Isabela1562 29/05/2024
Quero começar dizendo que ler esse livro me deu muita vontade de morrer, e não no sentido de "Nossa que livro bem escrito e melancólico!", e sim no sentido de "Por que eu ainda tô lendo esse negócio?".
Eu decidi fazer essa leitura pq eu gostei de Rádio Silêncio e já tenho acompanhado Heartstopper faz um bom tempo, além de que me disseram que era incrível, e por algum motivo eu acreditei.
Quando comecei a ler eu simplismente não tinha motivos pra continuar: a trama não me intrigou, o "mistério" era bem óbvio desde o início, a personagem principal não queria ser personagem principal, e por mais que eu ame a Tori que conheci pelas outras obras de Alice, tenho que admitir que ela tornou tudo extremamente tedioso.
No meio do livro, eu já tinha cansado da Tori repetindo os mesmos erros, tendo as mesmas conversas, fazendo as mesmas coisas, etc, etc; o que me fez demorar praticamente um mês pra sair desse limbo.
No quase fim do livro, eu tive esperança, Tori estava sendo menos chata, parecia que ia ter um maior desenvolvimento do personagem do Michael, tudo pareceu melhorar... daí não melhorou quase nada.
No final, eu estava ansiosa pra terminar logo e nunca mais abrir o livro de novo, mas acabei demorando mais do que devia pois as descrições de espaço e ações eram confusas e eu não conseguia criar uma imagem mental das cenas, e a certo ponto eu desisti e foquei só nos diálogos, o que também era difícil, já que não é indicado o personagem que falou cada fala e, por vezes, um mesmo personagem fala mais de uma vez seguida em indicações de fala diferentes (o que é literalmente a pior coisa que você pode fazer como escritor).
No fim do final, não fiquei surpresa, não fiquei emocionada, não fiquei nada, e pensei "É, talvez esse livro só não seja para mim", e até agora estou tentando raciocinar como tantas pessoas acham que esse livro é "tão incrível" ou "o melhor da autora", mas no fim tudo é questão de opinião e de como as pessoas se relacionam com o livro.
Meus pensamentos finais são: Não gosto de como a protagonista tem um senso de superioridade moral sobre as outras pessoas, acusando elas de várias e várias coisas quando ela não tem razão nenhuma; não gosto de como o Michael, que podia ter sido um personagem super bem desenvolvido e profundo, foi deixado pro final do livro e praticamente raso; não gosto do jeito que Tori sempre TEM que dizer que "não liga pra nada", e mesmo sabendo que isso é um "conectivo" com o final, (que por sinal acho que podia ter sido mais bem feito), continuo não gostando; não gosto de como todo o simbolismo é partes de fato interessantes só estavam no fim do final, como o "Paciência Mata", (que provavelmente tambem soa melhor no livro em inglês); não gosto de como praticamente todas as garotas serem tratadas como "fúteis" e "insensíveis" MENOS a Tori, como se ela também não fosse uma péssima amiga (e de novo temos a suposta superioridade moral da Tori).
Em síntese, não gostei tanto do livro, mas também não o odiei, por mais que possa parecer pelo fato de só ter ressaltado as partes que não me apeteceram, o livro tem certas partes boas, frases interessantes, reflexões que se fazem parecer profundas, e que mesmo que não sejam, pelo menos são legaizinhas. Dito isso, acho que não sou exatamente o público alvo para esse livro, (como comentei antes), e acho que não o recomendaria para ninguém, porque não é objetivamente bom.