Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma

Dino 01/03/2021

O triste fim de policarpo quaresma. Capítulo 1.
No primeiro momento, o livro quer apresentar o protagonista. O seu nome é Policarpo Quaresma, mais conhecido como major Quaresma. Ele era um homem estudado que sempre buscava aprender mais e amava muito a sua Pátria. Toda a vizinhança o respeitava, pois era alguém direito, alguém que emitia confiança. Em um certo período, o Major Quaresma começou a aprender a tocar violão com o Sr. Ricardo Coração dos Outros, mas isso não foi bem visto pela vizinhança, já que iria " pegar mal " para a sua reputação. Ele também se interessava por livro e ter livros en outros idiomas nao era um problema, pois sabia idiomas como o alemão, francês e inglês, e havia um tempo que estava se dedicando ao tupi guarani. Como pode-se ver, Policarpo era alguém muito culto e amava a sua Pátria, tanto que se tornou um aprendiz de um artista. Mesmo que as pessoas falassem mal, ele perseverava em seus planos.

Capítulo 2.
Já havia um tempo que Policarpo não saia de casa, mas como de costume, mantinha as suas tarefas, a sua rotina. Ele sempre estava a aprender coisas sobre sua Pátria, como as cerimônias. Quando o Albenaz, o general, falou que iria organizar uma chagança, a moda do Norte, Quaresma se alegrou pois isso iria contribuir para a sua Pátria. Entao eles foram procurar Maria Rita, uma preta velha que sabia as tradicionais cantigas, mas ela havia esquecido. Policarpo ficou triste, já que isso se isso não deveria ser esquecido, pois faz parte da Pátria. Mas houve festa, já que encontraram um velho poeta, ele ficou muito feliz, pois não recebia reconhecimentomesmo. Mas logo depois, Policarpo se decepcionou, pois descobriu a a folia "Tagolomango" era originária de outro país e ele queria encontrar uma cerimônia genuinamente brasileira. Em um certo momento do Capítulo, o compadre Vicente e sua filha, Dona Aldeilaide foram visitar o Major Quaresma, mas o compadre Vicente teve uma discussão com o Major, o que deixou Dona Aldeilade assustada .

Capítulo 3.
Neste capítulo é retratado o casamento de Ismênia, mas ela não estava muito animada pois pensava que o propósito de sua existência seria o casamento. Por isso,e com medo de nunca se casar,a mesma foi conquistada muito jovem, aos 19 anos, por Cavalcante, que estava cursando odontologia. O seu pai ficou um tanto desconfiado, mas depois aceitou o compromisso dos dois. Durante a festa de casamento,Genelício falou que Quaresma estava louco, pois o General andava com um professor de violão e mandou uma carta em tupi-guarani. As pessoas logo pensaram que o General havia ficado louco.

Capítulo 4.
Neste capítulo fala que alguns dias antes do casamento de Ismênia, Policarpo havia enviado um requerimento à Câmara para tornar o idioma tupi-guarani o oficial do país. Quaresma se tornou piada durante muito tempo por causa de sua atitude. Jornais publicaram o seu requerimento e fizeram várias dele uma piada. Um dia, Quaresma escreveu uma carta em tupi-guarani e ela foi assinada e levada ( foram descuidados). O ministro recusou a mesma e a mandou de volta. Policarpo recebeu uma suspensão, então voltou muito triste para a sua casa e desabafou com Ricardo Coração dos Outros.

samyra 01/03/2021

O fim de Policarpo Quaresma é realmente triste, viu
O livro é suuuuuper arrastado, mas na maioria das vezes isso não é um problema. Só na segunda parte que eu tive uma imensa vontade de largar, mas valeu a pena fazer o esforço para chegar na terceira parte.

O final me deixou muito pensativa, de verdade. A crítica ali é muito forte e foi lentamente construída durante as páginas do livro até finalmente ser usada, dando um impacto final perfeito. Além do mais, a situação toda é triste >de verdade

Ana 27/02/2021

Um título adequado
A leitura de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" é árdua e um tanto massante. Embora as personagens sejam interessantes - sobretudo Olga, Ismênia e Ricardo -, o arco não é bem desenvolvido e, finda a leitura, senti que a história poderia ter sido mais explorada.
Ainda assim, não pude deixar de me emocionar com o final do major Quaresma e o de Ismênia também, vale ressaltar.

Fra 23/02/2021

p. 50
Tudo isto irritava profundamente Quaresma. Vivendo há trinta anos quase só, sem se chocar com o mundo, adquirira uma sensibilidade muito viva e capaz de sofrer profundamente com a menor coisa. Nunca sofrera críticas, nunca se atirou à publicidade, vivia imerso no seu sonho, incubado e mantido vivo pelo calor dos seus livros. Fora eles, ele não conhecia ninguém; e, com as pessoas com quem falava, trocava pequenas banalidades, ditos de todo dia, coisas com que a sua alma e o seu coração nada tinha que ver.

p. 57
- Cedo, hein major?
- É verdade.
E calaram-se ficando um diante do outro num mutismo contrafeito. Ricardo avançou algumas palavras:
- O major, hoje, parece que tem uma ideia, um pensamento muito forte.
- Tenho, filho, não de hoje, mas de há muito tempo.
- É bom pensar, sonhar consola.
- Consola, talvez; mas faz-nos também diferentes dos outros, cava abismos entre homens...

p. 57
Não era a primeira vez que ela vinha ali. Mais de uma dezena já subira aquela larga escada de pedra, com grupos de mármores de Lisboa de um lado e do outro, a Caridade e Nossa Senhora da Piedade; penetrara por aquele pórtico de colunas dóricas, atravessara o átrio ladrilhado, deixando à esquerda e à direita, Pinel e Esquirol, meditando sobre o angustioso mistério da loucura; subira outra escada encerada cuidadosamente e fora ter com o padrinho lá em cima, triste e absorvido no seu sonho e na sua mania.

p. 48
Só o nome da casa metia medo. O hospício!
...

lív 22/02/2021

Nada Clássico
Sinceramente, estou bem decepcionada. Achei demasiadamente entediante e, mesmo ao haver pouquíssimas páginas desnecessariamente prolongado

judelvaux 21/02/2021

o que eu achei ????
Sendo direta, achei meh. Se tem algo que me irritou foi o português confuso cheio de palavras que eu não conhecia. O Policarpo é um pé no saco mas ao mesmo tempo dá aquela peninha dele sabe? Que vida difícil que esse cara leva! É uma verdadeira montanha russa. Achei muito interessante, sendo do Rio de Janeiro, ver a minha cidade numa outra época.
As críticas do livro são válidas, mas a escrita e o português me cansaram muito.

Ana Ponce 21/02/2021

Ao mesmo tempo em que o romance retrata e apresenta ao leitor, o sonho de um Brasil ideal, apresenta uma sátira sem compaixão, mas bem humorada do Brasil oficial e sua sociedade burguesa, que se preocupava apenas com seus interesses, da era do então Presidente da República do Brasil: o Marechal Floriano Peixoto.

Ao analisarmos os pontos importantes desta obra, Lima Barreto esboça, organiza um perfil irônico e até mesmo sarcástico do funcionalismo público no Brasil, resultando em uma sequência de metáforas com relação à burocracia brasileira, que na visão do autor, era formada de maneira geral, por pessoas sem perseverança, consistência moral ou profissional para ocuparem seus postos de trabalho.

Lima Barreto ridiculariza, de forma muito bem humorada, um Brasil onde prevalece um General que não participa de nenhuma batalha (General Albernaz) e um Almirante que não possui navio para ocupar seu posto (Almirante Caldas).

Biancabfmc 18/02/2021

Um livro muito legal de se ler pois o major quaresma era um apaixonado pelo Brasil e pelos seus costumes, alimentos, plantas e queria instituir a lingua tupi guarani, mas no governo do presidente Marcehal floriano nada podia ser feito sem ele mandar, bem parecido com um governo de hoje em dia....

Nefelibata 15/02/2021

Ambiguidade
Não tenho palavras para descrever a sensibilidade desse livro. Lima Barreto dá vida, profundidade e traz crítica com todas as personagens que cria.

Como a historiadora Lilia M. Schwarcz aponta, o autor traz ambivalência para (quase) todas as questões e personas que traz. Abordando desde o papel da mulher na sociedade, ufanismo vs nacionalismo, classe e julgamento social, política, despotismo a obra é rica em interpretações pela sutileza ácida de sua crítica.

Policarpo: aquele que produz frutos
Carpo: do verbo ?carpir - chorar, lamentar?
Quaresma: período de sacrifício, comunhão; um tipo de coqueiro

Enfim, há inclusive duplo sentido na célebre frase dita pelo único vilão não ambivalente da trama e único que é também um personagem histórico:

?Policarpo Quaresma, você é um visionário?

Floriano Peixoto aponta ao mesmo tempo que nosso Marechal vê grandes coisas no futuro, mas não consegue ter os pés no chão e enxergar o presente.

Essa obra é dolorosamente atual.

kleyson 15/02/2021

A trama é bem detalhada, mas bem simples, com poucos acontecimentos e mais crítica social, contando as aspirações e sonhos patrióticos que o major Quaresma tem para o Brasil, com seu nacionalismo extremo em meio à exaltação e preferência de tudo o que é exterior pela maioria... Fiz uma leitura bem arrastada do livro.

Larissa.Giordanna 12/02/2021

Achei um livro razoável, apesar da história não ser nova ela ainda é bem atual, amei Olga o final me deixou um poucko a desejar, não sei se é porque não é a leitura integral, mas acho q ficou faltando um final!

Rebeca 12/02/2021

Triste
O livro de início foi muito cansativo pra mim,mas a história foi se desenrolando e ficando ainda mais interessante!
E por ser um livro denso em detalhes,você leva tempo mesmo pra ler,mas vale a pena demais.
Eu fiquei um pouco triste,mesmo sabendo que o final seria fatídico.
Ps: A Olga me impressionou muito no final

Osório 10/02/2021

Com teoria da história a gente aprende a identificar várias percepções de um livro, principalmente um livro literário. Esse livro, é um livro muito interessante, principalmente por Limas Barreto romper com esse ufanismo nacionalista que é característico do romantismo, vale ressaltar que ele adianta essas características nas suas obras, sendo considerado um pré-modernista. Essa história se passando na Primeira República, algumas características do período me chamaram a atenção no decorrer da história, como:
A República oligárquica que impunha o voto de cabresto
O racismo escancarado e a submissão do negro
A xenofobia praticada por Policarpo a tudo que era estrangeiro
A submissão da mulher perante a sociedade, tendo o casamento como única meta a ser alcançada, porque só assim a mulher estaria realizada (Ismênia quando seu noivo fugiu, ficou louca e morreu de tristeza)
A ideia do nacionalismo exacerbado de Policarpo, que contemplava as belezas do seu país, enquanto os outros admiravam o exterior, por isso ele era taxado como louco.
E foi essa sua "loucura" que o levou a ser tido como traidor, como bandido. O país que ele tanto venerava, acabara de lhe deixar morrer.
Realmente que triste fim para Policarpo Quaresma!

sandy.lima 05/02/2021

Você, Quaresma, é um visionário...
Isso, meus amigos, é o que chamamos de um clássico. Nos traz reflexões necessárias sobre nosso país, é um livro atemporal. A obra caminhava entre a idealização do Brasil na mente de Policarpo e a realidade. O pobre Policarpo é um Dom Quixote brasileiro, está sempre ao dispor das causas perdidas. A causa de Quaresma era pelo seu país, por mais que fossem idéias utópicas, de que seria uma nação perfeita e valorizada, por muitas vezes o julguei inocente e imprudente por pensar que poderia mudar alguma coisa, mas a verdade é que todos nós temos alguma causa perdida que nos faz lutar durante a nossa vida, mas é só no final que veremos se isso valeu a pena ou não.

Adriana 04/02/2021

Um livro bastante interessante, Quaresma é o Dom Quixote brasileiro. Alguém muito apaixonado por sua pátria!