Manuelzão e Miguilim

Manuelzão e Miguilim João Guimarães Rosa




Resenhas - Manuelzão e Miguilim


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eucarlacunha 15/07/2021

Comprei o livro por causa do conto do Miguilim, que minha mãe lia pra mim quando era criança. E quanto a ele, só posso dizer que é perfeito. Mas o do Manuelzão também me surpreendeu positivamente, me fez lembrar muito das coisas que acontecem no lugarzinho do interior de Minas que minha avó mora. Livro com gosto de infância, pra mim.
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Mari 16/07/2021

No começo confesso que achei uma leitura muito cansativa, a primeira história sobre miguilim, mas no final você se emociona, chorei lendo esse livro
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thalaura 20/07/2021

Eu só li, na verdade, a primeira novela, Campo Geral, e achei bem difícil de manter uma leitura constante, porque com certeza não é fluida. Primeiro pois não é dividida em capítulos, o que torna o livro apenas um grande conjunto de parágrafos sem fim e segundo, Guimarães Rosa captou muito bem a oralidade daquelas pessoas, pulando preposições e criando redundâncias.
Apenas no final que a história dá uma guinada e acontece muitas coisas que parecem estar conectadas, mas o narrador parece que também era uma criança na época e embolou um poucos os acontecimentos em sua cabeça.
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Tatta 04/08/2021

no colégio arnaldo, em bh, há o jardim veredas
é uma homenagem ao escritor joão guimarães rosa. esse espaço tem passarinhos e plantas, não sei se tipicamente mineiras.

a atmosfera desse livro é algo fora do normal. o leitor é transportado a um jardim, imenso e verdadeiro, que é o campo geral. as palavras usadas também nos remetem aos rincões do brasil.

por ter lido torto arado esse ano dá p ver que o itamar vieira junior bebeu muito dessa fonte. só que na minha concepção o guimarães rosa escreve de um jeito mais descompromissado, nas entrelinhas, sem necessariamente explicitar questões socio-culturais, apesar de falar delas o tempo inteiro de modo indireto.

gostei mais de miguilim, o bom selvagem que não enxergava direito.
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Maira Giosa 16/08/2021

Guimarães imprescindível
Dois contos separados que fazem parte de Corpo de Baile - livro composto por sete novelas e publicado em 1956. O primeiro é Miguilim, que conta a história desse menino que vive na roça com sua família e presencia e experimenta atos de amor, dor, morte e vida. Se tudo enxergamos através dos olhos de Miguilim, vemos a importância da natureza na vida ali no sertão das Gerais, sua profunda relação com os pais, os irmãos, a avó, e a religiosidade da família.

O segundo conto, Manuelzão, é sob a ótica desde vaqueiro já envelhecido que resolve dar uma festa em seu pequeno povoado e convida a todos da redondeza. Os sertões das Gerais aqui aparecem menos ameaçadores e mais convidativos, como um velho amigo que está sempre presente. As Gerais são mais ainda um personagem, que chamam Manuelzão para levar a boiada por seus matorrales afora.

Delicado, descritivo e inventivo, o autor mostra mais exemplos da linguagem do sertão que usaria extensivamente, e de maneira ainda mais crua, em Grande Sertão: Veredas - que, inicialmente, também fazia parte das histórias de Corpo de Baile.

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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@quixotandocomadani 29/09/2021

"Manuelzão e Miguilim” é composto de duas novelas: Campo Geral e Uma estória de amor, falam sobre o início e o fim, sobre a infância e a velhice. Tem aquela típica linguagem de Guimarães Rosa, retratando o sertão mineiro, que a gente vai se acostumando aos poucos.

Em “Campo Geral” o narrador conta a história de um menino de 8 anos que vive em Mutum. Relata a perda da inocência, o amadurecimento através do sofrimento, tudo muito intenso percebido pelo olhar de Miguilim. Os diálogos entre Miguilim e Dito, seu irmão mais novo, são os melhores. Guimarães Rosa consegue fazer com que a gente sinta e se emocione com a pureza, e a bondade dessas duas crianças.

Em “Uma estória de amor”, Manuelzão, um homem de 60 anos, narra suas reflexões e suas dores na velhice. Ele vivia sempre em suas andanças e só agora sossegou na Samara, sendo responsável por cuidar das terras de seu patrão, Federico Greyre. Ele constrói uma capela e dá uma festa para inaugurá-la. E nesses três dias, de preparativos e de festa que é narrada a história. Além da falta de uma família e da solidão, Manuelzão se preocupa com a sua saúde, em colocar um freio em si mesmo e reconhecer os limites do corpo. A dúvida sobre seus valores e crenças também ocupavam a sua mente “Chegava uma hora, tudo se queria, mas qse tudo, por metades, da gente se afastava.”

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Maitê 04/10/2021

Miguilim é uma das novelas brasileiras mais lindas que eu já li, impossível não se emocionar com Dito e Miguilim. Já Manuelzão me perdeu no meio dos gados.
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Natine 04/10/2021

Muitas Lágrimas
Uma linguagem autêntica e perspicaz. Personagens cativantes que te puxam para dentro da história. O cenário é cruel e trágico. Aqui, a mensagem de Guimarães transcende tempo e espaço.
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Luna 30/10/2021

Opinião conflitante
Não consigo negar a escrita brilhante de Guimarães Rosa, meu conterrâneo que me transporta pra minha infância em MG pelos seus maneirismos e expressões.
A história de Miguilim realmente foi de tirar lágrimas dos olhos, me pegou desprevenida e me encantou. Porém, a história de Manuelzao, me pareceu muito monótona e as expressões que antes eu me sentia muito a vontade em compreender, me pareceram muito complexas e difíceis de ler neste conto.
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Lia 25/11/2021

Tocante, incrível, especial...
Chorei muito quando o irmão morreu e quando estava acabando. Na verdade, chorei do início ao fim. Livro muito bem construído e com lições que deveríamos levar para toda vida.
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Eliana 12/12/2021

Fazendinha Santa Cruz
Impossível ler Miguilim e não ouvir as vozes e conversas da minha infância. Interior de Minas...antepassados...jeito de falar e festas de santo que vivi por muitas vezes com meus pais. Amei o jeito de escrever de João Guimarães Rosa!
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Arruda 18/02/2022

Gênio!
Sim, Guimarães Rosa é um gênio da literatura e mostra isso nos dois contos desse livro. Em ambos a linguagem característica nos faz viajar pelos sertões de Minas e nos força a prender palavras novas e contraídas. Ler Guimarães Rosa é sempre um prazer e um aprendizado constante!
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Raquel_Moret 27/02/2022

Podia? Podia!
Mais um de Guimarães Rosa para a lista...
Sinceramente, um escritor brasileiro que deveria ser mais notoriamente exaltado. Ao lado de C. S. Lewis, Guimarães compartilha o posto de autores favoritos.
Admito, a leitura do autor não é fácil. A escrita é totalmente diferente de qualquer outro livro que eu já tenha lido. Ela é muito… João Guimarães Rosa! Ele tem uma sutileza, uma delicadeza ao compartilhar pequenas lições da vida ao longo dos casos que ele conta. Tal como a gente, que ao longo dos acontecimentos do dia-a-dia vamos tirando lições para a vida. Talvez essa seja a característica que mais me atrai dele.
Lembro-me que a recomendação dessa leitura veio quando eu estava lendo “Grande Sertão: Veredas”. Um dia, um conhecido compartilhou nos stories do Instagram a seguinte passagem:
“Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.”
Obviamente, essa passagem não estava no “Grande Sertão”, mas, como é muito Guimarães, na hora mandei uma mensagem perguntando se era do autor. Não deu outra. Além da confirmação, recebi a recomendação desse livro, Manuelzão e Miguilim.
Dividido em dois contos, sendo que cada um conta uma história completamente diferente da outra, são histórias que podem muito bem acontecer na vida de algum conterrâneo no norte de Minas Gerais. Eu, como mineira, me identifiquei demais com as paisagens, os acontecimentos, o cotidiano, as rotinas, as lições… Enquanto na história de Miguilim (Campo Geral) eu me emocionei até falar chega (meu Deus gente, sério, que obra prima esse conto! Foi tão bonito!), em “Uma estória de amor” senti aquela nostalgia batendo no coração a cada descrição da festa. Eu vivi isso! Mas, confesso que foi um pouquinho mais monótono que o primeiro conto, poderia ter sido mais desenvolvido.
Não recomendo o livro para qualquer pessoa porque, querendo ou não, tem que gostar de ler coisas novas! E João Guimarães Rosa é difícil de ler para os nossos padrões. Mas, se eu falo desse livro, com certeza vou falar! Uma obra prima que devo repetir a leitura em um futuro distante se for da vontade de Deus.
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a n a 28/04/2022

amo você ditinho
eu não dava nada por esse livro quando comecei a ler e pensava que iria detestar, mas a escrita especial do João foi me ganhando página por página.
quando tem protagonista criança atinge o meu ponto fraco, em Campo Geral não foi diferente. a história do Miguilim é a história de grande parte da população brasileira e isso triplicou minha tristeza enquanto lia. ele (Miguilim) e Dito são personagens que me marcaram permanentemente.
um livro muito necessário, emocionante, cruel (porque é real) e que me fez parar e pensar em muitas coisas da vida.
e com um dos finais mais bonitos que já li.
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