Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Gustavo Rodrigues 25/02/2023

Inicialmente, não é um livro muito fácil de ler. Além do autor usar uma linguagem meio arcaica em alguns momentos, também cria um vocabulário totalmente novo. Porém, vale muito a pena sofrer um pouquinho no começo, porque depois de algumas páginas você já acostuma com o estilo/vocabulário, e a história flui de uma forma muito natural.

Sendo bem honesto, acho que Laranja Mecânica foi a distopia que eu menos vi uma crítica tão direta e reta a algum tipo de governo. Até tem, mas não vejo como foco principal (ou eu não percebi). Isso não é um ponto negativo, já que a narrativa vai pra outra crítica muito pertinente: livre arbítrio.

O questionamento é sobre o bem e o mal. Quem é mal por natureza pode ser forçado a ser do bem? Uma pessoa que tem prazer em cometer atrocidades pode - através de um ?tratamento? - tornar-se uma pessoa boa e ficar absurdamente aversa a violência? Muita coisa dita te faz pensar sobre diversas perspectivas.

O protagonista é bem detestável, e não poderia ser diferente. Mas até que você chega a ter um pouco de pena dele - a empatia fala mais alto - em alguns momentos do livro.

Livrão que traz diversos questionamentos sobre bem e mal, liberdade, e afins, além de trazer críticas mais sutis ao governo.
AlineMSS 27/02/2023minha estante
Tenho receio de ler esse livro e achar chato, mas pela sua resenha me deu vontade de ler.


Gustavo Rodrigues 27/02/2023minha estante
Eu também tinha esse receio, mas o estranhamento com o vocabulário passa rápido e depois fica de boa. Dê uma chance que vale a pena!


AlineMSS 27/02/2023minha estante
Pode deixar. Confiarei ?.




Lucas Ferreira 25/02/2023

Excelente!
Livro muito louco, a ideia de estar em uma conversa, com Alex foi muito, muito, muito bem realizada. Ainda que os termos nadsat deixa a leitura mais arrastada, ao mesmo passo soa com naturalidade e nos permite uma melhor aproximação do narrador.
De toda maneira a mensagem por trás do 21° capitulo nos faz um sentido de conclusão, um arremate que nos deixa um pouco quanto transtornado que sejamos 🤬 #$%!& mplices de seus algozes, em querer que a violência suma, mas que de toda sorte perder a humanidade não vale o preço por esse novo modelo de execução penal.

Sobre a edição achei muito boa, e ainda que sejam páginas brancas que eu não lia a muito tempo a diagramação era excelente o que me permitiu uma leitura tranquila, muito embora tenha achado a forte pequena.
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Felipe M. 25/02/2023

Laranja pordre x Laranja Mecanica ?!
O autor faz questionamentos muito importantes, e mesmo o livro sendo escrito na década de sessenta, ainda é muito pertinente na nossa sociedade. Até que ponto o estada deveria interferir no livre arbítrio, mesmo de criminosos? É mais interessante/eficiente retirar das pessoas a possibilidade de realizar um ato de violência extrema por meios psicológicos, mesmo estas ainda querendo cometê-las? E quais os outros perigos de se extrapolar esse tipo de lavagem cerebral, aplicados a politica? Ou seja é melhor ser uma laranja podre ou uma laranja mecânica?

Aqui a resposta tem que ser dada por você ao ler o livro. Te convido a faze-la. Bons livros nos fazem questionar situações do cotidiano e da vida, e este é um excelente livro.

É interessante também, como a dificuldade de ler o livro (pelo linguajar estabelecido pelo autor) torna-se natural quando terminamos a leitura. Muito interessante como o contexto e associação do nosso cérebro minimiza a estranheza do primeiro contato com a leitura.
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Cintia 24/02/2023

Laranja mecânica
Simplesmente fora de qualquer caixinha!!!!
O leitor é tomado pela perspectiva do Alex, um carinha sem a dada moral que nós conhecemos, é uma experiência bastante peculiar ler a narração de episódio grotescos descritos com naturalidade. Nesse livro não tem apenas o bem ou mal, ou você escolher lados, há uma construção de reflexão em todos os aspectos possíveis.
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Teste de leitura 24/02/2023

Então, o que vai ser, hein?
Cara, é uma narrativa muito confusa, pesada e forte em diversos sentidos.

A narrativa se dá por Alex, 15 anos, protagonista dessa trama, ele conta sua história de vida e dessa forma nos sentimos muito próximos ao narrador, seja amando aquilo que ele ama, seja odiando aquilo que ele odeia. (Sendo claro que há um grande estranhamento daquilo que ele faz para que o que nós leitores entendemos como bem e mal)
Burguess ao fazer uso do Nadsat fez com que isso se tornasse bem natural, ainda que seja necessário forçar ao leitor sua abertura e paciência em identificar essa comunicação descolada do seu "nobre amigo narrador".
A obra também aborda interessante aspectos sobre a execução penal e principalmente quanto a resposta que se é esperada da sociedade do governo, assim como a luta para que a reprovabilidade social seja atendida mas que não percamos a humanidade nesse processo correcional.

ACHEI MUITO MELHOR O FINAL COM O 21 CAPITULO!


Sobre a edição: fiz a leitura nessa edição especial de 50 anos.
Gostei da edição, a ilustração ficou 10, a jacket que permite (para os leitores mais enjoados com capa - que sou eu) fazer a leitura com o livro numa boa sem medo das marcas de suor da mão e tudo mais.
A diagramação na parte do livro ficou muito boa o que permite um leitura bem fluída ainda que a fonte seja pequena, a página tem a coloração branca que não via a muito tempo, mas tem um tratamento especial que deixa o papel bem mais iluminado (o que foi bom e ruim uma vez que refletia a luz da lambada e me atrapalhou a ler no período noturno, principalmente quando as vistas se cansam).
A divisão ficou super horroshow (excelente), com as 3 partes e os 21 capítulos, interessante também os extras e uma sugestão seria de colocar o significado das palavras nadsat em notas de rodapé para evitar que o leitor fique indo e voltando no livro procurando o significado (o que no meu ver tornou a leitura estressante, além de manchar as páginas na lateral) :v
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laiscunhaf 24/02/2023

Experiência única
Laranja Mecânica é um livro narrado em primeira pessoa, pelo nosso protagonista, Alex, que vive em uma cidade distópica onde a taxa de criminalidade é alta. Ele, querendo muito virar estatística, acaba sendo preso.

Após sua estadia na prisão, Alex é submetido à um processo de "purificação", que consiste em uma espécie de tortura que é narrada bem explícita e de maneira pesada. Após a purificação, Alex vira uma máquina que não sente mais prazer por nada, nem pela musica que ele tanto gostava.

Inclusive, sinto uma grande crítica ao conceito de liberdade dentro do livro, onde começa com uma sociedade de liberdade tamanha, e ao decorrer, ele perde a liberdade de expressar seus sentimentos.

É uma distopia original, diverge de qualquer outra que já tenha lido. Ler e compreender a mente de Alex é a parte mais interessante da leitura.

[2021]
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Natalies 23/02/2023

Muito bom!
Esse livro saiu totalmente do estilo que eu costumo ler, e me chamou atenção desde a primeira frase ? mesmo que fosse para me causar raiva e uma série de outros sentimentos. Achei uma leitura interessante e gostosinha, de certo modo, graças glossário nadsat, palavras totalmente diferentes que me deixaram ainda mais presa à história.
Foi incrível ver como o autor conseguiu gerar uma espécie de amor e ódio pelo nosso Humilde Narrador e protagonista, uma narrativa que me fez refletir bastante sobre o livre-arbítrio, a liberdade, e o ser humano.
Recomendo!
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nkog.neato 22/02/2023

Horrorshow
No decorrer da história, o protagonista, Alex, conta de uma forma natural e divertida todos os absurdos cometidos por ele e seus druguis, como: estupros coletivos, assassinatos, abuso de drogas e violência desenfreada. Entretanto, a diversão acabaria em algum momento, não é? Tudo têm limites! Alex acaba preso e narra todo o percurso da prisão até a "cura" com o tratamento Ludovico, momentos sensíveis para pessoas sensíveis, além de comentar sua vida após a liberdade.
Pessoalmente, o mais chocante na narrativa é o fato da plena consciência apresentada, o tempo inteiro, pelo Alex, uma vez que ele demonstra saber que pessoas como ele são perigosas e, ao mesmo tempo, não muda de atitudes. A obra me fez lembrar, constantemente, da juventude atual e de como valores são importantes e necessários na vida de uma pessoa - observa-se que a realidade de Laranja Mecânica considera a maioria das atitudes do jovem Alex normais, já que muitos dos jovens agem da mesma forma e não são punidos por isso. Bem, de qualquer forma, é um ótimo livro! A linguagem nadsat é uma das coisas mais divertidas que já tive a oportunidade de ver e experimentar e os personagens são muito bem desenvolvidos (bem mais do que no filme, por exemplo).
Concluo que, a obra de Anthony Burgess, é a melhor das três pertencentes à famosa TRÍADE DISTÓPICA (1984, Admirável Mundo Novo e Laranja Mecânica), sem dúvidas!
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Ana 22/02/2023

Laranja Mecânica é narrado em primeira pessoa por Alex, um adolescente de 15 anos que faz parte de um grupo de delinquentes que destinam a maior parte do seu tempo para praticar a boa e velha ultra-violência, que seria cometer crimes que vão de roubos a estupros. O curioso é que eles fazem isso por pura diversão. Em uma dessas noites, o grupo resolve assaltar a casa de uma mulher, mas ela liga para a polícia e, por uma baita traição de seus druguis ("amigo", na gíria criada por Anthony Burgess), acaba sendo capturado a tempo.

Acontece que, em seus primeiros anos na prisão, Alex demonstra uma personalidade muito agressiva, o que faz os seus superiores resolvem expô-lo a um tratamento de choque, ainda em fase de testes, chamado Técnica Ludovico. A técnica, criada pelo autor numa crítica ao behaviorismo, visava liquidar o impulso criminoso num período de duas semanas, onde o indivíduo era submetido a sessões de filmes com alto teor de violência, assim como doses injetadas de uma certa substância que fazia com que a pessoa sentisse terríveis enjoos e sensações de mal estar. Assim, ao final do tratamento, toda e qualquer forma de agressão que o paciente presenciasse ou até mesmo pensasse em fazer o levava a sentir tais coisas.

A coisa mais peculiar em toda a história, para mim, é a linguagem criada pelo autor: o nadsat, que é algo como a mistura do inglês tradicional com o russo. Burgess deixa sua intenção explícita: "Foi criado para transformar Laranja Mecânica, entre outras coisas, em uma cartilha sobre lavagem cerebral. Ao ler o livro ou assistir ao filme, você se verá, no final, de posse de um mínimo vocabulário russo — sem nenhum esforço, para sua surpresa. É assim que funciona a lavagem cerebral."

Burgess também faz uma crítica escrachada ao sistema carcerário, além de dar ênfase ao livre-arbítrio. O autor prega que não é uma coisa normal para o indivíduo ser obrigado a não fazer as suas próprias escolhas, o que acaba interferindo no crescimento pessoal de cada indivíduo, já que é natural aprendermos com os nossos próprios erros.

Há duas edições mais recentes do livro, ambas lançadas pela Editora Aleph. A mais simples, editada em 2004 e reimpressa até hoje, possui um prefácio e uma nota sobre a tradução (feita com maestria, levando em conta os termos em nadsat), e um glossário destes termos em nadsat, cuja consulta não recomendo durante a leitura do livro, pois tira a emoção. Uma edição muito bonita, a começar pela capa, com papel pólen soft, que faz a leitura mais agradável. A edição especial de 50 anos tem o mesmo material extra da edição anterior e mais: introdução à edição de aniversário, ilustrações de Angeli, Dave McKean e Oscar Grillo, fac-símile com trechos em inglês dos originais do autor, notas culturais do editor, dois textos e uma nota de Anthony Burgess inéditos em português, além de uma entrevista inédita. A edição líndissima é em capa dura com sobrecapa e impressa em papel couché fosco.

Laranja Mecânica é um clássico moderno, que ressoa apenas com 1984 de George Orwell e Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Adaptado para o cinema pelas mãos de ninguém menos que o deus Stanley Kubrick, Laranja Mecânica é um clássico do século XX para a eternidade. Ser considerado pela revista Time um dos 100 melhores romances em inglês desde 1923 só deixa claro que a laranja é ácida do início ao fim.

site: https://www.roendolivros.com.br/
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Vinícius 22/02/2023

Fundamental como todo clássico.
Clássicos são feitos para lermos, fazermos reflexões e, se for o caso, questionarmos.
É interessante ver como cada pessoa lê e reage de um jeito. A crítica é fundamental e acho que dava um deve ler sem amarras, esperando o que realmente vai pensar/sentir/refletir no livro.

Quanto a leitura em si, o livro demora MUITO até começar o que realmente interessa. A ideia da linguagem nadsat é boa, mas gostaria mais se fosse menos exagerada.
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Thcylla 21/02/2023

Horrorshow
Esse livro fez minha cabeça explodir.
Achei chato no começo até começar entender,talvez pelo falta de ter q consulta os significados do novo dialeto criado.
Não sei se denso seria a palavra correta,mais uma leitura diferente.
Mais é uma distopia sem sombra de dúvidas brilhante.
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nini 21/02/2023

?
Começo falando: você sabe que o livro vai ser bom quando o autor cria um vocabulário próprio misturando duas línguas pra escrevê-lo.

Agora pra parte mais importante do livro, uma vez na aula de geometria espacial meu professor me explicou um conceito da filosofia que diz que se uma coisa não existir o oposto dela também não existe e é exatamente isso que esse livro trás pra mesa de discussão: se você é incapaz de fazer o mal você é realmente bom?

É o tipo de livro que você precisa ler em algum momento da vida obrigatoriamente. É bem pesado e gráfico em partes, mas, assim como o autor disse, é necessário pra entender a complexidade da "maldade" de Alex.

Pra finalizar, comento que prefiro o livro sem o último capítulo, assim como era a versão americana inicialmente, mas essa é uma discussão muito longa e com possíveis spoilers.
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Rian gomes 20/02/2023

Mundo dos jovens
Jovens rebeldes sem compromisso com as consequências, bem louco o que acontece no livro, faz ter pena do protagonista depois de tudo que ele fez.
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laurinha 20/02/2023

Sátira social
Um romance distópico todo escrito no dialeto Nadsat, utilizado pelos jovens de uma Inglaterra ultraviolenta de um futuro próximo. Todo livro é constituído com maestria pelo autor para nos imergir em um universo de um delinquente juvenil de uma sociedade futurista, com seus prazeres, sua cultura, suas emoções e sua impressão da mesma.
A obra em si é um patrimônio da humanidade que nos faz questionar conceitos de sociedade e livre arbítrio.
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Nicolassimaoo 19/02/2023

Uma história complexa que vale cada segundo
"A juventude precisa acabar, ah sim. Mas a juventude é apenas quando nos comportamos tipo assim como os animais."

Esse livro não é pra qualquer pessoa, Alex não é um bom protagonista pra se acompanhar e se você sentiu empatia em algum momento por ele você precisa se tratar, enfim aprendi a admirar todo esse mundo que é apresentado em Laranja Mecânica, muito gente abandona pelo linguajar usado mas eu fui aprendendo o significado das palavras durante a leitura (e ele vem com um glossário com o que cada palavra nova utilizada significa).
E o Alex conversa diretamente com a gente, leitor, e isso dá uma profundidade pra história muito interessante.
Se esforce para chegar até a parte dois, o livro começa a valer a pena a partir desse momento...

"Mas agora, quando termino esta história, irmãos, não sou jovem, não mais, ah, não. Alex tipo assim cresceu, ah, sim."
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