Senhora

Senhora José de Alencar...




Resenhas - Senhora


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Valeria.Mattioli 05/02/2015

"Esse fenômeno devia ter razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais o da mulher que é ela toda, representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe que maravilhas ou que monstros vão surgir desses limbos..."

Senhora é um romance urbano que retrata o casamento por interesse numa sociedade de aparências do século XIX. Através dos diálogos e discussões entre Fernando e Aurélia, podemos notar a visão crítica que estes possuem da sociedade, onde o casamento não é apenas por amor, e mais por interesse.

O livro possui 4 partes e tem como foco principal dois personagens:
Aurélia Camargo: uma jovem órfã rica, que chama atenção de todos pela sua beleza e excentricidade. Muitos moços da sociedade a desejam como esposa. Ela demonstra inteligência e planejamento de suas ações, para que tudo saia conforme seus planos.

Fernando Seixas: um jovem que, apesar de sua família viver de maneira muito simples, tinha uma pose e um lugar de respeito na sociedade. Interesseiro, procura casamento com uma moça rica para melhorar sua situação financeira. E só após o casamento com Aurélia é que começa a ocorrer uma transformação em sua personalidade...
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Miria80 03/02/2015

O final deixou a desejar
Eu gostei, mas esperava um pouco mais do final. E em alguns momentos achei que Aurélia se humilhou um pouco para o Fernando e achei isso um pouco chato. Eu, particularmente, não achei o final nada romântico! Achei que ele merecia maiores rodeios e mais detalhes que provassem que realmente havia amor entre os dois.
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Naty 30/01/2015

Um clássico rico e interessante que retrata uma época.
Esse livro retrata a história de Aurélia começando pelo presente no qual ela compra uma casamento com um homem do passado dela que ela diz ser a sua única chance de felicidade, depois vai para o passado quando ela era pobre mostrando suas dificuldades e o que aconteceu para ela se tornar rica, depois volta para o presente retratando o seu casamento com o homem escolhido.
As obras de José de Alencar são sempre muito ricas em descrições de época e o título sempre remete ao conceito dado a mulher em questão. Aurélia se torna a senhora de seu marido, pois afirma ter o comprado.
Uma época em que o casamento servia para ascensão social é retratada de forma surpreendente por um autor fantástico e de grande vocabulário. Por ser um livro grandinho e conter muitas palavras difíceis e descrições, o leitor tem que o ler pausadamente e reter tudo o que puder da história que é realmente muito boa.
Recomendo muito. José de Alencar é demais!
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Beatriz B. 23/11/2014

Pena de quem irá torcer o nariz só pelo autor ser José de Alencar.
O triste é que literatura nacional deveria nos encher de orgulho e vontade de ler. Mas todos nós sabemos que parte da culpa é devido ao clima de obrigação que as escolas impõe para esses livros. Enfim, tudo se resume em desperdício de obras incríveis. E, infelizmente, com esse não é diferente.
Senhora, historicamente falando, é catalogada como “Romance urbano”, por tratar de histórias da alta burguesia da época. Enfim, mais detalhes nos seus livros de literatura do ensino médio ou Wikipédia. Mas o que chamou tanto minha atenção nessa “leitura obrigatória?" Afinal, elas sempre são entediantes, não é? WRONG!

Esse livro conta a história de Aurélia Camargo, e se inicia nos mostrando como é sua vida atualmente. Órfã, solteira e herdeira de uma grande fortuna, Aurélia frequenta os melhores bailes, e está apenas começando a vida dos 20 anos. Puro glamour. Mas nem sempre foi assim. Também conhecemos Fernando Seixas, um rapaz que vive divulgando uma imagem de rico, mas na verdade possui origens bem humildes. Simplesmente não consegue resistir às festas e a falsa sensação de poder estar lá. Fernando no momento procura loucamente um casamento que lhe proporcione um rico dote, pois está cheio de dívidas e de vontade de continuar a exercer sua ilusória riqueza.

*Pausa para explicações: Naquela época, a família da noiva tinha que oferecer uma quantia de dinheiro ao noivo, chamado dote, e após o casamento, ele podia fazer o que quiser com o valor. E a noiva deveria ser grata por alguém a ter aceitado. (Reprimido ânsia de vômito em 3, 2, 1...)*

Certo, mas o que essas personagens possuem com comum? And the correct answer is: Um passado enamorado juntos. Tempos atrás, Aurélia não passava de uma moça pobre que trabalhava duro para manter vivos sua mãe doente, irmão demente e casa que se encontrava em péssimas condições. Ao contrário do costume da época, Aurélia pensava em conseguir fazer a família subir de vida sozinha. Não se interessava por casamentos. Porém, o sonho de sua mãe era ver a filha casada e mesmo em leito de morte, insistia para ela abrir a janela de seu quarto e deixar o mundo contemplar sua beleza. Afinal, como narra todo livro no período do romantismo, as mulheres eram donas de uma beleza divina, que deixa qualquer (Zeuza) Afrodite no chinelo.

Aurélia cede e todo dia passa algumas horas contemplando a paisagem e deixando-se ser contemplada. Claro que choveram pretendentes pedindo sua mão. Mas apenas um rapaz chamou sua atenção. Alguém que não parecia interessado em dotes ou casamento instantâneo. Sim, se você pensou em Fernando (quem mais? O.o), um pedaço de pão imaginário pra tu. Os dois ficaram noivos e, segundo o autor, se amavam de verdade. Mas então uma moça ofereceu uma alta quantia em seu dote para Fernando. De coração partido, mas preferindo o dinheiro para quitar as dívidas e viver no falso luxo, Fernando deixa Aurélia e se compromete a outra.

Aurélia, agora órfã e sozinha, recebe a notícia de que seu avô paterno a reconheceu como neta e única herdeira. Mesmo Aurélia mal sabendo da sua existência, ganha todo o dinheiro dos negócios da família. Depois de contratar uma espécie de empresário para ajudá-la, Aurélia começa a elevar seu padrão de vida e a ascender na alta sociedade. Claro que Fernando ficou sabendo da notícia e o sentimento de humilhação reinou fervorosamente em seu interior. Não tinha coragem de ser visto por Aurélia e só o que lhe restava era aguardar seu casamento com outra.

Mas um dia Fernando recebe uma estranha proposta: um empresário lhe informa que há uma mulher oferecendo um riquíssimo dote, pedindo apenas para sua identidade só ser revelada caso ele assinasse o contrato e não houvesse mais volta. Oh, puxa vida, quem será que é? Fernando, desconfiado, aceita o pedido e desfaz o o antigo noivado. Depois de todo o momento de choque da revelação e blás, Aurélia e Fernando finalmente se casam! YAY, PARTY HARD! Tudo transcorria para um “felizes para sempre”, Mas na noite de núpcias, Aurélia deixa bem claro que COMPROU Fernando, por isso seria ela a administrar a casa e os negócios. Fernando, se sentindo humilhado e sem escolhas, decide entrar no jogo. A partir daquele momento, ela seria sua Senhora e ele obedeceria tudo que lhe fosse ordenado sem titubear. E é nessa linda cena que encerro a explicação.

Quero ressaltar que o livro é HILÁRIO!

A história gira em volta basicamente do casal “apaixonado” e com o decorrer do livro, vamos conhecendo mais dos seus passados e como tudo culminou para transcorrer do jeito que foi. As personagens foram muito bem moldados e todos são bem caricatos. Aurélia é uma pessoa energética, de pouco drama e cheia de espírito. Como ela mesma diz, conheceu a face da pobreza e da riqueza e por isso sabe ser prudente. Fernando é tranquilo e sempre visou o melhor para seu futuro. E mesmo com tudo que ele fez à Aurélia no passado, ele me fez rir muito agindo forçada e sarcasticamente como escravo de Aurélia.

É exatamente isso o que mais apreciei no livro. Os diálogos extremamente mordazes, irônicos, sarcásticos e cheios de intenção de provocar, sutilmente disfarçados quando havia outras pessoas no local da guerra silenciosa entre Aurélia e Fernando. Afinal, para o resto da sociedade eles eram um casal vivendo em completa felicidade. Todo o processo de desentendimentos e mágoas entre Fernando e Aurélia soam ainda mais cômicos porque na verdade os dois de amam!, e um não sabe disso a respeito do outro. Somando isso com a encenação de felicidade e sorrisos no rosto que são obrigados a fazer quando saem de casa... fortes risadas.

A escrita de Alencar é rica, poética e descritiva onde necessário. Ele realmente sabe criar a beleza em palavras. Você quase acredita que todas as cenas foram transcritas de gravações da casa da Aurélia ou outros lugares onde o livro se passa. Enfim, de encher a imaginação. É como se o autor estivesse ao seu lado, lhe indicando para onde olhar e de que modo. Sei que o livro parece ter um clima de novela e chick-lit. Mas gente, José de Alencar soube inovar e fazer algo bem mais denso e divertido.

E não vou mentir, o livro possui palavras complicadas e você pode sentir necessidade de consultar o dicionário. Mas nada que o impeça de entender o contexto ou que estrague sua leitura. Acho que aumentar o vocabulário deveria ser um ponto positivo, não? SIM.

site: http://soleitoressabem.blogspot.com.br/2014/07/livros-entre-linhas-senhora.html
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AmadosLivros 22/11/2014

Resenha no blog Amados Livros
Não deixe de conferir nossa opinião sobre este livro no nosso blog! E lá também tem muitos outros livros legais! Dê uma passadinha lá! ;D
Link no final da postagem! ;]

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2014/07/livro-senhora.html
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Gabi 15/11/2014

Sinceramente, quando adquiri o livro tive um pouco de pré-conceito por ser da autoria de José de Alencar, pois há pouco tempo atrás li Iracema, que na minha opinião foi um dos romances clássicos mais chatos e que não conseguiu, em momento algum, me prender a história. Dessa forma, fico feliz por ter que me redimir e confirmar que Senhora é uma excelente leitura. Um romance que me surpreendeu, principalmente por focar um tema tão interessante e polêmico. À venda do matrimônio.
Recomendo.

"Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas da sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem de sol".
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AlCamargos 23/10/2014

Último livro da literatura brasileira onde Jose de Alencar ao criar o perfil feminino de Aurélia Camargo analisa em profundidade os costumes de uma época onde o casamento é o meio de garantir que uma sociedade intelectualiza perpetuem seu modo de vida, para isso o casamento passa a ser uma negociação e não um ato de amor. Senhora é antes de tudo uma reflexão sobre os modos capitalista onde, o dinheiro é bem de primeira necessidade para que atinjamos a completa felicidade.
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Valério 20/10/2014

Negociata
A escrita de José de Alencar é agradável, simples. Menos rebuscada que Machado de Assis.
A história começa no meio dos acontecimentos e, ao surpreender o leitor, volta no tempo para contar os acontecimentos que levaram até aquele ponto, para só então prosseguir nos acontecimentos finais.
A narrativa se torna mais interessante, dessa forma.
Contudo, não vi no livro a qualidade de "Dom Casmurro" e a graça de "A moreninha", nem mesmo a riqueza de "O cortiço".
Não que "Senhora" seja um livro ruim. O problema se encontra nos parâmetros. Colocado ao lado destas grandes obras, Senhora não me pareceu tão interessante e bem escrito quanto eu esperava.
Mas não deixa de ser um belo livro, embora a história poderia ter ares de maior dramaticidade e até malícia, sensualidade.
Parece ter sido escrito com muito recato. Até demais.
Mas me agradaram o desfecho, bem como a comovente história da protagonista.
Sua entrega, sua paixão, seu coração nobre e sua suavidade.
Apaixonante.

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Lee Morais 23/09/2014

Senhora
É um livro muito interessante,que mostra que a mulher pode viver um romance e ter o poder.É AQUELE VELHO ROMANCE URBANO QUE TE DEIXA PENSATIVA.Leticia Morais
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Lidiane 28/08/2014

Senhora
Senhora é escrito em uma época em que a emancipação feminina ainda não tinha surgido, para uma mulher se destacar na sociedade ela tinha que ser bonita e preferencialmente rica, como é o caso da protagonista, Aurélia Camargo, uma jovem que ganha uma fortuna como herança do então desconhecido pai e após isso põe em prática o seu plano de "vingança" contra o seu ex e resolve comprá-lo, afinal todo mundo tem seu preço né, ao menos é isso o que ela e muitos de nós pensamos, só que somos seres humanos e mais complexos do que isso, afinal temos sentimentos e as vezes é impossível esquecer um grande amor, mesmo quando ele nos machuca de uma forma que nunca esperaríamos.
Esse livro apesar de ser escrito a alguns anos, em uma época em que mulheres não tinham voz, ainda é muito atual, quantas mulheres ,e homens também ,não queriam receber uma herança gorda e se vigar do seu ou sua ex? Quantas pessoas não queriam ser "celebridades" para mostrar ao ex que estão melhor após o termino do relacionamento. E muitos também acreditam que com o dinheiro vai manter a pessoa amada em um relacionamento que o amor não prevalece mais, apenas o interesse material.
Enfim, esse livro é mais do que uma história de uma mulher que "compra" um marido, é a história de uma mulher que teve todos os seus sonhos destruídos e de uma forma ou de outra quer ter eles de volta, mesmo que pague um auto preço.
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Lidiane 28/08/2014

Senhora
Senhora é escrito em uma época em que a emancipação feminina ainda não tinha surgido, para uma mulher se destacar na sociedade ela tinha que ser bonita e preferencialmente rica, como é o caso da protagonista, Aurélia Camargo, uma jovem que ganha uma fortuna como herança do então desconhecido pai e após isso põe em prática o seu plano de "vingança" contra o seu ex e resolve comprá-lo, afinal todo mundo tem seu preço né, ao menos é isso o que ela e muitos de nós pensamos, só que somos seres humanos e mais complexos do que isso, afinal temos sentimentos e as vezes é impossível esquecer um grande amor, mesmo quando ele nos machuca de uma forma que nunca esperaríamos.
Esse livro apesar de ser escrito a alguns anos, em uma época em que mulheres não tinham voz, ainda é muito atual, quantas mulheres ,e homens também ,não queriam receber uma herança gorda e se vigar do seu ou sua ex? Quantas pessoas não queriam ser "celebridades" para mostrar ao ex que estão melhor após o termino do relacionamento. E muitos também acreditam que com o dinheiro vai manter a pessoa amada em um relacionamento que o amor não prevalece mais, apenas o interesse material.
Enfim, esse livro é mais do que uma história de uma mulher que "compra" um marido, é a história de uma mulher que teve todos os seus sonhos destruídos e de uma forma ou de outra quer ter eles de volta, mesmo que pague um auto preço.
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Débora 25/08/2014

senhora
O livro senhora fala sobre uma moça chamada Aurélia ela era muito linda era órfã e morava com uma senhora chamada Firmina uma parenta. Aurélia tinha muito dinheiro e queria comprar um marido para estar sempre ao seu lado , mas para isso tem que saber usar seu poder. Algumas mulheres diziam que Aurélia era muito feminista entre os homens,fria,calculista e sem coração para os valores sociais dessa época. Mas Aurélia só queria ser feliz ao lado de seu amado.
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skuser02844 24/08/2014

“E o que há de mais inverossímil do que a própria verdade?”
É em tom de confissão que José de Alencar nos apresenta a um dos mais poderosos romances da nossa literatura. Lembrando-nos esporadicamente de que se trata de uma história “real” trajada de ficção, o autor aperfeiçoa seu estilo nessa que é uma de suas últimas obras e a principal da sua fase de romance urbano, utilizando da escrita que lhe é tão característica e por ela criticado. Seu vocabulário rebuscado pode intrincar os olhos do leitor de hoje, assim como suas longas descrições, mas sua arte em esconder o jogo através das palavras e o fino sarcasmo garantem que se trata de uma obra autêntica, singular, uma especiaria de um grande autor.

Em tempos de filmes e livros que saturam nossos sentidos com acontecimentos rápidos e explosivos, o uso de “arrebatadora” tornou-se vulgar, mas não vejo outro uso da palavra se não para definir a obra de Alencar. Íntima, violenta e indecifrável, “Senhora” derrota o leitor naquela cartilha conhecida do autor de lidar com sentimentos tão puros e circunstâncias que os corrompem. O peso do reprimido e da humilhação é aliviado na sátira sobre a decadência da elite carioca do século XIX, e nas rápidas aberturas daqueles corações feridos que ainda batem um pelo outro.

O romance é dividido em quatro partes que mais são fases daquele amor tão cheio de ressentimento e resistência, mas não obedecem a uma ordem cronológica para que possam presentear o leitor com uma clássica reviravolta, que mudará o rumo e a carga emocional do livro. Preço, Quitação, Posse e Resgate são os “quatro atos” de uma história de amor que tem como cerne o casamento e a partir daí todos seus antecedentes e implicações. O dinheiro, de tão forte, torna-se um personagem decisivo na vida dos dois protagonistas. A vingança, realizada com tanto gosto, põe a ambição e a honra como limites da dignidade para toda a repressão e humilhação passadas pelo casal. A dor, essa tão infinita e profunda, obscura o caminho rumo à confiança, ao verdadeiro, à felicidade que para alguns é tão intrínseca, e para outros tão fugitiva.

Nessa jornada do dilaceramento emocional, é impossível não referir-se à Aurélia Camargo como uma das grandes damas da nossa literatura, ao nível de Capitu e Ana Terra. Símbolo da independência e força feminina, Aurélia fez da origem pobre sua fortaleza contra as falsidades e mazelas trazidas pela riqueza, e de sua sabedoria inata o talento em adaptar-se aos costumes sociais e deixar a elite carioca aos seus pés. Claro, nunca rebaixando seu espírito altivo, nem mesmo ao “comprar” sua felicidade por cem contos de réis. Nem mesmo quando a vingança é realizada e os meses de sofrimento se desenrolam, num intenso exercício de autocontrole, acidez e sobriedade para provar a si mesma que aquele Fernando Seixas, tão materialista e vendido, ainda podia ser aquele homem classudo e bom de coração pelo qual se apaixonou outrora.

Personagens complexos, incertos, feridos, imprevisíveis; é difícil saber qual o próximo avanço ou recuo permitido na balança entre o sentimento e a dor. São meses de humilhação, jogos de poder e vontades, desejo reprimido e coração ferido, um espetáculo de dois atores numa peça de sofrimento, ironia e aparência. Nessa valsa de idealismos e realidades, José de Alencar nos presenteia com uma das histórias de amor mais problemáticas, mas também das mais sinceras ao mostrar o amor passional como ele é, confuso e orgulhoso, mas belo e devoto. Permitindo-se citar a si próprio (além de autores como Victor Hugo e Thomas Chatterton), com o livro “Diva”, Alencar reforça ainda mais o tom de confidência e observação da realidade de sua obra, e solidifica a imagem de Aurélia como uma personagem feminina ao seu estilo. Intensa, impossível, complexa, de amor devoto e alma altiva, é a estrela fluminense da qual nunca esqueceremos.
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Clara 16/08/2014

Augusta Senhora
Eis meu segundo contato com o autor. Tentaram insistentemente impor-me especulações negativas, entretanto, sem concentrar-me em vãs esperanças apenas contentei-me em desfrutar da obra.
A história relata um trecho importante de Aurélia Camargo, a dama descrita de forma augusta que aparece nos salões para deleite dos vislumbres masculinos. Depois de negar muitos pedidos de casamento e cortejos, para a surpresa de toda a alta sociedade, a moça resolve se casar e, secretamente, cede ao futuro marido um dote de cem mil contos de réis. Conforme a história se desencadeia, os fatos ganham justificativas válidas e a relação das personagens principais se torna atraente.
O que muitos tendem a reclamar é da grande remessa de descrições romancistas e das palavras que soam abstratas. Entretanto, creio que este é o intencional da leitura: alojar o leitor neste espaço-tempo e ainda preencher as lacunas de seu vocabulário.
Pela segunda vez, surpreendi-me positivamente com o autor e a cada dia aumenta meu desejo de conhecer mais a obra de José de Alencar.

site: http://historiasdawendy.blogspot.com
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