Júlia 07/07/2024
A inquietude da mente é atemporal
O livro é antigo, mas a angústia é sempre atual.
a escrita em formato de fluxo de consciência me agrada muito, já que permite a compreensão de um sentimento, mesmo que ainda não experimentado, no momento em que leio.
amo as reflexões de joana sobre o passado não ter que definir o futuro, ou pelo menos não desejar que fosse assim. a importância de uma decisão, a multiplicidade do ser, frustar-se, submeter-se etc.
escrita desconcertante. o próprio questionamento de ?para que serve a felicidade, se o ato de buscá-la seria admitir que agora sou triste?? me pega.
?Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia.?
?mas não importa, encontro a maior serenidade na alucinação. É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.?
?Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente.?
?Que você não saiba qual o maior homem da atualidade apesar de conhecer muitos deles, está bem. Mas que você não saiba o que você mesma sente, é que me desagrada.?
?admitir que talvez só encontre felicidade se for buscá-la nas fontes pequenas. Ou senão morrerei de sede.?
?Amo mais o que quero do que a mim mesma.?
?É necessário certo grau de cegueira para poder enxergar determinadas coisas.?
?Onde se guarda a música enquanto não soa? que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.?
?Deus, como ela afundava docemente na incompreensão de si própria.?
?Erguerei dentro de mim o que sou um dia.?