Resenhas - O Senhor das Moscas

npwanat 26/01/2023

Senhor Das Moscas
Senhor das Moscas te prende e te supreende , mostra como as pessoas podem se deixar levar pelo medo , vindo a se tornar o que mais abominam ou o que menos esperam , que mesmo sendo o mais resposável o que define sua sobrevivência é ser , estar em um grupo .

"Talvez exista mesmo um monstro?"
"O que estou tentando dizer é que , pode ser que seja apenas nós mesmos"

Fabio.Fatori 21/01/2023

Se conrronperam por um pouco de carne
Livro mostra a sociedade se corrompendo, no início se vê as crianças sem compromisso que só pensa em ser divertir, deixando o compromisso de lado na maior parte. Tem o lado democrático que quer ouvir os outros e tem fé na salvação, no resgate, o lado autoritário que vai aumentando e se tornando violento conforme se ganha o poder, entre os dois está a razão que anda junto com o que se é correto.

Fernanda 22/01/2023

Chocante
A leitura é fluida e agradável, a história envolvente. O livro nos mostra a importância das normas e que sem elas, instala-se a selvageria. Tem algumas partes chocantes e um final surpreendente.

Digo Rameh 24/01/2023

Tava esperando por algo impactante, mas? PUTA MERDA. Não sei o que tava esperando mas vou precisar de terapia

Fernanda381 25/01/2023

Alugou um triplex
Isso aqui mexeu com minha cabeça, me deixou doidinha. Excelente livro e que vai alugar um triplex na cabeça de muitos

Jennifer 25/01/2023

Não era como eu esperava
Não era como eu esperava, mas é muito melhor. Achei a narrativa super interessante, porém um pouco arrastada. A emoção começa mesmo no decorrer dos 70% do livro, mas isso não diminuiu minha experiência com a história. Sensacional!!

Roberta.Chamberlain 04/08/2022

?? Reuniões. Nós não adoramos reuniões? Todo dia,
duas vezes por dia. Nós falamos. [?..] Aposto que se eu
tocar a concha neste minuto, eles virão correndo. Então,
você sabe, bancaremos os solenes e alguém falará que
deveríamos construir um jato, um submarino ou um
aparelho de televisão. Quando a reunião acabar, eles
trabalharão uns cinco minutos, depois irão passear ou
caçar." (Pag. 56)

Esse trecho foi o que eu mais gostei do livro, pois ele expressa exatamente o que acontece na realidade. No início da história, todos estavam animados, tinham ideias, planos, mas não passou disso: ideias, ninguém as realizou. E é exatamente assim que acontece no mundo real, em um primeiro momento todos prometem ajudar, vamos colaborar, trabalhar em equipe em prol de um mundo melhor, mas assim que a agitação e o êxtase do momento passam, ninguém faz nada para mudar.

Sobre o livro mesmo, eu gostei da história, embora alguns momentos tenham sido angustiantes de se ler. Fiquei magoada ao ver como as crianças foram perdendo a civilidade ao longo do livro, se tornando verdadeiros selvagens.

qziacoelho 26/01/2023

Esse é um livro pra fazer pensar.
O avião de um grupo de garotos cai em uma ilha. Sem adultos por perto, terão que aprender a conviver em sociedade... Ou não.

Victor 26/01/2023

O homem é o lobo do homem
Já dizia Thomas Hobbes: o homem é o lobo do homem. William Golding mostra isso através do romance Senhor das Moscas, onde crianças, vivendo numa ilha depois de um acidente de avião, sem figura adulta nenhuma, mostram a selvageria que são capazes. Esse livro é uma oposição clara à ideia de que "o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe". Na verdade, todos os humanos têm a semente da barbárie no coração, e isso é demonstrado em alguns comportamentos da infância. O que é necessário para conter essa semente, para que ela não se transforme em algo maior? Fica o questionamento.

A propósito, quando a gente entende o motivo de esse ser o nome do livro, o negócio fica macabro.

Catarina436 29/01/2023

Experiência literária intensa e angustiante
Não consegui largar até concluir a leitura.
E terminei o livro sem fôlego.
Facilmente um dos melhores que já li na minha vida.

Todas as minhas expectativas foram atendidas e achei o final bem satisfatório. A passagem que faz referência ao nome da obra é arrebatadora. Não é sem razão que o livro é descrito como um dos mais importantes do último século, para o mundo literário.

Faço apenas algumas ressalvas quanto à rapidez de algumas cenas, bem como à ausência de ?demarcação? da autoria em algumas falas dos personagens, causando confusão em certos diálogos. (Nada que não me fizesse compreender, de fato).

E por outro lado, penso até que este pode ser um detalhe proposital por parte do autor.
Este foi bem descritivo nas partes que cabiam a ele ser.

Me identifiquei completamente com um dos personagens centrais, tornando a experiência ainda mais angustiante.

A trama ficará na minha cabeça por dias?

Vinicius Vitor 02/02/2023

Enfim...
Primeiramente, esse livro possuí uma narrativa impecável, diria que talvez seja a melhor que eu já li.
Ele desempenha um papel primordial para esse tipo de literatura, ele causa no leitor um choque. Afinal, um bando de crianças numa ilha deserta... SIM, um bando de crianças numa ilha deserta, e isso é o mais chocante, todas as situações que essas crianças passam, é surreal. Acompanhada de um herói, desamparado e sem perspectiva de salvação... Apenas leiam.

Gabriela3115 01/02/2023

Como diz Thomas Hobbes, "o homem é o lobo do homem". Fora da ficção pode ser relacionada a realidade atual, quando os meninos tentam organizar-se para conviver uma nova "sociedade", porém na luta pelo poder afloram a violência e selvageria. Diante de tal exposto, após a tragédia, choram o fim da inocência e as trevas do coração humano.


"E brincar de eleição era tão bom quanto a concha gigante."

"Queria explicar como as pessoas nunca são exatamente o que você pensa delas."

"As melhores ideias são também as mais simples. Agora que tinham uma coisa a fazer, trabalhavam com entusiasmo."

"E no meio deles, com o corpo imundo, o cabelo emaranhado e o nariz precisando ser assoado, Ralph chorava o fim da inocência, as trevas do coração humano, e a queda no abismo do amigo sincero e ajuizado chamado Porquinho."

Vic 29/01/2023

Clássico
Demorei um pouco para ler, mas depois fluiu bem. Bastante crítico a sociedade. Um clássico! Final bem fechado!

Felipe 12/06/2022

Medo do mundo. Medo das pessoas. Medo de mim mesmo.
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"-Senão", disse o Senhor das Moscas, "a gente acaba com você. Entendeu?"

Passagens como esta, após uma construção de cena avassaladora fizeram meu coração esmurrar o peito e a respiração nasal ficar inviável! Acabei de lê-lo e estou pasmo. É surreal imaginar que no início, a ilha era um sonho de criança. Água e comida à vontade, sem nenhum adulto, tendo como obrigação apenas brincar. E que no final já nada mais existe, tudo são cinzas e loucura. A construção das cenas chega ser magnífica, certamente a que mais me marcou foi a "calmaria", tanto da tempestade quanto a de Jack oferecendo carne a Ralph e Porquinho, para logo em seguida o céu desabar e a fúria implodir na tribo, culminando no inominável. A conversa de Simon com o Senhor das Moscas é outra cena que me deu calafrios. Aquele sorriso zombeteiro, de quem sabe de tudo mas não contará nada, as órbitas vazias que sustentavam seu olhar, o aspecto mais puro da corrupção. E o que falar do prelúdio da destruição? Do menino com a mancha no rosto que sumiu no primeiro incêndio florestal, ninguém nunca mais o viu depois daquilo... Deveríamos convocar uma reunião, organizar tudo, definir o que é o quê. Sim, a concha, vamos tocar a concha e tudo se acertará, afinal o que somos? Selvagens ou pessoas civilizadas? Simon sempre disse que o monstro existia. Que tínhamos motivos para alucinar de noite, despencar em abismos de desespero e chorar convulsivamente. O monstro é isso, isso que nos tornamos tão rapidamente. De nada serviu ser o primeiro a perceber. Sua lucidez o condenou. A selvageria sempre começa nas menores concessões, e com o tempo, acabamos por nos perder completamente.

Ao pensar que aquela ilha era praticamente o éden, e que a única terefa era manter e maldita fogueira acesa, mas que mesmo assim, nós a transformamos no inferno, fica difícil acreditar que a humanidade ainda tenha esperanças, tendo em vista a ilha como metáfora para o planeta Terra. Isso cai nas "sociedades perfeitas" que o seres humanos não conseguiam viver na Matrix.


Enfim, estremeço a escrever essas passagens ainda com o livro fresco na memória. A crueldade humana pelo visto nunca terá fim, e por isso faço igual a Ralph: Chorarei o fim da inocência, as trevas do coração humano e a morte de nosso amigo mais ajuizado e sincero, Porquinho.

Quero acreditar que não somos maus por natureza, nenhum animal deveria sê-lo. Qual a vantagem evolutiva de maltratar a própria espécie? Talvez uma maior inteligência não seja um traço perpetuador da espécie, sei lá.

Muito se assemelha ao Ensaio sobre a cegueira, ao partir da premissa que sim Saramago, é disso mesmo que somos feitos, metade indiferença e metade ruindade.

Kaio52 27/01/2023

Uma visão do inferno
Muitas vezes as pessoas comentam que crianças seriam naturalmente más. Não acredito em natureza humana, mas acredito na locura. E esse é o tema, ao meu ver, de O Senhor Das Moscas. Com as condições certas, até às crianças mais inocentes podem ficar sedentas por sangue.
O livro de Golding vai introduzindo a presença de Belzebu aos poucos. Primeiro como um totem, depois como sussurros e, por fim, como risadas e trovões. A civilização, a ordem, e a sanidade, representadas por porquinho e pela concha, são mortos em conjunto, sendo lançados ao mar e perdidos para sempre. É no mínimo irônico que a civilização é encarnada em um garoto meio ridículo e frágil. Essa grande barreira que nós ordena é apenas um asmático que fala demais.
A melhor cena é justamente o final do livro, quando depois de toda a locura, de todas as mortes, Ralph chora por aquilo que não pode voltar, sua infância.