Perto Do Coração Selvagem

Perto Do Coração Selvagem Clarice Lispector




Resenhas - Perto Do Coração Selvagem


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taypyx 21/06/2024

"é que tudo o que eu tenho não se pode dar. nem tomar. eu mesma posso morrer de sede diante de mim."
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Lety Valadares 19/06/2024

Tenho imensa admiração por Clarice; a maneira como ela desconstrói a linguagem, mergulha na consciência e nos faz questionar é fascinante.
Joana é uma personagem complexa. Desde criança, gosta de questionar tudo e entender os porquês.
Este livro é um marco na literatura brasileira, primeiramente pela construção das personagens femininas, e em segundo lugar porque Clarice apresenta uma nova forma de escrita, com fluxos de consciência que se tornam sua marca registrada.
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Joyce.Kelly 18/06/2024

Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome.
Clarice mais uma vez revelando as nuances do Eu. Joana é uma mulher imperfeita, que expressa seus pensamentos sem medo, sem apego à moral, por isso, uma "Víbora".

O abandono moldou o caráter dela de maneira tão forte, que para se livrar de todo o peso de ser o que é deseja somente uma morte-sem-medo.

Me perdi em diversos momentos, mas não consegui parar de ler. Clarice é interessante demais! O que me fez não me dar 5 estrelas foi o capítulo exaustivo sobre Lídia e sobre "O Homem".
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Córdoba 16/06/2024

Será que estamos VIVENDO, ou apenas vivendo?
Bom, os livros da Clarice são sempre sobre sentir e não compreender, e você de fato sente muito, não posso negar.

Mas esse, particularmente, é realmente confuso, a narrativa se perde, se enrola e se mescla, e por vezes é muito confuso entender o que está acontecendo, para onde a história tá indo, o que é presente, o que é passado, o que são divagações.

Não consegui me conectar muito profundamente com essa narrativa, acho que a maioria dos pensamentos não se encaixa com os meus, diferente dos outros livros. Mas é inegável que tem reflexões muito interessantes.

Apesar de tudo, traz temas diversos, como luto, relações familiares complicadas, traições e tudo o mais, acho que vale a pena ler, mas eu demorei horrores para terminar pela narrativa caótica.
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Fulu 09/06/2024

?Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.?
É real quando falam quem Clarisse não é algo pra ler pra se entender, mas sim pra sentir e caramba, como eu senti

Nunca me identifiquei tanto com uma personagem

Ela é tão eu, eu sou tão ela e a gnt é tão a gnt
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Bonilha 09/06/2024

Mergulharam assim no universo de Clarice não poderia ser de outra forma, senão começando pela sua primeira obra. E que obra meus amigos, todas as características que você ouve sobre a escrita dela já estão presentes: as descrições, os conflitos presenciais, o caráter psicológico de cada personagem.
é uma leitura muito gostosa, mesmo não acontecendo nada no livro, só de ler os parágrafos descritivos você já entende parte da história, acho isso muito lindo.
Pra mim o livro ganha na parte que tem falas, é simplesmente de explodir cabeças, os personagens falam uma frase e tem uma página inteira dedicada aos pensamentos deles enquanto diziam essas frases, é estupefato.
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Jupix 06/06/2024

Que leitura, um livro que te prende do início ao fim.
O livro nos faz lembrar de pensar nas coisas simples. Estamos acostumados a pensar somente naquilo que está acontecendo no momento, muitas vezes sem prestar atenção aos detalhes. A Joana não só percebe esses detalhes como dá atenção à eles, ela vive eles. Ela não se preocupa com o tempo, como nós que estamos sempre acelerados, pensando no futuro sem aproveitar o presente. A Joana é uma personagem tão interessante que desperta uma curiosidade nos leitores não só de conhecer os fatos narrados como também de conhecer a própria personagem. A Clarice tem essa habilidade de criar personagens complexos e interessantes, mostrando como as pessoas realmente são. Na nossa sociedade pessoas como a Joana seriam brutalmente discriminados, as pessoas não veriam quão incríveis elas são, não veriam, nem apreciariam sua complexidade. É isso que acontece na realidade, a complexidade de cada indivíduo não é valorizada, ao contrário, tentamos simplificar tudo, criando rótulos, nomes para cada característica dos seres humanos, o que acaba se tornando uma desculpa para julgar as pessoas sem ao menos conhece-las. Como por exemplo, quando chamam alguém de estranho, por ter um estilo diferente, gostarem de coisas diferentes, ou até agirem de uma forma diferente do padrão, rotulando aquela pessoa como alguém inferior, afirmando que aquela pessoa não é legal, nem interessante, e que deve ser evitada, sem sequer falar com ela. Não são as diferenças e o incompreensível que tornam as coisas interessantes? Não é isso que chamamos de curiosidade? A vontade de entender aquilo é estranho, diferente ou incompreensível para nós? As histórias de Clarice sempre nos fazem refletir sobre aquilo que achamos normal, sempre juntando histórias "comuns" de certa forma, no sentido de poderem facilmente acontecerem na vida real, o que faz com que consigamos nos por no lugar dos personagens, por serem tão comuns e humanas, mas ao mesmo tempo complexas, com personagens também extremamente humanos, complexos e interessantes. Os personagens de Clarice tomam atitudes tão humanas, muitas vezes infantis, que às vezes até parecem que são meio loucos. Eles não tem medo de serem humanos, eles tomam as atitudes que nós não tomamos por medo de nós acharem infantis, imaturos, loucos, ou basicamente por medo do que vão pensar da gente. Se você tem interesse naquilo que você não compreende, naquilo que é diferente ou se você gosta de refletir sobre as coisas da vida, eu recomendo e muito "Perto do coração selvagem".
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Maysa 04/06/2024

Lindo e complexo. Como a própria autora diz, para ler suas obras não é necessário entender e sim entrar em contato.

Por ser fluxo de consciência, não espere ler e entender tudo de uma vez. É necessário recomeçar parágrafos algumas vezes para entender a profundidade, e é um tipo de livro que não deve ser lido na pressa pois é importante saborear cada pensamento e indagação.

Essa obra é um misto de solidão, abandono, crise existencial, busca pela liberdade?

?Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.? ??
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luke - among the living. 03/06/2024

Acho que eu nunca tive que voltar tantas vezes em um parágrafo e ler ele novamente como ocorreu lendo esse rapaz aqui. Termino "Perto do coração selvagem" sem entender ao certo qual o real significado pretendido (falo do significado sob a superfície).

Parabéns pelo feito, Clarice.

Daqui uns anos eu revisito esse livro, porque eu saí muito confuso. E sim, ele possui momentos interessantes, o que justifica minha nota de três estrelas (que você muito provavelmente não se importa).

É isso.
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laisfl 30/05/2024

Uma história ordinária, cativante e angustiante
Que Clarice Lispector viceral não é algo novo, mas não esperava que seu romance inaugural já carregasse essa essência e entregasse tanto. Em Perto do coração selvagem acompanhamos Joana uma mulher alucinantemente envolvente, a sua forma de ver o mundo, de se expressar, de tocar em questões tão profundas de forma simples, de ter relações opostas e ao mesmo tempo complementares às personagens, torna a trama da história extremamente rica e ao mesmo tempo delirante.
Acho que justamente esse delírio das personagens que me fez ficar completamente fascinada pelo degringolar da história, seus questionamentos sobra a existência, suas conversas confusas as quais tem mais pensamentos do que falas, a não temporalidade dos acontecimentos (tudo parece um passado misturado ao presente, mas que também pode ser futuro), seus problemas de certo modo muito comuns na sociedade, tudo isso misturado com a escrita brutal da autora faz esse livro único. Cada página parece uma junção de sentimentos socados no papel, cada acontecimento banal parece uma epifania e cada personagem carrega uma personalidade peculiar.
Esse é um livro que impregna no corpo, a revolta, o desespero por apenas existir, todos os conflitos são passados ao leitor. Muitas vezes tive vontade de arrebentar meu kindle e viver de fato, talvez eu que seja uma leitura que sente muito com uma escrita intimista, porém não se pode negar que Joana é muito identificável, talvez por falar o que muitos pensam e agir de maneira sincera, afinal todos têm um pouco de violência e até mesmo loucura reprimida.
Por fim, só não dou 5 estrelas por achar que algumas partes ( principalmente o desfecho ) ficam muito em aberto e confusas mesmo achando que foram feitas com esse propósito.
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Nalata 29/05/2024

Perto do Coração Selvagem e a personagem Joana
Terminei o livro um pouco sem reação. Depois comecei a refletir sobre a obra e sobre a complexidade de Joana. Incrível a representação das diferenças entre Lídia e Joana, o espírito mais acolhedor de uma e o livre da outra.

Uma descrição bastante interessante é sobre como Lídia tem pelos e Joana possuía penas. Mostra essa diferença e ideia de que uma é quente e acolhedora e a outra, distante e livre.

Além desse ponto, é interessante entender que Joana é um marco, já que representa uma personagem totalmente diferente das mulheres que eram descritas na época.

Joana claro, não pode ser apenas admirada naquele período, mas vista no atual. Apesar da emancipação feminina, quantas mulheres como Joana ainda não são presas nas convenções da moral.
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mariaarins 27/05/2024

"é que tudo o que eu tenho não se pode dar. nem tomar. eu mesma posso morrer de sede diante de mim."

misericórdia Deus
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lara855 26/05/2024

Perto do Coração Selvagem é uma obra escrita por Clarice Lispector em 1944. O livro mostra o cotidiano de Joana, menina criada pelo pai, já que a mãe, Elza, morrera muito cedo.

No decorrer de todo o livro mostra o conflito entre morte e vida, bem e mal, amor e ódio, a crise do indivíduo. A busca por algo aparentemente exterior e descobrindo que é a procura do autoconhecimento.

?Perto do coração selvagem? é um dos primeiros romances de Clarice Lispector; romance inovador e renovado, isso por quebrar com a ordem cronológica de início-meio-fim. Deve-se ler obra com um olhar e atitude usada na ciência da anatomia: utilizar o bisturi para dissecar e pinça para estudar e entender os vários personagens como órgãos autônomos, que em momentos se entrelaçam por estranhas ligações, a personagem Joana é o cérebro da trama.
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Josiane 23/05/2024

Não dei 5? pq não é um gênero literário que sou acostumada..
Perto do Coração Selvagem é um romance que explora a autoidentidade de Joana, uma protagonista que desafia as expectativas tradicionais de uma personagem feminina. Joana é fria e distante, não se divide entre o bem e o mal, e possui uma presença marcante no livro. Sempre que o leitor pensa estar compreendendo-a, ela escapa como se não quisesse ser capturada ou descoberta. Não é a personagem que sempre esperamos ver; é como se ela falasse por todas as mulheres, uma língua que homem algum entende, representando verdadeiramente o ódio e a raiva feminina. Este livro não é sobre um tema específico; é sobre a vida, sem objetivo claro. É único por ser extremamente íntimo, com descrições detalhadas dos sentimentos e pensamentos humanos. Perto do Coração Selvagem é uma sombra intimidante que, quanto mais você lê, mais te consome. Joana se sente como um exato animal selvagem, perfeita e feita para o mal. Este livro é a prova de que Clarice Lispector escreve como ninguém, e que ninguém escreve como ela.
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