É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Ester71 07/11/2020

É sempre aterrorizante saber como funcionou o "hitlerismo". Cada história que leio, mais me espanto. Este livro repassa a pura realidade.
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Bruno Araújo 02/11/2020

chocante e excelente fonte primaria da tragédia do século XX
Excelente livro. Primo Levi descreve com uma gama de detalhes como foi viver em um dos períodos mais sombrios do século XX. Recomendo a leitura para quem se interessa pelo tema mas aqueles que possuem uma sensibilidade acentuada devem ter cautela na leitura, pois os testemunhos são chocantes
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willian.coelho. 21/10/2020

O que os homens são capazes de fazer com seus semelhantes?
É isto um homem é a obra memorialista mais célebre de Primo Levi - autor que desenvolveu inúmeros trabalhos relatando suas experiências num campo de concentração anexo a Auschwitz. Levi foi um italiano (1919 - 1987) judeu que, próximo aos 25 anos, foi capturado e enviado ao campo - onde permaneceu por quase 1 ano (período em que os soviéticos o libertaram). Em entrevista dada em 1982, afirmou que, ao contrário do que outros autores que discorrem sobre a mesma temática dizem, a sopa aguada de batatas, nabos e couve provida no campo jamais fora ruim: a fome certamente inibe a sensibilidade gustativa, as relações culturais e emocionais com o alimento estão deturpadas. Em uma passagem, ele escreve: “dentro de cinco minutos começa a distribuição do pão - do pão, Brot, Eroit, chleb, pain, lechem, kenyér -, do sagrado tijolinho cinzento, que parece gigantesco na mão do teu vizinho e, na tua, pequeno de fazer chorar.”.
A narrativa do livro está situada entre o momento da captura de Levi, ocorrida no norte da Itália por milicianos fascistas, e o desencarceramento, no fim de janeiro de 1945. Incontáveis fatos desumanos (neste ponto, há uma inclinação por citar “violações aos direitos humanos”; seria um anacronismo, contudo, uma vez que a declaração só foi assinada em 1948) são relatados com grande riqueza de detalhes. Talvez essa minuciosidade toda se deva ao fato de o livro ter sido escrito e publicado ainda em 1947, pouco após o autor conquistar a liberdade. Não há poupança quanto ao grotesco, ao escatológico; em um trecho, homens tentam comprovar seu estado disentérico, ou apenas permanecer mais um dia na enfermaria aquecida: “Os doentes apresentam-se dois a dois e têm que mostrar, ali e imediatamente, que a diarreia continua; dispõem, exatamente, de um minuto, após o qual exibem o resultado ao enfermeiro, que olha e julga”.
Todavia, certamente, o destaque vai para as partes que descrevem o processo da morte interior, da passagem da condição humana a algo não visto nem em espécies da fauna. É algo que perpassa o cinismo, o niilismo: não há perspectivas quanto ao suicídio, não há seres humanos - que filosofam e ponderam sobre suas ações -, há pupas vazias, parasitadas e aniquiladas por um ambiente absurdamente anômalo, artificial, aberrante. “De minha vida de então, só me resta o que basta para sofrer a fome e o frio; já não sou vivo o bastante para ter a força de acabar comigo.” e “Destruir o homem é difícil, quase tanto como criá-lo: custou, levou tempo, mas vocês, alemães, conseguiram. Aqui estamos, dóceis sob o seu olhar; de nós, vocês não têm mais nada a temer. Nem atos de revolta, nem palavras de desafio, nem um olhar de julgamento.” são períodos que demonstram, de modo nítido, a degradação da natureza humana.
É necessário, também, enfatizar um capítulo no qual são apresentados indivíduos que ou sofreram bizarras transformações de personalidade (a fim de sobreviver à seleção natural, ou melhor, à seleção artificial do campo), ou se enquadravam extravagantemente àquele contexto. “Se Elias recuperar a liberdade, acabará confinado à margem do convívio humano, num cárcere ou num hospício.”, discorre o autor sobre um “proeminent” - sujeito que, por se destacar de alguma maneira, gozava de melhores condições de vida.
Um segmento que merece ser citado, dado que mostra com genialidade narrativa a alucinação moral que afetava aqueles homens, demonstra um ancião rezando por não ter sido selecionado para ser enviado às câmaras de Zyklon B ao lado de outro que o fora. “Do meu beliche, no terceiro andar, vejo e ouço o velho Kuhn rezando em voz alta, com o boné na mão, meneando o busto violentamente. Kuhn agradece a Deus porque não foi escolhido. Insensato! Não vê, na cama ao lado, Beppo, o grego, que tem vinte anos e depois de amanhã irá para o gás e bem sabe disso, e fica deitado olhando fixamente a lâmpada sem falar, sem pensar? Não sabe, Kuhn, que da próxima vez será a sua vez? Não compreende que aconteceu, hoje, uma abominação que nenhuma reza propiciatória, nenhum perdão, nenhuma expiação, nada que o homem possa fazer, chegará nunca a reparar? Se eu fosse Deus, cuspiria fora a reza de Kuhn.”.
Para finalizar, deve-se salientar a importância dos textos de Levi como objeto de memória, absolutamente imprescindíveis à historiografia do holocausto. Essa obra, também, tem a capacidade de se comunicar com o momento atual e, mais que isso, representa um papel de caráter reflexivo, principalmente, sobre o que os homens são capazes de fazer com os seus semelhantes.
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Soraya 17/10/2020

Importante livro da literatura de testemunho do Holocausto
Esse livro e um classico da literatura de testemunho do Holocausto. Primo Levi registra o seu calvario no campo de concentracao, como foco no dia a dia no campo e como faziam para sobreviver.
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Sandrinha 13/10/2020

Lindo, triste e tocante
Uma leitura que vale a pena! Vale cada minuto, cada respirada profunda, cada nó na garganta...
Fiquei tão envolvida com essa leitura que eu dormia e acordava com o livro perto de mim, para não perder ele de vista... kkkkkkk
Foi uma das experiências literárias mais tocantes da minha vida. Obrigada Primo Levi, eu sei que o senhor não teve um destino feliz, mas graças as suas palavras eu fiquei mais consciente de quem eu sou e porque eu sou como sou...
??????
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Leandro 05/10/2020

Até onde vai a humanidade?
Já li alguns livros sobre guerras, mas este trás um ponto diferente dos que li. É um relato de alguém que esteve lá, como em muitos outros, porém ele question até que ponto o homem pode aguentar uma situação como a que ele esteve?
Nós que nunca enfrentamos tal situação julgamos, avaliamos e temos ciência do quão tortuoso e massacrante é. Porém estar em um campo de concentração, ser considerado imprestável, humilhado constantemente, viver esperando o dia que será jogado em uma câmara de gás, comendo restos de comida, bebendo água contaminada, isto é algo que só quem sentiu pode dizer. De onde retirar forças e esperança de que um dia você estará livre e em uma situação minimamente melhor?
Levi nos mostra até onde vai a humanidade, seja dos nazistas ou dos próprios prisioneiros, que precisavam fazer de tudo para sobreviver.
É um relato primoroso de como foi viver e sobreviver em Auschwitz, com vários e vários trechos de embrulhar o estômago e nos fazer reflitir sobre nossas atitudes e quem somos.
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Lucasaugsue 17/09/2020

Marcante
Um relato no campo de concentração da 2GM em Auschwitz com os detalhes do dia-a-dia deles, no comércio interno com os suprimentos que recebiam. A deterioração da humanidade em alguns, mas a contínua esperança para outros.
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Laiana Silveira 30/08/2020

Terminei a leitura e restou apenas um vazio dentro de mim :( cada capítulo, cada relato, cada história, cada nome mencionado, cada acontecimento, impossível não sentir-se dentro do campo de extermínio vendo tudo isso acontecer!
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Guilherme.Monteiro 24/08/2020

Relatos desumanos
O que me chamou mais atenção nesse livro foi o quão Primo Levi descreve bem seus relatos sobre o holocausto, da qual ele viveu e foi um prisioneiro. É tão frio e tão cruel que da pra perceber mais ainda aquilo que já marcou a história, e Levi vai destrinchando seu cotidiano como prisioneiro e tudo o que passou e viu, toda a maldade humana perante seus olhos. Mas, como se tratando de um livro sobre relatos da guerra, não foi uma leitura que me prendeu muito (não sei se foi pela narrativa ou pelo momento que eu li que não funcionou muito bem), mesmo a proposta sendo algo de sensações desumanas, não me envolvi com a narrativa do livro e não ficou marcado na minha mente (apesar de ter trechos lindos e melancólicos).

Digo que é um livro excelente e reconheço isso, mas não funcionou tão bem quanto eu esperava no momento, talvez um dia com uma releitura eu possa aproveitar mais...
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Simone.Moraes 20/08/2020

A morte é o pior dos males?
Foi um privilégio ter lido este livro, pois já não sou exatamente a mesma depois de tê-lo lido. Não possuo um livro
favorito, porém, este, alcançou o topo da lista. "É desta massa que somos feitos? Metade indiferença, metade de ruindade". Uma frase do livro "Ensaio Sobre a Cegueira" de José Saramago (outro livro fascinante) que resume perfeitamente esta obra de Primo Levi; um sobrevivente das injúrias promovidas, pelos alemães, em Auschwitz.
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Anna 19/08/2020

Duro, porém necessário.
Se você espera um livro rebuscado, prazeroso, não vai encontrar isso em "É isto um homem?".
A forma como Primo descreve é relativamente simples, porém tão pesada, literal e profunda que se torna difícil de se ler muito rápido. Tive de fazer várias pausas pois são tantos detalhes que me transportei totalmente.
Difícil, aspero, quase incômodo, mas extremamente necessário.
Daqueles que você termina de ler, fecha o livro e tem que se esforçar pra voltar a sua realidade.
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Tonyfuckin 15/08/2020

?Bastaria que um deles movesse um dedo e poderia destruir o Campo todo, aniquilar milhares de homens, enquanto a soma de todas as nossas energias e vontades não bastaria para prolongar por um minuto a vida de um só entre nós.?

Ainda estou digerindo.
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Rebeca Tavares 15/08/2020

O que leva um homem sobreviver em condições desumanas?
Acho que esse é o principal questionamento desse livro. O autor mostra que em meio a condições desumanas o ser humano, que na condição que se encontra mais para um bicho, encontra maneiras se adaptar as condições impostas e encontrar uma esperança que é o principal motivo de seguir em frente em meio a exploração. Obs: você jamais olhará um pão com os mesmos olhos.
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