A Relíquia

A Relíquia Eça de Queiroz
Marcatti




Resenhas - A Relíquia


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Luciano Luíz 09/08/2014

A RELÍQUIA é um bom livro.
Na verdade, chega a ser ótimo.
Não sou fã de EÇA DE QUEIRÓS, mas este título tem narrativa e enredo genial.

Apenas o meio da estória, se torna um tanto chato, mas depois, volta ao normal.

A religiosidade exposta de uma maneira divertida e inteligente.
Fazendo o protagonista passar por uma experiência e tanto.

L. L. Santos

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Mirian 05/06/2014

A Relíquia
Com uma insuspeita verve satírica, A Relíquia é um dos mais importantes romances do escritor português Eça de Queiroz. Realista do final do século XIX, Queiroz foi um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, autor de livros como Os Maias e O Crime do Padre Amaro. Em A Relíquia (publicado originalmente no jornal brasileiro Gazeta de Notícias, em 1887 - há 120 anos), Queiroz une ironia a um profundo anticlericalismo para criticar o exacerbado catolicismo português. Clássico de literatura colegial, A Relíquia também está na lista de inúmeros vestibulares, da Unicamp à Universidade Federal do Maranhão.

O Autor:
Há 30 anos desenhando HQs, o paulistano Marcatti é um dos mais respeitados artistas do quadrinho underground no Brasil. Em sua adaptação para A Relíquia, Marcatti (autor de Mariposa, pela Conrad) mantém seu extraordinário traço cômico-sarcástico, abandonado um pouco os temas escatológicos para produzir uma fiel versão da obra de Eça, trazendo para os quadrinhos todas as características da Portugal do século XIX, do fervor religioso à arquitetura lusitana - dando vida a uma colaboração inusitada que atravessa os tempos, complementando a ironia e o sotaque português de Queiroz com o talento e o humor perspicaz do quadrinista.
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Freignan 23/04/2014

a relíquia de Eça de Queiróz é um clássico da literatura portuguesa do século XIX. conta a história de Teodorico um jovem que foi criado por sua tia Patrocínio, uma mulher idosa religiosíssima e muito rigorosa. ele se forma consegue estudar no em Lisboa mas ao voltar vive como um sangue-suga da sua tia.para conseguir uma parte na herança começa a fingir que é um grande devoto de Jesus e das suas confrarias. mas ao sair dos seus compromissos religiosos passava a frequentar um bordel e lá se apaixona por uma rapariga. mas ao descobrir que também foi traído decide empreender uma viagem à terra santa com o intuito de encontrar novas raparigas durante a viagem nas cidades em que passar, e de subir de escalão na estima da sua tia.
Ao chegar no Egito conhece outra rapariga e se apaixona por ela, ao se despedir ela lhe dá uma camisola como presente de recordação e a guarda com todo afinco. também durante essa viagem conhece um grande doutor chamado Topsius, que está também em peregrinação à cidade santa com uma caravana de estudos. será como se fosse o seu mestre que irá lhe esclarecendo as coisas durante toda a viagem.
ao chegar na Terra santa, o enredo da história passa a ser contada como na época de Jesus, mas precisamente durante o seu julgamento e condenação. os personagens dessa história passam a acompanhar passo a passo o desenrolar da história.
Ao final de tudo, como se fosse um sonho eles voltam à sua época de origem e findam a sua viagem com a coleta de algumas relíquias, para dessa forma, conquistar a confiança e o respeito da sua tia. para relíquia escolhe uma "coroa de espinhos" de Jesus. ao voltar sente-se confiante com o presente e com isso iria conseguir toda a herança da sua tia, mas por ironia do destino troca a caixa dos presentes, e ao descobrir toda a sua trama sua tia que não suportava rabo de saia o expulsa de sua casa.
Por fim,passa a morar na rua, e como sustento temporário passa a vender as relíquias trazidas da terra santa. mas eram tantas que aos poucos foram sendo desvalorizada.
Ao ficar na pior, acaba encontrando um velho amigo, que lhe oferece um emprego no cartório de seu pai. a partir daí sua vida começa a melhorar,se estrutura e até se casa.
Esse romance põe em cheque a tradição daquela época, por que meio que faz uma crítica ao modo de pensar e aos seus paradigmas. ótima leitura!!
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Fecancio 03/03/2014

Bom
Não é o melhor livro do autor mas é bem interessante
Rouse Marx 13/05/2015minha estante
Ótima resenha!!!




Sebastian 17/11/2013

Bom...
O livro poderia ser um conto, talvez, no máximo, uma novela. As aventuras de Teodorico e sua missão de agradar à sua "querida" tia Titi, de quem espera receber a herança, são divertidas.

No entanto, assim como fez Victor Hugo em "Trabalhadores do mar", o Livro tem seu "miolo" narrando a viagem de Teodorico a Jerusalém, e que ocupa mais da metade do romance.

Bem escrito, como não podia deixar de ser, com um rico vocabulário, mas com o terceiro e quarto capítulos (o livro tem cinco) um pouco cansativos, retomando seu ritmo no final.

Por isso avalio em três estrelas.
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Egídio Pizarro 30/10/2012

A história é ótima - menos na parte da peregrinação do Teodorico. Ali foi muito sacal e eu não via a hora de terminar o livro para partir pra outro.

Ainda bem que continuei, porque quando o enredo "continua", volta a ser um livro muito bom.
Cristiano 22/11/2013minha estante
Estou nessa parte e também dei uma parada,pois está muito maçante a leitura.




Pereira 28/08/2012

Céu e Inferno
Consiguimos enganar alguém durante certo tempo, mas não conseguimos enganar todo mundo durante o tempo todo. De acordo com esse provérbio baseia-se essa estória fascinante criada por Eça de Queiroz. Querendo tornar-se rico através de uma futura herança, o protagonista embrenha-se em uma odisseia religiosa através de Jerusalém e Egito, tentando agradar sua carola tia. Como todo ser humano, durante sua jornada, depara-se com a situação mais crítica no caminho de um homem: sexo. Tenta corrigir o erro com outro: mentira. Consegue fazer uma viagem maravilhosa e uma chegada triunfal. Entretanto o desenrolar da estória não é tão favorável para a personagem principal. Assim como "O Crime do Padre Amaro", tem como pano de fundo o mundo religioso que é tão presente em Portugal. Não é uma estória tão trágica, mas é muito dinâmica e verossímil. Apesar de ter pernas curtas, a mentira pode atravessar continentes.
Marta Skoober 23/02/2013minha estante
Sugestiva e instigante a sua resenha. Muito bom!




Phrt 06/06/2012

Criticando a realidade
Eça de Queiroz colocou neste livro, com em vários outros seus, a realidade portuguesa da época e a mesquinhez dos que vivem nela. Um sobrinho que vive pela riqueza de sua tia, uma tia que desenvolve um fanatismo que chega a ser hilário, e muito ridiculo.
Na realidade nenhum dos dois 'vivi' na plenitude da palavra, e é a isso que o autor quer atentar. Ser rico sim, é uma ótima ação entretanto viver para ser rico pode lhe trazer muita dor de cabeça.
A religião é um grande motivo na vida, porém deixar-se levar por um fanatismo que o retire de sua realidade, com certeza não é uma boa opção.
Pode-se ver esta obra como uma crítica aberta a igreja e a religião, o que não deixa de ser verdade, porém é muito mais que isso é uma crítica ao modo de vida, ao objetivo de vida dessas pessoas...
Cheguei a realmente pensar que esta obra não passava de uma tematica religioso, porém percebi ao desenrolar das paginas que na verdade o tema transcende isso, algo que só percebido quando se chega ao fim do livro.
No final do livro encontramos um final simples mais muito feliz e que comprova minhas palavras.
Recomendo este livro para aqueles que querem ter uma outra visão da realidade e aguçar seu sentido crítico!
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Gláucia 08/04/2011

A Relíquia - Eça de Queirós
O livro costuma ser comparado com O Crime do Padre Amaro devido a seu tom crítico e anti clerical e realmente é, porém aqui é abordado num tom de comédia ao passo que O Crime carrega mais para o drama.
Raposão vive com sua tia rica e carola, está de olho na herança e só há uma maneira de conquistar a megera: parecer tão beato quanto ela e para isso sai em viagem a Terra Santa em busca de uma relíquia religiosa para a austera tia. Mas seu turismo é mais voltado aos prazeres mundanos. Leitura divertida pelo estilo ácido e sarcástico do autor assim como dos tipos criados por ele.
Cecília Szabo 21/11/2011minha estante
Redundante ou não, cansativo ou não, o fato é que a obra flerta com o imponderável e o tangível. A longa viagem e sua consequente descrição faz jus ao final vertiginoso ricamente bordado no humor. Ácido, cabal, como só Eça soube ser.




Lucas 02/11/2010

Condenando a hipocrisia
A obra de Eça de Queirós trata da vida do jovem Teodorico, o Raposão, criado pela tia, uma beata riquíssima, cuja herança é disputada por padres e amigos que frequentam sua casa, incluindo o próprio Teodorico, que aos olhos da tia faz-se um homem temente a Deus, mas na realidade despreza a igreja e nutre amores carnais com amantes e prostitutas. Um personagem trabalhado com esmero, no qual o leitor terá uma visão aterradora de sua personalidade.
Na disputa pela herança, faz uma peregrinação à Jerusalém buscando cair nas graças da tia na busca por uma relíquia sem igual. Entretanto, o jovem protagonista mostrará, nessa viagem, seu desdém pelo religioso e sua preferência pelas coisas mundanas...
As edições que trazem farta análise em notas de rodapé enriquecem a obra, explicando trechos e até nomes de personagens que carregam uma enorme carga simbólica que, confesso, muitos teriam facilmente me escapado na leitura se não fossem os rodapés. Tal fato revela que, muito embora a obra seja curta, traz um trabalho apurado e rico de Eça de Queirós. Merece uma leitura igualmente apurada!!
O sonho que Teodorico tem, já em território da palestina, foi uma grande surpresa, na qual Eça de Queirós inova, em vários sentidos, retratando a Palestina nos tempos de Jesus, mas da visão de Raposão.
Eça inaugura novo estilo literário com essa obra. De leitura rápida, mas cheia de detalhes!
Recomendo a leitura!
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Faraday 26/11/2009

Ácido
Quem conhece a obra "O crime do Padre Amaro" vai imaginar o que se passa neste livro.
Uma crítica-soco no estômago à sociedade da época e à Igreja. Teodorico Raposo tenta conquistar a tia para que quando morra deixe algo para ele. Para isso viaja à terra sagrada em busca do presente perfeito para a tia, quando "viaja" no tempo e presencia os momentos finais de Jesus e são nessas páginas os piores socos no estômago.
Uma experiência comparável à um filme de David Lynch.
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Patrícia 06/10/2009

É preciso ter uma boa dose de paciência para ler este livro. Raposão é um personagem cativante e debochado, mas as exageradas descrições da viagem a Jerusalém, torna o livro muito cansativo!
Mas discordo quando alguém diz que é um livro igual aos outros do Eça. Realmente, é colocado em questão a hipocrisia da Igreja e da humanidade, mas é diferente de O Crime do Padre Amaro.
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Carol 28/11/2009minha estante
Pode até não ser igual,mas acho que o problema de muitos de nós com o livro é o fato de ele não ser cativante.O tempo ABSURDO que a história fica rodando por Jerusalém poderia muito bem ter sido gasto para que conhecêssemos melhor os personagens,para que ganhássemos várias histórias sobre eles.Tô precisando ler algo diferente do Eça :S




Carol 26/09/2009

Não o melhor,porém longe de ser ruim
"A Relíquia" é mais um livro em que Eça critica ferozmente a sociedade portuguesa de sua época,mas pessoalmente não o achei tão emocionante quanto "O Primo Basílio" ou "O Crime Do Padre Amaro".O problema foi que uma enorme parte do livro foi concentrada na viagem de Teodorico à Jerusalém,então passamos uma boa parte do livro lendo descrições de templos,cidades,vestimentas e costumes.Para quem gosta de descrições enormes é maravilhoso,para mim foi um pouco chato.

Quanto aos personagens,são sensacionais.Teodorico "Raposão" é tão desesperado por dinheiro que chega a assustar!Por amor ao dinheiro faz de tudo para que sua tia beata acredite em sua extrema devoção à Igreja:vai à todas as missas da cidade,emociona-se no oratório,finge que despreza "saias".Fiquei tentando imaginar a dificuldade que deve sentir uma pessoa extremamente fanfarrona para se comportar de maneira tão severa.É provável que o autor quisesse passar essa idéia de que mesmo as naturezas mais fortes curvam-se pelo dinheiro.Pode ser isso.A "titi" é daquelas beatas irritantes,que odeiam tudo o que não puderam ter na vida-nisto claramente se inclui romance.Ri bastante das orações fervorosas de Teodorico para que "a titi agora rebentasse"!Topsius era chatinho mesmo,daqueles eruditos que acreditam saber tudo.Boa companhia na viagem de nosso Raposão.Dos outros personagens pouca lembrança tenho,penso nos romances de Teodorico de uma maneira geral,assim como nos padres que faziam parte da história.O padre mais inesquecível é Negrão,mas este é assunto para o fim da história,para a reviravolta que a relíquia traz ...

Senti que neste livro tudo chegou ao extremo...a ganância,a beatitude,a erudição,a falsidade,o realismo.O estado de espírito e de sinceridade a que Teodorico chegou ao fim do livro parece uma reflexão daquilo em que o autor acreditava,como se aquela posição em relação à vida fosse do próprio Eça.Bom trabalho!
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silcarina 10/09/2009

Eça é sempre Eça, Raposão! A titi é impagável. Toda aquela parte da viagem para Jerusalém é cansativa e não faz falta nenhuma para a história, mas o livro vale pelo Raposão e pela titi.
Carol 26/09/2009minha estante
Aquela viagem é MUITO inútil e cansativa mesmo!Tive que reler aquela parte sobre o rabi Jeschoua,não estava entendendo como a história tinha chegado ali.Teodorico é tudo *-*


Marina.Cotrim 28/04/2017minha estante
Engraçado que quando eu estava lendo essa parte de Jerusalém pensava "nossa, devo ter pulado umas páginas, não tô entendendo nada", e agora quando vejo resenhas todo mundo menciona isso!




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