Ratinha da Biblioteca 29/03/2024
#52semanasliterarias
Tom Ripley, nosso protagonista, é um sociopata de primeira. Publicado pela primeira vez em 1955, imagino que Ripley tenha chocado e cativado muitas pessoas à época. Ele vivia uma vida insatisfatória, manipulando todas as pessoas que podia. Aos 25 anos, já acumulava considerável experiência em seus golpes, quando surge a oportunidade de sua vida: viajar para Mongibello, na Itália, para persuadir o herdeiro dos Greenleaf a retornar aos Estados Unidos. No entanto, em vez de simplesmente convencer Dickie, Ripley começa a fantasiar sobre como seria ter a vida dele, como seria SER Dickie. É então que sua sociopatia vem à tona.
Com uma pegada bem Joe (da série You), a história me chocou um pouco, confesso, pois não esperava por nada disso (achei que era um suspense policial). Nos primeiros 30% do livro, parecia que nada acontecia, e eu estava começando a achar a narrativa arrastada e tediosa, até que Booom, a "bomba" estoura e a história se torna frenética. A cada página, eu esperava a desgraça acontecer e, pasmem, até torci por Ripley no final de tudo (embora, ao parar para analisar, tenha percebido o quão errado isso era). mas ai está a graça da história e de uma boa escrita, você se compadecer e simpatizar com o "vilão". Adorei a escrita da Patrícia e apesar de ter achado o início lento, não mudaria nada na história. Quero ler o restante (descobri que é pirâmide, 5 livros sobre ele haha) e as cenas de "agora vai dar merda" foram minhas favoritas 😜
Quotes:
"Alguma coisa sempre surgia. Essa era a filosofia de Tom."
"É melhor esperar uns dias, concluiu. O primeiro passo, de qualquer forma, era fazer com que Dickie gostasse dele. Ele queria isso mais do que qualquer coisa no mundo."
"Mas o que ele próprio havia dito sobre riscos? Os riscos são o que tornam as coisas divertidas."