Beta 26/10/2021Caso raro onde o filme é incomparavelmente melhorLevei exatamente 2 anos para terminar esse livro. Decidi ler ele por conta do filme, que era um de meus favoritos na infância; mas que arrependimento! A história tem tudo para ser maravilhosa mas a escrita é tão maçante e sem vida quanto uma lista de compras. O final, depois de todo o sufoco dos personagens, quebrou todo o desenvolvimento da história e se tornou um dos piores finais literários que já li!
O pior de tudo são os parágrafos de 3 à 5 folhas, o que torna a história cansativa. Sei que, por ser um clássico, a escrita é diferente da atual e já esperava por isso, mas até hoje apenas os clássicos escritos por mulheres me agradaram como Frankenstein de Mary Shelley, O morro dos ventos uivantes de Emily Brontë, Agnes Grey de Anne Brontë, Orgulho e preconceito de Jane Austen (apesar do gênero não ser um dos que mais me agrada) e até Agatha Christie, cujo personagens podem não ser o foco mas os acontecimentos carregam a emoção em si.
Acredito que as mulheres escritoras de antigamente colocavam mais emoção em sua escrita, enquanto os homens apenas se contentavam com descrever os acontecimentos, deixando a personagem distante dos leitores e sem muita personalidade além das reações aos acontecimentos, como é possível se ver com Júlio Verne, H. G. Wells e, como posso ver agora, Gaston Leroux.
Ainda pretendo me arriscar com mais clássicos escritos por homens como Washington Irving com A lenda do cavaleiro sem cabeça, Tolkien com O hobbit, Machado de Assis com Memórias póstumas de Brás Cubas, Bram Stoker com Dracula, etc. Livros que já possuo, mas se continuar no mesmo caminho vou me abster à ler apenas clássicos femininos.