do com estilo de pessoas do século XIX.
Verossimilhança:
O livro a senhora mostra o romantismo que gera uma visão da obra fantasiosa e idealizada da realidade.
Movimento literário:
No século XIX(19) e mostrado uma moça pobre que sofre com vários acontecimento que ela tem que enfrentar, se tornando uma mulher forte sem sentimentos.
Conclusões:
O autor tenta abranger historias da realidade que mostram a superação de vida, pessoas que eram pobres e acabam perdendo pessoas e tiveram que lutar com a vida para superar o acontecimento recente.

Colégio Dromos
Beta Delta
Grupo: Adão, Ana Rebeca, Andrea, Gabriel, Gustavo e Leticia

carolferraz 31/05/2013

Dromos - 2o Ano - Resenha
Autor: José de Alencar
Título da Obra: Senhora
Editora: Edição
Ano: 1875
Número do volume de páginas: 124

Bibliografia:
Trata de um romance urbano passado na primeira metade do século XIX. Mostra pelo romance de Aurélia e Fernando como era a sociedade e a influência do dinheiro nas relações amorosas e nos casamentos daquele tempo.


Resenha:
Aurélia, filha de um rico fazendeiro e de uma mulher pobre , herdou tudo de seu avô cujo tinha como objetivo reparar o erro que cometeu com o seu filho que faleceu.
O pai de Aurélia, Pedro, vivia um amor escondido com sua mãe, Emília. Como Emília morava com seu irmão, Manuel, e como ele era ambicioso, logo tratou de obrigar Pedro a conseguir um documento que comprovasse que ele era filho de Lourenço, um homem que vivia isolado em sua fazenda e não considerava seu filho herdeiro, caso quisesse se casar com sua irmã. Pedro sabia que seu pai não aceitaria seu casamento, então resolveu fugir escondido com Amélia para se casarem. Seu pai então descobre o que Pedro fez e obriga-o a voltar para casa, fazendo ele manter em segredo seu casamento com Emília e separado dela, mas ele consegue visitar sua esposa e conhece seu filho Emílio. Com as visitas de Pedro a Emília, acaba nascendo sua filha Aurélia.
Após certo tempo, Lourenço tenta persuadir Pedro para que ele se case com uma moça da região, então Pedro resolve fugir para ficar com sua esposa e seus filhos. Sua fuga acaba levando-o a sua morte em um rancho, e o dono desse rancho acha uma mala que estava com Pedro e resolve guardar para entregar a Lourenço.
Com o passar dos anos, Aurélia vai crescendo com escassez de dinheiro então sua mãe a obriga a ficar na janela para conseguir um casamento e é desejada por dois homens, Eduardo e Fernando.
Aurélia e Fernando se apaixonam e ele a pede em casamento, mas o relacionamento dos dois não dura muito tempo pois Fernando recebe um valor do pai de Adelaide, que quer impedir seu casamento com Dr. Torquato. Fernando, um rapaz interesseiro, termina seu relacionamento com Aurélia e se casa com Adelaide.
Nesse momento, Lourenço recebe a mala do seu filho que estava com ele no dia de sua morte e nela encontra uma carta dele que descreve seu amor por Emília e pedindo-o perdão. Sentindo-se culpado por ter sido tão rígido com seu filho, vai atrás de Emília e seus netos para tornarem-se herdeiro de sua fortuna.
Um tempo depois, Emília acaba falecendo e sua herança fica para Aurélia, pois seu irmão tinha falecido na adolescência.

Aurélia se tornou uma jovem rica e agora era o centro das atenções nos salões da sociedade e tinha vários admiradores, no entanto ela acreditava que todos estavam de olho somente em sua riqueza. Assim ela dava um valor para cada um deles de acordo com o seu merecimento.
Em uma noite, Aurélia manda seu tio, Lemos, que era seu tutor, que dê dinheiro a Dr. Torquato para que ele pudesse realizar seu casamento com Adelaide e ofereça dinheiro a Fernando para ele se casar com uma jovem rica desconhecida. No primeiro momento Fernando não aceita, mas depois conversa com Lemos e resolve dizer sim. Quando ele descobre que é Aurélia sua futura esposa, fica eufórico, mas não sabe que aquele casamento não passa apenas de um plano para que Aurélia se vingue do passado quando Fernando a abandonou.
Depois do casamento, Fernando se decepciona quando Aurélia diz que eles não dividirão o mesmo quarto e diz que apenas o comprou para manter a boa aparência diante da sociedade.

Aurélia e Fernando, casados, demonstram ser um casal feliz, mas na realidade era fingimento de ambas as partes.
Aurélia com a vontade de pendurar um quadro do retrato de seu marido ao lado do dela, contrata um pintor para retratar Fernando e quando vê o resultado percebe que ele estava com uma expressão abatida, e o pintor alega que capturou a alma de seu marido. Empenhada em mudar isso, Aurélia começa a tratar melhor seu marido e pede ao pintor que faça outro quadro.
Com o quadro pronto, Aurélia coloca-o em seu quarto e um tempo depois mostra-o ao marido e diz que quando ele voltasse a ser do jeito que estava no quadro, voltaria a amá-lo.

Quando Aurélia ainda era pobre, Eduardo sentia uma grande paixão por ela e tomou a decisão de ir para a Europa para poder esquecê-la. Quando Aurélia já estava casada, soube que Eduardo estava pobre e querendo cometer suicídio, ela então resolveu ajudar Eduardo dando-lhe dinheiro.
Chegando em casa, Fernando encontra Aurélia conversando com Eduardo e sente ciúmes. Já Aurélia desconfiava e dizia que Fernando ainda tinha algo com Adelaide por ter encontrado um presente dela nas coisas de Fernando. Constantes brigas foram acontecendo até chegar em um nível que não dava mais para agüentar e Fernando pede a separação. Ele devolve o dinheiro que ela gastou para lhe comprar como marido e vira um homem livre.
Quase deixando Fernando ir embora, Aurélia chega para ele e diz que apesar de toda a humilhação que o fez passar, seu amor ainda estava intacto, ajoelhando-se à ele e pedindo que aceitasse seu amor. Fernando beija-a com amor, mas se afasta no mesmo instante e diz que a herança dela os separou. Na mesma hora Aurélia vai ao quarto, pega seu testamento onde descreveu todo seu amor e que sua herança seria toda do seu marido e entrega a ele. Fernando lê aquilo e seus olhos enchem-se de lágrimas.


Personagens:
Aurélia: protagonista, uma jovem pobre, é apaixonada por Fernando, se torna rica, resolve se vingar por ele ter abandonado-a e começa a ter vários caprichos que são realizados com o seu dinheiro.

Fernando: apaixonado por Aurélia abandona-a por causa de dinheiro, depois que casa-se com ela é humilhado, se arrepende e devolve o dinheiro que ela gastou.

Lemos: irmão de Emília, tio e tutor de Aurélia.

Lourenço: vive isolado em sua fazenda, pai de Pedro, é rígido com filho, após a morte dele se arrepende.

Dr. Torquato: apaixonado por Adelaide.

Adelaide: apaixonada por Dr. Torquato.

Emília: pobre, viveu um amor com Pedro, viúva, mãe de Aurélia e Manuel.

Pedro: jovem fazendeiro, viveu um amor escondido com a esposa Emília, pai de Aurélia e Manuel.

Manuel: irmão de Aurélia, faleceu ainda adolescente

Eduardo: era apaixonado por Aurélia


Espaço:
Rio de Janeiro.

Foco narrativo:
Foco narrativo na terceira pessoa com um narrador onisciente.

Estilo:
Literatura nacional, romântico.

Verossimilhança:
Não havia verossimilhança em “Senhora”, pois não havia semelhança com a época porque quem tinha o poder de decisão eram os homens e as mulheres eram donas de casa.

Movimento literário:
Pertence a primeira geração do Romantismo no Brasil.

Conclusão:
Após Aurélia se tornar rica com a herança que recebeu de seu avô, ela se vinga de Fernando, por ter abandonado-a, comprando-o e humilhando durante anos. Cansado disso, ele trabalha muito e começa a guardar suas economias para devolver o dinheiro gasto com sua compra em troca da separação. Aurélia então percebe que se vingou e se rende ao amor que sempre sentiu por Fernando.

Alunos: Carolina Ferraz, Helder, Lucas de Andrade, Sabrina Tosi, Vinicius Noronha.

Só Sobre Livros 24/05/2013

José de Alencar: um autor a frente do seu tempo
Confira resenha no blog http://sosobrelivros.blogspot.com.br/2012/05/jose-de-alencar-um-autor-frente-do-seu.html

Ingrid 18/05/2013

"Porque o coração, [...] representa o caos do mundo moral."
Escolher uma nota para "Senhora" foi difícil. Estava tentando achar um número que justificasse a qualidade do livro.

Mas mais difícil do que isso, foi entender o comportamento de Aurélia Camargo. Que mulher bipolar! Porém, ela conseguiu que Fernando Seixas se arrastasse aos pés de uma única mulher.

"O mundo tem o direito de exigir de mim a dignidade da mulher; e esta ninguém melhor que o senhor sabe como a respeito. Quanto a meu amor não devo contas senão a Deus que me deu uma alma, e ao senhor a quem a entreguei."

Parabéns Aurélia Camargo! Uma aula para mulheres!

Apolo 14/05/2013

Mais um lixo do romantismo brasileiro que somos obrigados a ler e que a única coisa que isso faz é afastar pessoas da leitura.
O uso desnecessário e excessivo de palavras rebuscadas, uma história medíocre com valores da burguesia fútil, preconceituosa e hipócrita de 02 séculos passados.

Se serve pra alguma coisa, seria para o contexto histórico da época.

djr 08/05/2013

Fora do contexto
Este livro de José de Alencar é muito bom quando diz respeito a trama, porém quando o assunto é a linguagem, fica desejar. Claro, era o modo de se escrever da época e devido a esse motivo a compreensão da estória fica comprometido.