Resenhas - Menino de Engenho

AriAri0 04/02/2024

Menino perdido, menino de Engenho;
O Romance de Lins do Rego é como um rio caudaloso, fluindo suavemente entre lembranças e reflexões, revelando os segredos mais profundos dos personagens e da própria terra que os sustenta. Em cada página, somos envolvidos por uma atmosfera densa e evocativa, onde o calor sufocante do sol se mistura com o aroma adocicado dos cajueiros, criando um cenário que é ao mesmo tempo opressivo e sedutor.

Jessica.Laviere 03/02/2024

Me surpreendeu
Eu gostei bastante da leitura, os capítulos são bem objetivos, o escritor é direto e fala de um universo muito interessante e rico.
Se não fosse pela leitura coletiva do ler antes dr morrer acho que nunca chegaria nesse livro.
Tem alguns trechos bastante incômodos até mesmo pela época que foi escrito, a passada de pano feminicídio da mãe, e a justificação do pai como uma pessoa normal que só teve um momento ali extremo que levou aquela situação, as próprias agressões que a tia Maria sofria e a forma como são descritas as escravas, mas é um livro da década de 30.
Esse é um dos primeiros livros que achei que o autor poderia ir além, mas era o menino do engenho e não o homem do engenho então fez sentido pra mim.

Nandara.Secco 03/02/2024

Menino perdido, menino de engenho
O primeiro livro da Leitura Coletiva deste ano do canal @lerantesdemorrer foi realmente interessante. Por trás de uma história que a princípio parece ser leve, contado sob o olhar ingênuo de uma criança que, após uma tragédia, sai da área urbana para ganhar o mundo rural, mostra o Brasil "real", aquele que seria melhor esconder: o desde de sempre sexista, truculento e chocante país.
Embora escrito no Modernismo, esta obra muito me lembrou o Naturalismo, movimento literário bem anterior, que mostra como o "homem é um produto do meio".
Assim, foi-me bastante rico perceber as discussões sobre a formação moral de meninos nos recôndidos brasileiros, no entanto, não o indico para quem não tem estômago para violência e assuntos "tabus".

Joao.Lucio 02/02/2024

Segunda vez que leio. E fico com impressão ainda melhor, agora que li outros livro do José L R. Ambientados na mesma vila. Livros independentes mas com os mesmos personagens. O protagonista em um é figurante no outro. Ao reler os personagens menores passam a ser muito conhecidos e importantes por causa dos outros livros.

Lorena816 01/02/2024

#04 Menino de engenho
Leitura fácil, prazerosa, que retrata a rotina e cotidiano de um engenho no nordeste do Brasil no início do século XX pelo ponto de vista de uma criança. Um menino de quatro anos que vai viver com o avô após a morte da mãe. Lá ele fica encantado com a natureza, as plantações, a produção do açúcar, os negros e parentes e amigos que ocupam todo aquele espaço. Carlinhos conta histórias do que presenciou lá durante sua infância, dos quatro aos doze anos, quando se muda para a cidade para estudar. Em seus capítulos relata os banhos de rio, a produção do açúcar, as festas da semana santa, as visitas dos parentes, seus amores, o incêndio, a enchente, o casamento da tia, a vida dos pobres e negros que trabalham por lá, dentre tantas outras coisas.

Mari 01/02/2024

Menino de engenho
Um livro muito bonito e impactante.
Aqui nós vamos acompanhar a história de Carlinho que perdeu sua mãe em um trágico assassinato ocorrido em sua casa pelo seu pai quando ele tinha 6 anos. Seu pai foi preso e ele teve que se mudar para o engenho do seu avô materno e passar sua infância e início da adolescência sendo educado pela sua tia.
Um romance de formação muito bonito e tocante que vai fazer todos caírem de amores pelo Menino de engenho.

Mylena.Esteves 30/01/2024

Vida no engenho
Retrata a vida no engenho, relembra todo o sistema patriarcal rural, o sistema de servidão mesmo após abolição, o início da decadência do engenho e isso tudo visto pelos olhos de uma criança. A gente consegue observar exatamente em cima de que a sociedade brasileira foi construída. ?
Deu vontade de seguir no ciclo da cana de açúcar do autor. Achei a narrativa linda.

Cris SP 29/01/2024

29.01.2024
A historia se passa no início do século XX, mostrando o começo da decadência dos senhores de engenho. Nos deparamos com o regime escravista que ainda era comum naquela época, em que pese é relatado que muitos dos escravos quiseram permanecer no engenho em troca de comida e moradia. Nesse primeiro livro é contada a história de Carlinhos, um menino da cidade que vai parar no engenho de seu avô paterno após a morte de sua mãe e precisa aprender os hábitos do interior. A narrativa vai até a idade em que é enviado para a escola, lá pelos seus 10 anos de idade.

Adriana.Karimi 28/01/2024

Um Romance de formação
Com um vocabulário regional rico, uma leitura gostosa e recheado de histórias que parece ser uma mistura de Zelins e Ariano. Quase mudaria o título para MEMÓRIAS DE UM MENINO DE ENGENHO. Ah!!! Não esquecendo do Basculho que aqui é citado com significado no glossário que me lembrou o Gil do Vigor kkkk.

Luzia67 26/01/2024

Clássico
Os clássicos não devem ser impostos.
Nos deveríamos lê-los quando quisermos.
Assim foi com esse.
Gostei de mais. Aprender sobre os engenhos de açúcar, como era a relação entre senhores, escravos e as famílias patriarcais, é conhecer a história do nosso país, a nossa história.
José Lins do Rego faz isso. Apresenta um retrato do que foi aquela época com uma riqueza de detalhes pelos olhos de uma criança.

Amanda2041 26/01/2024

Menino perdido. Menino de engenho.
A história em si é muito interessante, dá espaço para a imaginação e nos faz conhecer um pouco sobre a a servidão dos escravos, agora libertos, a processo da moagem da cana de açúcar, das relações entre senhores de engenho e as pessoas que trabalhavam e moravam na região.
Toda a história é contada por um menino, Carlinhos, e é através dos olhos dele e vamos conhecendo tudo.
Foi um livro que me cativou bastante pois me identifiquei com várias coisas narradas e isso tornou tudo ainda mais legal de ler.
Recomendo!

cassaraujo 23/01/2024

Menino Carlinhos
Considerando o contexto no qual o livro foi escrito, podemos entender como e porquê o cotidiano era visto e descrito daquela forma. Pudermos acompanhar a infância e início da adolescência de Carlinhos que, após o assassinato da mãe pelas mãos do próprio pai, foi enviado a seu avô, dono de um engenho. A partir daí, vimos como era sua interação e brincadeiras com os "moleques" do engenho, carinhos com a tia (a qual lhe tratou como filho), como foi seu primeiro namoro, o descobrimento de sua sexualidade... para então, ao final da história, ser enfim enviado a um internato para estudar. Me pergunto se José Lins do Rego escreveu (ou poderia ter escrito) uma continuação para esta história, visto que Carlinhos é um personagem deveras cativante.

suquinhho0 07/01/2024

"O costume de ver todo dia esta gente na sua degradação me habituava com a sua desgraça. Nunca, menino, tive pena deles. Achava muito natural que vivessem dormindo em chiqueiros, comendo um nada, trabalhando como burros de carga. A minha compreensão da vida fazia-me ver nisto uma obra de Deus. Eles nasceram assim porque Deus quisera, e porque Deus quisera nós éramos brancos e mandávamos neles. Mandávamos também nos bois, nos burros, nos matos."

Raquel1501 06/01/2024

Menino de engenho - MRC
O personagem/narrador em "Menino de Engenho é Carlinhos, que relembra a vida entre os 4 e 12 anos de idade, do instante que se mudou de Pernambuco para a Fazenda Santa Rosa na Paraíba para morar com seu avó. Ao longo dos 10 capítulos, o leitor é exposto a diferentes nuances narrativas em sua perspectiva, obedecendo à memória e à introspecção do mundo em que o menino cresceu, descobrindo coisas e perdendo a inocência. Esse critério também se aplica à sua percepção das pessoas e ao seu relacionamento com elas.

bibioslivrosecia 31/12/2023

Menino de engenho é um livro bacana, começa meio chocante, termina meio chocante, mas é um retrato muito interessante dos engenhos