São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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mac 15/06/2021

Surpreendente
Não esperava que a história se desenvolvesse dessa forma. Um livro clássico, talvez o melhor do autor que eu já tenha lido. Chocante, nu e complexo.
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Line 28/05/2021

Ótimo livro para contextualizar época importante para o Sertão Brasilriro. Além de tratar de situações sobre sociopolítica, a principal temática do livro trata sobre conflitos internos não tratados dentro de nós, principalmente na cultura machista ao coibir a expressão sentimental de homens.
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Marcinhow 26/05/2021

O oprimido que se torna opressor.
Paulo Honório, órfão, pobre, ex-presidiário e semi-analfabeto que constrói um Império conquistado de formas honestas e desonestas (dependendo do ponto de vista), que após pedir para um "amigo" escrever sua história, devido as suas limitações com as palavras, decide escrever ele mesmo suas memórias, já que não gostou das palavras rebuscadas usadas pelo outro.

Como li recentemente O Grande Gatsby, foi impossível para mim não comparar a vida desses dois personagens em alguns aspetos.
Também, acredito que mais comum, encontrei algumas semelhanças com o clássico Dom Casmurro.
Mas o livro tem sua personalidade, e quando você engata na leitura, é quase impossível largar o livro, querendo saber logo onde o enredo irá te levar.
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anarontani 16/05/2021

adoro ler graciliano.

fiquei sim muito irritada lendo esse texto no qual um fazendeiro machista do sertão de alagoas conta suas memórias.

a misoginia e a masculinidade toxica permeiam e dominam o personagem q conta a própria história, paulo é um homem inseguro, dominador, ciumento e paranoico, e no fim da vida vai escrever o livro e tentar auto-analisar seus próprios conflitos.

mas ali tb estão as memórias do sertão brasileiro, suas dores, seus conflitos e suas lutas por melhores condições de vida.

tb está presente no livro a luta no restante do país na década de 30, contra as oligarquias que dominavam a política.
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kiki.marino 15/05/2021

O Seu Paulo Honório
Primeiro sempre pensei que "São Bernardo " fosse um camalhaco,o que me deixou surpresa de não o ser, assim como é um livro fácil e envolvente de ler, mesmo com o uso de linguagem regional pelo Paulo Honório, o narrador destas memórias.

Que começa já no fim,digo isso porque me o narrador me parece um morto,embora esteja bem vivo, de memórias,de dor ,desespero, de uma vida "inútil" de trabalho, solitária e de lembranças de uma certa Madalena .

Paulo Honório, de pouca instrução, planeja escrever um livro, mas na prática é bem mais difícil, convida alguns amigos e também não fica satisfeito, com as firulagens que pouco refletem a realidade da sua vida e pessoa.
Deste ponto começa a narração, intensa e concisa de sua infância pobre, de seus vários trabalhos para sobreviver e sair da miseria e sua obstinação cega,violência e gananciosa de ser dono de terras , rico e auto suficiente. Assim como a absorção e expurgacao de memórias, de alucinações, silêncios e conflito interior para escrever a "verdade" neste livro.

Um homem em decadência, feito de vazio,dor,arrependimento do sofrimento que causou, que descreve assim mesmo como um monstro e incapaz de mudar sua natureza. Que me fez lembrar outro personagem-primo na literatura, o rústico e obstinado Bjartur, de Gente Independente de Halldor Laxness, este ainda teve uma "rosa " em sua vida no fim, Paulo Honório ,absolutamente nada.

Posso dizer que gosto mais de "São Bernardo " do que Vidas Secas. O Graciliano conseguiu escrever uma estória simples, com elegância e pungencia , o que me causou maior empatia e interesse no contexto politico/social no Nordeste dos anos 30 ,de um indivíduo alheio e indiferente à tudo e à todos ao seu redor, algo contraditório com às suas origens e vida dura na pobreza.

Foi um livro que me causou impacto só ao término da leitura e pensar por muito tempo no protagonista...
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Diogo 14/05/2021

Difícil de descrever a sensação de ler esse livro
Foi a primeira obra de Graciliano Ramos que li, e o jeito que ele te prende nessa história é um tanto quanto diferente... O protagonista da história é Paulo Honório, um cara extremamente imbecil. Em grande parte do tempo senti raiva dele. Porém, em determinados momentos também senti pena de como seu comportamento afastava todos a sua volta. Enfim, é um livro diferente... Curti demais o estilo do Graciliano, certamente vou ler outras obras desse autor.
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folkpotato 07/05/2021

áspero
é uma leitura brusca e com um protagonista insuportável em diversos sentidos, mas acho que sua narrativa - e sanidade - duvidosa é o que torna a leitura mais instigante. gostei de ver o regionalismo e contexto histórico aplicados. é uma das primeiras obras modernistas que leio e achei super!

(não posso falar sobre os pontos que pra mim foram negativos na leitura porque acho que muito da "ressaca" que senti lendo esse livro é por ser uma leitura obrigatória, o que me desanima um pouco)
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Mari Lopes 02/05/2021

Como uma boa prosa de roça
Foi assim que eu me senti lendo S. Bernardo, a primeiro momento. Meu lado ‘caipira’ falou mais alto e me senti envolta na prosa de Paulo Honório, sentada na área da casa da fazenda de S. Bernardo, tomando um cafezinho e um pão de queijo para acompanhar (rs) – é como se eu ouvisse meu avô contando causos de outrora e isso me deixou muito emocionada. O que chega a linguagem sertaneja e simples que Graciliano Ramos usa na narrativa, ressaltando a origem dos nossos personagens e a vida simples do interior.
Mas deixando o lado emocional e inocente, é possível enxergar em Paulo Honório traços de Dom Casmurro, visto na forma com que ele trata a sua esposa, Madalena, com todo aquele ciúme e desconfiança. Ele, órfão, foi criado por uma negra, a qual Paulo faz questão de trazer para S. Bernardo a fim de “devolver” a ela tudo o que ela tinha feito para ele. Isso mostra o quanto Paulo era ligado ao dinheiro. Sua ascensão ao poder, ao longo do livro, é o retrato de uma sociedade que aspira por dinheiro não medindo esforços e passando por cima de quem e o que for preciso para conseguir status.
Dessa forma, vemos a ascensão e a queda de Paulo, que chega ao fim da vida colhendo tudo o que havia plantado ao longo de sua vida. S, Bernardo é um convite aos leitores sobre a reflexão de como estamos vivendo e o que estamos cultivando. Por mais que tenha sido escrito na década de 30, o livro ainda é atual e, inclusive, ecoa em nós algo que acontece hoje: a pandemia e a forma com que temos vivido. Você tem semeado coisas que irá se orgulhar quando estiver no fim da vida? O que você faz hoje determinará o que você será amanhã! Lembre-se disso.
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Hannah Andressa Delgado 30/04/2021

Genial! Quando Graciliano entrega a narração da obra para Paulo Honório, deixa que ele, voluntariamente, denuncie as violências que, mais que psicológicas, são sociais. Denuncia a elite rural.
Incrível como a personalidade objetiva e rude do narrador autodiegetico é transposta na forma da obra por intermédio de uma linguagem objetiva e simples (que era também, além de tudo, uma reivindicação da geração de 30) e como esse escrita ganha um tom cada vez mais lírico conforme o personagem perde o controle das coisas
Marconi Moura 08/01/2022minha estante
Meu preferido do autor (q tbm é um dos meus prediletos). Um dos melhores livros q já li.




Gaby 27/04/2021

SÃO BERNARDO
Um livro clássico e anoso, que exige muita atenção dos leitores que não estão acostumados com a literatura antiga. Narrado em primeira pessoa, conta a história do personagem principal Paulo Honório com uma linguagem bruta e direta. O mesmo descreve suas aventuras e desventuras, através de momentos vivenciados durante toda sua vida, além de trazer consigo características marcantes da geração ignorante em que viveu, tornando-se um homem rude, solitário e violento.

A obra também trata-se de uma denúncia social do momento de seca, violência e miséria do nordeste brasileiro.

Uma ótima leitura para quem deseja conhecer e entender um pouco mais dos problemas ocorridos na década de 30.
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stillwoozy 21/04/2021

Como é possível um regionalismo sem terra com um protagonista detestável ser amado? Só Graciliano Ramos mesmo.
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Isabela.Carvalho 13/04/2021

é um livro clássico, antigo, e com isso apersar de ser simples para a época é bem complicada pra quem, como eu, não tem o habito de ler livros mais antigos... não consegui gostar! Apesar de o intuito ser mostrar a visão de um homem amargurado, o personagem principal, os secundários e nem o próprio enredo conseguiu me cativar... queria muito ter gostado, fui com a mente aberta mas não rolou :(
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