Manuelzão e Miguilim

Manuelzão e Miguilim João Guimarães Rosa




Resenhas - Manuelzão e Miguilim


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Aline 15/05/2022

Miguilim >>> Manuelzão
A história de miguilim é muito mais interessante por ser o ponto de vista de uma criança. Os trechos em que foi tratado o luto mexeu muito comigo e a descrição foi muito bem feita tanto na morte de **** quanto no sofrimento de miguilim devido a isso.
Manuelzão tenta ser o oposto da primeira, contando do ponto de vista de um senhor que até então achava estar na juventude e agora pensa que esta na meia idade (o que continua errado, considerando que ele já tem 60 anos), em meio a crises de meia idade temos a festa da inauguração da capela.
3 estrelas para miguilim e 1.5 para manuelzão
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Fernando Savian 04/06/2022

A vida no Brasil de verdade
Manuelzão e Miguilim é uma obra linda. Guimarães Rosa encanta com seu mineirês, traduzindo as alegrias e tristezas vividas nos fins de mundo desse nosso Brasil.

Campo Geral, que conta a vida de Miguilim, talvez tenha sido a estória mais linda que já li. A vida simples, por vezes triste e por vezes esperançosa do menino Miguilim, é retratada por Guimarães de maneira encantadora. Esse conto, terminei em lágrimas, emocionado.

Uma Estória de Amor nos apresenta Manuelzão, em sua festa para a Santa. Guimarães aqui nos apresenta a um mundo distante, onde cada detalhe é valorizado às vistas de seus personagens.

Um livro que vale a pena ser lido. Difícil de ler, mas que mostra o retrato fiel do Brasil de verdade. Por ora, deixo um trecho, a definição de alegria, para que apreciem:

"Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma."
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Diego 07/06/2022

Guimarães Rosa
Sou fã declarado deste autor! Cada vez mais!
?Campo geral?, a primeira novela, trata de Miguilim. Nos mostra uma tocante visão da vida com todas as inocentes emoções de uma criança. É o despertar para a vida. Lindo, poético, emocionante.
?Uma estória de amor? é a segunda novela, cujo personagem principal é Manoelzão, vaqueiro já passando da meia-idade, que promove uma festa de inauguração de uma capela que construiu e vê passar diversos personagens vindos de todo canto do sertão, enquanto reflete sobre sua vida.
Há também um posfácio escrito por Henriqueta Lisboa, muito delicado e interessante tratando sobre a obra de Guimarães Rosa, ficando principalmente o aspecto do infantil nela.
Livro imperdível! Miguilim me emocionou muito!
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iandra.santte 05/07/2022

O livro é dividido em duas partes: a primeira conta a história de Miguilim, sob o seu ponto de vista; é uma estória bem interessante.
A segunda parte é sobre o Manuelzão; sinceramente, achei a história bem maçante devido à longa narração sobre a festa que ele deu para a inauguração da capela feita na fazenda.

Miguilim: ??????
Manuelzão: ????
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Max 07/07/2022

Uma lindeza só...
As histórias do Rosa são as histórias de minha infância, as minhas lembranças de menino, lugar de coisa pouca, de lindeza... muita!
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Lia 08/07/2022

Bom
Não faz o meu estilo preferido de livro, mas eu gostei da mensagem final que o autor traz sobre a importância do amadurecimento. Por ser o meu primeiro contato com Guimarães Rosa achei a escrita profunda demais e encontrei dificuldade para a leitura.
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Daniel432 16/07/2022

João "Miguilim" Guimarães "Manuelzão" Rosa
O título dessa simples resenha é uma brincadeira com os nomes do autor e seus personagens, não que o autor tenha se retratado nesses personagens.

Esse que é um dos clássicos da literatura brasileira retrata, em duas partes bastante distintas, as dificuldades da vida sertaneja nas Minas Gerais da primeira metade do século XX.

Na primeira parte, o menino Miguilim e sua família vivem a vida simples dos que poucos possuem e pouco ambicionam. Os medos e superstições andam lado a lado das brincadeiras e da lida junto aos adultos. Na esperança de um vida melhor a melhor opção é afastar-se da família e ir viver na cidade com o "doutor".

Na segunda parte, temos o maduro de Manuelzão, importante na cidade, quase um "coronel", que se debate entre o amor e o respeito e a honra e "foge" na lida com o gado no sertão.

No livro, o autor, reforça o ambiente sertanejo utilizando o linguajar típico das pessoas onde o acesso à instrução é precário. Esse fato, torna a leitura um pouco complicada.

Finalizo com uma curiosidade que descobri nesse vasto mundo da internet. Manuelzão e Miguilim "nasceram" dentro do livro Corpo de Baile e, posteriormente, foram separados das demais novelas contidas nesse livro.

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tbbrgs 12/09/2022

O patriarcado velado da tradição sertaneja
"Manuelzão e Miguilim" é o segundo livro de autoria roseana com o qual tenho contato. O primeiro foi "Primeiras Estórias", livro de contos, com o qual eu já havia me apaixonado pelo seu singular linguajar e pelo cativante mundo sertanejo que Rosa conseguiu habilmente recriar. Não foi diferente com "Manuelzão e Miguilim", e, por já estar iniciada no universo roseano, consegui ainda mais me envolver com a leitura, os personagens e os acontecimentos.

Campo Geral, ou Miguilim, se você preferir, narra as desventuras desse menino nascido no coração do sertão, o Mutúm. Sua primeira tristeza foi perder sua cachorra preferida, Pingo de Ouro, gratuitamente dada por seu pai a um bando de tropeiros. Mas infelizmente essa não foi a sua última tristeza. Com o olhar lúdico de uma criança frente às alegrias e às adversidades da vida, Guimarães Rosa escreve a história de Miguilim como nenhuma outra - leve, lírica, sensível, singela -, ao mesmo tempo em que traz à tona elementos intrínsecos à brutalidade do sertão e à exuberância de sua natureza (o canto dos pássaros, os vaga-lumes noturnos, o lumiar das estrelas, os papagaios berrantes, os frondosos buritis, as refrescantes veredas).

Por outro lado, em Uma estória de amor, acontece a festa de Manuelzão, em que todo o povo residente da região da Samarra vai prestigiar a inauguração da Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Manuelzão é reconhecido na Samarra como uma grande referência, por ser quase dono das terras que ali se cultivam e se pastoreiam. Mas ele não é o único personagem que se faz presente. No decorrer da narrativa, muitas outras figuras também marcam nosso imaginário, como Joana Xavier, contadora de histórias; o velho Camilo, sem-teto; Adelço, filho único de Manuelzão; João Urúgem, meio gente, meio bicho; Leonísia, dona de casa e esposa de Adelço. Todos esses e outros personagens permeiam a narrativa e a festa, em meio ao vai-e-vem dos pensamentos de Manuelzão, que, do presente, vão ao passado, e, do passado, retornam ao presente, indo até o futuro, para recontar as histórias das vidas dessas pessoas, todas no sertão nascidas, crescidas e mortas, como no caso da mãe de Manuelzão.

Apesar de todo o universo roseano, o universo sertanejo, ser, em si, um universo regido por raízes patriarcais, o que mais me fascinou nessas duas novelas do escritor é a forma como ele consegue, através de sua narrativa poeticamente peculiar, seu linguajar torto mas bonito, expor toda a miséria da qual o povo do sertão nasce e a qual ele é destinado a sofrer. E essa miséria envolve, muitas vezes, o machismo, o abuso e a violência moral, psicológica e física, advindos de toda a instrução que o sertanejo carece. Além disso, há também a miséria advinda da brutalidade do próprio sertão: a fome, o calor, a doença, as longas distâncias, a forte seca em contraponto às destruidoras chuvas, o árduo trabalho na roça pela subsistência.

Guimarães Rosa, portanto, uma vez mais foi capaz de criar duas obras esplêndidas, tanto por explorarem a cultura tradicional do povo sertanejo, por meio da escrita, da linguagem e dos fatos descritos, quanto por escancarar as portas do patriarcado velado que ainda existe nessa tradição.
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Biaaa_Pascotto 30/09/2022

Guimarães
Uma obra muito marcante.
Amei os cenários e os personagens.
E entre as duas histórias, nota-se a alegria da infância em contraste com as consequências da maturidade
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Bianca 31/12/2022

Manuelzão e Miguilim
Eita livro tristonho você lê até a metade do conto tranquilamente e depois é só ladeira a baixo
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SaBCouto 02/01/2023

Leia só o primeiro conto
O conto do Miguelim é lindo, difícil achar quem não chore com a inocencia da criança. A História do Manuelzao é maçante.... cansativa, enrolei p ler, nossa não me entreteu.
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Melks 23/01/2023

Duas histórias, duas opiniões
Minha nota está 100% baseada na minha opinião sobre "Campo geral", é uma história linda, chorei em diversos momentos.

Há a retratação de diversos momentos da infância, as dúvidas, os medos, as dores e a formação do caráter aos poucos, recomendo a qualquer um.

Já "Uma estória de amor", pra mim, pelo menos, foi uma história muito sem propósito, sem um personagem para seguir e querer acompanhar. Tentei gostar, mas não consegui, mas talvez não tenha compreendido com clareza o objetivo da história, quem sabe.
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