São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Antonio.Alvaro 08/03/2022

Graciliano nos traz a história de Paulo Honório, um trabalhador e dono da fazenda S. Bernardo que assim, como em “Caetés”, está escrevendo suas memórias e uma espécie de autobiografia, mas com linguagem mais acessível com vários ditados, gírias e expressões do lugar. O protagonista não mede esforços para conseguir o que quer, independente dos meios. A fazenda se torna próspera até Paulo Honório casar-se com a professora, recém chegada na cidade, Madalena e seu jeito bruto e ciúme obsessivo aflorar e leva-lo a ruína e solidão.
O livro faz parte da 2ª fase do modernismo, onde desponta o regionalismo e os problemas sociais, como fome, pobreza e opressão no Brasil dos anos 30. Diferentemente de “Vidas Secas”, aqui o autor conta a história sob a perspectiva do opressor, revelando uma perda de humanidade e um pensamento com um quê de Maquiavélico, onde os fins justificariam os meios.
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Carol.Cuofano 07/03/2022

Graciliano é sensacional
Mais uma leitura concluída! "São Bernardo" de Graciliano Ramos.

Nesta narrativa acompanhamos Paulo Honório escrevendo suas memórias desde o tempo em que trabalhava nas terras de São Bernardo, a prisão e os meios bastante duvidosos que o levaram a ser proprietário de São Bernardo, seu casamento com Madalena e suas diferenças.

Inicialmente, Paulo Honório delegou a diferentes pessoas a escrita de suas memórias e, após desistências e desagrados, ele decidiu se por a escrever, apesar de afirmar não ser tão instruído.

"São Bernardo" é o segundo romance de Graciliano e foi publicado em 1934. A linguagem que busca uma aproximação com a oralidade, da época, é muito fluida e a leitura é deliciosa.

Diferente do que faz em seu romance mais famoso, "Vidas Secas", o ponto de vista das questões de plantio, colheita, relações empregado - patrão são contadas do ponto de vista do opressor.

A maneira como PH trata os empregados desagrada Madalena, que traz uma visão mais humanizada das relações, o que gera algumas brigas entre o casal.

Faz tempo que li "Vidas Secas", lembro de ter gostado muito e desde então não tinha lido mais nada de Graciliano. "São Bernardo" é um baita livro que que gostei demais e que gerou aquela vontade de continuar lendo o autor alagoano.

Recomendo demais a leitura.
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@injoyce_ 02/03/2022

São Bernardo
Que livro incrível meus senhores...
Quando li vidas secas ano passado, fiquei com muito receio de ler outros livros do autor, pq uma amiga havia dito que leu um para o vestibular (mas ela gosta de ler), mas ela disse que não acreditou que eu havia comprado um livro do autor, p ler por diversão, haha.
Fiquei com muito receio de não gostar, não vou mentir, mesmo amando vidas secas...
E amei São Bernardo, assim como amei vidas secas e posso dizer que, respiro aliviada.
São Bernardo é incrível e recomendo muito, ele foi o segundo livro do Graça que li e pretendo ir lendo todas obras dele.
Obs: comecei a gostar de Graciliano, graças ao Jorge Amado, que dizia serem melhores amigos.
Obrigada Amado (L)
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Renata 02/03/2022

SÃO BERNARDO

O famoso livro de Graciliano Ramos me encantou!

Confesso que no início eu ainda não havia sido fisgada pela obra. A última leitura regionalista que eu havia feito foi a trilogia de José Lins do Rego, que me ganhou desde a primeira página. De fato foi algo arrebatador, da primeira letra ao último ponto final.

Por mais que não possamos comparar os livros, há os que nos conquistam para sempre. E involuntariamente se compara… Então a narrativa de Graciliano, embora muito bem escrita, foi ganhando força aos poucos, para mim.

Somente após a metade do livro, a história desabrochou e toda a maestria do autor veio à tona, revelando a formosura e a magnitude da obra!

O romance conta a vida de Paulo Honório. Órfão, criado por uma mulher simples, começa a trabalhar jovem, mas acaba preso. É alfabetizado e, com muito esforço e também malandragem, tem a oportunidade de comprar a propriedade onde trabalhara, a fazenda São Bernardo.

É um homem esperto e empreendedor, mas utiliza métodos nada legais para conseguir seus propósitos. Num tempo onde os senhores no nordeste do Brasil imprimiam suas próprias “leis”, de acordo com o seu interesse e seu fim, ele não é diferente dos demais donos de engenho e de terra.

Paulo casa-se com Madalena, com quem tem um filho, uma mulher com coração bom, que vê a necessidade do pobre, mas começa a incomodá-lo com suas atitudes. A esposa, uma figura letrada, interessada em ideias políticas, ofusca o marido e um ciúme doentio acaba por ser sua ruína.

Amargurado por sua vida triste, o dono de São Bernardo conta com a companhia de um amigo e de seu cachorro e passa a velhice escrevendo o livro de sua história, imaginando o que poderia ter sido diferente se ele tivesse feitos outras escolhas e abandonado o orgulho e a insensatez.

Graciliano Ramos faz uma denúncia social, numa viagem aos anos trinta do nordeste brasileiro, trazendo reflexão sobre a desigualdade social e a alma do homem, em toda a sua complexidade.

A linguagem é seca, com toques de metáforas e carregada de regionalismo. Uma riqueza!

Gostei muito mais de São Bernardo do que de Vidas Secas!

Recomendo!!!

Renata Saraiva @falo.leio.escrevo
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marcelo.batista.1428 01/03/2022

Paulo Honório, um rico fazendeiro do interior de Alagoas, é a personagem principal e o narrador dessa estória, que conta sua vida, da infância a velhice. A leitura tem fácil fluência, pois a escrita é simples, sem floreios, e mais, seguindo a personalidade do narrador, é também: bruta, seca, indiferente.
Paulo Honório segue a si mesmo, raras vezes duvida de si, é sincero em seus escritos. Com isso, através da ótica do dominante (em sua maior parte), encontramos um pouco da dura vida do nordeste brasileiro no começo do século vinte, e no meu caso, tento empatia (e acho que o autor me ganhou) com os sofrimentos individuais de uma personagem que tem tantos desacordos com o meu pensamento.
Uma observação: empatia não me faltou por Madalena: pensamento progressista silenciado apesar de todos os desvios tentados e de concessões realizadas por ela. Infelizmente me lembrou os dias atuais, parece que voltamos um século.
Juliane.Motta 22/06/2022minha estante
Ano este livro ?


marcelo.batista.1428 13/07/2022minha estante
eu gostei bastante também. Fiz as pazes com Graciliano depois de Angústia rs


Juliane.Motta 14/07/2022minha estante
Hahahaha eu tô na metade de Angústia... Não se compara a São Bernardo e Vidas Secas, dá um nó na minha cabeça às vezes, mas precisava ler mais alguma coisa dele.


marcelo.batista.1428 31/07/2022minha estante
Li Vidas Secas há muito tempo, para a escola. Acho que será o próximo livro que lerei dele. Lembro bem pouco do que li.




Almeida5 28/02/2022

Paulo Honório tinha um espírito empreendedor, sonhador. Sempre correndo atrás de seus objetivos, sendo um deles ter a fazenda São Bernardo. O contrário de Paulo, Luís Padilha representa a preguiça, começa a pegar dinheiro emprestado de Paulo Honório (agiota) e perdendo sua fazenda que herdou de seu pai.
O protagonista toma posse da propriedade, visto que Padilha não conseguiria lhe pagar tudo que deve, fazendo um acordo com o mesmo.
Após um tempo, Honório pensando que precisaria de um herdeiro, coloca a ideia de se casar na cabeça. Junto a essa ideia, ele idealiza a mulher mãe de seu filho.
Conhece Madalena, mulher loura, bonita, professora, entre os 20 e 30 anos. Moça que fora criada pela tia, Paulo Honório conquista as duas e com a mesma rapidez e agilidade, consegue convencer a mesma se casar com ele.
Dado 8 dias após o casamento viu que fez mau negócio, pois mal a conhecia.

Paulo Honório tinha a necessidade de ter posse pelas coisas, tratando as pessoas ao seu redor como objetos.
Se encontra inseguro por causa dos ciúmes e perdido após a morte precoce de Madalena.

Seu triste fim foi sozinho na fazenda, após aos poucos, seus companheiros irem embora.
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Lucas Malta 24/02/2022

Uma visita ao interior
Eis que me termino mais uma obra do Mestre Graça, a segunda pra ser mais exato, com sua linguagem bem peculiar e trazendo consigo um pedacinho das características da sua terra.

Em São Bernardo encontramos um romance regionalista, daqueles do interior do nosso país, com figuras como coronel, empregados, delegado de polícia, entre tantos outros personagens de uma pequena e pacata cidade.

Assim como o primeiro livro que li de Graciliano Ramos (Caetés), me chama atenção um vocabulário muito ligado ao nordeste, mas ao mesmo tempo com uma escrita refinada, com colocações que para o tempos de livros atuais, podem ser tido como de difícil entendimento. Todavia, ressalto a importância que de tempos em tempos mergulhemos nesse tipo de leitura.

Ao ler esse clássico, me veio muitas lembranças da escola, não que me identifiquei com a história, mas vi o quanto uma obra dessa, caso eu tivesse lido ela no passado, poderia (ou até não) me ajudar a entender melhor nossas relações do passado e também o olhar dos nossos escritores.

Ao terminar, já fiquei com vontade de folhear a próxima obra do Mestre Graça. Na sequência de lançamento, o promoção livro deverá ser ?Insônia?. Que venham mais obras primas do nosso saudoso imortal alagoano.
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renanlp 18/02/2022

Boa leitura
Um livro que há muito tempo estava na minha estante. Sabia que a hora de lê-lo iria chegar. Chegou. E valeu muito a pena. Me prendeu do início ao fim, desde a história, a relação construída entre os personagens, os diálogos... o pósfacio trazido pela edição também fez toda a diferença. Curti!
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Thais645 11/02/2022

Cansaço
Sinceramente, não gostei do livro boa parte do tempo. Gosto muito de literatura brasileira e normalmente fico bem engajada nela, mas não foi o caso com São Bernardo.

Quando ouvi sobre, pensei "uau, esse livro desse ser maravilhoso" mas não, era só a forma como a pessoa contou que me prendeu e fez com que eu lesse ele. Pode ser que fiquei assim com ele por ser uma leitura que devo ler para um concurso, mas mesmo assim, com todo essa responsabilidade me fez querer desistir dele muitas vezes durante a leitura.

Paulo Honório foi um personagem chato, cansativo, machista e lunático. Poderia compará-lo a bentinho, mas já estaria exagerando demais já que Bento é o maior dos maiores da literatura brasileira.

Enfim, cansativo e arrastado.
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@laisbello 01/02/2022

Gostei
????????????????????????????????????????????????????.,???????????????????????????????????????????????.
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Cláudia Oliveira 29/01/2022

Livro incrível!
Esse livro me surpreendeu.

Senti que estava diante de um narrador-personagem honesto que, através da escrita de sua história, conversa diretamente com o leitor e reflete sobre sua própria vida. A história é envolvente e trata sobre questões sociológicas, psicológicas e também sobre o ato de escrever. 

Ainda bem que insisti na leitura que foi mais arrastada até o capítulo 9.  Valeu muito a pena! Já é um dos meus livros preferidos.
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Mari 22/01/2022

S. Bernardo é um romance que conta a história de ascensão e decadência de Paulo Honório, contada pelo próprio na sua linguagem rude e direta, comum para um homem do interior de Alagoas que não teve acesso à educação e nem lhe dava valor. Por isso, embora o objetivo do autor tenha sido o de escrever com a linguagem simples do povo, o livro acaba ficando de difícil leitura para o leitor do século XXI, pois o Brasil é um país muito diverso, em que em cada estado se fala de um jeito diferente do outro e onde as gírias caem em desuso quase tão rapidamente quanto começaram a ser usadas. Mas, depois de um tempo o leitor se acostuma com a escrita e a leitura passa a fluir bem rápido.

Paulo Honório é um homem extremamente ambicioso, que tenta de tudo para alcançar prestígio social. Assim, com sua lábia e cometendo alguns crimes, ele consegue ascender socialmente de um simples trabalhador até se tornar um rico proprietário de terras, que mantém a fidelidade de seus empregados por meio da força. Primeiro, ele almeja possuir a propriedade chamada "São Bernardo", o que consegue tramando algumas armadilhas para o proprietário. Esse se torna o grande êxito de sua vida, tanto que a propriedade dá nome ao livro. Porém, um dia, ele percebe que todo o seu trabalho e esforço para enriquecer com suas terras de nada adiantariam se não houvesse ninguém para herdar aquilo, então, ele decide se casar. É a partir daí que a história muda totalmente de ritmo, porque possuir só bens materiais não é suficiente para Paulo Honório, ele passa a desejar também possuir pessoas para saciar sua ambição, o que acaba por levá-lo à loucura. Sendo que, sua ambição nunca é saciada, já que todos os seus empreendimentos acabam dando errado: seu casamento fracassa em poucos anos; o herdeiro fruto deste matrimônio é uma criança frágil que não recebe amor de ninguém, nem do pai e nem da mãe e seu maior orgulho, "São Bernardo", também acaba caindo em desgraça com a Grande Depressão e a Revolução de 30 (brilhantemente retratada no livro), que foram determinantes para o declínio das oligarquias rurais, representadas no romance por Paulo Honório. Assim, ele percebe que chegou à velhice sem ter tido de fato nenhum êxito, apesar de tanto esforço, e decide escrever um livro de sua vida, meio que para ver aonde errou. Ele, que sempre zombou dos livros, da literatura, dos intelectuais e da educação, estava escrevendo um livro. E até essa empreitada se mostra malsucedida, pois sua vida foi lotada de erros e ele não mudaria nenhum deles, pois é incapaz de mudar.

Dessa forma, Graciliano Ramos utiliza a história de Paulo Honório para fazer um retrato social e político do Brasil nos anos 30, criticar a aspereza em que viviam as pessoas no interior, com a qual tratavam as outras pessoas e com a qual eram tratadas, além de deixar evidente a desigualdade social entre proprietários de terra e seus empregados e de fazer muitas reflexões sobre a arte de escrever.
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Henrique.Andrade 20/01/2022

Queria esquecer que li, pra ler denovo
Paulo Honório, tal como todos os homens, reconheceu a síntese brutal das coisas: a desconfiança e a profissão lhe estragaram a vida. Entretanto, é da profissão que a desconfiança nasce, apontando inimigos por toda a parte.

Entretanto, o protagonista reconhece o pior de tudo: mesmo sabendo disso, faria tudo denovo, da mesma forma, sem tirar nem pôr, pois somos isso: bichos perdidos, torpes pecadores

O que separa a nós de Paulo Honório? O poder e a supervisão, mais nada.

Talvez a desconfiança em excesso envenene o a alma, e a falta dela, o corpo.

Obra incrível.
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