Resenhas - É Isto um Homem?

Wilson 24/05/2022

Primo Levi
O livro se trata das memórias de Primo Levi, autor do livro, e sobrevivente do holocausto. A história se passa no campo de concentração em Auschwitz. Recomendo a todos que querem saber mais sobre o holocausto.

Alan kleber 13/05/2022

A má nova do que, em Auschwitz, o homem fez do homem.
As últimas páginas descrevendo os últimos dias no Campo são uma das coisas mais poderosas e comoventes já escritas.
Livro definitivo pra entender o que foi o nazismo. E como foi viver prisioneiro nos Campos de exterminio.
Nada do que o homem possa fazer, chegará nunca a reparar o sofrimento que aquelas pessoas sentiram. Por isso é necessário que a civilização esteja sempre vigilante. Para que esse horror não aconteça novamente.

"Nós somos os escravos dos escravos, que todos podem comandar, e o nosso nome é o numero que levamos, tatuado no braço e costurado no peito. O sonho demente de grandeza dos nossos patrões, seu desprezo de Deus e dos homens, de nós homens.
Jazíamos num mundo de mortos e de fantasmas. O último vestígio de civilização desaparecera ao redor e dentro de nós.
Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa aos olhos de outro homem."

Djúlio 02/05/2022

Um livro que toca a alma
Desde o início é impossível não se deixar levar pela escrita poética e profunda que Primo Levi tem. Todos os seus relatos têm potência, questionamentos tão crus como o que é "ser" humano. A visão que ele tem sobre o Holocausto, os nazistas e toda a conjuntura da guerra é única e incapaz de caber em qualquer outro livro com essa temática. Simplesmente extasiado!

Danilo Parente 24/04/2022

"Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem"
De todos os livros que já li sobre o holocausto, esse foi, sem dúvidas, o mais forte e mais marcante para mim. Não que os outros não tenham sua importância, todos têm. Contudo, esse relato do Primo Levi mexeu muito comigo, pois é extremamente forte, doloroso e inesquecível. Mistura-se isso a excelente escrita do autor e resulta em uma das obras mais necessárias sobre esse terrível período da história.

O questionamento que dá ensejo ao título do livro “É isto um homem?” nos remete a duas ideias: de um lado os que sofreram as perseguições dos nazistas, e de outro, os próprios nazistas. Explico: as pessoas que foram perseguidas e submetidas aos campos de concentração viveram em situações completamente degradantes, e diante de tais atos, alguns perderam a própria humanidade. Então seria isso um homem? Reduzido a mera coisa e sem o mínimo necessário para viver de forma digna? De outro, temos os Nazistas, pois como pode ser humano alguém que enxergava o outro apenas como uma coisa e que utilizava métodos cruéis só por causa de um discurso de superioridade de raça?

Um fato importante tocado pelo Primo Levi é o de que não devemos nos esquecer que o nazismo não se resume a uma pessoa, mas que representa a todos os que de alguma forma foram convenientes com essa ideologia, seja por ação ou omissão. Isso serve para outros momentos conflitantes da sociedade, pois não devemos nos calar diante de injustiças ou de arbitrariedades. Ao sermos omissos, estamos compactuando com aquilo que deveríamos repreender.

Esse livro é fundamental para todos, ainda mais em tempos nos quais algumas pessoas tentam relativizar o aconteceu dentro dos campos de concentração e que seres ignorantes têm voz para defender o indefensável. Sem dúvidas é um livro que ficará marcado para sempre na vida do leitor. Vale muito a leitura.

Pr.Thiago 22/04/2022

É ISTO UM HOMEM
'É isto um homem?' é um libelo contra a morte moral do indivíduo. No livro, o escritor e químico italiano Primo Levi relembra seu sofrimento num campo de extermínio, sem, contudo, invocar qualquer resquício de autopiedade ou vingança. Deportado para Auschwitz em 1944, entre outros 650 judeus italianos, Levi foi um dos poucos que sobreviveram, retornando à Itália em 1945.

Igor 21/04/2022

Poderoso
Um testemunho muito poderoso sobre um dos piores momentos da humanidade. Levi, relata sob uma perspectiva muito original a mudança de um homem diante do horror e a crueldade de outros homens, um livro impactante para pensar história e psicologia.

Mc Brendinha Carvalhão 20/04/2022

Isso também é um homem
O que faz um homem um homem?
Como uma pessoa pode ser capaz de criar coisas magníficas, como a arte, a música, enquanto outra é capaz de cometer as piores atrocidades? Como uma pessoa pode ser capaz de trazer ao mundo uma outra pessoa, enquanto há aquele que tira uma vida? E ainda assim serem ambos da mesma espécie?
Como é bem destacado no livro: "... Pensem bem se isto é um homem, que trabalha no meio do barro, que não conhece paz, que luta por um pedaço de pão, que morre por um sim ou por um não. Pensem bem se isto é uma mulher, sem cabelos e sem nome, sem mais força para lembrar, vazios os olhos, frio o ventre, como um sapo no inverno"
Lendo o relato de Levi, o horror a qual o homem foi submetido por outro homem, a degradação, humilhação, violência, nos leva a desacreditar da humanidade de certos seres humanos. Aproveito pra trazer outro ponto colocado mais pro fim do livro e que diz bem sobre esses horrores: "não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem"

dudaatayde 10/04/2022

?É Isto um Homem?? tem como objetivo compartilhar as lembranças de Primo Levi, um sobrevivente dos terríveis campos de extermínio da Alemanha nazista.
Com uma escrita sensível e marcante, o autor recorda das atrocidades impostas a milhões de pessoas, em um dos períodos mais sombrios e cruéis que a humanidade presenciou.
Seu testemunho tocante e doloroso tornou-se um clássico da literatura contemporânea. Nele, Primo Levi aborda a teoria de que ?a ação humana só pode ser julgada individualmente, caso a caso?.
Definitivamente uma leitura obrigatória para todos que buscam conhecimento sobre a época. ?É Isto um homem?? não se reduz ao ódio e à tragédia, pelo contrário, busca dar racionalidade ao depoimento, narrando a passagem pelo Campo sem jamais deixar de lado a realidade desumana que as vítimas dessas barbáries foram submetidas.

?Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem.?

Carolina2755 08/04/2022

Incrível!
Acredito que, como muitos outros livros que abordam a temática, deveria ser uma leitura da grade estudantil. Foi a falta de humanização que trouxe tanta desgraça pro mundo, e, com toda certeza, Levi vem nos mostrar, por meios de relatos sobre o Campo, como ser mais humano.

Não há muito mais o que falar sobre esse livro. É incrível! É histórico! É fundamental! Não terminei a obra da mesma forma que a comecei. Minha forma de olhar para o mundo mudou. Minha forma de olhar para o holocausto mudou. Minha forma de olhar pra dor mudou. Minha forma de olhar para a VIDA mudou. Primo Levi fez isso comigo, me fez enxergar com mais clareza as barbáries que guiaram o Nazismo -o desejo de tornar sub-humano àqueles que estavam nos campos de concentração-, me fez enxergar o quão longe o homem vai quando carregado pelo ódio e, o mais importante, ele me fez ouvir a voz de muitos que não conseguiram falar, me fez ouvir o grito de libertação daqueles que nunca foram libertos, e não é um grito bonito, é desesperador, angustiante.

luisfelipe.monteiro2 07/04/2022

Vivenciar o declínio da humanidade em um dos períodos mais nefastos que o mundo já viveu, e conseguir expressar em palavras aquilo que a mente nunca mais terá a capacidade de esquecer, é algo difícil e sufocante. Porém, de forma lúcida, Primo Levi consegue alcançar o leitor e imergi-lo em suas reflexões no período que ficou preso em Auschwitz, o maior campo de concentração nazista.

Considerado por muitos (inclusive pelo que aqui escreve) como uma das obras mais importantes acerca da segunda guerra mundial, o livro expõe os momentos vivenciados pelo autor italiano em 1944 no campo de extermínio. A resiliência dele como individuo, ao sobreviver em um lugar tão aniquilador, é algo forte de ser lido. Da mesma forma, seu testemunho sem qualquer resquício de vingança demonstra a força que o consumiu em um momento tão perturbador. Trata-se de um livro que deve ser refletivo, principalmente para não cometermos os mesmos erros novamente.

Yakkovna 30/03/2022

Forte
Nada neste mundo te prepara para o último capítulo deste livro.
Precisa ter força para ler, porém é muito importante.

Janine.Oliveira 28/03/2022

Não atendeu minha expectativa, leitura arrastada.
Eu adoro livros sobre o tema segunda guerra mundial e nazismo. Amei Maus. Mas essa história não mexeu comigo. Leitura arrastada. Perdi o interesse em vários momentos.

Natanael Nonato 26/03/2022

A depreciação do homem
O livro é um relato pessoal de Primo Levi sobre a rotina de um prisioneiro no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. Por ter sido considerado "útil" ao Estado Nazista, Levi foi destinado a trabalhos forçados e sobreviveu ao terror do autoritarismo.

É muito penoso ler o livro, mas é necessário. A dignidade humana foi tão violada de inúmeras formas que eu até agora me surpreendo de como o ser humano é capaz de tantas terríveis atrocidades.

Um conselho. Quando você ver alguém utilizando o termo "nazista" para expressar qualquer realidade contemporânea, duvide e se aprofunde na questão, pois esta palavra está sendo completamente banalizada.

clafrodit 14/03/2022

O limite do sofrimento nunca termina
um depoimento onde o autor nos abre suas dolorosas memórias e deixa nós entrar no seu íntimo. Conhecer ruínas e o mais cruel sofrimento que judeus tiveram que aguentar até a hora de cruzar o caminho para a linha de chegada, a câmara de gás.

Tia Laylinha 12/03/2022

Imersivo e angustiante
O livro é um relato de um químico italiano que foi capturado pelos alemães e permaneceu em Auschwitz entre 1944 e 1945. Nesse, o autor explica como eram as divisões e os trabalhos realizados no campo, as necessidades para sobreviver, o abandono da moral e a expansão do lado selvagem diante do sistema em que de encontravam. Os relatos são angustiantes, de tirar o fôlego e as lágrimas.