Mateus 04/11/2022
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Senti na pele, mais do que nunca em toda minha vida, a extrema necessidade de por em prática meu conhecimento pacato e resoluto que rodeiam a noção de Anacronismo. E desta vez não só em relação a leitura, mas pessoalmente, uma batalha constante e que me acompanhou desde a primeira palavra até a última frase deste livro. Que nem de longe, para mim, exprime o melhor de Wells.
Importante ressaltar a noção de contexto histórico, pois é sobre isso que a obra se trata, contexto atrás de contexto.
O pessimismo evidente tão facilmente refutavel hoje expresso por Wells, não deixa de abrir precedentes para os conflitos sociológicos abordados pelo autor, a filosofia acompanha, mas a ênfase na sociologia, essa extensão da nossa Plhilo, se encrava muito mais, apesar de ser tratada muitas vezes de formas vagas.
No fundo não posso deixar de pensar que o autor se encontrava no limbo da incerteza que atormenta todos nós, a maneira inquisitiva foi imprudente e calculista, de certa forma excepcional. Porém falho. E claro, uma opinião não prevalece sobre as outras, que é o ponto chave da discussão aliás, arrisco a dizer. A maquina do tempo abre precedentes para muitas coisas, e se fecha abruptamente sobre muitas outras, ironicamente, através do tempo e do avanço do conhecimento daqueles que revisitam a obra.