Resenhas - Lucíola

maria 17/03/2021

Luciola me trouxe uma grande reflexão, a história em geral traz um exemplo de como era a sociedade naquela época e que podemos ainda enxergar essa sociedade na atualidade mesmo com tantas revoluções. Luciola é objetificada e tratada apenas como fonte de prazer, no decorrer do livro vemos como a alma dela é triste e como sofre com aquilo, entendemos a história dela, seus tormentos e os seus sofrimentos.

maria 17/03/2021

Luciola me trouxe uma grande reflexão, a história em geral traz um exemplo de como era a sociedade naquela época e que podemos ainda enxergar essa sociedade na atualidade mesmo com tantas revoluções. Luciola é objetificada e tratada apenas como fonte de prazer, no decorrer do livro vemos como a alma dela é triste e como sofre com aquilo, entendemos a história dela, seus tormentos e os seus sofrimentos.

Cleberson 13/03/2021

Existem alguns paralelos entre este livro e Iracema, escrito posteriormente. Paulo, assim como Martim, é originário de um local distante de onde a obra se passa e se apaixona pela mais bela mulher local. Os destinos de Lúcia e Iracema também possuem suas similaridades no final das obras. Porém, os personagens em si são muito diferentes.
Entristece ver que, apesar deste livro datar de 1862, as características da prostituição feminina se mantém vivas até hoje. A forma como a mulher é tratada e a supressão total da sua dignidade se contrapõe a complacência social com os homens, especialmente os ricos, que exploram isso.
Recomendo muito a leitura e a reflexão.

Mirna.Cristina 12/03/2021

A capa é horrorosa mas o conteúdo é o que importa! Um clássico da literatura brasileira, e por ser clássico deve ser lido com maturidade para se entender a época do texto.

JefersonBOli 07/03/2021

Nosso ?A Dama das Camélias? brasileiro
Li este livro na faculdade há alguns anos e, levemente exausto, não dei a atenção que ele merecia. Hoje, com a mente mais aberta, pude dar outra chance a ele.

A comparação com ?A Dama das Camélias? de Alexandre Dumas é inevitável, sendo até mesmo referenciado no livro pelo próprio José de Alencar. Claro que possuímos neste uma versão abrasileirada e mais próxima de nossa realidade.

Paulo é bem chato às vezes com suas crises de ciúmes. Senti isso da primeira vez que li e não consegui deixar de sentir novamente na releitura. A parte em que conta o passado de Lúcia é pra mim uma das mais marcantes de toda a história.

Quando dizem que ?livros clássicos não são ruins, são apenas lidos em momentos errados da vida? eu até concordo, pois hoje pude aproveitar a trama valorizando mais os detalhes e a carga de sentimentos espalhados pelas páginas como não havia experimentado antes. É um outro clássico brasileiro que recomendo, pois vale a viagem ao Rio de Janeiro do século XIX.

Romance romântico não faz muito o meu estilo literário, mas, para quem gosta, considere uma estrela a mais na classificação que dei, pois a história é boa.

Laura.Julia 06/03/2021

Lúcia
Esse livro, me fez recordar um de meus livros favoritos, "A Dama das Camélias" (que inclusive em um trecho da história Lúcia está lendo). Embora a história das duas personagens se assemelhem um pouco, cada uma tem seu jeito único e incrível.
A cada página lida eu sentia uma afeição maior por Lúcia, sentia que as palavras dela me tocavam profundamente, causando um sentimento bom. Quando percebi já estava lendo a última frase do livro. Essa foi uma história profundamente emocionante.

leticia 21/02/2021

aprendi a quase gostar do paulo no fim do livro, mais por pena do que por achar ele decente. o desfecho de lucia me entristece muito.

livro totalmente diferente de iracema, nem parece que são do mesmo autor. josé de alencar mestre.

Naty 16/02/2021

Uma história apaixonante, de época e com uma final inusitado, estava esperando que ela estava grávida, pelas falas dela, mas a decisão de morrer junto com a criança me deixou chocada...

Jessiana 05/02/2021

A história de Lúcia
Foi um dos livros mais emocionantes, tem uma história de amor e perda que vai se construindo ao longo das páginas. Os personagens são pessoas de personalidade forte e assim o livro traz ao olhos do leitor a beleza das coisas daquela época.

angryd 28/01/2021

Lucíola
"Uma loucura!... Não sei como me veio semelhante ideia! Vendo essa água tão clara toldar-se de repente, pareceu-me que via minha alma; e acreditei que ela sofria, como eu quando os sentidos perturbam a doce serenidade de minha vida."

Terceiro livro do José de Alencar que leio e até agora meu favorito. Leitura fácil e rápida, sensual e melancólico nos momentos certos, senti todas as dores das personagens e vivia junto delas.

Me apaixonei já nos primeiros capítulos, algo que não é recorrente para mim quando se trata do Alencar, o final é comovente e revoltante, mas esperado caso leia com atenção. Encontramos várias características da escrita de José que são importantes e marcantes em todas suas narrativas.

Excelente livro, leria de novo!!

Ella 18/01/2021

É até legal...
É um clássico mas o final é muito trágico pra valer a pena.

Carol Pita 17/01/2021

Preciso aprender a ler clássicos
Estava abandonadinho na estante desde meus tempos de colégio, mesmo sendo curtinho, sempre tive esse medinho de ler clássicos brasileiros, principalmente com a dificuldade da linguagem. Mas resolvi enfrentar esse medo e acho que se eu pegar a prática, vai ser um gênero que vai me encantar. Tive dificuldade sim com algumas palavras, mas a medida que fui embarcando na leitura, fui parando de prestar tanta atenção nisso. Lucíola é uma linda história de amor, que embora datada, ainda se mantém atual em alguns detalhes, como por exemplo nos tipos de personagem. Temos um narrador protagonista, Paulo, que embora no momento em que conta a história, ja viveu tudo aquilo e já amadureceu, é o típico namorado abusivo que tanto vemos por aí. E temos Lúcia, cortesã da corte, mas completamente forte e empoderada. Claro que por ser um romance de época, em algum momento começa a se mostrar submissa, mas ainda assim é uma protagonista com muita voz. Achei a história envolvente, e fiquei imaginando várias cenas, daria uma ótima adaptação teatral!

vicqs 04/01/2021

Talvez em outra época funcione
Eu senti que Lúcia começou tão grande e ao decorrer de leitura isso foi se findando, essa grandiosidade!
A leitura não funcionou para mim o quanto eu esperava, apesar de estar quebrando o estigma de que clássicos não são bons, eu realmente não consegui sentir nenhum tipo de apego aos personagens, por ser um livro de época, tem muitos conceitos e princípios que não cabe aos dias de hoje! Talvez uma releitura daqui algum tempo, talvez assim funcione.

Alziria 04/01/2021

Eu comecei o livro amando os personagens, a forma como eles se conhecem e a delicadeza, na qual, o Paula descreve a Lúcia.

Porém, em determinado momento a história ficou repetitiva e extremamente maçante. Pareciam ioiô nesse tal de vai e volta. Sem contar que até os 80% do livro, o Paulo é um completo babaca.

O final é interessante, mas eu tinha outras expectativas.

A escrita rebuscada não foi um problema pra mim. Apesar de eu não conhecer metade das palavras que eles usavam e ter que ficar procurando o significado de cada uma no Kindle ?

Milena.Santos 03/01/2021

Romantismo Urbano: Romantismo e a Sociedade da Época
O romance é em contado através da carta de Paulo e como conheceu Lúcia - a cortesã mais luxuosa do Rio de Janeiro. Paulo viu em Lúcia a pureza e ternura que ela demostra na maioria dos momentos " - Eu aposto - disse Lúcia - que o Sr. Silva, como os poetas, embelezou o seu quadro. Viu o que sentia, mas não o que era." .
O rapaz conta ao longo da história de uma forma romântica como mesmo descobrindo sobre a vida de cortesã não consegue ir contra essa paixão avassaladora que sente por ela. Eles começam uma relação, e Lúcia para de encontrar outros homens para se dedicar apenas a ele, porém Paulo por boatos contra sua imagem na sociedade acaba enfraquecendo o que tinham - assim ela diz "... um homem honesto pode rolar-se nos meus braços sem que a mais leve nódoa manche sua honra; mas se pedir-lhe que me aceite, oh!, então o meu contato será como a lepra para a sua dignidade e a sua reputação. Todo homem honesto deve repelir-me.".
Eles se tornam apenas amigos, e durante uma segunda briga ela conta sua história para o inicio da vida de prostituição - toda a família doente de febre amarela e para ajudar teve que recorrer a essa vida sendo depois expulsa pelo pai de sua casa.
Paulo após ouvir sobre a história de Lúcia percebe: "... a incubação de uma alma violentemente comprimida por uma terrível catástrofe; a vegetação de um corpo vivendo apenas pela força da matéria e do instinto; a revelação súbita da sensibilidade embotada pelos choques violentos que partiram o estame de uma infancia feliz; a floração tardia do coração confrangido pelo escárnio e pelo desprezo; finalmente a energia e o vigor do espírito que surgia, soldando por misteriosa coesão os elos partidos da vida moral e continuando no futuro a adolescencia truncada."
Lúcia durante o momento que conta sobre seu passado diz que seu nome é Maria da Glória, mas que assumiu o nome de uma mulher que vivia com ela e morreu - assim "Meus pais choravam sua filha morta; mas já não se envergonhavam de sua filha prostituída.".
Ela após contar sua história decide vender todas as suas coisas e comprar uma casa simples afastada de onde morava - em busca de sua felicidade. Passa a viver com sua irmã mais nova e sempre é visitada por Paulo. Durante essa nova fase descobre que está gravida, mas sofre um aborto e por ter a saúde delicada acaba morrendo junto do seu filho. Em seus últimos momentos afirma para Paulo que sempre o amou desde o primeiro momento que se encontraram e que ele foi a força para a felicidade.
A obra mostra como a sociedade via a cortesã - até o nome faz referencia sendo Maria da Gloria representando a pureza e Lúcia representando a depredação da alma. Ao decorrer da história ela tenta se redimir e quando finalmente pensamos que será um final feliz vem os pressupostos da sociedade em sua moral e ética da época que impõe que deva ocorrer a morte dela.
Analisando a partir desse ponto percebe que dado o ano lançado do livro Lúcia nunca poderia ter um final feliz, pois a sociedade não aceitava finais felizes a prostitutas - o que realmente é triste e cruel.