Resenhas - Crime e Castigo

Hadassa.Spolador 25/07/2023

Complicado e perfeitinho
Todo o esforço que você tem em engatar nesse livro nos primeiros 30% é abundantemente recompensado com um final sublime.
Minha intenção inicial era ler pra conhecer um pouco de Dostoiévski e com o começo difícil minha expectativa estava bem baixa, e eu não poderia estar mais enganada!
Em crime e castigo somos profundamente impactados por Raskólnikov (ao nível de ficar feliz por ele ter penteado o cabelo), seus "amigos", a Rússia e a miséria.
Não vou falar muito do desfecho por ser simplesmente incapaz de fazer sem dar spoiler, então concluirei com duas palavras: arte pura.
Falarei e recomendarei esse livro por toda minha vida. ??

obs: simplesmente incapaz de dar um título decente para essa resenha, acredite, esse foi o melhor dos que passaram pela minha cabeça então, agradeça pelo que eu te poupei haha

Vincent.Bennett 24/07/2023

Crime e Castigo
Absolutamente, o melhor livro que eu já li até o dia de hoje. A início, devo dizer, a primeira parte da história (é divida em seis), pode ser meio maçante e tediosa, principalmente para quem não está acostumado com a escrita de Dostoevsky (que foi meu caso). Porém, de lá ora frente, a história apenas se mostra melhor a cada página virada.
Mesmo que em terceira pessoa, a narrativa consegue te deixar imerso dentro da mente deturpada do protagonista, Raskolnikov, fazendo você sentir o que eles sente. A leitura é fluida e a história se desenvolve organicamente. Todos os personagens são humanos, você realmente consegue os sentir como pessoas, e toda a narrativa é fechada em si mesma de forma perfeita, desde o início até o fim, toda sendo digna de si mesma.
Cada personagem também tem um próprio arco que se desenvolve e tem um desfecho ótimo, fazendo que não apenas sejam memoráveis (mesmo tendo os nomes russos que podem complicar, com o desenvolvimento tão lindo, eles prendem na mente), mas também deixe um gosto bom na boca ao fechar o livro. O leitor consegue sentir que tudo foi fechado e não há pontas soltas, a história é realmente digna de ser chamada da magnum opus de Dostoevsky.

orpheuus 22/07/2023

?Um homem genial surge sozinho no meio de milhões de pessoas
Esse livro é essencial para aqueles que gostam de literatura classica e com uma narrativa sombria e complexa.

Vocês estão diante de um livro extraordinário!!

Para aqueles que querem viajar na insondável alma humana, é um livro perfeito. Tudo isso faz com que este livro mereça um lugar de honra na sua estante.

Isabela.Nedeff 21/07/2023

Esse livro me virou de cabeça pra baixo. Eu procurei um livro com um tema pesado que falsse sobre a maldade humana e encontrei o que menos esperava: positividade e fé na humanidade.
Eu não entendi o final logo quando li. Como assim é assim que acaba? Cadê o drama, o suicídio? Horas pensando me fizeram perceber que o livro não é sobre isso.
Me interessei muito pela filosofia do Dostoievski, e nem preciso dizer que vou ler mais livros dele.

@andersontenorio30 21/07/2023

Você precisa ler "Crime e Castigo"
Meu primeiro contato com a literatura russa clássica, não poderia ser melhor lendo essa obra prima do Dostoiévski. Se vc não leu ainda, recomendo que leia. Tem ação, suspense, conflitos psicológico s e outros.

Serpassan 21/07/2023

Vidas em transe.
O autor nos coloca em carrossel de emoções em que nada é exatamente aquilo que aparenta no primeiro momento e vai ficando dramático e perturbador, excelentes diálogos e personagens complexos e interessantes,uma verdadeira obra de arte.

gabiruta 20/07/2023

Leitura difícil, mas que vale a pena
Livro antigo, né. Linguagem diferente e às vezes meio parada, difícil de focar.

Porém a história é boa, eu gosto muito da psicologia por trás, da tentativa de tentar entender: o protagonista é doido ou não? Ele estava certo ou errado? Ele é uma pessoa ruim ou não?

Porque em momentos você tem quase certeza de que é uma coisa, mas daí algo acontece e você tem que duvidar do que você estava pensando antes.

O começo do livro, antes do crime acontecer, é bem paradão e demorou mais do que eu esperava/gostaria, porém as coisas ficam muito interessantes depois. Com certeza não é uma leitura pra qualquer um, toda hora eu tinha que voltar e ler de novo porque não conseguia entender de primeira, mas no fim valeu à pena. Tem um bom motivo pra esse livro ser um clássico.

Joab 19/07/2023

Os clássicos valem a pena
Envolvente. Uma história que retrata bem o título e que não nos deixa confortável em nenhum momento. O que vai acontecer? O que vai acontecer?!

Kassem.Abdalla 18/07/2023

Um desgraçado fruto da desgraça
Em razão de uma pressa ilusória, comecemos: Este não é um livro para quem quer simplesmente sentar para passar o tempo, logo adianto. É uma obra profunda, que exige em sua essência, uma dedicação por parte do leitor. E essa dedicação, creio, se estende tanto, que se aplica até se tratando dos nomes (e dos apelidos nada carinhosos). Mas deixemos tais avisos de lado.
Dostoievski é o típico pessoa que dispensaria um dialogo com empresários, ricos ou esses bebes do capitalismo para poder ter a honra de conhecer o desgraçado (o estraçalhado pelo sistema). Não uso tal termo de forma depreciativa, mas no sentido de sofrimento, uma vez que a obra além de girar em torno da parte mais pobre de São Petersburgo, ela vai ainda mais a fundo, e penetra no fundo do poço; aqui há loucura, prostituição, pecado, assassinato, todos próximos. E tudo isso faz criar uma aura, um tom meio lúgubre que eu nunca havia visto em nenhuma obra.
O protagonista, Raskolnikov (Rodin), é um ex-estudante, morador de uma casa minúscula que decide matar uma idosa com base em sua própria teoria que divide a raça humana em dois tipos; ordinária e extraordinária. E tendo como fonte de inspiração, principalmente o Napoleão, Rodin se vê no direito de assassinar uma idosa que, pelo que tudo indica, era quase uma escravocrata, que vivia por enganar os outros. E Rodin se vê quase como um herói limpando o mundo.
Confesso que no decorrer da leitura, associei muito a sua teoria como uma peculiar religião. Ele não é nada mais que a vítima da própria tese, e sendo assim, o resultado de sua conduta foi apenas o seguimento natural da causalidade. Ele se tornou um fanático, e juntando-se a isso, há a claustrofobia de sua casa, a sujeira, a aura lúgubre, sua febre, sua fome, sua preocupação, todo o mundo parecia estar contra ele, a única coisa que o segurava e o fazia confiar em si, era sua própria teoria. E, sendo assim, ele apenas seguiu sua vida, e aquele rumo que tomou, era o que com certeza tinha que acontecer.
Todos os personagens aqui, são magníficos. São, principalmente por causa da realidade dos diálogos de Dostoievski, reais...até demais. E a forma como tudo é construído, cada detalhe tinha que estar no momento em que está. E por mais que a maioria esteja rodeado de pobreza, é lindo ver o caráter caridoso dos personagens, de tal forma que sentimentos certa inveja por eles. É quase como se pensássemos, "ainda em meio a isso, há uma amizade sincera, preciso disso...".
E a forma como o Doski (meu parceiro...rs) descreve a desgraça do pensamento do Rodin, é tão absurda que causa inveja em qualquer aspirante a escritor. Que dor ver a capacidade desse homem de se aprofundar no mais profundo oceano da reflexão...tudo tão vívido que eu não ficaria surpreso se me entregassem tal obra como uma mistura de ficção e biografia. É esplendidamente real, cada movimento. E a loucura e sua transparência no Rodin é tão verossímil que julgamos todas as suas atitudes como "não podia ser diferente".
Em suma, é um drama psicológico intenso e - principalmente - denso. Muito denso. Tudo aqui é pesado, praticamente todas as linhas são pesadas. Poucas são as coisas que dão certo, e no geral, acabamos por torcer para dar errado mesmo. Odiamos e amamos o Rodin, e confesso que desejei que ele fosse preso durante todo o tempo, ainda que eu estivesse sob a hipnose do protagonismo.
Sobre o seu crime...ele é um lunático religioso, em que sua tese é sua religião.
(Coisa curiosa: é fascinante como Doski gosta de ressaltar a felicidade que podemos encontrar no fundo do poço, é quase como se as gotículas de aguas, que no buraco encontramos, fossem a coisa mais valiosa do mundo. Vi isso tanto aqui quanto em "memorias no subsolo", em que tal característica se encontra muito mais presente).
Não recomendo para quem não está com o hábito de leitura em dia, pois é bem provável que tu, leitor inocente, venha a desistir dessa obra-prima.

Rick 18/07/2023

Muito chato!
Tudo bem que é um clássico mais mesmo assim, que coisa mais entediante, alguns questionamentos e reflexões são interessantes porém o tempo todo não dá né,esse protagonista é chato para caramba e faz muita coisa que não faz o menor sentido, o livro também tem um ar de peça teatral. O título faz total sentido, é um crime ser tão chato e é um castigo aguentar até o fim, o que me deu força para continuar foi a vontade de ver ele finalmente na cadeia.

Vinícius 17/07/2023

Um bom livro
O livro "Crime e Castigo" é um clássico indiscutível. Confesso que esperava que a obra explorasse mais a parte acadêmica do jovem que comete o homicídio. No entanto, a trama em si é envolvente e cativante. O livro é realmente muito bom, e eu o recomendo para aqueles que têm curiosidade em explorar os clássicos russos, pois é de fácil compreensão e possui uma linguagem acessível. Embora não esteja entre os melhores livros que já li, definitivamente vale a pena como uma experiência de conhecimento. Na minha opinião, faltou um pouco mais de profundidade na história, mas ainda assim serve bem para passar o tempo.

Master 17/07/2023

Uma profunda reflexão sobre sociedade, culpa e reabilitação.
Neste poderoso romance, Dostoiévski aborda temas como a frieza da sociedade diante da miséria e da pobreza, a reabilitação de pessoas que cometeram crimes e, acima de tudo, a forma como as pessoas lidam com o sentimento corrosivo da culpa. O autor nos apresenta um retrato vívido dos centros urbanos, onde os contrastes sociais são evidentes, destacando a indiferença e a frieza da elite diante dessas condições de vida desfavorecidas.

No cerne da narrativa, encontra-se a temática central da culpa e seu impacto corrosivo. Dostoiévski mergulha na psicologia humana ao retratar a batalha interna de Raskólnikov, atormentado pelo remorso após cometer um assassinato. A culpa se torna um sentimento avassalador que consome sua mente e seu espírito, revelando a corrosão resultante de uma consciência pesada. Essa reflexão profunda nos confronta com os limites da moralidade e questiona nossa capacidade de enfrentar e superar nossos erros.

"Crime e Castigo" é uma obra literária rica em complexidades sociais e psicológicas. Ao explorar os contrastes sociais, a frieza da sociedade diante da miséria, a necessidade de reabilitação e a forma como as pessoas enfrentam a culpa, o autor nos conduz a uma jornada reflexiva sobre a condição humana. É uma obra atemporal que nos convida a examinar nossas próprias convicções e refletir sobre o poder do perdão, da empatia e da redenção.

Aline Weasley 17/07/2023

O presente era uma inquietação constante, o futuro, um martírio que jamais teria fim. E daí que dali a oito anos ele teria apenas 32 e poderia começar uma vida nova! Viver para quê? Que perspectivas tinha? Viver só para existir? Ele estava mil vezes mais disposto a entregar sua existência por uma ideia, uma esperança, até mesmo uma fantasia. A existência somente era pouco, ele queria mais.

JCav 16/07/2023

A primeira dica pra quem ler essa adaptação é começar pelo tópico no final ?sobre as personagens? que explica bem como funcionam os nomes e sobrenomes em russo. Em relação ao livro em si, o enredo é intrigante e demonstra bem a complexidade do ser humano, até mesmo teorias que podem ser consideradas absurdas como o ?direito ao crime? do Rodion, a absoluta miséria dos Marmeladov, principalmente, da Sônia acabam te fazendo pensar e repensar que apesar de culturas diferentes, o núcleo da sociedade é um só há muito tempo e no mundo todo, o que é uma característica consolidada dos grandes clássicos russos. Com certeza irei ler o texto integral no futuro

ealveselis 16/07/2023

Desdobramento da culpa
Rasko e a luta com o sentimento de culpa.

Uma pequena introdução sobre Dostoiévski, que na época do governo dos zcares fazia parte de um grupo de queria derrubar os mesmos e como sabemos todos que estavam contra, ou sofriam pena de morte ou eram enviados pra Sibéria para morrer de tanto trabalhar, frio ou fome ,ou tudo isso junto.
Ele teve no último momento alteração de pena de morte para anos de trabalho forçado na Sibéria, sim na Sibéria lá onde normalmente costuma ter temperaturas muito muito muito baixas.

É?.. O universo sabia o tanto que você ainda tinha para agregar na literatura e consequentemente na influência de muitas obras

Em crime e castigo Dostoiévski relata a consciência de uma mente fragmentada após a execução de um crime

Dostoiévski um cara forte e maior que a russa!
Profundo!! a voz do sangue como diria Niet

Ele é o autor das paisagens internas!

O personagem Rasko viaja dentro de si, perdido nas profundezas da própria mente culpada, sente uma profunda dor moral.

É angustiante sentir os sentimentos de Rasko, no decorrer da história a gente quase fica maluco junto, porém vale muito a pena a leitura. ?