É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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pierrealmeidaba 14/10/2022

Uma reflexão sobre a condição humana em situação limítrofe
"Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem".

"É isto um homem?" é um relato pessoal e social do cotidiano vivido dentro dos campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. Primo Levi apresenta com a sua escrita contundente, a perda da dignidade humana em decorrência das situações a que foram submetidos, a perda da capacidade de se indignar, de contestar, de reagir. A desumanização do homem pelo próprio homem.

De fato, uma leitura extremamente necessária e eu diria mais: obrigatória!
Andre234 14/10/2022minha estante
Adorei! Irei ler com certeza!




anne635 08/10/2022

Achei um livro chato e MUITO PARADO, além de muitas palavras escritas em alemão não foram traduzidas então tem que ficar pensando além de ser bastante difícil de se ler quando do nada surge palavras estranhas, não recomendo
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Thamiris.Treigher 07/10/2022

Uma tragédia em que a morte era o menor dos males.
Em uma situação extrema, sem nenhuma humanidade (como foi no Holocausto), em que momento o homem deixa de ser humano e vira um "animal"?

Em "É isto um homem?", o italiano Primo Levi vai muito além de contar sua experiência como sobrevivente do Holocausto e sobre como era a brutal rotina nos campos de concentração.

Ele mostra como o dia a dia pesado, repleto de humilhações e assassinatos desumanizou e reduziu as pessoas a algo indefinido. Antes, havia uma pessoa. No campo, essa humanidade deixa de existir, graças aos horrores da Segunda Guerra.

"Os personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade ficou sufocada, ou eles mesmos a sufocaram, sob a ofensa padecida ou infligida a outros."

Primo Levi faz um relato profundo e íntimo sobre a moral humana em meio ao extermínio, mostrando que os homens nos campos de concentração dificilmente poderiam ser identificados com os homens que eram antes, em uma tragédia em que a morte era o menor dos males. "Era praticamente impossível sobreviver sem renunciar a nada de seu próprio mundo moral".

Arrebatador, incrível, forte, profundo, cruel, necessário.
Michele Boroh 08/10/2022minha estante
Amplia nossa perspectiva sobre a crueldade "humana" quando a gente achava que já tinha ouvido/lido o suficiente sobre o período. Duro, por isso necessário mes-mo.


Carolina.Gomes 08/10/2022minha estante
Own meu Deus! Sem condições de ler, por eqto?


Thamiris.Treigher 11/10/2022minha estante
Exatamente isso, Michele!!


Thamiris.Treigher 11/10/2022minha estante
Carol, mas vale muito!!




Adriane Leticia 01/10/2022

Até onde vai a barbárie?
Assim como questionou Hanna Arendt em Eichmann em Jerusalém, a barbárie existente no contexto em que surgiu e se expandiu o fascismo e o nazismo demonstrou que houve, de fato, um projeto que antecedesse esses acontecimentos, sendo acoplado e refinado na dinâmica da vida social de uma forma tão sútil que, quando veio a guerra, trazer à tona as intolerâncias, machismo, xenofobias, racismo, LGBTQIA+fobia, entre outros preconceitos revelava uma forma de pensar.
Nesse sentido, pensar e defender estes pensamentos, logo tornados em ações mortais, fazia parte de um plano que envolvia os seus pertencentes em uma sensação de pertencimento à uma classe de humanos puros, os denominados arianos pelos nazistas.
Pensar em como se deu as práticas horrendas de segregação até a aniquilação devagar e estilhaçada aos presos nos campos de concentração nos faz questionar, por meio da leitura do livro, como a população (não militar) aceitou tais acontecimentos, aos poucos e depois no final da guerra, aos muitos.
Também, saindo de uma demarcação geográfica, Levi nos faz entender que apesar da pouca distância da sua vida "livre" de homem, a sua humanidade já não se concentrará em sua posse. O que era ser humano e ter posses dentro do campo?
O livro me deixou com um aprendizado de pensamento e com muitos questionamentos sobre a condição humana.
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comprido 28/09/2022

Tocante,
Pirmo Levi , é isto um homen?
Relata a sua experiências nos campos de concentração em Auschwitz ,desde sua captura pelos fascista até sua chegada em aushwiitz . O que chamou minha atenção não foi os detalhes que ele descreve foi maldade dos nazista perante os judeus . Eu sempre achei que Auschwitz. fosse o lugar em que levava os judeus para câmera de gás, mais não é um lugar de trabalho de forçado, não e qualquer um que ia para câmara de gás, tinhas os selecionados que iria . O que salvou o primo Levi foi sua formação em química em turim o que fez trabalha nos laboratório., isto não spoller.

Recomendo
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Silvana 22/09/2022

Humanidade
Este livro toca em algo não palpável, que é o conceito de humanidade. Desmistifica muitas coisas dos horrores retirados em filmes. Só que não se engane! Isso não torna o livro leve, pelo contrário, deixa o horror muito claro e como pode ser concreto.
Ler, é ficar atento aos possíveis indícios de qualquer coisa que possa nascer do ódio novamente.
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bi-a 19/09/2022

"Pensem se isto é um homem que trabalha no meio do barro, que não conhece a paz, que luta por um pedaço de pão, que morre por um sim ou por um não."
A memória como a essência do ser humano em meio à miserabilidade, ao apagamento moral, mental e físico de uma massa. É um resquício de civilização naquele que já não sabe se ainda é além de números. O campo de concentração bestializa os prisioneiros, demarca a sua existência e retroage o tempo do futuro para o passado. Nas condições mais torpes, o homem e a fome se confundem.

Os relatos de Primo Levi não são apenas relatos de como sobreviviam dia após dia as pessoas aprisionadas no campo, mas conta o processo de destruição do homem. As memórias individuais e coletivas que servem como âncoras para a identidade do ser, desvanece-se em uma multidão, agora anônima, sem rosto, os submersos, constantemente renovada, mas sempre igual. Uma multidão em que o vazio já não tem mais espaço e o sofrimento e a morte não são mais temidos. Uma multidão em que não há diferença alguma entre os que ficam e os que vão.

Diante da morte de um condenado no campo, essa massa não reage. Não há um resquício de revolta nem de fé. Isso pode explicar o fato de que Primo Levi nos conta tudo isto sem exprimir um quê de vingança contra quem fez isto a ele. Mas o campo por si só não fez isso ao homem. O homem que sufocou a humanidade do seu próximo. O homem que decidiu que podia julgar quem viveria e quem morreria. O homem que destituiu a essência do outro homem. É isto um homem?

Nos últimos dias no campo, ao final da guerra, Lourenço lembra o autor, ajudando-o, que ainda há um mundo justo, não corrompido pela selvageria e engolido pelo ódio. Quando os aprisionados decidem dividir seus pedaços de pães com Levi e os demais que lutavam para que todos sobrevivessem até a chegada do resgate, então vemos o primeiro sinal de
humanidade novamente desde o primeiro dia relatado no campo.

Elie Wiesel, escritor e sobrevivente de Auschwitz, ao saber da morte de Lévi, afirmou que: 'Primo Lévi morreu em Auschwitz quarenta anos depois. Apesar de ter sobrevivido, de ter conseguido sair dessa massa anônima, de resgatar a sua humanidade, as memórias desses dias atrozes - aqui poderia deixar esses dias sem adjetivos, pois não há palavras que descrevam o que essas pessoas vivenciaram - no campo de concentração aprisionaram Primo Levi até a sua morte em 1987. É por isso que ao ler o livro percebi como a memória exerceu um papel fundamental durante esses anos na vida de Levi.

"Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem".
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Mateus 14/09/2022

Já agradeceu hoje por não ter passado pela experiência dos campos n@zist@s ?
É Isto um Homem foi escrito pelo químico judeu Primo Levi. Na obra, o autor conta a sua experiência de ser tirado da Itália, levado a um campo de concentr@ç@o, e ter ' vivido? o inferno na terra por mais ou menos 1 ano.
A cada ano, centenas e centenas de conteúdos sobre o horror n@zist@, sejam filmes, livros, séries, são lançados em grande escala. Se em parte, este fenômeno é benéfico, pois possibilita que as pessoas relembrem as atrocidades causadas pelo regime n@zist@, não repetindo os mesmo erros, por outro lado, pode-se ocorrer a banalização do assunto. Exemplo disso é o quanto temos como f@scismo, gen@cídio, tot@lit@rio vem sendo usados como meras armas ideológicas, ou até mesmo a tentativa de se enquadrar o n@zismo em termos errôneos como ? esquerda ? ou ? direita?. Muitas vezes, esquecemos que, além de política ou filosofia, a maior tragédia da segunda guerra mundial foi humanitária.
Logo, a leitura de um livro como este pode não parecer inédita, oi até mesmo algo precioso. Porém, após concluir a leitura, penso que a obra de Primo Levi é um dos documentos mais preciosos que temos sobre a ?vida? em um campo de concentração.
Primo Levi nos mostra em sua obra, na maioria das vezes sem esperança, angustiado, como que os SS do campo utilizavam uma técnica parecida com a do Grande irmão de 1984, ou seja, antes da morte física, havia a morte moral, espiritual, a morte do Indivíduo. Os campos de concentração eram campos de mortes dos indivíduos, da figura do homem.
O que é um homem ? Alguém que possui seus hábitos, suas ideias, sua fé sua esperança? Alguém que erra, é miserável, mas tem a liberdade de remodelar seu caráter ?Alguém que pode demostrar amor e compaixão incondicionais a seu irmão, ou que pode demonstrar egoísmo e desprezo ?
No campo, nenhuma destas características existia. Só havia o sofrimento, desesperança, tudo que vazia o ser humano ser um humano, era completamente tirado, tirando qualquer expectativa, qualquer bússola moral, qualquer vontade de viver. Essa foi a maior crueldade cometida pelos nazistas, o esvaziamento de sentido, de identidade para suas vítimas. Como disse Victor Frankle: ? O ser humano é capaz de suportar tudo, menos a falta de sentido?.
Que possamos vigiar, para que situações minimamente parecidas com estas não se repitam, tanto na esfera coletiva, mas, principalmente, na individual. Não permitamos que homens, ideologias, causas destruam nossa identidade.
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elfojonas 12/09/2022

Ser humano desumano
Uma leitura dura, cruel, pesada e humana. Um relato do poder do homem, um poder sujo, um poder desprezível.

Esse é um daqueles livros que engolimos com dificuldade. Como um ser igual a nós foi capaz de tamanha maldade? Será que esse mal ainda reside em nós e só está dormindo?

Ao terminar a leitura faço o mesmo questionamento: é isto um homem?
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thaisraiz 06/09/2022

quão importante é na vida não ser forte, mas sentir-se forte
Caraio, nem sei o que dizer sobre esse livro.
Comecei a ler ele por causa da minha professora de italiano e estou embasbacada.
Na minha vida eu só tinha lido romances que contavam o relato de uma vida num campo de extermínio (Diário de Anne F. e Menino do pijama listrado) e como essa literatura de testemunho me surpreendeu em me mostrar um lado totalmente diferente dos campos.
O jeito objetivo e ainda assim humano que o Primo Levi relata o que aconteceu dentro campo, num momento onde ele mesmo já não acreditava mais ser gente, é simplesmente incrível.
É engraçado, pois esse livro mais uma vez demostra que vencer não tem muito a ver com aptidão ou capacidade de adaptação, em muitos casos também é sobre sorte. Existiram muitos outros encarcerados que estariam muito mais aptos para sobreviver do que o Levi e ainda sim ele sobreviveu e outras pessoas morreram.
É um livro simplesmente incrível.
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Maria 18/08/2022

seria um absurdo dar uma nota diferente dessa.
em vários momentos, precisei parar e respirar. é duro e, se eu estou sem palavras pra resenhar, imagino a dureza do autor em encontrar palavras pra se expressar.
pra mim, é leitura obrigatória. sem dúvida.
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Tere 18/08/2022

É Isto um homem?
Uma narrativa pessoal. Primo Levi relata sua experiência no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.
"Ainda existia um mundo justo, fora do nosso; algo, alguém, ainda puro e íntegro, não corrupto nem selvagem, alheio ao ódio e ao medo; algo difícil de definir, uma remota possibilidade de bem pela qual valia a pena conservar-se."
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Carolinad 08/08/2022

É isto um homem?
Sem esperança, drama, medo e fé.

Já li vários livros sobre o Holocausto, mas poucos me impactaram tanto quanto esse. Escrito por Primo Levi, um dos poucos que sobreviveram aos campos de concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial.

"Cedo ou tarde, na vida, cada um de nós se dá conta de que a felicidade completa é irrealizável; poucos, porém, atentam para a reflexão oposta: que também é irrealizável a infelicidade completa. Os motivos que se opõem à realização de ambos os estados-limite são da mesma natureza; eles vêm de nossa condição humana, que é contra qualquer "infinito". Assim, opõe-se a esta realização o insuficiente conhecimento do futuro, chamado de esperança no primeiro caso e de dúvida quanto ao amanhã, no segundo. Assim, opõem-se as inevitáveis lides materiais que, da mesma forma como desgastam o tempo toda a felicidade, desviam a cada instante a nossa atenção da desgraça que pesa sobre nós, tornando a sua percepção fragmentária e, portanto, suportável."

Um relato impactante que me levou a perplexidade, senti vergonha, fiquei irritada e indignada. O título da obra lateja em cada palavra e, no fim, eu ainda me pergunto: é isto um homem?

Uma leitura necessária e impactante, testemunho forte e impressionante. Um soco no estômago, mas inegavelmente uma excelente leitura.
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Rhuan C. S. 08/08/2022

Nó na garganta.
Relatos tristes de uma fase sombria da humanidade. Ficamos entalados por ler tanto sofrimento e falta de compaixão com o próximo. É uma história que deveria ser obrigatória de ser lida, visto que ainda hoje há seres humanos que concordam com nazismo e suas atrocidades. Infelizmente isso ocorreu e deixou um rastro covarde de mortes.
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