George

George Alex Gino




Resenhas - George


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Bianca | @arteespressa 04/08/2018

Fofo, mas raso.
Sou daquelas que prefere começar um livro sem ler a sinopse. É loucura, mas às vezes funciona. Quando eu comecei a leitura de George e me deparei com alternância entre "ele" e "ela" foi confuso, achei até que se tratava de erro da editora. Mas poucas páginas depois percebi do que se tratava.
O tema é necessário, principalmente por se tratar de algo que as pessoas ainda não compreendem completamente. O autor foi genial ao abordar isso de forma leve e simples, da perspectiva de uma criança. A ideia para o enredo foi sensacional. Entretanto, a forma como autor a desenvolveu foi muito rasa.
No início claramente conseguimos enxergar que o autor estava inspirado. A forma como ele transmitiu o medo de George com relação ao seu segredo nos atinge como um soco. Pela primeira vez nos meus 20 anos consegui sentir e perceber o que uma pessoa nessa situação passa. Obrigada, Alex Gino.
Porém, quando chega no momento da história em que George resolve se abrir... é decepcionante. Tudo acontece de forma corrida. Faltou algo. Faltou o clímax que nos faria chorar e querer abraçar essa criança pra protegê-la do mundo. Posso dizer que o único momento em que fiquei ansiosa foi na noite da pessa. Depois disso, tudo se torna ainda mais corrido.
Como consequência, o final deixou muito a desejar. A ponta ficou solta. Talvez o intuito tenha sido justamente esse, deixar em aberto pro leitor imaginar. Mas por se tratar de um tema que é novo pra mim, não consigo sequer tentar.
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Rafael 10/07/2018

Seja quem você é.
Em Junho, comemorou-se o Orgulho LGBT e, curiosamente, tive a oportunidade de ler três histórias envoltas nessa categoria e George, um livro que eu havia ganhado há um tempo em um sorteio da Galera Record, foi um deles - os outros foram À Primeira Vista e Estamos Bem.

Apesar de ser um livro extremamente curto - 144 páginas, e o que torna qualquer informação um possível spoiler - e que poderia ter mais alguns pontos reforçados, Alex Gino conseguiu mostrar a dificuldade de ser uma pessoa trans, ainda mais sendo uma criança, onde todos em volta levam como brincadeira ou algo passageiro. Não sei se quando o autor o desenvolveu foi pensando em um público infantil, igual ao selo pelo qual a obra foi lançada aqui no Brasil, mas talvez tenha sido isso, mais como uma introdução ao assunto, o que explica a forma "rasa" de algumas situações.

Mas não tem como não gostar de George e Kelly! Os dois são fofos e fortes; e com uma mentalidade mais madura do que muitos adultos, nos conquistando desde a primeira aparição. E também é necessário elogiar os demais, principalmente o irmão e mãe de George e suas trajetórias durante a história; porém senti falta de ver outras reações de alguns outros personagens.

No geral, é uma leitura curtinha mas quem consegue nos conquistar pela delicadeza e leveza que trata um assunto tão sério e necessário. A escrita de Alex também é fluída, o que não torna o livro cansativo. Recomendo para quem quer conhecer mais sobre transgêneros; sendo até mesmo um livro que poderia ser usado para com crianças em escolas.

site: http://crushforbooks.blogspot.com.br/
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bi 28/05/2018

d i f e r e n ç a s
George é uma menina no corpo de um menino. Ela ainda não contou para ninguém como se sente, mas já pensou várias vezes em contar para a sua mãe. Ela quer que todos vejam como ela é uma menina, não quer mais ficar se escondendo no banheiro com revistas de meninas, se imaginando como seria se usasse aquele biquíni ou aquela saia. George é apaixonada por Charlotte, a aranha da peça "A Teia de Charlotte" e ela vê uma oportunidade em mostrar a todos que ela é menina encenando Charlotte na peça do colégio. Porém a professora nega já que ela "é um menino" e meninos não devem interpretar meninas. George terá a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, para conseguir esse papel e mostrar a todos quem ela realmente é.

"Você é forte. Mas o mundo nem sempre é bom com as pessoas que são diferentes."

Sabe quando você começa a ler um livro e ele aquece seu coração? Pois então, me senti assim o tempo inteiro que fiz essa leitura. Terminei em poucas horas, mas não porque queria que acabasse, mas sim porque não queria deixar esses personagens. George e Kelly são os personagens mais fofos e fortes que conheci nos últimos tempos. Tão pequenos mas ao mesmo tempo tão grandes e com muitas coisas pra ensinar para os mais velhos. A história é toda contado de um jeito tão sensível, tão puro e singelo. É lindo! Não é uma história longa, mas apenas o essencial para se tornar uma das melhores leituras do ano. Demorei tanto para pegar esse livro pra ler e agora que finalmente li, quero reler e espalhar para todo mundo esse ponto de vista de uma criança transgênera, o quão difícil pode ser caso não tenha as pessoas certas ao lado. Só espero que todos que estejam lendo isso, sintam o carinho que estou sentindo por essa história e pegue também para ler. Não vão se arrepender!

"O que quero dizer é que só uma pessoa especial chora por causa de um livro. Mostra compaixão além de imaginação."

site: instagram.com/leituradiferente
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Clara 02/05/2018

Um livro tão importante que fala sobre aceitação de uma forma tão simples e tão sensível.. Super rapidinho de ler, vale super a pena dedicar algumas horas do seu dia lendo ele!
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thibordignon 21/01/2018

George
Gostei... mas nem tanto assim. Simples.
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Adriana 03/01/2018

Um pouco de amor em tudo
"Quem é você?
O que você é?
E como isso afeta seu modo de ver o mundo?" Essas são as perguntas implícitas no livro que já falei aqui. George, de Alex Gino. Uma narrativa simples pelos olhos de uma menina "presa" no corpo de um menino. E as dificuldades que sente em ter de fazer coisas de menino: jogar bola, se vestir de forma sem graça, e o pior, ir ao banheiro de meninos, com aquele cheiro que a lembra o que os outros querem que ela seja. A vontade de se sentir quem ela é de verdade; ser aceita por isso, o apoio familiar, o bulling ainda que disfarçado de algo normal. Acompanhe a linda e doce George, e sua trajetória em ser quem ela é em essência e lidar com sua família e a aceitação dela.
Passamos a leitura com a sensação de que o gênero não é o real foco do livro, mas a mensagem que ele passa: o autoconhecimento, a amizade, o amor.
Ser ele ou ela não faz de você melhor ou pior, faz de você quem você é.
Seja você... #grupodaone #livro #sejavocê #galerajunior #diversidade #transgenero

site: https://www.instagram.com/p/BQ28AQHjJ2b/?taken-by=resuminuto
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Douglas P Da Silva 04/12/2017

Super indico!
É uma leitura rápida, principalmente pelo livro ser muito curtinho — pouco mais de 100 páginas —, mas carrega mensagens tão profundas em passagens tão sutis que torna-se marcante de alguma forma. Narrado em terceira pessoa, apesar de todos à sua volta tratarem George como o que veem, um menino, durante a escrita é sempre usado o pronome feminino para se referir à ela. Sempre A George. E acho que isso resume muito bem o que o livro quer passar: devemos aceitar que o modo como uma pessoa se vê não deveria afetar o modo os outros a veem. Pois personalidade independe de gênero ou sexualidade, e, sim, do caráter.
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ella 22/11/2017

espetacular em todos os aspectos
Um tema pesado tratado de forma leve é a melhor definição para 'George', onde apenas a protagonista é capaz de enxergar seu verdadeiro eu. Narrando a história de uma criança, são reveladas todas as facetas da desigualdade e exclusão de gênero/homofobia por meio da visão infantil e da ingenuidade de muitos dos colegas de George, o que aponta certamente que ninguém nasce de mau caráter ou como uma pessoa odiosa, e que a sociedade o faz assim. A professora, que não deixa George interpretar Charlotte, é a representação de muitas famílias e educadoras por todo o mundo, que não enxergam o real valor da criança além da diferença. Todos deveriam ler para ter uma visão mais aberta sobre o mundo.
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Tiago sem H - @brigadaparalela 30/07/2017

Sem muitas delongas, George não se tornou um dos meus livros favoritos da vida, mas faltou algo para que isso não acontecesse e logo, logo, comento sobre isso. Partindo desse princípio, já está altamente recomendado. Agora voltemos para nossa opinião normal.

Alex Gino irá nos apresentar uma história em que sua protagonista é uma personagem transgênero, nesse caso, George é um menino com cerca de dez anos que não se sente a vontade com seu próprio corpo, por que na verdade, George é uma menina no corpo de menino. Toda a trama irá girar no momento em que sua classe irá encenar uma peça de "A Menina e o Porquinho" e George quer representar Charlotte, mas é barrado por ser um "menino".

Com toda essa frustração, George se abre para sua melhor amiga Kelly que à primeira vista, se sente chocada pela revelação da amiga, mas logo depois se torna uma leal confidente. Enquanto isso em casa, as relações familiares estão bem complicadas, uma vez que sua mãe também está prestes a descobrir a verdade.

A grande pegada que torna esse, um livro que aquece o coração e que deveria ser lido por todos, principalmente alunos em idade escolar inicial é a proposta de discussão sobre identidade de gênero e descobertas sobre a própria sexualidade, mas de uma forma totalmente inocente. Boa parte da história é ambientada na escola, e com isso teremos os tradicionais alunos cometendo bullying, o que ao mesmo tempo se torna algo clichê, mas verídico na maioria dos casos.

Livros que trabalham a identidade de gênero e a própria sexualidade em si, ainda são pouco lidos por grande parte da população de leitores, principalmente os livros com personagens transgêneros, estes são quase raros eu diria. Um detalhe de escrita que demonstra essa pouca familiaridade é o fato do narrador sempre se referir a George como menina e os outros personagens tratarem ela como menino. A cabeça dá um nó as vezes.

Um dos pontos que acredito que não tenha feito o livro se tornar um favorito da vida, é que por mais que a história seja significativa, seja importante em diversos aspectos, o autor apenas pincelou o tema. Compreendo que George pode ser tratado como um livro de introdução à essa temática, mas com todos os dilemas que envolve as questões de gênero, sobretudo quando se tem uma personagem criança/adolescente, ele poderia ter aprofundado um pouco mais entorno dessa narrativa. No final, a história é super rápida de ser lida, e ouso dizer que alguns aspectos foram trabalhados de forma bem rasa. O livro é sensível, é fofinho, dá vontade de abraçar George em diversos momentos, mas em se tratando de narrativa, George merecia algo mais.

Outro ponto em que acredito que o autor falhou é quando ele reforça a ideia de gênero imposta pela sociedade, sendo que seu livro representa totalmente o oposto dessa delimitação, por exemplo, quando George escolhe intimamente a cor rosa por que assim todos saberiam que ela era uma menina, ou quando sua amiga diz para ele usar saias. Esses pensamentos podem ser justificados quando se pensa que é um diálogo de crianças e elas reproduzem o que os adultos fazem, mas fica meio que fora do contexto da obra em âmbito geral.

Por fim, George é um livro ambíguo. Ao mesmo tempo que é um livro que aborda um assunto que precisa ser falado, precisa ser entendido e que contribui para despertar uma empatia sobre as pessoas transgêneros, é um livro que trata o assunto de forma rasa e que entra em desacordo com sua própria proposta. Ainda assim, é um livro que recomendo principalmente por conta da protagonista que é um amor de pessoa e que espero que tenha sido feliz (quem leu entenderá).

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/
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Rosana - @tudoquemotiva 02/06/2017

Aquele quentinho no coração
O livro vai contar sobre a história de George, uma criança trans que tem vergonha de mostrar seu EU verdadeiro por medo dos julgamentos. George é uma menina em um corpo de menino e ela acha que terá que ser assim para sempre, até que um dia sua professora anuncia que a classe vai encenar "A menina e o porquinho". O único porém é que George não pode nem tentar o papel de Charlotte (uma das personagens principais), por ela ser um menino. George quer ser Charlotte mais do que qualquer coisa e com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, eles elaboram um plano que requer muita coragem.

O livro não apresenta muitos detalhes e não é muito profundo sobre a transexualidade, o autor aborda a situação de forma leve, mas nada que pareça forçado ou jogado na história. Não me senti incomodada ao ler e a leitura flui que é uma beleza. Não há muita carga dramática e nem muita profundidade de personagem, mas o autor consegue tocar nosso coração.

“My point is, it takes a special person to cry over a book. It shows compassion as well as imagination...Don't ever lose that”

É legal ver como a personagem vai se desenvolvendo ao longo do livro e como ela lida com toda a situação. Com a ajuda da amiga e da peça teatral que se aproxima, George consegue entender a própria identidade e cria a coragem para lidar com a situação, para falar a verdade para a mãe e aceitar a si própria. Aceitar que ela pode ser quem ela quer ser, independente de qualquer situação.

É um livro muito amorzinho, que te deixa com um sorriso no rosto após a leitura e aquele quentinho no coração, sabe? Te deixa com a sensação de que o mundo pode ser um lugar melhor e que devemos aceitar as pessoas como elas são, sem julgamentos.

É fácil torcer por cada vitória da George. É um livro infantil, que te prende do começo ao fim, que passa uma mensagem muito linda tanto para crianças quanto para adultos. O livro é narrado em terceira pessoa e mostra o dia a dia de George, como todos seus problemas e conflitos.
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LOHS 24/05/2017

Coisa mais linda do <3
George é um livro que me chamou a atenção logo que foi lançado aqui no Brasil. Em 2016 foi vencedor dos prêmios Stonewall Book Award e Lambda Literary Award (na categoria LGBT Crianças/Jovem Adulto), além de ser nomeado para outros grandes prêmios americanos. E, assim que o vi na Bienal do Livro em São Paulo no ano passado, não resisti e acabei comprando.

Alex Gino, escritxr de George, utiliza um pronome específico em inglês para pessoas que se identificam com mais de um gênero ou que não se identificam com nenhum. Confesso que não conheço um termo assim em português, então perdoem minha ignorância caso haja algum. De qualquer forma, Alex Gino acredita que os jovens precisam de ferramentas para discutir e refletir sobre assuntos reais do nosso mundo, como a causa dos transgêneros - tema de seu primeiro livro, George.

A protagonista que dá o nome ao livro, George, está no quarto ano do fundamental e esconde um grande segredo da família e da melhor amiga: George é uma menina, mas ninguém sabe porque ela tem um corpo de menino.

George, quando está sozinha em casa, se nomeia Melissa, lê revistas femininas e sonha em se maquiar e se vestir com todas as coisas lindas que ela vê nessas edições. E, embora tente criar coragem de contar à mãe que é diferente, ela nunca consegue.

"George abriu os lábios, mas não havia palavras na boca e apenas um pensamento no cérebro: Não! Ela sabia que mamãe só estava tentando ajudar. Mas George não tinha um problema normal. Não tinha medo de cobras. Não tinha tirado nota ruim em matemática. Ela era garota e ninguém sabia."
p. 38

As relações importantes para George ainda são limitadas. Ela vive com a mãe e o irmão mais velho, Scott, já que o pai mora em outra casa e é ausente na maior parte do tempo. A única amiga de George é Kelly, uma garota animada que vive com o pai músico e que nunca fala sobre a mãe.

O segredo de George será abalado com o anúncio da peça “A menina e o porquinho” para os alunos do quarto ano. George fica completamente encantada pela aranha Charlotte e até chora quando descobre seu triste fim. Só que quando George se candidata para o papel da aranha, a professora não quer deixar George pegar o papel porque ela é um menino. Tentando animar George, a professora oferece o papel de Wilbur, mas George não quer ser um porco sujo. George quer ser como a sábia aranha Charlotte que distribui ensinamentos e palavras difíceis ao porquinho. Extremamente triste por não poder ser Charlotte, George não quer nem saber mais da peça e até briga com a melhor amiga Kelly quando ela recebe o papel da aranha.

"Os filés de peixe e as ervilhas macias não exigiam muita mastigação, e logo o prato de George estava vazio. Ela pediu licença e colocou a louça na pia de aço inoxidável. Correu escada acima e fechou a porta do quarto na hora que as lágrimas começaram a cair. Ela se jogou na cama e chorou no travesseiro. Chorou por causa de Charlotte. Chorou por ter ficado com raiva de Kelly. Chorou porque a Sra. Udell achou que ela estava de brincadeira. Mas, principalmente, chorou por si mesma."
p. 59

Mas como são melhores amigas, George e Kelly logo estão em bons termos novamente. E Kelly, com toda a inocência de uma criança, compreende e aceita que George é uma menina também. Assim, Kelly bola um plano muito inteligente com George. Serão duas apresentações da peça, uma no período da tarde e outra no período da noite. Kelly decide que ela será Charlotte na apresentação durante a tarde e que George fará o papel da aranha durante a noite. Afinal, Kelly explica que George é uma Charlotte muito melhor que ela. E se a mãe de George assisti-la no papel da aranha, pode enfim compreender quem George é de verdade.

"- E é isso mesmo?
- Isso o quê?
- Você acha que é garota?
- Acho. - George ficou surpreso com a facilidade de responder aquela pergunta.
- Ah. - Scott mordeu um pedaço de pão e mastigou, pensativo.
(...)
- Estranho. Mas até que faz sentido. Sem querer ofender, você não é um garoto muito bom.
- Eu sei."
George e Scott, p. 101-102

Com uma leveza incrível, George é um livro infantil que pode ser muito apreciado pelos adultos também. É simplesmente impossível não abrir seu coração para George e todos os grandes problemas que ela deve enfrentar ao estar presa a um corpo que não parece seu. George é uma menina. Pensa em si mesma no feminino e sonha em usar vestidos e maquiagens. A única diferença é que ela tem um corpo de menino.

"- Quero dizer, ser gay é uma coisa. As crianças estão saindo do armário bem mais cedo do que quando eu tinha sua idade. Não vai ser fácil, mas nós vamos lidar com isso. Mas ser esse tipo de gay? - Mamãe balançou a cabeça. - É uma coisa bem diferente.
- Eu não sou nenhum tipo de gay.
Pelo menos, George não achava que era gay. Ela não sabia de quem gostava, na verdade, se de meninos ou de meninas.
- Então por que encontrei todas aquelas revistas de menina no seu armário? - Mamãe levantou a sobrancelha, e uma ruga curva se formou na testa dela.
George inspirou fundo, prendeu o ar e soltou. Depois, de novo.
- Porque eu sou menina."
George e sua mãe, p. 94

É interessante perceber as reações dos adultos ao redor de George e também como Alex Gino tratou bem a confusão que a sociedade faz entre pessoas homossexuais e transgêneras. Com uma narrativa extremamente bela e sutil, Alex Gino traz um dos temas taboo do momento. Fui completamente tocada e por isso recomendo o livro independentemente da sua idade atual ou do seu gênero. Simplesmente faça a si mesmo um favor e vá ler George!

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/04/george.html
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Bela Lima 12/05/2017

George é uma garota.
George é um pequeno garoto no terceiro ano – ou ao menos isso é o que todos acham, porque na verdade ele não é ele, mas ela. George é uma garota.

“Para ser sincera, não sei o que pensar de uma pessoa que não chora no final de A menina e o porquinho.”

Ninguém sabe disso e George também não sabe como dizer, esse é o seu pequeno (grande) segredo, assim como a bolsa com revistas femininas (o que é uma revista feminina?), que George imagina que são suas amigas, que a apóia e a entende.

Quando o dia da audição para A Menina e o Porquinho se aproxima, George decide tentar o papel de Charlotte, a aranha, esperando que estar na frente de tantas pessoas, da sua mãe e do seu irmão, faça com que todos percebam que ela é uma menina. Que ela é uma menina independente do que seu corpo mostre.

“-A questão é a seguinte. Eu não quero ser Wilbur na peça — disse ela para Kelly.
-Ah. Isso não é problema. Tem muitos outros papéis na peça. (...) Vamos falar com a Sra. Udell e ver que papel você pode pegar.
-Eu não quero qualquer papel — disse George.
-E quem você quer ser? Templeton, o rato? Avery? — tentou adivinhar Kelly. — O Sr. Zuckerman? O Sr. Arable? Quem mais tem na peça? — perguntou Kelly com incredulidade.
-Eu quero ser Charlotte — sussurrou George.”

George é um livro que gostei, embora não seja realmente tão aprofundado como eu esperava. Ele é pequeno, passar super rápido e trata de maneira simples os transgêneros, que são pessoas que não se identificam com o gênero imposto no nascimento.

Mas, ao mesmo tempo que eu não gostei desses fatores, eu gostei disso.

Algumas pessoas podem ter visto o livro como superficial e, sim, ele foi, mas eu gostei dele assim; o livro é uma introdução ao tema, algo que qualquer um independente da idade pode ler mesmo que não conheça o assunto profundamente.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/05/resenha-george.html
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L F Alencar 06/04/2017

Uma leitura emocionante, cativante e fofa.
George nasceu no corpo errado. Ela é uma menina no corpo de um menino. Isso é um segredo que ela guarda só para ela mesma, olhando revestas de meninas em segredo e adotando para si o nome "Melissa". Até que uma peça sobre "A Manina e o Porquinho" se aproxima. George que interpretar Charlotte, a aranha amigável que teve palavras bonitas em sua teia, mas esse papel é direcionado somente para meninas e ela se ver diante de um difícil. Contando somente com sua melhor amiga Kelly, George enfrentará um caminho de descobrimentos e aprendizagem.
"George" é uma leitura rápida porém cativante, fofa, inocente, gentil, linda e primorosa. Você irá se encantar com George
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Eli Coelho 26/03/2017

Um livro necessário, mas claramente infantojuvenil
Achei a trama bobinha e com nenhum aprofundamento teórico e psicológico das personagens. De certa forma tudo se resolve de modo fácil, sem os preconceitos, traumas que se espera infelizmente. Isso não desmerece o livro, visto que a proposta é mesmo de uma escrita e público pré adolescente.

Antes de tudo faz-se um livro necessário e que pode servir a professores para inserir o tema de diversidade, gênero, sexualidade. Penso que esse livro merecia uma continuação ou mesmo ser maior e abarcar talvez as questões sobre o amor e a aceitação da família (o pai não existe no livro) e dos colegas da escola (que por fim não souberam da condição de Melissa)

RECOMENDO para pré-adolescentes e para adultos sem grandes expectativas
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