São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Armando 12/04/2021

O mundo à revelia
Graciliano Ramos, aclamado por sua linguagem simples e brutal, é um mestre no retrato do espaço rural nordestino. O progresso de Paulo Honório é narrado sem rodeios, assim como o próprio fazendeiro o é. A história envolve momentos ambiciosos, relações de amizade, amor e, por fim, solidão.
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Duds 11/04/2021

muito bom
fiquei surpreendida com o quanto eu gostei, apesar do personagem principal me irritar AFU, a escrita é muito boa
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João 01/04/2021

São Bernardo é uma obra na qual sua data de lançamento é anterior ao outro grande sucesso de Glaciliano Ramos, Vidas Secas, onde também retrata a vida do sertanejo, porém em uma ótica diferente pois na seguinte história temos a visão de um dono de terra opressor, cenário divergente de Vidas Secas.
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O livro se inicia com Paulo Honório, onde é narrador do livro sendo escrito em primeira pessoa, descrevendo como ele delegou as funções para a realização do próprio livro, posteriormente cita a origem da sua vida trabalhando e almejando uma vida melhor, e seu sonho, que era ter a posse da fazenda São Bernardo, local onde trabalhou parte da sua vida e que posteriormente passou a ser sua.
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Paulo era o estereótipo de homem do sertão da época, chucro, sem estudo, aprendeu a ler quando foi preso, não apoiava o ensino e sim o árduo trabalho, pois segundo ele só assim teria um propósito ou uma vida digna. Nesta narrativa é abordado vários acontecimentos e de uma forma sincera o mesmo relata como se portou diante das situações vividas.
Digamos que o ponto mais marcante da trama é a sua relação doentia de ciumes com sua esposa Madalena, em que aos poucos vemos como isso se desenrola de uma forma totalmente abusiva resultando num trágico fim.
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Com uma pontada de sarcasmo o Paulo Honório parece estar conversando com o leitor, e na maioria das vezes da para sentir uma certa culpa em seus dizeres (porém de uma forma orgulhosa) devido a sua postura tomada em determinados acontecimentos.
Uma ótima leitura para quem quer ler algo que retrate o sertanejo da década de 1930, rico em expressões e dialetos da época, onde no início pode causar estranheza, mas depois flui facilmente.
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Claire Scorzi 28/03/2021

Seco. Contido. Poderoso.
Tivesse eu ainda entusiasmo, faria um vídeo disto. Não tendo mais, vai esta resenha que como sempre ficará aquém do livro.
Li São Bernardo na juventude; Embora reconhecendo mérito ao autor, vi frieza e distância na forma de narrar. Passaram-se anos. Fiz as pazes com Graciliano através de "Angústia", que continua meu favorito.
Porém reler depois de mais de vinte anos "São Bernardo" foi uma surpresa.
Primeiro: no dia que comecei, havia tentado começar outros livros: tudo soando pretensioso, fraco; eu mal passava das páginas iniciais. Aí peguei São Bernardo e veio a primeira alegria: antes da página 20, estava fisgada. Escrita seca, ágil, sem firulas e sem adornos, sem pretensão alguma - e poderosa. O que os outros autores - 3 ao todo - não tinham conseguido, Graciliano fez sem demora: me conquistou, me ganhou cativa para a sua história.
Que é uma grande história. De um 'made self man' brasileiro, Paulo Honório, que resolve contar sua vida. Há de tudo: violência, paixão, ciúme, ódio, revolta, ambição, desencanto, corrupção, reflexão sobre si e a vida, até sobre o ato de escrever. Acho que Lúcia Miguel Pereira tinha certa razão em ver um defeito no romance no fato de ser tão bem escrito - sendo o 'autor' um protagonista pouco instruído que se assume como autor do que lemos. Ao mesmo tempo, a força do livro é tal que passamos por cima desse defeito. É grande. É forte. Poderoso, como disse. Mergulhamos com Paulo Honório em tudo que nos conta, ao seu lado mesmo quando em desacordo com ele (e há muito com que discordar, aliás).
Não dei 5 estrelas por duas coisinhas que me incomodaram, e aqui, um aviso - darei spolier para explicar (não leia se não quiser saber detalhes do enredo):
- O suicídio de Madalena. Sendo ela uma pessoa boa, generosa, compassiva, só pode estar se matando porque o marido a maltrata grandemente. Aí, ela se suicida, mas - se era ela tão boa pessoa, não pensou no filhinho bebê que abandonava ao marido violento? Não teve escrúpulo de deixar nas mãos de Honório a criança indefesa?
- A referência feita por Paulo à carta deixada pela esposa destinada a ele. Graciliano não achou necessário citar sequer um trecho dessa carta, que seria tão importante para entendermos o ato último de Madalena, nós, leitores, mesmo que o marido não entendesse - Paulo só diz que a carta traz umas palavras difíceis que ele não entende. Seria este o propósito de Graciliano, deixar que nós imaginássemos a dita carta? Não sei. Pode ser, mas deu-me certa frustração.

Fim do spoiler -
Nada disso muda o fato de estar-se diante de um grande romance, decerto um dos nossos maiores. "Angústia" continua meu favorito. Mas, agora, "São Bernardo" não me fala de um escritor frio, mas sim artista, contido e seco e sutil naquilo que não diz, só insinua ou nos deixa especular. Grande.
Pavozzo 28/03/2021minha estante
Ah senhorita Claire! Não nos tente com pensamentos sobre gravar vídeos de novo... Só nos deixará passando vontade! rsrs.

Comentários belíssimos, como sempre.


Wallace 29/03/2021minha estante
#VoltaProYoutubeClaire


Claire Scorzi 29/03/2021minha estante
Infelizmente o entusiasmo necessário nunca voltou...


Marcio 29/03/2021minha estante
#VoltaProYoutubeClaire


Mayara Beatriz 29/03/2021minha estante
Não precisa voltar, só grava um vídeo, depois grava outro, depois outro srrsrs. Espero que um dia se entusiasme com o nosso entusiasmo ^^


Claire Scorzi 30/03/2021minha estante
Vocês são gentis, como sempre. :) Obrigada.


Cris 30/03/2021minha estante
#VoltaProYoutubeClaire


Cris 30/03/2021minha estante
Li São Bernardo durante as eleições, onde em minha própria casa e entre amigos, expor opiniões se tornou quase impossível. Chorei ao me identificar com a esposa, que se vê calada, silenciada, não validada. Sinto que o que a levou ao suicídio - mesmo reconhecendo aí um ato egoísta - foi perceber que seu espírito foi assassinado e ela não encontrou forças em si para se refazer. Foi tratada como fraca, menos...Que acreditou. Ñ viu saída.


Claire Scorzi 30/03/2021minha estante
Cris: Muito obrigada por colocar o que você achou.


Cris 30/03/2021minha estante
Eu que agradeço, Claire. Acho que destoei em pouco...masss


Karen 23/12/2021minha estante
? o que eu sinto lendo a primeira frase da resenha em uma única imagem. Que falta fazem os seus vídeos...


Sena 22/02/2024minha estante
Acabei de reler S. Bernardo e também gostaria de parte ou a carta toda de Madalena tivesse sido exposta. Em boa parte da narrativa fiquei pensando na Madalena e gostaria de ter visto pelos seus olhos (pela carta) mais dela, a relação com o Paulo e o que a levou a algo tão irreversível.




@inspirandoleituras 28/03/2021

Análise de S.Bernado
O livro é narrado em primeira pessoa pelo fazendeiro Paulo Honório, que decidiu escrever a sua história para depois publicá-la.
Com uma linguagem simples e pouco profissional, Paula narra as aventuras e desventuras de sua vida. Descreve suas amizades, o fracasso do casamento, a política local, os trabalhadores da fazenda e muitas outras coisas.
O livro é muito bom e traz muitas criticas do Brasil da década de 30.
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cinthia.alencar 27/03/2021

Graciliano retrata como poucos a alma humana
Tentando aqui achar uma boa palavra para definir o que senti lendo essa obra. Foi um misto de raiva, compaixão e um perturbador sentimento de identificação pelo lado humano complexo que todos temos, que vai muito além de ser bom ou ser mau.

Impressionante como Graciliano consegue exprimir o quanto seus personagens duros e brutalizados pelo meio amam e sofrem usando da linguagem igualmente crua e simples de homens como Fabiano, Paulo Honório e tantos outros. Só com muito domínio da arte da palavra e sensibilidade para compreender o outro.

Paro por aqui, porque uma resenha é muito pouco para um livro tão sensacional, tão cheio de camadas, tão completo.

Viva o mestre!

Ps.: Intrigada com a fascinação de G. Ramos em batizar os personagens caninos com animais marinhos. Tubarão, Baleia... ??
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Bruno Oliveira 17/03/2021

É SOZINHO E NO ESCURO QUE O SUJEITO HUMANO SURGE
Assim como Angústia, S. Bernardo, de Graciliano Ramos, é um livro de ruminações, de memórias, onde seu narrador, no caso, Paulo Honório, tenta nos envolver na sua história de vida sofrida, na sua história nada fácil de sobrevivência, labuta, muita labuta, e aperreações. Sua história é triste, muito triste, mas só nos apercebemos disso ao seu final. Até lá, somos agraciados por um vocabulário rico de sugestões visuais e de significância, que jamais peca pelo excesso ou pelo rebuscado – nada disso! Graciliano construiu aqui uma história gramaticalmente sertaneja que toca os corações mais brutos e/ou as cabeças mais duras. Impossível não sentir um tantinho assim de compaixão desse sujeito tão miseravelmente humano.
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Cacá 13/03/2021

Estilo Graciliano
Leitura com misto de sentimentos de ciúmes, valor dos sentimentos e o como eles direcionam a vida, em um contexto político na década de 30.
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Vitor J. 10/03/2021

Devo dizer que o livro Sao Bernardo me chamou mais atenção do que o Caetés do mesmo autor, fiquei mais focado no desenrolar da história. Recomendo o livro, leitura essencial para enriquecer as leituras nacionais.
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ma.riafr 04/03/2021

Eu li "Vidas secas" ano passado e me apaixonei pela escrita do Graciliano Ramos, tanto que peguei "São Bernardo" emprestado. O livro é muito bom, apesar de um ritmo lento que é justificado pelo enredo da história.
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gabriel 17/03/2021minha estante
Já tive uma impressão diferente, achei o livro bem dinâmico e ágil, mesmo assim favoritei sua resenha por ela ser muito bem desenvolvida. Se bem que eu li sem nenhuma obrigação, então acho que o efeito ao se ler para cumprir exigência, seja um pouco diferente.




Fraoliveira180 21/02/2021

Eu acho eu precisa de um pouco mais pra mim favoritar...
Mais um livro que prova o qual original e brasileiro era Graciliano Ramos.
Seu segundo romance, e um dos responsável pelo seu destaque, que veio apenas à crescer após S. Bernardo.
Uma história tocante de arrependimento, amor, ciúmes entre outros sentimentos mesclados a realidade precária (cognitivamente falando), que os nordestinos de Alagoas vivenciavam.
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