A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado

A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado Friedrich Engels




Resenhas - A origem da família, da propriedade privada e do Estado


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Thiago Rios 20/09/2020

Clássico fundamental
Esse é daqueles livros que te fazem buscar por mais conhecimento, te fazem querer entender o mundo, num período tão conturbado da nossa história. Livro fundamental para entendermos a construção da nossa sociedade e também para a o desenvolvimento do pensamento da esquerda.
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Allisson 03/08/2020

Livro importante para compreensão do que se intitula bem como da origem do capitalismo.
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Lena 20/07/2020

leitura importante para estudos feministas e de origem do patriarcado.
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Romario 18/07/2020

A origem da família e não sua destruição!
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução Leandro Konder; Aparecida Maria Abranches ? 4º ed. ? Rio de Janeiro: Bestbolso, 2019.

Ao contrário de muitos comentários, em sua maioria, de pessoas que se recusam a compreender ideias que estão fora de sua bolha ideológica, que classificam o livro em questão como uma tentativa de destruir a ?família? e incitar o incesto, ele esclarece muitos pontos sobre como a sociedade chegou a posição que hoje (1884, ano de sua publicação) se encontra. Engels, baseado nos estudos de Lewis Henry Morgan, descreve a história da família, como foi a evolução de uma sociedade matriarcal, sem propriedade privada e sem Estado, para uma patriarcal, com propriedade privada, com Estado e agora dividida em classes. Ele mostra que os eventos que culminaram no modelo de família que se tem como ?normal? atualmente estão totalmente interligados com a propriedade privada da terra e de bens e com a criação do Estado.

Segundo o autor, para compreender a origem dos três elementos discutidos no texto (família, propriedade privada e Estado) é necessário analisar a partir de três épocas principais: estado selvagem, barbárie e civilização. Sendo assim, para Engels no estado selvagem a constituição da família ocorria por meio do matrimônio por grupos, essa era a família punaluana, o casamento era coletivo de grupos de irmãos e irmãs, carnais e colaterais, no seio de um grupo. Na barbárie, a família evolui para o matrimônio sindiásmico, que eram as uniões por casal, por um tempo mais ou menos longo, faziam-se já sob o regime do casamento por grupos, ou mesmo mais cedo; o ?homem tinha uma mulher principal (não podemos dizer uma mulher favorita) entre o número das suas mulheres, e era para ela o esposo principal entre todos os outros?.

Ressalta-se que, em ambos os períodos citados, a mulher tinha muito prestígio dentro da sociedade e era quem comandava a família, uma vez que era detentora do chamado ?direito materno?. Como elas possuíam toda a liberdade sexual e se relacionavam com vários parceiros, era impossível saber quem era o pai dos filhos gerados em decorrência dessas relações, no entanto, todos sabiam quem era mãe. Dessa forma toda a linhagem de um grupo era determinada pela mãe, era ela quem garantia a descendência. Nesse contexto, a propriedade da terra era comum ao grupo, se alguém morresse as terras em que trabalhava não passava aos seus filhos, mas aos membros do grupo.

No que se refere a civilização (estágio em que vivemos) corresponde a monogamia, união de um só casal, com coabitação exclusiva dos cônjuges. Esse modelo de família, trouxe consigo complementos, tais como a prostituição e o adultério. Ao longo da evolução desse modelo de família foi tirado, cada vez mais, das mulheres, mas não dos homens, a liberdade sexual que antes existia no matrimônio por grupos. Aquilo que para a mulher se tornou um grande crime de graves consequências legais, para o homem é algo considerado honroso ou, quando muito, uma leve mancha moral que se carrega com satisfação (ENGELS, 2019, p.91). O autor descreve que a monogamia surgiu da concentração de grandes riquezas nas mesmas mãos ? as de um homem ? o que antes era propriedade coletiva, agora passa a pertencer a uma única pessoa. Esse homem, cheio de suas riquezas tem o desejo de transmitir tudo para seu descendente, mas para o que tenha certeza que de fato é seu filho, assim elimina-se o direito materno e surge o direito paterno. A família agora se torna patriarcal e a mulher passa a perder ainda mais espaço, se torna em uma mera cuidadora de casa e geradora de herdeiros. Quando a propriedade privada se sobrepôs a propriedade coletiva, quando os interesses da transmissão por herança fizeram nascer a preponderância do direito paterno e da monogamia, o matrimônio começou a depender inteiramente de considerações econômicas (ENGELS, 2019, p. 95). O sistema capitalista destruiu todas as relações tradicionais e transformou tudo em mercadoria.

Ademais, Engels vai explicando o Estado em alguns pontos, na ?gens iroquesa?; na ?gens grega?, ?na gênese do Estado ateniense?; a ?gens e o Estado em Roma?; a ?gens entre os celtas e entre os germanos? e ?a formação do estado entre os germanos?. O autor detalha minuciosamente a formação desses estados e seus denominadores comuns. Em resumo, o Estado surge com a família monogâmica, uma vez que essa passa a ser detentora de propriedade privada. O Estado, de modo geral, surge para proteger essa propriedade e garantir a ordem social por meio de suas instituições coercitivas, é desse modo que surge também a polícia. Engels afirma que o Estado não se sustenta sem a polícia, sem seu braço armado. Com o surgimento da propriedade privada e do Estado surge também o antagonismo entre classes. Uma é proprietária de terras, dos meios de produção, a outra não. Sendo assim, uma domina e a outra é dominada. Portanto, o Estado é, por regra geral, o Estado da classe mais poderosa, da classe economicamente dominante. Assim o Estado antigo foi, sobretudo, o estado dos senhores de escravos, para manter os escravos subjugados; o Estado feudal foi órgão de que se valeu a nobreza para manter a sujeição dos servos e camponeses dependentes; e o moderno estado representativo é o instrumento de que serve o capital para explorar o trabalhador assalariado (ENGELS, 2019, p.211).

Em suma, o livro é uma riqueza de conteúdos que elucidam a formação da sociedade existente. O autor é enfático em dizer que só com supressão da produção capitalista e das condições de propriedade privada será possível gozar de toda liberdade. Recomendo MUITO esse livro a todos!
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Carlos 13/07/2020

Um pouco cansativo, mas essencial.
Apesar de um meio grosso, cheio de dados históricos sobre formações familiares pré-estatais, e até uma dificuldade em entender certas definições, sem dúvidas este é um livro essencial na leitura marxista. A forma que Engels demostra como o surgimento do patriarcado e da propriedade privada levam ao nascimento do Estado quebra todo mito acerca da monogamia e do amor romântico. O meio da leitura vai deixar cansativo, mas passado a questão da gens em várias sociedades (americanas e europeias), fica bem claro o que quer ser dito aqui, e como analisar a situação das relações nos dias de hoje e as relações do Estado em defesa da propriedade privada patriarcal é importante nesse momento de luta.
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Gabriel.Machado 06/07/2020

Um livro Necessário
Um livro essencial para entender a base da construção da família, propriedade e Estado. A pesquisa de Engels apesar de ser datada no ano de 1884, ainda é vasta abrangendo um estudo de mais de 10 anos e explicando através dos exemplos nativo americano, grego,romano e germano a formação das principais estruturas que formam a sociedade atual.
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Alex Brunno 24/06/2020

Família
O Engels demonstra com clareza a dominação da mulher e o excedente econômico, é uma investigação incrível com o aparato historicizes muito bom
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Lari Neves 31/05/2020

Excelente pra entender toda a construção da sociedade patriarcal capitalista atual. Quem gosta ou estuda sobre gênero, capitalismo, família, é uma leitura necessária.
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André 24/05/2020

Um livro impactante, que desnuda alguns conceitos naturalizados no nosso cotidiano: família, monogamia e Estado. Esse deve ter lugar especial na estante de qualquer um que deseja compreender um pouco mais sobre o atoleiro cultural e econômico que vivemos hoje!
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Alineígena Alien 28/03/2020

Não é um livro fácil de ler, mas é muito interessante, principalmente em relação à análise da sociedade patriarcal. Mas considero importante não esquecer que Engels continua sendo homem, e ainda filho de sua época e de seu país. Isso ajuda no entendimento interseccional de lutas e movimentos que adotaram o olhar marxista.
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Mel Bee 03/12/2018

Ótima
Alguns livros não são feitos para qualquer pessoa. Precisa-se de estudo e cérebro para tais leituras, essa é uma delas.
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Pablo 15/11/2017

Comunismo é uma merda!
Engels explica com base nos estudos dos antropólogos Lewis Henry Morgan e Bachofën uma teoria absurda sobre a família, incitando o anarquismo esquerdista, o comunismo, o incesto e outras teorias absurdas para conseguir implantar o comunismo.

O comunismo é uma merda.

Se eu soubesse antes que o comunismo/socialismo é baseado em teorias tão absurdas sobre a família, e a sociedade em geral, jamais teria apoiado este regime dos meus 18 aos 25 anos.

O comunismo é uma merda.

Sim, o comunismo apoia a poligamia, a poliandria e a destruição da família. Está claro neste livro. A única pergunta que eu gostaria de responder é: A quem interessa a destruição da sociedade?
NegrALANE 19/06/2018minha estante
Hahahaha bem engraçado. Pra começar eu duvido que você já tenha sido comunista. Por que? Simplesmente por que alguém que já foi comunista e após ler um livro é verificar incoerências iria argumentar contra tais incoerências e não usar as palavras baixas e sem qualquer argumentos de base que você está usando.
É muita ignorância de sua parte achar que alguém com um nível de leitura básico não captaria a sua tentativa de dealegitimar algo tão grande.
Segundo: você não deve ter concluído a leitura. Do contrário não afirmaria que Engels se baseou somente em Morgan é Bachofen.
Você pode muito bem criticar e eu mesma pretendo fazer uma crítica contundente a algumas coisas do livro, mas minimante, compreenda que crítica é ir além, daquilo que se está criticando.


Pablo 26/06/2018minha estante
Moça,

Obrigado pelo comentário.

E você pode citar as outras fontes que Engels estudou? Pode responder aqui mesmo ou mande uma MP que tenho interesse em conhecer mais.


Francisco 10/03/2019minha estante
Pode começar lendo este.




Renan 05/11/2017

A origem da família, da propriedade privada e do estado
Como o próprio Marx diria ao conhecer Engels, sobre suas obras: 'Colossal'

Destrincha perfeitamente a construção social da família diante da propriedade através do trabalho, de forma materialista, destoando da tradição do viés cultural no estudo do tema.

Explicação extremamente consistente no transcorrer histórico, colaborando em muito para o compreensão da sociedade atual.

5 estrelas é pouco, daria 6 sem medo, caso pudesse
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Paulo Silas 26/03/2017

Engels apresenta um trilhar histórico onde demonstra as origens das bases que serviriam como mote para a constituição do Estado. Assim, a família num primeiro momento, e a propriedade num outro, ensejaram consequentemente na formação do Estado. E vale lembrar que a visão histórica de Engels se dá pelo viés econômico da luta de classes, onde sempre, para onde quer que olhe na história, apontará uma classe dominante e outra dominada, estando aí o conflito determinante, para Engels, que culmina na formação do Estado enquanto tal.

A fim de resgatar as origens das constituições das questões abordas, o autor inicia sua exposição com os “estágios pré-históricos de cultura”, dividindo o passado abordado em “Estado selvagem” (com a fase inferior, fase média e fase superior) e “barbárie” (com a fase inferior, fase média e fase superior). E após tais fases é que se observa a criação da família. Entretanto, a família de outrora, de uma período mais distante, possuía uma constituição diferente da ideia atual. A família era algo mais amplo: em algumas comunidades, a próprias comunidade como um todo constituía família, em outras, os escravos faziam parte da família. Engels dialoga com diversos exemplos de comunidades antigas a fim de demonstrar a evolução do conceito, explanando que essa evolução nos tempos pré-históricos “consiste numa redução constante do círculo em cujo seio prevalece a comunidade conjugal entre os sexos, círculo que originalmente abarcava a tribo inteira”.

A família monogâmica é que seria a ideia de família moderna, a qual surgiu, segundo o autor, já da presença da luta de classes na relação homem-mulher: “o primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino”. Aliás, a constituição do casamento monogâmico não se deu pela presença da paixão, até porque o amor sexual como paixão só teria surgido na Idade Média, ou seja, num momento posterior à criação do casamento.

O autor prossegue até chegar num ponto onde entende que, num dado momento da história, “a riqueza passa a ser valorizada e respeitada como bem supremo”, estando aí o cerne da propriedade, se fazendo necessária a constituição de uma instituição que assegurasse as riquezas individuais e que “não só perpetuasse a nascente divisão da sociedade em classes, mas também o direito de a classe possuidora explorar a não-possuidora e o domínio da primeira sobre a segunda”. Essa seria a gênese do Estado.

A conclusão do autor é no sentido de que, uma vez que o Estado não existe eternamente, ele poderia sucumbir, sendo somente assim possível o desaparecimento das classes. E a aposta de Engels se deu em tal sentido, de que esse desaparecimento consequentemente aconteceria, já que, segundo esse, “até hoje, o produto ainda domina o produtor”, mas não deveria ser assim, pois “o que é bom para a classe dominante deve ser bom para a sociedade, com a qual a classe dominante se identifica”. Eis a origem, para Engels, da família, da propriedade e do Estado.

Como dito, a visão do autor se ampara na dialética materialista histórica, onde notoriamente está presente a crítica contra a sociedade capitalista. Os males da sociedade existiriam justamente em decorrência da constituição das comunidades em bases capitalistas: a acumulação de riquezas e a criação de formas para a proteção e o perpetuar desse acúmulo (propriedade). É com base nisso que Engels entende que o Estado passou a se justificar.

É um ponto específico de se analisar a história, um tanto quanto polêmico. As apostas de Engels, vale lembrar, nunca se concretizaram: nem pelo declínio natural imaginado, nem pela posturas ativas intencionadas em algumas comunidades. De qualquer modo, a contribuição da exposição histórica e o ponto de vista fornecido pelo autor são bastante interessantes, por mais que se discorde. Por isso, vale conferir!
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