O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Pedro Felipe 24/11/2020

"Nenhum nome vai ajudar ele. Nem atrapalhar. Ninguém fica sortudo mudando de nome"
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Lara 03/11/2020

Leitura recompensadora
Amei cada parte do livro, inclusive a 3a parte, pois apesar de ser insuportavelmente maldoso, Jason tem um humor ácido e eu dei várias risadas com ele.
Achei a 2a parte, narrada por Quentin, a mais complicada de ler. A 1a parte é complicada no começo mas depois você vai entendendo melhor a situação e é até tranquilo.
O final me cortou o coração.
Foi muito realizador concluir essa leitura. O que mais gostei no livro foi essa mistura de diferentes tipos de narração, de mentes que funcionam tão diferentemente umas das outras.

Depois de ler eu assisti a adaptação cinematográfica de 2015 com o James Franco e achei perfeita!!! É muito fiel ao livro.

E uma frase da melhor personagem do livro, a negra Dilsey: ?Diz para essa gente que Deus não liga se ele é bobo. Só quem liga é essa gentinha branca.?
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Valéria 01/09/2020

O romper de barreiras
A escrita de Faulkner é complexa, desestruturada, caótica, confundindo tempos e embaralhando personagens inseridos num mundo raivoso e violento, que grita por silêncio. Seu desencanto pode ser apreendido em cada linha que rompe com a linearidade de contextos enraizados. E com este jogo entre o real e o aparente, ele nos permite concluir sobre temas abstratos como o tempo, a existência, o trabalho, quem somos, a maneira como vivemos e a angústia da certeza da completa ausência de controle sobre nós e o mundo.

O Som e a Fúria é como a barreira do som, que uma vez rompida, não há mais estrondos - provocados pela fúria das ondas a se achatar -, pois, embora as frentes de ondas continuem a se propagar, elas vão ficando para trás deixando tudo silencioso. É sem dúvida um dos livros mais densos que já li e é maravilhoso.

"Até o som parecia falhar neste ar, como se o ar estivesse gasto de tanto carregar sons."
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Kelly Martinez 30/08/2020

Onde há intelectualismo aqui? Faulkner, seu pândego!
Senhoras e senhores; finalmente acabei meu suplício. Conclui a leitura desse clássico tao aclamado e afirmo: leitura odiosa.

Este é um daqueles livros no qual o leitor fica completamente perdido durante boa parte da narrativa.

Primeiro somos introduzidos na leitura através do fluxo de consciência (recurso narrativo horroroso) de um idiota, o Benjy, que narra todo o primeiro capítulo, dificultado a compreensão de tudo.

Logo após, seguimos com a narrativa ainda em fluxo de consciência, mas agora do personagem Quentin, que é estudante de Havard, o que não a altera em nada a dificuldade de compreensão do texto.

A narrativa segue truncada, sem pontuação , fazendo o leitor até mesmo duvidar da sua capacidade interpretativa.

Todo o enredo do livro é revelado em conta gostas para que no final o leitor conclua que se trata de decadência da família Compson. Tudo bem que temos alguns assuntos mencionados ao longo do livro mas em linhas gerais, é sobre a decadência que o leitor vai ler.

O grande problema aqui é que durante o caminho percorrido, somos apresentados a personagens que pouco nos cativam, nos fazendo caminhar pro final da obra com aquele espírito de "querer se livrar da historia"


Todo livro gravita em torno do ininteligível e do odioso.

Pra mim foi uma experiencia entediante e chata.
E veja bem, não é que não goste de livros complexos... eu amo desafios mas no caso de " O Som e a Fúria", não vi complexidade, vi um quebra cabeças besta, que não tive vontade de desvendar.
Bom, eu tenho duas teorias.
1) Ou Faulkner quis construir algo tão intelectual que acertou o vazio ou;
2) Faulkner foi um pândego, brincando de ser intelectual, construindo uma obra sem pé nem cabeça esperando às gargalhadas, as "sacadas" dos pseudo intelectuais de plantão. Hahaha.

Ai, ai, Faulkner, seu menino brincalhão.

Michela Wakami 16/09/2021minha estante
Kelly, quero ser sua amiga! kkkkkk.
Penso exatamente como você !
Maravilhoso encontrar alguém, para dividir a minha indignidade.




Ana Gouvêa 23/08/2020

Se vai usar leitor de tela...
A narrativa é insuportavelmente truncada até os 78% da leitura, depois disso é apenas insubstancial e vazio. Já li clássicos ruins, mas esse foi pro top 3 dos piores da minha vida.
Michela Wakami 17/09/2021minha estante
?????




luisasfreitas 09/08/2020

?O som e a fúria? trata de uma família em decadência no Sul dos EUA. O livro é composto por 4 vozes narrativas, tendo, assim, quatro capítulos distintos.
Os três primeiros capítulos são em primeira pessoa e narrados, cada um, por um irmão Compson: Benjy, Quentin e Jason. Ao contar a sua vida no decorrer de um dia nos seus respectivos capítulos, eles também narram lembranças dos seus passados, principalmente as que concernem a sua irmã Caddy. Cada um dos irmãos tem sentimentos muito fortes em relação a irmã, tornando-a o centro das suas memórias relatadas. Por isso, Faulkner achava que Caddy era a protagonista da história, mesmo sendo retratada através de vozes masculinas.
Os dois primeiros capítulos foram os que eu mais gostei, principalmente o de Quentin. Os outros dois capítulos não me fizeram sentir nada demais.
Entendo a importância dessa obra e a forma como Faulkner a escreve lhe deu a fama de livro ?muito difícil?. Entretanto, um pouco de atenção e persistência ajudam a desbravar esse cânone da literatura norte-americana.
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lauracabral.t 18/07/2020

Denso mas incrível
Li e reli o som e a fúria durante a quarentena e compensei assistindo só comédia romântica barata.
O romance é dividido em quatro partes e o desenvolvimento narrativo simplifica a cada novo narrador, o primeiro sendo Benjy (antes Maury, info importante pra não se perder); o segundo, Quentin (existem duas personagens com esse nome no livro, o e a Quentin, você não estará lendo errado); o terceiro, Jason (filho); e quarto, um narrador em terceira pessoa onisciente.
Faulkner tem uma linha narrativa que atribuem à influência de James Joyce e ao conhecimento da teoria do tempo de Einstein, o que faz com que o fluxo de consciência seja único, e vá e volte no tempo de acordo com memórias e estímulos sensoriais (cheiro, som) dos narradores personagens. A partir dessa técnica narrativa, conhecemos de perto os personagens e sofremos e os odiamos como se fossem parte de nossa vida.
É uma leitura fundamental pra quem gosta de literatura americana.
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Etiene ~ @antologiapessoal 12/07/2020

O som e a fúria | Willian Faulkner | Modernismo
"A vida é uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não que não significa nada.? Macbeth.

-

Nossas leituras são resultado direto de quem somos naquele instante e por isso, até, muito se fala sobre releituras ao longo da vida e como cada uma delas entrega uma compreensão distinta para e sobre nós. Posterguei muito a escrita dessa resenha por receio de que acontecimentos pessoais influenciassem na sua essência, mas sei que esse livro me aconteceu junto com o que mais acontecia a mim e jamais vou esquecê-los, ambos dois. Portanto, cá estou eu para falar de O som e fúria e de como adorei essa obra.

Foi uma experiência literária inédita para mim, tendo em vista o estilo excêntrico do autor e os dispositivos usados por ele para alcançar o leitor. Estive recentemente com Ulysses, do James Joyce, e, sendo ele também um modernista, não poderia aqui dissociá-los. Fico feliz em ter lido Joyce antes de Faulkner e poder, de certa forma, contrastar os autores. O irlandês me coloca na mente de diferentes personagens durante um único dia, já Faulkner me joga - literalmente - na cabeça de um personagem por vez, que passeia livremente entre passado, presente e futuro. Somente através das pessoas que este primeiro narrador (confesso: meu preferido) encontra ao longo da história podemos juntar os fragmentos para entender as relações e a alma daquela família. A sensação de estranheza em estar montando um quebra cabeças é latente (inclusive tangível, já que meu exemplar está repleto de perguntas a lápis) e para mim foi a força-motriz de que precisei ao longo da leitura. A bandeira que levantei com Ulysses, ergo aqui também: é preciso ter coragem para enfrentar obras que brincam com o fluxo de consciência. É um instigante exercício de perseverança.

O som e a fúria é a história de uma família, e histórias assim são sempre densas. O clã Compson e seu declínio social são o tema central da obra, sendo esta uma família tradicional branca-estadunidense no fim dos anos 30. Narrado sob o ponto de vista de quatro personagens distintos e um narrador extremamente sábio - além de um apêndice essencial - suas relações e os estilhaços delas precisam de sensibilidade, carinho e genialidade para serem trazidas para a palavra escrita. As nuances são visíveis, os sentimentos estão escondidos por trás das ações: já difíceis de notar quando vividos, imagine então quando lidos. Lembrei a todo instante da família Trueba, de Isabel Allende, suas tragédias e amores que também consegui sentir através das entrelinhas. A recomendação aqui não pode ser menos incisiva, é maravilhoso quando nos sentimos realizados ao cabo de uma leitura e melhor ainda quando esse sentimento de realização vem junto com a felicidade por conhecer tão incrível autor. Um dos livros da vida? Certeza que sim.
Andreas Chamorro 12/07/2020minha estante
??????


Andreas Chamorro 12/07/2020minha estante
Também considero o episódio narrado pelo Benjy insuperável; o episódio do Quentin é especial à sua maneira, mas o do Benjy é um dos textos mais incríveis da literatura


Etiene ~ @antologiapessoal 12/07/2020minha estante
eu também acho! sorte a nossa de poder ter lido, não é?


Andreas Chamorro 12/07/2020minha estante
E como!!!


aline203 28/07/2023minha estante
Que resenha incrível! Obrigada




Alan360 08/07/2020

Na lista dos livros da minha vida!
Que livro maravilhoso. Nele faz todo o sentido a utilização do fluxo de consciência e é usado de forma magistral. Tudo sendo revelado aos poucos. Personagens marcantes, escrita envolvente. Com certeza está na lista de meus livros da vida.
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Luigi.Schinzari 07/07/2020

A Fúria de uma narrativa perfeita
O Som e a Fúria (1929), romance mais conhecido e referenciado do autor norte-americano William Faulkner (1897-1962), não é um livro fácil. Muito pelo  contrário: a narrativa dividida em quatro partes longas, sem pausas narrativas em seu meio, cada uma narrada por uma personagem diferente (respectivamente Benjy, Quentin, Jason, irmãos da família protagonista, os Compson, e, ao fim, um narrador onisciente, nos moldes mais tradicionais) e, para dificultar ainda mais, com o uso do fluxo de consciência, método que busca se aproximar do pensamento humano, com digressões e fatos confusos em cada parágrafo, como em nossa mente -- enfim: tudo isso converge para afastar o leitor. Mas isso é um demérito? De forma alguma. É justamente o elemento que faz a obra ser uma experiência única dentro da literatura.

A história do declínio de uma família do sul dos Estados Unidos no começo do século XX é palco para todos os conflitos postos nas páginas de Faulkner: Benjy, o primeiro narrador (e justamente do capítulo mais complicado de se entender de primeira), um homem com problemas mentais graves, dependente dos esforços da mãe e dos empregados e que vê tudo de forma lúdica e irreal; Quentin, o segundo narrador e filho em que foi depositado muito da economia da família para poder estudar em Harvard, motivo este dos problemas financeiros dos Compson e que possui dilemas em relação a sua irmã Caddy; Jason, o terceiro narrador e filho turrão e cínico, responsável por liderar a família após a morte do pai e, em sua narrativa, sempre justificar seus erros; além deste elenco, temos também a matriarca da família, os empregados negros, encabeçados por Dilsey, mulher simples e que dedicou a vida a família, sendo praticamente parte dela e, aparentemente, a fonte de sensatez e bondade em meio a todo o declínio daquele cosmo caótico (um paradoxo, talvez). Cada personagem, seja ela narradora ou apenas mais uma falante pela obra, tem sua forma específica de falar, tem sua voz, motivo este para o infortúnio dos tradutores e também para a recomendação, aos falantes de inglês, para a leitura na língua original.

Em meio a aparente muralha existente para adentrar o mundo criado por Faulkner, deve o leitor curioso se atentar a uma coisa: relaxe. A leitura é, inicialmente, confusa, justamente por conta do fluxo de consciência e da mentalidade de Benjy prejudicada por sua condição mental debilitada, mas é uma barreira a ser derruba com a leitura calma e concentrada. O Som e a Fúria, não à toa, é um dos maiores clássicos mundiais; valorize-o: deixe seu celular de canto; desligue o som ao seu redor e ouça aquele que vem do seu título (inspirado em uma passagem de Macbeth de Shakespeare, aliás). A atenção minuciosa a cada palavra colocada -- E muito bem colocada! -- por Faulkner na mente de seus narradores é necessária pois estas foram também necessárias; tudo que ali está é proposital. Faulkner não desperdiça uma palavra sequer ao longo de toda essa jornada rumo ao poço lamacento de desgraças sem elas serem cruciais para o caminho ao fundo. E, por conta deste fator, o romance têm motivos para releituras incansáveis ao longo dos anos: cada retorno o agraciará com detalhes novos.

Por conta disso tudo, digo novamente: leia O Som e a Fúria de William Faulkner e descubra o porquê do autor ter ganho o Nobel de Literatura em 1949. Este texto é apenas um engajamento para você ir e descobrir, caso não conheça, essa obra de proporções colossais mas colocada em um núcleo familiar no afastado sul norte-americano dos anos 1910 (2 de Junho) e 1928 (7, 6 e 8 de Abril, respectivamente, durante o livro).
 
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Aerial 30/06/2020

Pensei que esse livro seria um grande desafio pra mim devido ao estilo literário dos 2 primeiros capítulos, mas confesso que amei gostei muito e só me incentivou a querer ler ainda mais e ir juntando as peças do quebra cabeça.
Antes de começar a leitura, é bom ler um pouco sobre ela, ou até assistir alguns vídeos no YouTube que falam sobre a obra, assim você não fica tão confuso nem tão perdido, só tenham cuidado com os spoilers.
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Jornal Nota 09/05/2020

7 motivos (e dicas) para ler O Som e a Fúria, de William Faulkner
Quando eu li o livro pela primeira vez, tive muita dificuldade com a passagem dos tempos, os nomes dos personagens e o caminho da narrativa. Tive que parar algumas vezes para procurar artigos e resenhas para me auxiliar na leitura. Por isso, resolvi fazer um pequeno mapa com 7 pontos que podem ajudar qualquer um na leitura de O Som e a Fúria.

Matéria completa no link!

site: http://notaterapia.com.br/2020/05/03/7-motivos-e-dicas-para-ler-o-som-e-a-furia-de-william-faulkner/
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Bruna 16/04/2020

Leitura difícil, mas que vale a pena.
A qualidade do texto é indiscutível. Não é fácil acompanhar a narração do Faulkner, mas a história é muito bem contada e, mesmo sendo difícil, tende-se a ser terminada, por ser uma ótima narrativa.
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