Katiih 27/12/2022
Falar sobre holocausto; nazismo...já se trata de um tema triste e desconfortante. Que dirá ler um relato autobiográfico de quem viveu os dias desse inferno na terra? Primo Levi, relata de forma clara e concisa sobre os 11 meses que passou no campo, sendo um dos 20 sobreviventes dos 650 judeus que entraram com ele. Se coloca como observador diante daquilo que, de início, não deixa de retratar como “um grande experimento social”.
Compartilha a história de modo a nos fazer participantes do que vivenciou ali. O texto prende o leitor e não cansa (pelo menos p mim), embora em alguns momentos a angústia tome conta, sendo difícil não se sensibilizar e questionar o porquê de tanta crueldade. O relato é forte, frio e direto. Sem discurso de ódio (o que me chamou mto atenção), apenas o dia a dia daqueles que diante das circunstâncias perderam sua humanidade, sejam esses os prisioneiros ou seus algozes.
O autor, quase, não faz distinção entre os grupos, relata todo o contexto que permeia seus dias, com momentos de reflexões, angústias, esperança e até mesmo sorte, sendo a sorte, um dos fatores que tbm permeava, a cerca, dos processos de morte no local. É uma obra que nos faz questionar até que ponto pode chegar a nossa falta/perda de humanidade.
Super recomendo o livro.